Ulysses Guimarães
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Ulysses Guimarães |
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Ulysses Silveira Guimarães (nasceu dia 6 de outubro de 1916, em Rio Claro, São Paulo, Brasil - faleceu dia 12 de outubro de 1992, em acidente aéreo, no Rio de Janeiro). Foi um político brasileiro.
- - Enquanto deputado federal, no Programa Silvia Popovic, em julho de 1990
- "Os partidos políticos existem para alcançar o poder."
- - Em entrevista à Revista veja, em junho de 1971
- "O poder não corrompe o homem; é o homem que corrompe o poder. O homem é o grande poluidor, da natureza, do próprio homem, do poder. Se o poder fosse corruptor, seria maldito e proscrito, o que acarretaria a anarquia."
- - In: discurso proferido em 18 de junho de 1967, em Florianópolis.
- - Rompendo o cerco - página 19 (Volume 2 de Coleção Documentos da democracia brasileira), Ulysses Guimãraes.[1]
- "A impaciência é uma das faces da estupidez."
- - um dos ditados preferidos de Ulysses Guimãraes.
- - narração de Sérgio Chappelin (Jornal Nacional, 1992).[2]
Citações temáticas
[editar]Citações extraídas do livro "Rompendo o Cerco",[1] do contrário conforme indicado.
Corrupção
[editar]- "A burocracia pode ser preguiçosa, descortês, incapaz e até corrupta. Não é exclusivamente na Dinamarca, em qualquer reino sempre há algo de podre. Rematada insânia tornar impublicáveis lacunas, faltas ou crimes, pois contamina de responsabilidade o governante que a ordena ou tolera."
- -In: discurso proferido em 22 de setembro de 1973.
Ditadura
[editar]- "Governo xique-xique, este que aí está. Não dá sombra nem encosto. Para a Nação, não dá. Para os amigos, parentes e protegidos, presenteia com governadorias, senatorias biônicas, embaixadas, empréstimos e negócios. Passa então a ser o governo sombra e água fresca."
- -In: "Frases recolhidas e selecionadas por Mora Guimarães"
- "Quando se tira o voto ao povo, o povo é expelido do centro para a periferia da história, perde o pão e a liberdade, o protesto passa a ser agitação e a greve rotulada de subversão."
- -In: discurso proferido em 15 de janeiro de 1974.
- "Na ditadura, à sombra de Marco Aurélio, pululam e ficam impunes os Calígulas sangüinários, os Torquemadas da Inquisição e da intolerância, os enxudiosos Faruks da corrupção."
- -In: discurso proferido em 18 de junho de 1967; Rompendo o cerco - Volume 2 de Coleção Documentos da democracia brasileira, Página 59, Ulysses Guimarães - Paz e Terra, 1978 - 188 páginas
- -No discurso da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.
- "Temos ódio à didatura. Ódio e nojo!"
- -em discurso político (data desconhecida)[2]
Glória
[editar]- "É terrível o ofício dos que dependem da opinião pública. Tantos são assassinados, crucificados, arruinados, frustrados. Foi trágico o fim de Cristo, Kennedy, Garrincha, Marilyn Monroe, Elvis Presley. Os Asilos dos Artistas testemunham as terríveis palavras: "Sic transit gloria mundi"
- -In: "Frases recolhidas e selecionadas por Mora Guimarães"
Miséria
[editar]- "O inimigo mortal do homem é a miseria.
Mais miserável do que os miseráveis é a sociedade que não acaba com a miséria."
- -em discurso político (data desconhecida)[2]
Política
[editar]- "Não se pode fazer política com o fígado, conservando o rancor e ressentimentos na geladeira. A Pátria não é capanga de idiossincrasias pessoais. É indecoroso fazer política uterina, em benefício de filhos, irmãos e cunhados. O bom político costuma ser mau parente."
- -In: "Frases recolhidas e selecionadas por Mora Guimarães"
- "É claro que a política não é o ofício da bagatela, a pragmática da ninharia. quem cuida de coisas pequenas, acaba anão."
- -In: "Confessionário", introdução ao livro.
- "Eu como eleições diretas, bebo eleições diretas, durmo eleições diretas. Ainda bem que eleição é palavra feminina."
- - Recitado por Mário Lago (Globo Reporter, 1993)[2]
Povo brasileiro
[editar]- "No famoso quadro de Pedro Américo, que glorifica o Grito do Ipiranga, aparece a figura atônita e circunstancial do tropeiro, símbolo do povo, que via mas não participava do acontecimento."
- -In: "Confessionário", introdução ao livro.
Presidência da República
[editar]- "O presidencialismo foi fatal para o Brasil. Refiro-me à mímica presidencialista encenada no País. o sestro nominalista, peculiar à América Latina, importou o rótulo sem a droga, o continente sem o conteúdo, o breviário sem as orações. É a mímica no cumprimento do dever, faz o gesto, mas não pratica o ato."
- -In: "Confessionário", introdução ao livro.
Verdade
[editar]- "A verdade não tem proprietário exclusivo e infalível."
- -In: discurso proferido em 22 de setembro de 1973.
- "A censura é a inimiga feroz da verdade. É o horror à inteligência, à pesquisa, ao debate, ao diálogo. Decreta a revogação do dogma da falibilidade humana e proclama os proprietários da verdade."
- -In: discurso proferido em 18 de junho de 1967
- "...Há momentos em que o homem público tem que decidir, mesmo com risco de sua vida, liberdade, popularidade ou exílio."
- - Recitado por Raul Cortez (Globo Reporter, 1992)[2]
Outras citações
[editar]- "...Eu dizia (ao Manuel Bandeira):
— Sua inspiração mestre, divina inspiração...
— Inspiração coisa nenhuma. Precisa ter inspiração pra atravessar a rua, senão você morre atropelado.
— Então, o sujeito não ouve o Maunel Bandeira e morre atropelado."
- - Suposto diálogo entre Manuel Bandeira e Ulysses Guimarães.
- - Citação por Ulysses Guimarães durante entrevista no programa de Jô Soares (Jô Soares Onze e Meia, 21 de setembro de 1992).[3]
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- "A informação, que abrange a crítica, é inarredável requisito de acerto para os governos verdadeiramente fortes e bem intencionados, que buscam o bem público e não a popularidade."
- -In: "Navegar é preciso, viver não é preciso".
- "Devemos crescer, e crescer cada vez mais, é verdade. Mas o nosso crescimento de nada valerá se o fizermos sem ter o homem brasileiro como seu módulo."
- -In: "Perfis parlamentares 66 - Ulysses Guimarães - edição comemorativa".
- "Nosso povo cresceu, assumiu o seu destino, juntou-se em multidões, reclamou a restauração democrática, a justiça social e a dignidade do Estado."
- -In: "Discurso proferido na sessão de 03/02/1987 em formato PDF/ Publicado no DANC de 04/02/1987, página 21."
- "Não é o candidato que vai percorrer o País. É o anticandidato, para denunciar a antieleição, imposta pela anticonstituição que homizia o AI-5."
- -In: "No dia 22 de setembro de 1973, na convenção do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Ulysses Guimarães proferiu um histórico discurso intitulado 'Navegar é Preciso, Viver não é Preciso'”.
- "Somos todos cruzados da mesma cruzada."
- -In: "Perfis parlamentares 66 - Ulysses Guimarães - edição comemorativa".
- "Na gestão Ulysses Guimarães, a UNE conquistou a meia entrada e emitiu as primeiras carteirinhas de estudante."
Referências
- ↑ 1,0 1,1 "Rompendo o Cerco" - coletânea de discursos proferidos pelo deputado Ulysses Guimarães, 2ª edição, editora Paz e Terra, Rio de Janeiro, RJ (1978), 188 páginas.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 (22:26 em 03/10/2012). Arquivo N mostra imagens raras de Ulisses Guimarães. Brasil: globo.tv. (em português) Acessado em 22-11-2012.
- ↑ (23:30 h em 21/09/1992). Jô Soares Onze e Meia [programa de entrevistas]. Brasil: SBT. (em português) Evento ocorre em ca. 4 min. após início do diálogo (1º bloco).