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Harold Bloom

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Harold Bloom
Harold Bloom
Nascimento 11 de julho de 1930
Nova Iorque
Morte 14 de outubro de 2019 (89 anos)
New Haven
Cidadania Estados Unidos da América
Alma mater
  • Universidade Yale
  • Universidade Cornell
  • The Bronx High School of Science
  • Pembroke College
Ocupação historiador literário, escritor, professor, crítico literário, jornalista, teórico literário, professor universitário
Prêmios
  • Bolsa Guggenheim (1962)
  • Bolsa MacArthur
  • Prêmio Internacional Catalunha (2002)
  • Prémio John Porter Addison (1956)
  • Sterling Professor
Empregador(a) Universidade de Nova Iorque, Universidade Yale
Movimento estético movimento estético, romantismo
Religião Judaísmo
Página oficial
https://english.yale.edu/people/tenured-and-tenure-track-faculty-professors/harold-bloom

Harold Bloom (Nova York em 11 de julho de 1930 - New Haven, 14 de outubro de 2019) foi um dos críticos literários mais populares do mundo ocidental. Formou-se em Cornell (1951) e fez Ph.D. em Yale (1955), onde dá aulas desde 1955. Em 2000, fez furor ao publicar, no The Wall Street Journal, um ensaio em que condenava os livros com o personagem Harry Potter, da inglesa J. K. Rowling.



  • "Stephen King é literatura de terceira categoria. Se acreditam que existe em sua obra algum valor literário, realização estética ou sinal de inteligência humana criativa, estão dando o testemunho da própria imbecilidade."
- Harold Bloom, crítico literário, desqualificando o autor de suspense que acabava de ser premiado pela National Book Foundation; como citado em Revista Veja, Edição 1821 . 24 de setembro de 2003.
  • É um fenômeno de mercado. A maior parte dos livros para crianças à venda nas livrarias é idiota, não serve para nada, muito menos para suprir a necessidade de leitura de uma criança ou do leitor de qualquer faixa etária. Livros estão sendo confeccionados para vender e se tornar sucessos no cinema e na televisão. Isso nada mais é que uma máscara que oculta o rosto cada vez mais estúpido da era da informação. Os tais livros infantis ajudam a destruir a cultura literária.
- Analisando o sucesso da literatura infantil do início do século XXI - Fonte: Revista Época Edição 246 - 03/02/2003
  • Odeio Harry Potter. É bruxaria barata reduzida a aventura. É prejudicial ao leitor. Não tem densidade. A escrita é horrível. Lancei a polêmica, sabendo que eu atuaria como Hamlet, que defronta com um oceano de aborrecimentos. Continuo me incomodando com os fãs do pequeno feiticeiro.
- Fonte: Revista Época Edição 246 - 03/02/2003
  • A noção de gênio está fora de moda há muito tempo na universidade, desde meados do século XIX. Os intelectuais a desprezam, por ser um resquício do espiritualismo romântico. Estou tentando restaurar uma idéia arraigada na história do Ocidente há milênios. No livro, tratei de buscar a genealogia dos gênios em todos os tempos e todos os lugares. Resultou no maior volume que já produzi em minha vida, com cerca de 1.000 páginas. E foi mal recebido nos Estados Unidos. Há um preconceito dos intelectuais americanos em relação à genialidade. O que vale aqui é a cultura 'do homem comum'. Genialidade é algo antipático para a cidadania americana. Gênio é uma palavra com duplo sentido e vem dos gregos, fundamentando nossa tradição cultural. Tanto designa uma família de escritores talentosos ao longo da História, ligados por características semelhantes, como indica o daemon, a entidade divina da inspiração que todos carregamos dentro de nós. É um conteúdo sagrado que não podemos ignorar de forma alguma, mesmo que os acadêmicos insistam que ele não existe.
- Fonte: Revista Época Edição 246 - 03/02/2003
  • Escritores como Shakespeare, Dante, Cervantes e Milton não têm rival na história literária. São escritores tão fortes que suas obras e personagens alteraram os rumos da história literária futura. Continuamos vivendo sob seu impacto. Eles são dotados de poderes literários extraordinários. Chamá-los de gênios, portanto, é fazer-lhes justiça.
- Fonte: Revista Época Edição 246 - 03/02/2003
  • Machado reúne os pré-requisitos da genialidade. Possui exuberância, concisão e uma visão irônica ímpar do mundo.
- Sobre o escritor brasileiro Machado de Assis
- Fonte: Revista Época Edição 246 - 03/02/2003
  • Leio em português com certa fluência. Gosto muito de José Saramago, somos bons amigos, embora eu não concorde com a posição dele em relação à guerra contra o terrorismo. Ele é comunista, respeito as idéias dele, mas não concordo. É um bom escritor. Em poesia, a língua portuguesa legou Camões e Fernando Pessoa. Na ficção, adoro Eça de Queirós e Machado de Assis. Considero Machado o maior gênio da literatura brasileira do século XIX. Ele reúne os pré-requisitos da genialidade: exuberância, concisão e uma visão irônica ímpar do mundo. Procuro um grande poeta brasileiro vivo. Ainda não o encontrei. Conheço Carlos Drummond de Andrade e ouvi falar de Guimarães Rosa, que adoraria ler. Não sei se terei tempo.
- Fonte: Revista Época Edição 246 - 03/02/2003
  • "Não sabemos quem é mais louco, se o presidente Bush ou o presidente do Irã. Ambos foram eleitos democraticamente. O que é confuso, porque aprendemos desde sempre que a democracia é o melhor sistema de governo que existe."
- Harold Bloom, em entrevista ao jornalista Paulo Polzonoff Jr.
- Fonte: Revista VEJA, Edição 1961 . 21 de junho de 2006


Ligações externas

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