Recife
Recife, a capital do estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil, distingue-se pelos seus vários rios, pontes, ilhéus e penínsulas. Recife Antigo, na própria ilha junto ao porto, é o centro histórico da cidade antiga que data do século XVI. A sul, a popular Praia de Boa Viagem é protegida por recifes e está ladeada de blocos de apartamentos elevados, hotéis modernos e restaurantes.
- "No Recife, a Procissão dos Passos foi na sexta-feira passada. Em Olinda, será na tarde de hoje. Permitam que eu deixe aqui duas lembrancas fraternas para quem vir imagens assim ou participar dessas procissões."
- - Rozowykwiat, Tereza (20 de junho de 2016). Meus queridos amigos: As crônicas de Dom Helder Camara. Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). 454 páginas. ISBN 9788578584177
- "A história de Pernambuco nos oferece exemplos de heroísmo e grandeza moral que podem figurar nos fastos dos maiores povos da antigüidade sem desdourá-los."
- - Aguiar, Cláudio (1997). Franklin Távora e o seu tempo. [S.l.]: Ateliê Editorial. p. 380. ISBN 9788585851477
- "Num dia de sol Recife acordou com a mesma fedentina do dia anterior."
- - Vargas, Herom (2007). Hibridismos musicais de Chico Science & Nação Zumbi. [S.l.]: Ateliê Editorial. pp. 59–105. ISBN 9788574803463
- Evocação do Recife
- "Recife Não a Veneza americana Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais Não o Recife dos Mascates Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois
- - Recife das revoluções libertárias Mas o Recife sem história nem literatura Recife sem mais nada Recife da minha infância A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincené na ponta do nariz Depois do jantar as familias tomavam a calçada com cadeiras mexericos namoros risadas A gente brincava no meio da rua Os meninos gritavam: Coelho sail Não sail A distância as vozes macias das meninas politonavam: Roseira dá-me uma rosa Craveiro dá-me um botão (Dessas rosas muita rosa Terá morrido em botão...) De repente nos longos da noite um sino Uma pessoa grande dizia: Fogo em Santo Antônio! Outra contrariava: São José! Totônio Rodrigues achava sempre que era são José. Os homens punham o chapéu saíam fumando E eu tinha raiva de ser menino porque não podia ir ver o fogo.
Rua da União... Como eram lindos os montes das ruas da minha infância
- Rua do Sol (Tenho medo que hoje se chame de dr. Fulano de Tal) Atrás de casa ficava a Rua da Saudade... ...onde se ia fumar escondido Do lado de lá era o cais da Rua da Aurora... ...onde se ia pescar escondido Capiberibe
- - Capiberibe
Lá longe o sertãozinho de Caxangá Banheiros de palha Um dia eu vi uma moça nuinha no banho Fiquei parado o coração batendo Ela se riu Foi o meu primeiro alumbramento Cheial As cheias! Barro boi morto árvores destroços rede moinho sumiu E nos pegões da ponte do trem de ferro os caboclos destemidos em jangadas de bananeiras Novenas Cavalhadas E eu me deitei no colo da menina e ela começou a passar a mão nos meus cabelos
- Capiberibe
- - Capiberibe
Rua da União onde todas as tardes passava a preta das bananas Com o xale vistoso de pano da Costa Eo vendedor de roletes de cana O de amendoim que se chamava midubim e não era torrado era cozido Me lembro de todos os pregões: Ovos frescos e baratos Dez ovos por uma pataca Foi há muito tempo... A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Lingua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil Ao passo que nós O que fazemos E macaquear A sintaxe lusíada A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem Terras que não sabia onde ficavam Recife... Rua da União... A casa de meu avô... Nunca pensel que ela acabassel Tudo la parecia impregnado de eternidade Recife... Meu avó morto. Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro como a casa de meu avó."
- - Bandeira, Manuel (1966). Estrêla da vida inteira: poesias reunidas. [S.l.]: J. Olympio. 487 páginas. ISBN 9788520919750
- "Comecei a escrever pequenos contos logo que me alfabetizaram, e escrevi-os em português, é claro. Criei-me em Recife. […] E nasci para escrever. A palavra é meu domínio sobre o mundo."
- - Lispector, Clarice (27 de agosto de 2021). Aprendendo a viver. [S.l.]: Rocco Digital. 256 páginas. ISBN 9786555950779
- Cantiga
- Nas ondas da praia
Nas ondas do mar Quero ser feliz Quero me afogar.
- Nas ondas da praia
Quem vem me beijar? Quero a estrela-d'alva Rainha do mar.
- Quero ser feliz
Nas ondas do mar Quero esquecer tudo Quero descansar.
- - Bandeira, Manuel (7 de julho de 2020). Melhores poemas: Manuel Bandeira. [S.l.]: Global Editora. 158 páginas. ISBN 9786556120072
Atribuídas
[editar]- "Liverpool, como nenhuma outra cidade, concentrou-se simultaneamente em todas as funções centrais do comércio global de algodão. Seus comerciantes comercializavam a tonelada de algodão cru, embarcavam mercadorias de algodão e financiavam tanto a agricultura de algodão quanto a fabricação de algodão. Outras cidades algodoeiras eram mais especializadas em suas atividades. Os comerciantes de Nova Orleans, Alexandria e Bombaim, por exemplo, dominavam a exportação de algodão em bruto, enquanto os comerciantes de Bremen e Le Havre recebiam seus carregamentos. Os comerciantes de Nova York e Londres concentraram-se no financiamento do comércio. E mercadores amplamente dispersos em cidades de Buenos Aires a Recife, Hamburgo a Calcutá recebiam carregamentos de fios e tecidos e os distribuíam pelo interior."
- - "Liverpool, like no other city, concentrated simultaneously on all the core functions of the global cotton trade. Its merchants traded raw cot ton, shipped cotton goods, and financed both cotton agriculture and cot ton manufacturing. Other cotton cities were more specialized in their activities. Merchants in New Orleans, Alexandria, and Bombay, for example, mastered the export of raw cotton, while Bremen and Le Havre merchants received their shipments. New York and London merchants focused on financing the trade. And widely dispersed merchants in cities from Buenos Aires to Recife, Hamburg to Calcutta received shipments of yarn and cloth and distributed them through their hinterlands."
- - Beckert, Sven (2 de dezembro de 2014). Empire of Cotton: A Global History (em inglês). [S.l.]: Knopf Doubleday Publishing Group. p. 202–203. 640 páginas. ISBN 9780385353250