Fábio Konder Comparato
Aspeto
Fábio Konder Comparato | |
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Nascimento | 6 de outubro de 1936 Santos |
Cidadania | Brasil |
Alma mater |
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Ocupação | advogado |
Prêmios |
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Empregador(a) | Universidade de São Paulo |
Fábio Konder Comparato (Santos, 8 de outubro de 1936) é um advogado, escritor e jurista brasileiro.
- "Mesmo que o presidente Lula levasse a termo o anúncio de construção de um novo aeroporto, isso levaria uns dez anos e ele não estaria mais no poder. Nenhum governante gosta de construir algo para que seu sucessor inaugure."
- -Em entrevista ao O Estado de S.Paulo - 29.7.2007
- "Em todos os governos, há uma tendência incoercível à auto-suficiência. O poder acorda a besta egoísta que dorme em cada um de nós. Por mais que se queira formar um governante generoso e altruísta, é preciso saber que o exercício do poder o leva fatalmente a esta autoconcentração. Daí, a necessidade de se estabelecer controles objetivos e a urgência de uma reforma política."
- -Em entrevista ao O Estado de S.Paulo - 29.7.2007
- "No Brasil, essa tendência quase paranóica à auto-suficiência de quem exerce o comando é muito reforçada pela nossa tradição de onipotência do Poder Executivo. Essa expressão é de Joaquim Nabuco, quando ele escreveu O Estadista do Império, referindo-se ao imperador. Isso é uma tradição que tem raízes na Península Ibérica, onde o poder sempre foi muito personalizado. No caso brasileiro, o Poder Executivo é hegemônico e se concentra no presidente da República."
- -Em entrevista ao O Estado de S.Paulo - 29.7.2007
- "O estilo do presidente Lula é de não demitir ninguém, deixando a situação apodrecer de tal forma até que o ministro peça para sair. Assim, a função do chefe de Estado fica absorvida pelas negociações partidárias, que nada têm a ver com o interesse coletivo."
- -Em entrevista ao O Estado de S.Paulo - 29.7.2007
- "Questão de mentalidade, de tradição imediatista do brasileiro. Há também a disfuncionalidade dos órgãos de Estado. Todas as políticas públicas de infra-estrutura, como energia, transporte e comunicações, e políticas sociais, como educação, saúde e segurança, estão concentradas no chefe do Poder Executivo. Ele tem um mandato de quatro anos e a segunda metade é sempre dedicada à eleição ou reeleição."
- -Em entrevista ao O Estado de S.Paulo - 29.7.2007
- "O povo brasileiro fica fora de si porque não tem a quem recorrer. Uma solução para isso seria multiplicar as ouvidorias. Não sinto falta de ouvidores da companhia ou do governo, mas de ouvidores de alguma forma apontados pela população. As entidades de defesa dos direitos do consumidor poderiam escolher pessoas assim. Gente que teria uma ligação direta com o MP. E precisamos cobrar cada vez mais do MP. Este órgão deveria cada vez mais cortar os laços com o governo. Laços que ainda existem no plano federal, afinal, o chefe do MP é designado pelo presidente da República. E não poderia ser nomeado pelo Poder Executivo, jamais."
- -Em entrevista ao O Estado de S.Paulo - 29.7.2007