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Ranieri Mazzilli

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
(Redirecionado de Pascoal Ranieri Mazzilli)
Ranieri Mazzilli
Ranieri Mazzilli
Nascimento 27 de abril de 1910
Caconde
Morte 21 de abril de 1975
Caconde (ditadura militar brasileira)
Cidadania Brasil
Alma mater
  • Universidade Federal Fluminense
Ocupação político, advogado, jornalista
Prêmios
  • Grande Cruz do Mérito da República Federal da Alemanha
  • Ordem de Rio Branco
Causa da morte parada cardiorrespiratória
Assinatura

Ranieri Mazzilli (?) foi um político brasileiro, ex-presidente do Brasil.


Verificadas

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"Desejo informar à Nação que se, nas duas casas do Congresso, houverem por bem reconhecer os motivos invocados na mensagem, me considero incompatibilizado para candidatar-me em substituição do Sr. Jânio Quadros no exercício efetivo da presidência da República. Estou certo de que a Nação há de reconhecer que a atual conjuntura exigirá de mim o mais nobre e alto desinteresse pelas investiduras pessoais, ao lado do sagrado dever de defender as instituições democráticas."

- Ranieri Mazzilli, citado em: SOUZA, Wornei Almeida de. A República e A História Dos Presidentes do Brasil. Discovery Publicações, 2017.

Sobre

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  • "Sob uma aparência de normalidade, foi empossado o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli. Mas, na realidade, naquele final de março e em 1º de abril de 1964 estava se instaurando o primeiro regime militar no Brasil, que duraria até o começo dos anos 80."
- professor Boris Fausto [1]
  • "Entre os presidentes na História recente do Brasil, o que se deu melhor no cargo foi o Ranieri Mazzilli. [...] a Presidência volta e meia ficava vaga e Mazzilli, que era presidente do Senado ou coisa parecida, assumia. A primeira coisa que fazia era visitar sua cidade natal, onde desfilava em carro aberto e recebia todas as homenagens a que tinha direito como presidente, mesmo provisório. Três ou quatro dia depois deixava o cargo. Mas já estava na História. E só levava boas lembranças de sua passagem pelo poder."
- Luis Fernando Veríssimo, Placar Magazine 26 jun. 1981.
- [2]
  • "Razão tinha Mazzilli. Era empossado e corria para sua cidade. Não era só vaidade. Era uma correta apreciação das únicas vantagens do poder: a pompa, a adulação e um nome na posteridade, mesmo que fosse num post-scriptum"
- Luis Fernando Veríssimo, Placar Magazine 26 jun. 1981.
- [3]
  • "A intervenção militar nas entidades de esquerda foi imediata. Dias depois do presidente da Câmara Ranieri Mazzilli tomar posse, o Alto Comando Revolucionário do Exército tratou de pôr termo à várias entidades e instituições que colaboravam com o governo de João Goulart e com a euforia por ele permitida. O Iseb foi fechado a partir de um decreto do governo federal e a UNE foi colocada na clandestinidade, tendo sua sede no bairro de Botafogo (RJ) destruída por um incêndio."
- Rodrigo Czajka, in Redesenhando Ideologias: Cultura e Política em Tempos de Golpe [4]
  • "No dia 1º de abril de 1964, na farda sempre amarrotada do velho general, acordou o jovem capitão Costa e Silva. Negaceara com a insurreição, mas, uma vez na cadeira de ministro da Guerra, fechou o tempo. Intitulou-se comandante do Exército, desacatou governadores, humilhou o presidente Ranieri Mazzilli dizendo que não lhe devia subordinação."
- Elio Gaspari, in A Ditadura Envergonhada
  • "'Perdi a eleição' [votando no Marechal Teixeira Lott], mas com dois consolos. Entre o entra e sai de Jango, o deputado federal Ranieri Mazzilli (1910 – 1975) 'governou' o Brasil por 13 dias, duas vezes!!! E Ranieri Mazzilli era natural de... Caconde e primo de Domingos Mazzilli, prefeito de Muzambinho e dono da “Casa Mazzilli”, onde minha Tia Antônia comprou meu primeiro rádio, um GE de capa de couro marrom."
- Milton Neves, 2018
- Texto: [5]
  • "Os militares lhe impuseram uma decadência precoce aos 55 anos. Sem poder e influência, alvo do escárnio dos adversários, Pascoal Ranieri Mazzili foi condenado ao esquecimento. Tomou as rédeas da sua fazenda de café em Ouro Fino, Minas, e lá trabalhou até sua morte aos 64 anos, na UTI do Hospital Oswaldo Cruz, na madrugada do dia 21 de abril de 1975."
- Marcelo Tognozzi, in O poder não perdoa: [6]