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Miguel Sousa Tavares

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
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Miguel Andresen de Sousa Tavares (Porto, 25 de Junho de 1952) é um jornalista e escritor português.


  • "Hoje existem tantas engenharias, que um dia poderá haver também a engenharia de torneiras."
- Disse num programa de televisão, em 1999 ou 2000
  • “Foi um príncipe do jornalismo. Era uma das pessoas que mais admirava em Portugal e sinto a falta do seu pensamento, da sua escrita e luminosidade. Lá, onde ele esteja, tenho a presunção de achar que ia gostar de saber que eu ganhei este prémio com o seu nome."
- Afirmou ao receber o 'Prémio Victor Cunha Rego de Jornalismo e Comunicação', em Junho de 2007.
  • "Sem dúvida que Portugal precisa de muito mais crianças, de maior taxa de natalidade. Mas isso não se consegue forçando o nascimento de crianças não desejadas, mas sim com crianças desejadas e condições para as desejar. Entretanto, temos outro problema para resolver que é o de saber como deveremos tratar as cerca de 40.000 mulheres que se estima que fazem abortos todos os anos. Temos a alternativa de continuar a deixá-las entregues a si próprias e, conforme o dinheiro que têm, optarem entre Badajoz ou a abortadeira de bairro. E temos a alternativa do Serviço Nacional de Saúde, com vigilância médica e acompanhamento psicológico. Eu defendo a segunda, da mesma forma que há muitos anos defendo que o Estado devia vender droga nos centros de saúde, sob vigilância médica e acompanhamento terapêutico e psicológico. Porque me impressiona uma sociedade que satisfaz a sua consciência chutando simplesmente os problemas para a clandestinidade e o Código Penal."
- Expresso, Feb. 2007
  • "E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos,julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
  • "O Fc Porto é a empresa portuguesa mais conhecida no mundo."
- Sic, dia 23 de Maio de 2011 [1]
  • "(O Brasil) é um país novo, de que eu gosto há muitos anos. É um país optimista, não está cansado, não está desiludido, sem esperança. Mesmo que agora haja tanta asneira feita no Brasil, todos os dias, não é? Só que eles têm espaço e tempo para uma maior dose de asneira do que nós."
- Diário de Notícias, 5 Julho 2009 [2]
  • "Portugal não tem capacidade de aprender com os erros cometidos. Repetimos os mesmos erros. Umas vezes por burrice, outras por desonestidade pura e simples, oportunidade de negócio, etc. Quase desejava que nos fechassem a torneira dos dinheiros europeus, que fôssemos obrigados a viver com aquilo que produzimos, com a riqueza que produzimos, para que os portugueses aprendessem. "
- Diário de Notícias, 5 Julho 2009 [3]
  • "Cada país tem os heróis que quer. Em Portugal, um indivíduo que ficou em terceiro lugar na Fórmula 1, numa corrida em que só acabaram cinco carros, recebe uma Comenda do Presidente da República. Temos 20 mil heróis nacionais condecorados pelos Presidentes da República, desde o 25 de Abril."
- Visão, 22 Fevereiro de 2010 [4]
  • "Há tempos, dizia-se que somos um país adiado. Hoje, acho que o mais certo é dizer que somos um país cancelado."
- Expresso, 21 de Junho de 2009
  • "Só quem quer brincar com coisas sérias e não sabe do que está a falar é que diz que há censura em Portugal. Não há censura nenhuma em Portugal. Ponha o dedo no ar a primeira pessoa que, de facto, queira dizer alguma coisa e tenha sido proibida de o fazer. "
- Visão, 22 Fevereiro de 2010 [5]
  • "Se amanhã não puder pagar à minha empregada, tenho vergonha. Mas há pessoas que levaram centenas à miséria e estão-se nas tintas - vão à Igreja, ajoelham-se, continuam a ser da Opus Dei, a ter os seus iates e casas fantásticas e a apregoar que estão outra vez no activo. Como é possível? A vida não é a feijões..."
- Visão, 22 Fevereiro de 2010 [6]
  • "Estou como Paulo Portas que outro dia dizia que preferia pessoas com mau feitio e bom carácter do que o contrário. Acho que tenho mau feitio, mas bom carácter."
- Visão, 22 Fevereiro de 2010 [7]
  • "Faço o que gosto, rigorosamente o que gosto, quando gosto, como gosto, no meu espaço e ainda me pagam bem. Não tenho ninguém em quem mandar, ninguém manda em mim. Agora parece fácil, mas na altura em que escolhi ficar em casa, sem nada de certo, arriquei. "
- Visão, 22 Fevereiro de 2010 [8]
  • "Não estou na moda do póker. Joguei nas férias da minha juventude, mas como não tinha dinheiro, perdia sempre. É como o capitalismo - não nos podemos meter em cavalarias se não temos dinheiro para isso."
- Visão, 22 Fevereiro de 2010 [9]
  • "Nunca foi tão importante haver boa literatura infantil, porque as crianças são atraídas por milhares de coisas mais fáceis, instantâneas e baratas que o livro. Com boa literatura infantil, defende-se o livro."
- DN, 26 Maio de 2010 [10]
  • "Vejo o direito à greve como coisa essencial numa democracia e, por isso mesmo, contesto a sua banalização, sobretudo quando os objectivos concretos da greve não se entendem"
- Expresso [11]
  • "Se gastamos sempre mais do que temos e não damos sinal algum de querer mudar de vida, como é que esperamos que nos emprestem dinheiro barato? Você emprestava dinheiro a Portugal?
- Expresso [12]
  • "Este acordo com a troika é uma perda de soberania imensa? Oh, sim, sem dúvida. Mas, quando se perdeu a vergonha, perder o orgulho é apenas uma consequência."
- Expresso [13]
  • "Tivemos as eleições da Madeira e, desta vez, os madeirenses foram votar sabendo a situação de ruína em que os colocaram trinta anos de reeleições sucessivas do seu cacique e a sua governação demente e desavergonhada. Alguns perceberam as consequências, a grande maioria não. Lá reconduziram o Alberto João Jardim, mais uma vez e com maioria absoluta. A mensagem que enviaram aos portugueses de cá foi simples: "Queremos continuar a viver assim e vocês a pagarem as contas". Pus-me a pensar o que deu a Madeira a Portugal, ao longo de todos estes anos, sabendo que, de impostos, não paga um cêntimo ao país, só recebe. Pus-me a pensar e não encontrei nada mais do que um poeta, Herberto Helder, e um futebolista, Cristiano Ronaldo.
- Expresso [14]"
  • "Enquanto prevalecer a cultura do 'eles' (os responsáveis por todos os males) e 'nós' (as inocentes vítimas deles), vai ser muito difícil convencer os portugueses de que não há vida para a frente com a vida que levamos.
- Expresso, 20 de janeiro de 2011 [15]"
  • "Esta é uma crise de valores éticos, de valores de vida em sociedade. E mal vai o mundo se não há uma geração de líderes políticos com capacidade e coragem de fazer frente a este bando de abutres que suga o trabalho, o esforço e os sonhos de tanta gente que é vítima da sua ganância sem limite. Esse é o combate inadiável, sem o qual nenhum sacrifício do presente faz sentido.
- Expresso, 30 de Dezembro de 2010 [16]"
  • "O WikiLeaks era o passo seguinte e previsível desta filosofia de que vale tudo, nada é segredo, nada é reservado, tudo é devido, tudo é interesse público, tudo é liberdade de informação. Não é por acaso que alguns dos mais prósperos títulos da nossa imprensa são das chamadas "revistas sociais", onde a vida privada das pessoas é exposta publicamente - umas vezes, por vontade das próprias, que assim se tornam, mesmo que tristemente, conhecidas, visto que não têm outra forma de o ser, ou então contra a vontade dos outros, que vêem a sua intimidade devassada por células de fotógrafos emboscados e de jovens jornalistas que, coitados, vieram para o jornalismo cheios de ideais e acabaram forçados a bisbilhotar a vida alheia em nome do 'interesse público'.
- Expresso, 16 de Dezembro de 2010 [17]"
  • "Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
- sem fonte definida.