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Grey's Anatomy (Temporada 6)

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
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Grey's Anatomy (2005 – ?) é um dos mais bem-sucedidos dramas médicos da atualidade. Foi criada por Shonda Rhimes

Temporada 6

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Good Mourning [6.1]

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[Meredith narrando]: De acordo com Elisabeth Kübler-Ross, quando estamos morrendo ou quando sofremos uma perda catastrófica, nós passamos por cinco diferentes estágios de luto. Ficamos em negação, porque a perda é tão impensável que não conseguimos imaginar que é real. Ficamos com raiva de todo mundo. Raiva dos sobreviventes, raiva do universo. Depois negociamos. Imploramos. Suplicamos. Oferecemos tudo o que tempo, oferecemos nossas almas em troca de mais um dia. Quando a negociação falha e a raiva é demais para manter, entramos em depressão. Desespero. Até que finalmente precisamos aceitar que fizemos tudo o que podíamos. Deixamos ir. Deixamos ir e começamos a aceitar.

Meredith: Ele escreveu na minha mão.
Lexie, Bailey, Hunt, Cristina, Shepherd, Sloan, Callie, Chefe: O que quer dizer com isso?
Meredith: Ele pegou minha mão, apertou e escreveu com seu dedo.
Derek: Ele escreveu com o dedo?
Meredith: Sabe, na minha mão. Ele escreveu 007.
Bailey: [pega a mão de Meredith e começa a escrever nela usando o dedo] Okay, o que eu escrevi?
Meredith: Joe?
Bailey: NÃO!! Não escrevi JOE!
Cristina: Tá falando sério?
Webber: Quer dizer que pode não ser O’Malley?
Mark: Isso é engraçado.
Webber: Alguém tentou ligar pra ele? Alguém pode colocar ele no celular?
[todos pegam os celulares e começam a ligar]
Meredith: Estou dizendo a vocês que ele apertou minha mão.
Bailey: Fica quieta! Você não pode mais falar! Não pode falar nunca mais!
Meredith: Poderia jurar que era George.

[Izzie e Alex chegam em casa e encontram Derek e Meredith transando na escada]
Meredith: Somos recém-casados!
Izzie: Um casamento de post-it não faz de vocês recém-casados!

[Meredith narrando]: Na faculdade de medicina, temos centenas de lições que nos ensinam a lutar contra a morte, mas nenhuma lição sobre como continuar vivendo.

Goodbye [6.2]

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[Meredith narrando]: O dicionário define o luto como: “angústia ou sofrimento mental profundo por uma perda, magoa lancinante ou tristeza profunda. ” Como cirurgiões, como cientistas, fomos ensinados a aprender com os livros e a confiar em suas definições e conclusões. Mas, na vida, definições precisas raramente se aplicam. Na vida, o pesar pode parecer com muitas coisas que guardam apenas uma pequena semelhança com tristeza profunda.

Arizona: McSonho.
Derek: Quê?
Arizona: Agora eu entendo essa coisa de “McSonho”. Não entendia. Não entendia antes. Mas entendo agora. Sabe que chamam você assim, certo? [Alex revira os olhos]
Derek: [sorri] Sim.
Arizona: Estou comprometida, aliás, caso você tenha achado que eu estava dando em cima de você, porque não estava. Além do mais, soube que você se casou, então, parabéns.
Derek: sim, obrigado.
Alex: Você escreveu umas besteiras num post-it na sala dos residentes. Sinto muito, mas até você suar feito um porco de fraque, com uma bola de tafetá branco vindo em sua direção na igreja, não está casado.
Derek: Ah, eu já consumei meu casamento. Consumo o meu o tempo inteiro. Como está indo pra você, Karev? As garotas falam. Você pode querer considerar isso da próxima vez que julgar meu post-it.

Izzie: Levanta. Tô mandando se levantar. Levanta. Agora vá arrumar uma vida.
Amanda: Não consigo.
Izzie: George era cirurgião. Ele tinha o propósito de salvar vidas e agora ele não pode mais fazer isso. Agora ele não pode fazer mais nada. Você pode. Você poderia ir pra faculdade de medicina, sabe. Poderia sair com seus amigos esquisitos. Não me importo com o que vai fazer. Só vá fazer alguma coisa com sua vida, porque você tem uma. Você sobreviveu. Você sobreviveu e o George, não. E eu sei... eu sei que isso parece horrível e chocante e assustador, mas você sobreviveu. Então, vá viver sua maldita vida.
Amanda: Eu não sei como.
Izzie: Ninguém sabe. Ninguém sabe como. Mas tenha respeito o bastante por George pra descobrir, porque se eu a vir sentada nesse banco de novo, eu vou bater em você até descobrir.

Alex: [para Izzie] Você morreu nos meus braços. Morreu nos meus braços. Você morreu e deixou instruções de que eu não poderia salvar sua vida. Quer saber do que tenho medo? Tenho medo de tudo! Tenho medo de me mexer! Tenho medo de respirar! Tenho medo de tocar em você! Não posso perder você. Não vou sobreviver. E isso é culpa sua. Você me fez amar você, você me fez deixa-la entrar, e depois você morreu nos meus braços!

[narração]:
Lexie: O pesar pode ser uma coisa que todos temos em comum, mas ele é diferente em cada um.
Mark: Não é só pela morte que sentimos pesar. É pela vida. Pelas perdas. Pelas mudanças.
Alex: E quando nos perguntamos porque tudo tem que ser tão sofrido, porque tem que doer tanto, o que não podemos esquecer é que tudo pode mudar em um instante.
Izzie: É assim que se vive. Quando dói tanto que não você pode respirar, é assim que você sobrevive.
Derek: Lembrando que um dia, de alguma forma inimaginável, você não se sentirá dessa forma. Não doerá tanto.
Bailey: O pesar chega no seu próprio tempo pra todo mundo, do seu próprio jeito.
Owen: Então, o melhor que podemos fazer, o melhor que todos podem fazer, é tentar ser honesto.
Meredith: A pior coisa, a pior parte do pesar é que você não consegue controlar.
Arizona: O melhor que podemos fazer é nos permitir senti-lo quando ele chegar.
Callie: E deixar ir quando pudermos.
Meredith: A pior parte mesmo é aquele minuto que você acha que superou e aí começa tudo de novo.
Cristina: E sempre, todas as vezes, tira o seu fôlego.
Meredith: Há cinco estágios de pesar. Parecem diferentes em cada um de nós, mas são sempre cinco.
Alex: Negação.
Derek: Raiva.
Bailey: Negociação.
Lexie: Depressão.
Webber: Aceitação.

I Always Feel Like Somebody's Watchin' Me [6.3]

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[Meredith narrando]: A paranoia nos dá uma vantagem na SO. Cirurgiões têm sempre o pior cenário rodando na cabeça. Você está pronta para fechar, conteve a hemorragia. Você sabe disso, mas sempre tem uma voz na sua cabeça perguntando. E se você não fez? E se o paciente morrer e você pudesse ter prevenido? Então, cheque seu trabalho mais uma vez antes de fechar. A paranoia é a melhor amiga de um cirurgião.

Arizona: Não é uma boa ideia irritar sua atendente.
Cristina: Ah, não sabia, se ele estiver chateado eu me desculpo.
Arizona: Não estava falando sobre ele.
Cristina: Não entendi.
Arizona: Gosto de crianças, e gosto dos seus pais, e gosto de vê-los sorrir. Então, gosto de pegar pudim pra eles e jogar jogos com eles. Porque assim reimplantar bracinhos fica mais divertido. Não gosto de ser usada. E gosto muito menos que mintam pra mim.

Arizona: Odeio, odeio, odeio essa fusão. Porque odeio relacionamentos a distancia. Não acredito neles. Então, você não se mudar pra Portland.
Callie: Quando eu falei sobre isso hoje de tarde você não pareceu se importar. Você disse, “então vá”
Arizona: Não sabia que eu podia me importar. Não sabia se éramos namoradas. Mas depois você disse, você me chamou de sua namorada. Então, eu preciso saber. Sou sua namorada?
Callie: É.
Arizona: OK. Ótimo. Então, é, não, você não vai pra Portland. Não, o que você vai fazer é ir ao escritório do Chefe e implorar-
Callie: Não vou rastejar!
Arizona: Sim, você vai! Sério, não quer mexer comigo.

[Meredith narrando]: Somos todos suscetíveis a isso, ao receio e a ansiedade de não saber o que está por vir. Não faz sentido no final, porque toda preocupação e todo o planejamento pelas coisas que podem ou não acontecer, só piora. Então, passei com seu cachorro ou tire uma soneca. Não importa o que acontece, só pare de se preocupar. Porque a única cura para paranoia é estar aqui, exatamente onde você está.

Tainted Obligation [6.4]

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[Meredith narrando]: Começamos a vida com poucas obrigações. Juramos obediência a bandeira. Juramos devolver os livros da biblioteca. Mas, à medida que envelhecemos, trocamos votos, fazemos promessas, ficamos sobrecarregados de obrigações. Não fazer o mal. Dizer a verdade e nada além da verdade. Amar e cuidar até que a morte nos separe. Vamos adicionando cada vez mais até que devemos tudo a todos e, de repente pensamos, “que diabos...?”

Lexie: [para Meredith] Não queria fazer isso. Não queria ter que vir até você pra pedir alguma coisa, nunca. Então, pensei que se eu checasse seu tipo sanguíneo e não fosse compatível, então tudo bem. Aí não consegui parar de pensar a respeito. Mas não consigo, porque você tem o sangue dele. E eu sei que ele não é seu pai. Sei que ele nunca foi presente pra você e eu nunca pediria pra você dar nada a ele, porque ele não merece nada seu. Mas ele... ele vai morrer, Meredith. Então, estou pedindo pra você dar algo a mim. Estou pedindo... estou pedindo pra você me dar o meu pai, porque por pior que ele tenha sido pra você, gente, ele foi maravilhoso pra mim. Ele nunca perdeu uma única apresentação, ele estava lá na minha formatura da 5ª série. E isso não é nem uma coisa de verdade. Eu sei que ele não é seu pai. Mas, por alguma razão, você tem o sangue dele e eu, não. Então, estou pedindo a você pra me dar o meu pai.

Webber: Tenho a responsabilidade de fazer desse hospital o melhor que pode ser, de reparar o que quebrou, mesmo que tenha sido há vinte anos. Se agora eu sou o cara mal, se agora eu sou o vilão... então que seja.

Bailey: Eu tinha cinco internos. Quatro de vocês esteve nessa mesas. Uma de vocês tem câncer, um de vocês morreu. É melhor não fazer gracinhas comigo, Grey.

[Meredith narrando]: O problema sobre ser cirurgião é que todo mundo quer um pedaço de você. Fazemos um pequeno voto e, do nada, estamos nos afogando em obrigações. Com os nossos pacientes, com nossos colegas, com a própria medicina. Então fazemos o que qualquer pessoa sã faria: corremos de nossas promessas, esperando que sejam esquecidas. Mas, mais cedo ou mais tarde, elas sempre nos alcançam. Mas às vezes descobrimos que a obrigação que mais nos assusta não vale toda a fuga.

Invasion [6.5]

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[Meredith narrando]: Quando você fica doente, começa com uma única bactéria. Uma única e desagradável intrusa. Muito rapidamente, a intrusa se multiplica. Se transforma em duas. Depois essas duas viram quatro. E essas quatro viram oito. Depois, antes que seu corpo perceba, está sob ataque. É uma invasão. A pergunta para o médico é, uma vez que os invasores apareceram, uma vez que tomaram conta do seu corpo, como diabos você se livra deles?

Callie: Papai.
Sr. Torres: Calliope
Callie: O que está fazendo aqui?
Sr. Torres: Eu vim ver você.
Callie: Por que?
Sr. Torres: Calliope, costumávamos conversar. Todos os domingos eu esperava você ligar e você me contava tudo. Tudo sobre suas loucas aventuras. Até mesmo quando você estava em apuros. Você me ligava e a gente resolvia. A gente sempre resolvia, filha.
Callie: Papai. [abraça] Sinto muito que as coisas tenham ficado tão...
Sr. Torres: Claro.
Callie: Mas o fato de você ter vindo... Pai, aquele é o Padre Kevin?
Padre Kevin: Olá, Calliope
Callie: Espera... vocês dois estão aqui pra... você acha que pode exorcizar a homossexualidade.
Sr. Torres: Se pudermos apenas sentar e conversar...
Callie: Não pode exorcizar a homossexualidade.
Sr. Torres: Calliope Iphigenia Torres.
Callie: [grita] Não pode exorcizar a homossexualidade!

Mr. Torres: Levíticos: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher, abominação é.”
Callie: Ah, não faça isso, pai! Não cite a bíblia pra mim!
Mr. Torres: “É imenso o clamor que vem de Sodoma e Gomorra, e o seu pecado extremamente grave.”
Padre Kevin: Carlos, não foi isso o que...
Callie: Jesus: “Dou-vos um novo mandamento: amai-vos uns aos outros.”.
Sr. Torres: Romanos: “sabemos que a lei é-
Callie: Jesus: “Quem estiver sem pecado, que atire a primeira pedra.”
Sr. Torres: Então você admite que é um pecado?
Callie: “abençoados são os misericordiosos, pois serão perdoados.” Jesus: “abençoados são os puros que coração, pois estes verão Deus.” Jesus: “Abençoados os perseguidos em nome da justiça, pois deles é o reino dos céus.” Jesus é meu salvador, pai, não o senhor! E Jesus teria vergonha do senhor por me julgar! Ele teria vergonha do senhor por virar as costas pra mim! Ele teria vergonha!

Arizona: [ao Sr. Torres] A maioria das pessoas acham que meu nome é por causa do Estado, mas não é verdade. Meu nome é por causa de um navio de guerra. O USS Arizona. Meu avô estava no “Arizona” quando os japoneses bombardearam o Pearl Harbor, e ele salvou dezenove homens antes de se afogar. Quase tudo que meu pai faz na vida inteira dele se resume a honrar esse sacrifício. Eu fui criada para ser um bom homem durante uma tempestade, criada para amar meu país, amar minha família e proteger as coisas que eu amo. Quando meu pai, Coronel Daniel Robbins do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, soube que eu era lésbica, ele perguntou apenas uma coisa. Eu estava pronta pra “O quão rápido você pode sair da minha casa?” Mas, ao invés disso, foi: “Você ainda é quem eu criei pra ser?” Meu acredita no país do mesmo jeito que o senhor acredite em Deus. E meu pai não é um homem que se curva, mas ele se curvou por mim porque eu sou filha dele. Sou um bom homem numa tempestade. Amo a sua filha. E eu protejo as coisas que amo. Não que eu precise, ela não precisa disso. Ela é forte, e cuidados, e honrável. E ela é quem o senhor criou para ser.

[Meredith narrando]: O que você faz quando a infecção atinge você, quando ela toma conta? Faz o que tem que fazer e toma seu remédio? Ou aprende a viver com a coisa e espera que um dia ela vá embora? Ou desiste totalmente e deixa que mate você?

I Saw What I Saw [6.6]

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[Meredith narrando]: Para poder ter um bom diagnóstico, médicos precisam mudar constantemente sua perspectiva. Começamos com o ponto de vista do paciente, apesar de muitas vezes eles não terem ideia do que está acontecendo. Então analisamos o paciente de todos os ângulos possíveis. Descartamos coisas. Descobrimos novas informações, tentando chegar ao que está errado. Nos pedem uma segunda opinião, esperando que vejamos algo que passou despercebido por outros. Para um paciente, uma nova perspectiva pode significar a diferença entre a vida e a morte. Para um médico, pode significar comprar uma briga com todos os colegas que chegaram antes.

Meredith: As pessoas do Mercy West são tão ruins assim?
Cristina: Eles estão por todo lado e há mais deles do que dos nossos, e eles estão arrebentando com a gente. Sinto falta da Izzie. Nós precisamos de mais de nós, então volte logo.
Meredith: Preciso ter alta primeiro. Quer falsificar a assinatura de Bailey?
Cristina: Não, aí eu sou demitida. Aaah, peça a um dos novos. Faça eles serem demitidos.

Reed: Eles nos odeiam, April. Não importa o quanto somos bons, vamos cair. Porque eles chegaram aqui primeiro e eles mandam aqui, e nos odeiam.
April: Não vou deixá-los me odiar, sou fácil de gostar.
Reed: Na verdade, demora um tempo. Eu odiei você primeiro.

Arizon: Você o deixou sozinho? O que estava pensando?!
Lexie: Eu... sinto muito... eu sinto que...
Arizona: Não, você não pode sentir nada! Porque ele está sentindo tudo, cada nervo está exposto e em carne viva e o que temos que fazer vai doer ainda mais antes de melhorar. Portanto, se tem sentimentos, é melhor deixá-los para outra hora. Esqueça e converse com ele sobre seu futuro e lembre a ele que ele tem um, após toda essa dor. E se não consegue fazer isso, se não consegue fazer seu trabalho, então vá procurar alguém que consiga e traga até mim.

[Meredith narrando]: Quando temos que encarar uma situação terrível, é aí que saímos à procura de uma segunda opinião. E às vezes, a resposta que recebemos apenas confirma nossos piores medos. Mas, às vezes, ela pode lançar uma nova luz sobre o problema. E faz com que o vejamos de uma forma completamente nova. Após todas as opiniões terem sido ouvidas e todos os pontos de vistas considerados, você finalmente acha o que está procurando – a verdade. Mas não é aí que acaba, é só onde começa de novo com um monte de novas perguntas.

Give Peace A Chance [6.7]

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[Derek narrando]: Pergunte a maioria dos cirurgiões o porquê deles terem se tornado cirurgiões e geralmente será a mesma resposta: pelo barato, a adrenalina, pela emoção que vem ao se abrir alguém e salvar sua vida. Pra mim foi diferente. Talvez porque eu tenha crescido em uma casa com quatro irmãs. Não, definitivamente foi porque eu cresci em uma casa com quatro irmãs, porque foi o silêncio que me atraiu até a cirurgia. A sala de operação é um lugar silencioso. Pacifico. Precisa ser para que possamos ficar alertas e antecipar complicações. Quando você fica em um SO, com seu paciente aberto na mesa, todo o barulho do mundo, todas as preocupações, desaparecem. Uma calma paira sobre você, o tempo passa sem perceber. Porque naquele momento, você se sente completamente em paz.

Isaac: Não, não me feche. Se você entrar e ficar muito complicado, vá em frente. Pode me deixar paraplégico. Eu sobrevivi a uma guerra, não sabia? Sobrevivi uma guerra em que colocavam corpos em valas coletivas, onde antes havia um parquinho. Sobrevivi a morte da minha família, dos meus pais, dos meus irmãos e irmãs. E depois eu sobrevivi a morte da minha esposa e filho quando morreram de fome em campo de refúgio. Sobrevivi a perda da minha pátria, a não poder mais ouvir minha língua nativa, a não saber o sentimento de ter um lugar para chamar de lar. Eu sobrevivi. E vou sobreviver à perda das minhas pernas. Se for preciso, eu sobreviverei, certo? Mas Derek, tem sempre outro jeito mesmo quando parece que não tem mais jeito. Há uma maneira de fazer o impossível, de sobreviver o impensável. Há sempre um jeito. E você... você e eu temos isso em comum. Somos inspirados. Diante do impossível, ficamos inspirados. Então, se eu posso oferecer um pequeno conselho ao neurocirurgião mais renomado do mundo: hoje, se sentir medo, em vez disso, fique inspirado. Ok, estou pronto. Pode me colocar pra dormir.

Lexie: Eu usei uma fralda ontem, sim – e vou usar outra hoje. Se isso ajudar o Dr. Shepherd nessa cirurgia, eu vou usar uma fralda. Minha fralda é incrível. Minha fralda é radical. Você queria ter coragem de usar minha fralda. Eu vou usá-la, e vou usar com orgulho. E se eu precisar fazer xixi? Ah, vou fazer. Porque sou uma cirurgiã. Essa é a América. E eu vou fazer o que for preciso. Portanto, pode morrer de inveja.

Arizona: Não, não, ei ei ei ei ei ei!
Webber: Saia!
Arizona: Não!
Webber: Dra. Robbins!
Arizona: Eu disse não! Dr. Shepherd está operando a medula de um homem neste momento. Até mesmo a menor distração pode causar uma lesão gravíssima no paciente. Um paciente que trabalha aqui e cuja vida quero que o Dr. Shepherd salve. Então, não... não pode entrar aqui e começar a brigar. Hoje não, chefe, só se passar por cima de mim.
Callie: Nossa, não esperava por isso. [Arizona deita a cabeça no ombro dela e começa a chorar] Isso sim eu esperava.

[Derek narrando]: Pergunte à maioria dos cirurgiões porquê eles se tornaram cirurgiões, e a resposta geralmente será a mesma: o barato, a adrenalina, a emoção de cortar. Pra mim, foi o silêncio. A paz não é um estado permanente. Existe em momentos. Flutuando. Some mesmo antes de sabermos que estava lá. Podemos senti-la a qualquer momento: num ato de bondade de um estranho; um gesto que requer foco total, ou simplesmente numa rotina confortante. Todos os dias sentimos esses momentos de paz. O truque é saber quando estão acontecendo para que possamos abraçá-los, vivê-los. E, finalmente, deixá-los ir.

Invest in Love [6.8]

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[Meredith narrando]: É impossível descrever o pânico que toma conta quando você é um cirurgião e recebe uma chamada no meio da noite. Seu coração começa a acelerar. Sua mente congela. Seus dedos ficam dormentes. Você levanta determinado. Afinal, trata-se da mãe, do pai ou do filho de alguém. E agora é com você. A vida de alguém está agora nas suas mãos. Cirurgiões, investimos tudo em nossos pacientes. Mas quando o paciente é uma criança, você não apenas investe tudo. Você é o responsável. Se a criança irá sobreviver ou não, se terá um futuro. E isso basta para aterrorizar qualquer um.

Arizona: Isso não é cirurgia geral em miniatura. Trata-se de pequenos humanos. São crianças. Elas acreditam em mágica e brincam de faz de conta. Seus frascos de soro contêm pó de fada. Elas têm esperança, cruzam os dedos e fazem pedidos. E isso faz delas mais resistentes que adultos. Se recuperam mais rápido, mas sobrevivem menos. Elas acreditam.

Webber: Talvez eu possa ajudar.
Arizona: Não, não pode. Porque enquanto você estiver aqui respirando no meu ombro, eu sinto como se estivesse operando em um saco de dólares. 25 milhões de dólares. E no que eu preciso me concentrar neste momento é nessa criança, então, por favor, saia agora da minha SO.

Arizona: Eu amo você.
Callie: [chocada] Você ama?
Arizona: Eu amo.
Callie: Eu amo você também.

[Meredith narrando]: Eles dizem que quanto maior o investimento, mais o retorno. Mas, você precisa estar disposto a se arriscar. Você precisa entender que pode perder. Mas, se se arriscar, se investir sabiamente, a recompensa pode surpreender.

New History [6.9]

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[Meredith narrando]: Médicos vivem em mundo de constante progresso e evolução. Fique parado por um segundo e você será deixado pra trás. Mas por mais que tentemos seguir em frente, por mais tentador que seja nunca mais olhar pra trás, o passado sempre retorna pra nos dar uma rasteira. E como a história nos mostra repetidamente, aqueles que esquecem do passado estão condenados a o repetirem.

Izzie: Ele precisa de uma punção lombar. Ele caiu, pode ter um aneurisma e algumas hemorragias aparecem na punção lombar e não na tomografia.
Charles: E algumas médicas gostam de torturar os pacientes porque estão confusas e não sabem o que fazer com suas vidas.
Izzie: Foi por sua causa que eu fui demitida. Você me deve isso, desgraçado! A menos que queira que eu vá procurar aquela metida, qual o nome dela, Reed? E dizer a ela o quanto você a ama. Porque eu vou.

Adele: Miranda.
Bailey: Ah, Adele. Ah, sinto muito, acabei de mandar o Chefe pra uma cirurgia. Você quer eu-
Adele: O que eu quero é que você me diga a verdade. Está tendo um caso com meu marido?
Bailey: Eu não estou tendo um caso com seu marido!
Adele: Eu vi como você tocou nele ainda há pouco.
Bailey: Toquei! Eu não... toquei... não é nada disso. Nós trabalhamos juntos.
Adele: Vocês ficam o tempo todo juntos, vocês terminam a frase um do outro, vocês leem a mente um do outro. Você é mais casada com ele do que eu sou.
Callie: É, mas isso é só porque eles são marido e mulher de trabalho.
Bailey: Como é?
Callie: O Chefe é seu marido de trabalho e você é sua esposa de trabalho. Vocês se preocupam e tomam conta um do outro, não tem nada de errado com isso. É como eu e Sloan.
Mark: Como é?
Callie: Ninguém está falando com você. Ele é meu marido de trabalho, mas ele tem uma namorada e eu também. Mas não tem nada acontecendo entre nós.
Mark: Quer dizer, teve um momento...
Callie: Você não está ajudando.
Bailey: Nenhum de vocês está. Adele, juro a você que não tem nada acontecendo.
Adele: Algo está acontecendo porque ele não foi pra cama a semana inteira.
Bailey: O quê?
Mark: Sério?
Adele: A última vez que ele agiu assim, desaparecendo, dormindo no hospital todas as noites, estava com Ellis Grey. Ele pode não estar tendo um caso com você-
Bailey: Não está. Juro. Juro a você que não está.
Adele: Okay. Mas, de esposa de verdade pra esposa de trabalho: alguém nesse hospital está dormindo com nosso marido.

Alex: Então, você voltou ou...
Izzie: Ah, quer que eu volte? Porque você disse ao Chefe que tinha sérias dúvidas sobre minhas habilidades de estar aqui.
Alex: O quê?
Izzie: Você foi pelas minhas costas dizer ao Chefe que eu não estava pronta pra estar aqui.
Alex: Ele estava fazendo cortes, eu estava protegendo você.
Izzie: Você me fez ser demitida, Alex.
Alex: É isso o que você acha?
Izzie: Esse trabalho era a única coisa que eu tinha. A única coisa e você tirou de mim. Você se meteu e me fez ser demitida. Eu perdoei você por muita coisa, Alex. Perdoei por muita coisa, mas não consigo perdoá-lo por isso.
Alex: Você fez uma suposição. Decidiu que eu fiz algo. Você não perguntou. Não ficou por perto pra conversar. Sou seu marido e você não me deu o benefício da dúvida. E quer saber? Não consigo perdoá-la também.

[Meredith narrando]: Às vezes, o passado é algo que simplesmente não dá pra deixar pra lá. E, às vezes, o passado é algo que faremos qualquer coisa pra esquecer. E, às vezes, aprendemos algo novo sobre o passado que muda tudo o que sabemos sobre o futuro.

Holidaze [6.10]

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[Meredith narrando]: O melhor presente que já ganhei foi no Natal, quando eu tinha 10 anos: meu primeiro kit de sutura. Eu usei até meus dedos sangrarem, e depois tentei usá-lo pra costurar meus dedos. Isso me colocou no caminho pra ser cirurgiã. Meu ponto é que às vezes os melhores presentes vêm em pacotes realmente surpreendentes.

Derek: Escreverei um cheque. Quanto é?
Arizona: Eu divido com você.
[os dois esperam por Mark]
Mark: Eu tenho uma adolescente em casa. E se ela quiser ir a faculdade?
Arizona: Você a conheceu?
Mark: Tudo bem, estou dentro.

Teddy: Como está a Kelsey?
Cristina: Hm, bem.
Derek: Quem é Kelsey?
Bailey: A garota sem coração. Eu tive que fazer uma videolaparoscopia intestinal com a coitada acordada na mesa.
William: Miranda, que modos são esses. Mesmo que a cirurgia seja a sua vida, não quer dizer que você precise falar sobre intestinos na mesa do jantar.
Bailey: Meu filho é saudável.
William: Como é?
Bailey: Ele pode não estar comigo hoje, mas é saudável...
William: Eu não disse que-
Bailey: Ele é um garoto muito amado e feliz. E permanecer em um casamento infeliz...
William: Agora não é o momento ou lugar-
Bailey: E permanecer em um casamento infeliz, um casamento que eu já superei, um casamento cheio de ultimatos e ressentimentos...
William: Miranda-
Bailey: Não é o tipo de vida que eu quero pro meu filho. Não é o que eu quero que ele acredite que o amor e casamento são. E eu sei o que é possível ter, sei o que é possível pra mim porque vocês me ensinaram bem. Você e mamãe me mostraram o que o amor de verdade é, então escolhi não me acomodar e estou mais feliz assim. Mesmo que esteja sozinha no Natal. Meu filho é saudável e estou feliz. Sabe, parte da minha felicidade é porque eu consegui reparar o intestino de uma mulher e salvei a vida dela hoje. E esse é o trabalho de Deus, o que faz disso uma conversa apropriada para o jantar. Eu estou feliz e meu filho é saudável, e isso é o suficiente pra mim, papai. É o suficiente.

Teddy: Qual o seu problema?
Owen: Você.
Teddy: Eu?
Owen: É, você. Você vem aqui... por que me disse isso agora?!
Teddy: Por que você se importa?
Owen: Você nunca disse nada. Todo esse tempo, todos esses anos. Então, por que agora?
Teddy: Eu não sei.
Owen: Você não sabe?!
Teddy: Eu não sei. Eu não- por que se importa? Você nunca se sentiu do mesmo jeito-
Owen: Claro que senti! Claro que sim, eu tinha todos esses sentimento por você, Teddy, durante anos. Mas você nunca me deu nada.
Teddy: Você estava noivo, estava noivo, estava noivo, seu idiota! [falado ao mesmo tempo que a linha abaixo]
Owen: Nunca falou durante anos! Nunca me deu nenhuma pista!
Teddy: Idiota. Eu sempre amei você... desde sempre. Amei enquanto estava com alguém, amo você agora que estou solteira. Amei você todos os segundos de todos os dias...
Owen: Teddy...
Teddy: Amo você. Estou apaixonada por você.
Owen: Estou apaixonado pela Cristina.

[Meredith narrando]: Todos os dias podemos dar a vida de presente. Pode ser doloroso. Pode ser assustador. Mas, no final, vale a pena. Todas as vezes. Todos temos oportunidades para dar. Talvez não de forma tão dramática quanto como acontece numa sala de operação. Talvez o presente seja um simples pedido de desculpa. Talvez seja entender o ponto de vista de outra pessoa. Talvez seja guardar um segredo pra um amigo. Supostamente, a alegria está em dar. Portanto, quando a alegria se vai, quando dar se torna um peso, é hora de parar. Mas, se você for como a maioria das pessoas que conheço, você vai dar até que doa, e depois dará um pouco mais.
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[Meredith narrando]: Achamos que as mudanças realmente sérias nas nossas vidas acontecem aos poucos. Mas não é verdade. As grandes coisas acontecem em um instante. Se tornar um adulto. Se tornar um pai. Se tornar um médico. Em um minuto você não é, e no próximo... você é. Pergunte a qualquer medico, e ele poderá dizer em qual momento se tornaram doutores. Geralmente não é no dia da formatura. Qualquer que seja, ninguém esquece. Às vezes você nem sabe que algo mudou. Você acha que ainda é você e sua vida ainda é sua vida. Mas você acorda um dia e olha em volta, e não reconhece nada. Nada mesmo.

[Meredith narrando]: Você nunca esquece o momento em que se tornou médico. Uma chave vira. De repente, você não está mais brincando de se fantasiar. Você possui o jaleco branco. O que você pode não perceber é que o momento em que você se torna médico... muda você.

I Like You So Much Better When You're Naked [6.12]

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Meredith: [flagrando Alex e Lexie na cama] Izzie some e Mark ganha uma filha, e vocês dois decidem que a melhor forma de lidar com isso é ficando bêbados e colando seus genitais?
Alex: De jeito nenhum você pode nos julgar ou dar conselhos de relacionamento. Além do mais, você era uma amante sacana há, tipo, duas semanas.
Lexie: Está me chamando de amante sacana?
Meredith: Isso foi há dois anos e sua esposa não tinha câncer!
Lexie: Porque eu estive com, tipo, seis caras minha vida toda. Alex e eu, já fizemos isso antes. Estava reciclando, é uma coisa boa para o meio ambiente.
Alex: Izzie sumiu. Eu estava com tesão. Ela estava aqui.
Lexie: Ah, merda, eu sou uma amante sacana. Agora você vai contar pro Derek e depois Derek vai falar pro Mark que eu sou uma puta.

Cristina: Onde esteve? Você simplesmente desapareceu. Eu deixei umas 10 mensagens pra você. Está bêbado? [Owen agarra e beija ela, ela se afasta] Espera, o quê? Que foi?
Owen: Você me deixa triste. Você acha que cirurgia fará você se sentir... você acha que uma carreira de sucesso vai te fazer feliz. Acha que sabe das coisas; sabe das coisas e mais nada importa. Ninguém mais importa. As pessoas importam. Eu importo. Nós... nós importamos. Portanto, você não pode me colocar de lado. Não vou deixar isso acontecer.

[Meredith narrando]: Na cirurgia, o processo de cura começa com um corte, uma incisão, uma carne rasgada. Precisamos machucar a carne saudável para poder expor a não saudável. Parece cruel e contra o senso comum, mas funciona. Você arrisca expor para poder curar. E, quando acaba, uma vez que a incisão está fechada, você espera. Você espera e torce para que seu paciente se cure. Que você não tenha, de fato, apenas deixado tudo pior.

State Of Love And Trust [6.13]

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[Derek narrando]: Pedimos muito de nossos pacientes. Colocamos eles para dormir. Abrimos. Cutucamos em seus cérebros e intestinos com instrumentos afiados. Pedimos por sua confiança total. A ironia é que confiar é difícil para os cirurgiões, porque somos treinados desde o início que não podemos confiar em ninguém além de nós mesmo. Os únicos instintos que pode contar são com os seus próprios. As únicas habilidades que pode contar são com as suas próprias. Até que um dia, você deixa a sala de aula e entre em um SO. Você está cercado por outros, um time de outros. Um time que você precisa se apoiar, quer confie neles ou não.

Cristina: [a Owen] Burke foi- ele tirou algo de mim. Ele tirou pequenos pedaços de mim, pedacinhos aos poucos, tão pequenos que eu nem notei, sabe? Ele queria que eu fosse algo que não sou, e eu me transformei no que ele queria. Um dia eu era eu, Cristina Yang, e no outro eu estava me deitando por ele e arriscando minha carreira, e concordando em casar e usar um anel, e ser uma noiva. Até que eu estava de pé em um vestido de noiva, sem sobrancelhas, e eu não era mais Cristina Yang. E mesmo assim, eu me casaria com ele. Teria casado. Eu me perdi por um longo tempo. E agora que eu finalmente sou eu de novo, não posso. Eu amo você. Amo você mais do que amei Burke. Eu amo você. E isso me assusta demais, porque quando você me pediu pra ignorar a chamada de Teddy, você tirou um pedaço de mim, e eu deixei. E isso nunca mais vai acontecer.

Lexie: Hoje foi uma droga. Mark é uma droga.
Alex: Yang tem queimaduras nas suas partes femininas.
Lexie: Ah, nossa.
Cristina: Eu não... não são nas minhas partes.
Alex: Então são na bunda dela. Olha como ela anda.
Lexie: Como você ficou com marcas de queimaduras na sua bunda?
Meredith: [aparece] Chamou?
Cristina: Oh, Mer! Ainda bem. Vem aqui. [a puxa até uma cama e fecha a cortina]
Meredith: O que você...? Como...? Você tem marcas de grelha na sua bunda.
Cristina: Bom, marcas de calefação. Dá no mesmo... estava ocupada fazendo sexo. Dá pra fazer o curativo? Owen está agindo como homem das cavernas. É excitante, um pouco perturbador, mas principalmente excitante. Eu acho que ele deve estar se sentindo um pouco triste porque eu o ofereci a Teddy.
[Alex e Lexie puxam a cortina]
Meredith & Cristina: Alex!
Alex: Pãezinhos quentes.
Lexie: Ooh, isso vai deixar uma bolha.

Lexie: É um machucado de sexo?
Cristina: Ah minha deusa.
Lexie: É, sim. Eu costumava ter machucados de sexo com Mark. Mark era realmente bom em deixar machucados de sexo. [começa a chorar]
Cristina: Por favor, não chore na minha bunda.

[Derek narrando]: Oi. Eu sei que foi um longo dia e vocês estão ansiosos para chegar em casa. Mas eu acho que começamos com o pé errado esta manhã. Eu não espero ganhar sua confiança da noite pro dia. Mas quero que cada um de vocês saiba que vocês têm a minha. É por isso que achei importante vir aqui pessoalmente e me desculpar. Não sou nem a favor nem contra a fusão. A partir de agora, todo mundo tem ficha limpa. Não estou focado no passado. Estou à procura da promessa de tudo o que esse hospital tem a oferecer. Planejo honrar Richard Webber e seu legado, não o desfazer. E é por isso que eu me sinto humilde e honrado de ser seu novo Chefe de Cirurgia.

Valentine's Day Massacre [6.14]

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[Meredith narrando]: O bisturi cirúrgico é feito de aço inoxidável, esterilizado e carbonizado. Esse é um grande avanço desde o primeiro bisturi, que era basicamente um bastão afiado. A medicina está constantemente se reinventando, o que quer dizer que os cirurgiões precisam estar constantemente se reinventando também. Existe uma pressão constante para se adaptar a mudanças. Pode ser um processo doloroso. Mas, sem ele, você se encontra andando para trás ao invés de pra frente.

Jackson: Então, Yang está com Hunt, Greys está com Shepherd, Torres está com Robbins. E você estava com Sloan, até ele te deixar. É uma surpresa que vocês façam algum trabalho.
Lexie: Ele não me deixou. Ele me esqueceu. Ele decidiu que íamos começar uma família e nem me perguntou. Ele esqueceu que eu estava lá. Me deixou deitada na água suja dos pratos.
Jackson: Quê?
Lexie: Nada.
Jackson: Eu sou bonito.
Lexie: Quê?
Jackson: Na minha família, eu sempre fui o mais bonito. Meu rosto, meus olhos... meu corpo. Você tinha que me ver sem camisa. É meio ridículo. Mas minha família é inteligente, ambiciosa, cheia de loucos bem-sucedidos. E eles parecem inteligentes. Não parecem comigo. O que tem suas vantagens, exceto que minha família sempre me tratou como o bonito. Não esperavam nada de mim. Nunca. Nunca me incentivaram. Nunca pensaram nisso. Então, eu tive que me incentivar. Muito. Nem disse a eles que ia fazer ENEM até que eu passei. Meu ponto é que você não pode apenas mudar o cabelo, certo? Você quer ser inesquecível, quer deixar de ser uma ratinha? Não pode apenas mudar o cabelo. Precisa mudar de verdade. Apenas dizendo.

Lexie: Para de olhar. Provavelmente vou mudar de volta.
Alex: Não, entendo. Você levou um fora do namorado e passou por uma transformação extrema. Garotas sempre fazem isso.
Lexie: Não levei um fora, certo? Não fiz isso por Mark. Eu só... é dia dos namorados e eu queria mudar alguma coisa, e eu podia mudar. Eu queria fazer algo por mim. Certo? Isso foi por mim.
Alex: Em que isso é diferente do que eu acabei de dizer? [sai andando]
Lexie: Vou mudar de volta.

Mark: Deve ser uma droga trabalhar no Dia dos Namorados. Acho que não nos conhecemos... [Lexie se vira e olha pra ele] Ahhh! O que fez com seu cabelo?
Lexie: Eu mudei. Eu... pintei. Eu só... Espera, você achou que eu fosse alguém diferente. Não sabia que era eu, e estava dando em cima de mim?
Mark: Não, não... eu achava que você era alguma loira.
Lexie: Você é patética. E hipócrita. E promiscuo.
Mark: E você não é loira. Não vai conseguir segurar essa. Loiras são radicais ou engraçadas. E você é... você é morena.

[Meredith narrando]: Precisamos ficar nos reinventando todo minuto, porque o mundo pode mudar em um instante e não há tempo pra voltar atrás. Às vezes as mudanças são forçadas em nós, às vezes elas acontecem por acidente, e fazemos a maioria delas. Precisamos constantemente inventar novas maneiras de nos concertar. Então, mudamos, nos adaptamos, criamos novas versões de nós mesmos. Apenas precisamos ter certeza de que essa nova seja melhor do que a última.

The Time Warp [6.15]

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[Webber narrando]: Já vi muitos cirurgiões residentes irem e virem e todos eles são viciados em cirurgia. Vem antes da comida, antes do sono. Se torna a coisa mais importante, a única coisa. O que eles não sabem é que viver nesse barato pode comê-los vivos. Alguns conseguem passar para o outro lado. Eles sobrevivem com sua sanidade intacta. Se tornam médicos melhores e pessoas mais fortes. Eu não. Eu falhei. Eu nunca matei ninguém e dou graças por isso todos os dias. Mas eu machuquei pessoas. Isso me aterrorizou. Estou sóbrio há 45 dias hoje. Sou Richard e sou um alcoólico grato e em recuperação.

[Webber narrando]: [enquanto está falando para atendentes, residentes, internos e enfermeiras no auditório] Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da humanidade. Darei a meus professores o respeito e gratidão que é deles por direito. Praticarei minha profissão com consciência e dignidade. A saúde dos meus pacientes será minha prioridade numero um. Respeitarei os segredos confiados em mim, mesmo após a morte do meu paciente. Manterei através de tudo que estiver a meu poder, a honra e nobre tradição da profissão médica. Meus colegas serão minhas irmãs e irmãos. Não permitirei que considerações de idade, doença ou desabilidade, credo, etnia, gênero, raça, escolha politica, nacionalidade, orientação sexual, classe social ou qualquer outro fatos, interfira no meu dever com meu paciente. Manterei o maior respeito pela vida humana. Não usarei meu conhecimento medico para violar os direitos humanos e liberdade civil, mesmo sob ameaça. Faço essas promessas solenemente, livremente e com minha honra.
(Baseado no Juramento de Hipócrates)

Bailey: Passo mais importante no processo de exame. Alguém?
Jackson: Exame físico..
Bailey: Não. Sem chocolate pra você.
Cristina: Laboratório e avaliação do Raio-X.
Bailey: Ah! Vamos lá pessoas, agora estão me envergonhando.
Lexie: Histórico do paciente.
Bailey: Obrigada! [joga um chocolate pra ela] Pega.

Perfect Little Accident [6.16]

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[Meredith narrando]: Cirurgioes são guiados pelos detalhes. Gostamos de estatísticas e listas e procedimentos cirúrgicos. Nossos pacientes vivem porque gostamos de seguir os passos. Mas, por mais que amemos sempre confiar nos números, no plano, também sabemos que algumas das maiores descobertas medicas surgiram por acidente. Mofo: penicilina. Casca de arvore venenosa: cura para a Malária. Uma pequena pílula azul pra pressão alta e adeus a impotência. É difícil para nós aceitar que nem sempre é o trabalho pesado ou nossa atenção aos detalhes que nos levam até as respostas que estamos procurando. Às vezes simplesmente temos que sentar, relaxar e esperar pelos felizes acidentes.

[Meredith narrando]: Não importa quantos planos façamos ou quantos passos sigamos, nunca saberemos como nosso dia irá acabar. Gostaríamos de saber, claro, qual bola será jogada no nosso caminho. São os acidentes que se transformam na parte mais interessante do nosso dia. As pessoas que não esperávamos ver. Uma virada de eventos que nunca teríamos escolhido para nós mesmos. Do nada, você se encontra em algum lugar que nunca pensaria estar e é bom, ou leva algum tempo até se acostumar. Ainda assim, talvez você se encontre apreciando essa coisa em algum momento da vida. Então você vai dormir toda noite pensando no amanhã, repassando seus planos, se preparando para eles, e esperando que qualquer acidente que aconteça seja um dos bons.

Push [6.17]

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[Meredith narrando]: Cirurgiões não são pessoas complacentes. Não ficamos com o pés pra cima. Não ficamos parados. Não importa o jogo, gostamos de ganhar. E, quando ganhamos, começamos um jogo novo. Nos forçamos; residentes, atendentes. Não importa o quanto conseguimos. Se você é um escalador, há sempre outra montanha.

Lexie: Mark está seguindo em frente. Tipo, mesmo.
Meredith: Okay, bom, isso é bom. Não era isso que você queria?
Lexie: [começa a chorar] Não, hm, isso é ótimo. É... perfeito. É maravilhoso.

Callie: Ache uma mulher adulta que queira o que você quer e namore, feito um adulto.
Mark: Não sei o que isso significa.

Lexie: Mark está tentando matar o Alex.
Cristina: O quê?
Meredith: Bom, eu acho que falei que dormir com Alex era uma má ideia.
Lexie: Não, não é uma má ideia. É feliz e fácil. Sabe quanta energia mental leva com Mark? Vou te contar, terminar foi a melhor coisa que poderia acontecer comigo. E com ele! Sabe como ele seria se pudesse apenas seguir em frente?
Meredith: Pra mim pareceu que ele estava tentando cantar a Teddy.
Lexie: Claro, ele vai dormir com ela. Ele dormiu com Addison. Ele vai transar com qualquer coisa que se move, mas o quê? Eu tenho que entrar num convento? Por que ele ainda está preso a isso?
Cristina: [sarcástica] Você é boa assim, Pequena Grey. Não dá pra superar.
Lexie: Oh! [sai, Cristina ri]
Meredith: Você esvazia a sala toda vez. Você esvazia a sala.

[Meredith narrando]: Tiram fotos de escaladores no topo das montanhas. Eles estão sorrindo, parados e triunfantes. Não tiram fotos no meio do caminho, porque quem quer lembrar disso? Nos forçamos porque precisamos, não porque gostamos. A escalada implacável, a dor e a angustia de ir para o próximo nível. Ninguém quer fotos disso. Ninguém quer lembrar. Só queremos lembrar da vista do topo. O momento estonteante no limite do mundo. É isso o que nos mantém escalando. E o que vale a dor. Essa é a parte louca. Que vale qualquer coisa.

Suicide is Painless [6.18]

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[Owen narrando]: Morrer não é fácil. O corpo foi desenhado para ficar vivo: crânio duro, coração forte, sensores agudos. Quando o corpo começa a falhar, a medicina assume. Cirurgiões são arrogantes o suficiente para achar que não há ninguém que não possam salvar. Como eu disse, morrer não é fácil.

[Owen narrando]: Viver é melhor do que morrer... até que não seja. Mas mesmo que deixar uma pessoa morrer seja o melhor a se fazer, não foi pra isso que cirurgiões foram construídos. Somos arrogantes e competitivos. Não gostamos de perder e a morte parece uma perda mesmo quando sabemos que não é. Sabemos que chegou a hora. Sabemos que é certo. Sabemos que fizemos tudo o que podíamos. É difícil sacudir aquele sentimento de que você poderia ter feito mais.

Sympathy for the Parents [6.19]

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[Meredith narrando]: Psicólogos acreditam que cada aspecto das nossas vidas, todos nossos processos de pensamento e comportamentos padrões são o resultado direto da nossa relação com nossos pais. Que cada relacionamento que temos é, na verdade, apenas outra versão daquela primeira relação. Estamos apenas tentando de novo e de novo acertar.

Derek: Se alguma coisa acontecer comigo, não quero que você fique sozinha.
Meredith: Bom, faríamos lindos bebês.
Derek: Então está pensando a respeito?
Meredith: Ah, estou pensando a respeito.

[Meredith narrando]: É o trabalho mais importante do mundo. Você provavelmente deveria ter uma licença para exercê-lo, mas muitos de nós nem passaria no exame escrito. Algumas pessoas são naturais. Nasceram para fazer isso. Outros têm dons diferentes. Mas a boa notícia é que a biologia dita que você não precisa fazer isso sozinho. Pode desperdiçar sua vida procurando, mas a única forma de descobrir que tipo de pai você seria é finalmente parar de falar sobre e simplesmente fazer.

Hook, Line and Sinner [6.20]

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[Meredith narrando]: Somos médicos – somos treinados para cuidar dos seres humanos e temos quase certeza do que procurar. Cortes, infecções, mutações genéticas...

[Mark e Derek estão procurando pelo neto recém-nascido de Mark na enfermaria]
Mark: Consegue ver, não é?
Derek: A semelhança? É um recém-nascido. Se assemelha a outros recém-nascidos.
Mark: OK. Certo, tudo bem. Mas quer uma prova definitiva? Aqui vamos nós. [remove a fralda do bebê] Olhe pra isso.
Derek: Ah. Bom, é impressionante. Posso dizer isso. Bom, quer dizer, muito desse inchaço é por causa do nascimento. Vai diminuir.
Mark: [sorrindo] Ele é um Sloan.

Callie: Entendo. Você vê pais passarem por coisas horríveis, dores inimagináveis todos os dias. E você passou por coisas horríveis, uma dor inimaginável quando perdeu seu irmão e seus pais nunca superaram. Mas se tivéssemos um bebê- nosso bebê não vai ser uma dessas crianças na UTI. Nosso bebê não vai ser o seu irmão. Quer dizer, bata na madeira, mas- sabe como nosso bebê seria feliz?
Arizona: Não estou quebrada. Minha falta de interesse em ter um bebê não é alguma patologia que você deva se orgulhar por ter diagnosticado. Eu gosto da minha vida do jeito que ela é. Achei que fosse gostar com você nela. Espero que eu não esteja errada.

Bailey: O que houve?
Lexie: Doug está com febre e temores e começando a ter tosse produtiva.
Alex: Então lide com isso. O cara do anzol está desabando. Cuspiu sangue ou algo assim, daí vão levar ele de volta a cirurgia. Quero participar.
Lexie: Espera, ele tossiu sangue? Parecia com geleia de groselha? Está com leucocitose com desvio à esquerda? O PA CO2 dele é 28, certo?
Alex: Não sei, Enciclopédia Grey. Não decorei o prontuário.
Bailey: Deixa ele ir, Grey, ele quer ver uma cirurgia.
Alex: Obrigado, Dra. Bailey. [sai]
Lexie: Dra. Bailey, os dois pacientes têm tosse produtiva e apresentam sintomas de infecção. Devo estar errada, mas se não estiver, isso é infeccioso.
Bailey: Você provavelmente não está errada; provavelmente está certa. Por que quer dar de presente sua descoberta para o Karev, que vai desfilar por esse hospital como se fosse ideia dele?
Lexie: Eu não...
Bailey: Está entregando seu poder a um cara porque ele está lhe dando sexo.
Lexie: Eu não... eu não...
Bailey: Sou a Dra. Bailey, eu sei de tudo. E você tem um superpoder. Essa sua memória é um superpoder. E acima disso, você é uma boa médica. E está deixando Alex Karev tratar você como um macaquinho. Não me importa o quanto o sexo é bom, se é esse o preço, você está pagando demais.
Lexie': Eu não--
Bailey: Macaquinho o dia todo.

Lexie: Me dá uma cerveja.
Alex: Você me ferrou hoje. Era o meu paciente. Você me fez parecer um idiota. Pegue você a cerveja.
Lexie: Não pode ser um canalha comigo o dia todo e esperar que eu lhe dê respeito. Não pode ser um canalha comigo e esperar que eu lhe dê sexo. E pode parar com os apelidos arrogantes. Eu sou uma pessoa legal, que não conseguiu nem tentar o matricídio por sacarina. Isso me torna adorável pra qualquer outra pessoa. Sou uma pessoa legal. E sou legal com você. Portanto, qualquer que tenha sido seu trauma, é melhor ser muito legal comigo ou não vou abrir mais minhas pernas pra você, não importa o quanto eu talvez queira. Agora, me dê uma droga de uma cerveja!
[Alex entrega uma cerveja a ela]

How Insensitive [6.21]

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[Meredith narrando]: A pele é o maior órgão do corpo. Nos protege. Nos mantém juntos. Literalmente nos deixa saber como estamos nos sentindo. A pele pode ser macia e vulnerável. Altamente sensível. Fácil de quebrar. A pele não interessa a um cirurgião, cortaremos através dela, entramos, achamos os segredos ocultos. Leva delicadeza e sensibilidade.

Alex: Sra. Corso, sinto muito sobre o que aconteceu na cafeteria...
Melissa Corso: É fácil fazer piadas sobre ele. Você não o conheceu antes. Não sabe que dentro de tudo aquilo está o mesmo homem que eu sempre conheci, que me faz perder o ar de tanto rir. Ele tentou fazer vocês rirem o dia todo, mas estão muito enojados para ao menos sorrir, ou brincar com ele, fazer ele se sentir como uma pessoa. Eu o trouxe aqui porque achei que vocês iam ajuda-lo, mas estão apenas fazendo ele se sentir pior. Então, a menos que você vá me dizer que o próximo passo é tirá-lo daqui e leva-lo pra casa, não preciso ouvir mais nada vindo de você.

Bailey: Piadas. Não façam piadas sobre os pacientes. Nem na frente deles e nem longe. Yang?
Christina: E se a piada for muito engraçada?
Bailey: Não é. E nem foi essa.

Cristina: [a Jackson] Muito perspicaz da sua parte. Você é um homem super, super sensível. Deixe-me lhe contar o que viu hoje. Eu escutei reflexivamente as preocupações de uma paciente. Falei com ela em uma linguagem que podia entender. Expliquei claramente as complicações e resultados prováveis. Foi tudo o que você viu hoje. Eu arrasando na sensibilidade com paciente. Então, vá amolar outro!

[Meredith narrando]: Não importa quão grossa nossa pele seja, existem milhões de nervos que acabam lá. Abertos e expostos e sentindo demais. Não importa o quanto tentemos evitar a dor, às vezes é inevitável. Às vezes, a única coisa que resta é apenas: sentir.

Shiny Happy People [6.22]

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[Meredith narrando]: É uma crença comum que o pensamento positivo leva a uma vida mais feliz e saudável. Quando crianças, somos ensinados a sorrir, ser alegres e fazer uma cara feliz. Quando adultos, nos dizem para olhar pro lado positivo, fazer uma limonada e ver o copo meio cheio. Às vezes a realidade interfere na nossa capacidade de fingir felicidade. Sua saúde pode falhar, namorados podem trair, amigos podem decepcionar. Nesses momentos você só quer ser honesta. Parar de atuar e ser o que é, medrosa e infeliz.

Mark: Lex, ainda estou apaixonado por você. Tentei não estar, mas não funcionou. E Sloane foi embora. Não tem bebê. E eu quero dormir por aí. Quero outra chance. Estou apaixonado por você.
Lexie: Karev...ele é....Mark, eu-eu tenho um namorado.
Mark: Eu sei. Estou dizendo que poderia ter um marido.

[Meredith narrando]: Pergunte a maioria das pessoas o que elas querem dessa vida e a resposta é simples: ser feliz. Mas talvez seja essa expectativa, o desejo de ser feliz, que nos impede de chegar lá. Talvez quanto mais tentamos forçar nossa felicidade, mais confusos ficamos, ao ponto de nem nos reconhecermos mais. Ao invés de só continuar sorrindo – tentando ser a pessoa feliz que queríamos ser. Até que eventualmente nos ocorre que ela esteve com a gente esse tempo todo. Não nos nossos sonhos ou esperanças, mas no que sabemos, no confortável, no familiar.

Lexie: Somos um casal?
Alex: O quê?
Lexie: Preciso saber o que somos. Porque as pessoas perguntam e eu não sei o que dizer. Eu superei Mark. E não sei se você superou a Izzie, mas eu superei o Mark Sloan. De verdade. E eu sei que dissemos que isso não seria nada, mas gosto de você. O ponto é que quero saber o que somos. O que isso é.
Alex: [beija ela] Somos algo. É, estamos juntos, somos... somos alguma coisa. Que seja.

Lexie: Pare de mexer. Sorria.
Alex: Odeio gravatas. E é você que não para de mexer.
Lexie: Eu tô usando uma coisa que espreme toda minha gordura.
Alex: Você não tem nenhuma gordura.
Lexie: Não consegui fechar o vestido sem essa coisa. Eu tenho gordura.
Alex: É só a sua bunda. Gosto dela gorda.
Lexie: Obrigada. Isso é perturbador, mas um tanto incrível.
Alex: Quer ir lá em cima e transar?
Lexie: Estamos apoiando Derek.
Alex: Por que? Essa festa está chata.

Sanctuary [6.23]

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[Meredith narrando]: Pra maioria das pessoas, o hospital é um lugar assustador. Um lugar hostil. Um lugar onde coisas ruins acontecem. A maioria das pessoas preferem a igreja, escola ou suas casas, mas eu cresci aqui. Enquanto minha mãe estava nas rondas, eu aprendia a ler na galeria da SO, brincava no necrotério, pintava com giz de cera em prontuários velhos. O hospital era minha igreja, minha escola, minha casa; o hospital era meu lugar seguro, meu santuário. Eu amo aqui. Correção: amava aqui.

Meredith: Quer falar sobre isso?
Cristina: Não.
Meredith: Estou falando sobre Owen.
Cristina: Sei do que está falando. Não quero... não posso... é só... ele não sabe quem ama, e se não for eu, então... não quero falar sobre. Vamos falar sobre outra coisa.
Meredith: Okay. Você sabe que vai ser uma madrinha, não é?
Cristina: Eu, madrinha? O que tenho que fazer? Falar sobre deus com o feto? Porque não vou fazer isso.
Meredith: Quer dizer que você cuida da criança se eu morrer.
Cristina: Derek toma conta da criança se você morrer.
Meredith: Se nós morrermos.
Cristina: Então, se você e Derek estiverem em uma queda de avião e morrerem, a criança é minha?
Meredith: Sim.
Cristina: Preciso admitir que torço pra que você e Derek morram, só um pouquinho. Pra que eu possa criar essa criança com as prioridades certas.
Meredith: Eu tenho prioridades.
Cristina: Oh?
Meredith: Cirurgia.
Cristina: Ah, você pode criar um bom pequeno cirurgião. Retiro o que disse.

Arizona: Não alarmem os fazedores de pequenos humanos. Eles comerão vocês vivos.

Derek: [vendo April coberta de sangue] April, o que é isso?
April: Sabia que eu cresci em uma fazenda?
Derek: O que aconteceu?
April: Eu... cresci em uma fazenda, então, sabe, sangue... sangue não me incomoda. Eu... matei um porco uma vez. Saiu muito sangue. “Sangrando como um porco” é um ótimo ditado. Sangrar como um porco, sabe, significa alguma coisa. Mas você não pensa que pessoas tenham tanto sangue. Quer dizer, você aprende na faculdade quantos litros existem na gente, mas você não entende até que veja. Não entende quanto sangue... e uma pessoa magra? Quer dizer, minha deusa, Reed, ela é quase anoréxica. Ela tem tipo, uns cinco quilos. Ninguém acharia que ela tinha tanto sangue dentro dela, mas ela tinha. Ela tinha.
Derek: [tentando interrompê-la] April, April, April! Você está em choque. Tudo bem. Me diga o que aconteceu.
April: Reed está morta. Alguém atirou nela.

Derek: A policia está quase aqui. Eu vou sair. Você vai ficar bem aqui, sozinha?
April: Vai sair? Você acabou de dizer que ninguém sai, ninguém se mexe, ninguém respira...
Derek: Ninguém além de mim. Eu sou o Chefe. Esse é meu hospital.

Derek: Entendo sua perda. Perdi meu pai quando era criança. Dois caras mataram meu pai pelo seu relógio bem na minha frente. Bem na minha frente. Eu não me tornei médico porque queria ser deus. Me tornei médico porque queria salvar vidas. Olhe pra mim. Por favor, olhe nos meus olhos. Eu sou um ser humano. Eu cometo erros. Sou defeituoso. Todos somos. Hoje, acho que é só um erro pra você. Você quer justiça. Quer que alguém pague. Você é um bom homem. Posso ver isso nos seus olhos. Consegue ver nos meus? Consegue?

Death And All His Friends [6.24]

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[Derek narrando]: A vida humana é composta de escolhas. Sim ou não. Pra cima ou pra baixo. E depois tem as escolham que importam. Amar ou odiar. Ser um herói ou um covarde. Lutar ou desistir. Viver. Ou morrer. Viver ou morrer. Essa é a escolha importante. E nem sempre está nas nossas mãos.

Derek: Não vou morrer, prometo.
Meredith: Ótimo, porque seria o pior término de todos.

Meredith: [ao Sr. Clark] Atire em mim.
Cristina: Meredith.
Meredith: Quer justiça, certo? Sua esposa morreu, eu sei o que aconteceu. Derek me contou a história. Lexie Grey foi quem desligou os fios da sua esposa, ela é minha irmã. Dr. Webber era o médico da sua esposa. Sou a coisa mais próxima que ele tem de uma filha. E o homem na mesa, sou a mulher dele. Se quer machucá-los do jeito que foi machucado, atire em mim. Sou seu olho por olho.
Cristina: Meredith!
Meredith: Diga ao Derek que eu o amo e que sinto muito.
Cristina: Espera espera espera espera espera. Ela está grávida. Você não atiraria em uma mulher grávida.

Webber: [ao Sr. Clark] Eu vivi. Vivi de verdade. Eu falhei. Fiquei devastado. Estive quebrado. Fui ao inferno e voltei. E também conheci a alegria. E a paixão. E eu tive um grande amor. Veja, a morte pra mim não é justiça. É um... fim de uma linda jornada. E não tenho medo de morrer. A pergunta é, você tem? Uma vida na prisão ou a eternidade com sua esposa. Eu ou você? É sua escolha.

[Derek narrando]: Sim ou não. Dentro ou fora. Pra cima ou pra baixo. Viver ou morrer. Herói ou covarde. Lutar ou desistir. Vou repetir pra ter certeza que você me ouviu. A vida humana é feita de escolhas. Viver ou morrer. Essa é a escolha importante. E nem sempre está em nossas mãos.

Elenco

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