Grey's Anatomy (Temporada 5)
Aspeto
Grey's Anatomy (2005 – ?) é um dos mais bem-sucedidos dramas médicos da atualidade. Foi criada por Shonda Rhimes
Season 5
[editar]Dream A Little Dream Of Me [5.1-2]
[editar]- [Meredith narrando]: Todos nos lembramos das histórias da nossa infância. O sapato que encaixa na Cinderela, o sapo que se transforma em príncipe, Bela Adormecida que é acordada com um beijo. Era uma vez e eles viveram felizes para sempre. Contos de fadas, a coisa dos sonhos. O problema é que contos de fadas não viram realidade. São as outras histórias, aquelas que começam com noites escuras e tempestuosas e terminam indescritíveis. São os pesadelos que sempre parecem se tornar realidade. A pessoa que inventou a frase: “felizes para sempre” devia ter o traseiro chutado, com muita força!
- [Seattle Grace foi classificado no 12º lugar no ranking nacional]
- Mark: É humilhante.
- Derek: Sim.
- Mark: 12?? Você é o melhor neurocirurgião do país.
- Derek: Obrigado.
- Mark: Do mundo. [Derek olha pra ele] Não quer dizer algo bom sobre mim?
- Derek: Hm, você é o melhor Cirurgião Plástico do Seattle Grace.
- Mark: [sarcástico] Legal, muito legal.
- Derek: Não me force a elogiar você.
- Webber: Sabe o que eu acho? Acho que colocação número 12 no ranking é um erro. Acho um grande erro e vou começar a fazer ligações sobre isso assim que sair dessa cirurgia.
- Erica: Estive observando técnicas de ensino. Shepherd gosta de ensinar pensando alto. Bailey é curta e grossa e não ensina demais e Sloan, bom, Sloan gosta de repreender e humilhar.
- Webber: Acho que se você quer tanto aprender como ensinar, você deveria conversar com seus alunos, descobrir como eles gostam mais.
- Cristina: Mer, por que se importa com o que eu penso?
- Meredith: Porque você é minha pessoa. E se eu vou fazer isso com ele – ser completa e saudável, e ser uma pessoa grudenta e melosa que vive com um cara, eu preciso de você. Preciso de você comigo. Preciso que você me anime. Porque você é a única que me conhece, meu lado sombrio. Que realmente me conhece. Preciso que você finja que eu posso fazer isso, mesmo que não acredite. Porque se você me abandonar agora, eu nunca vou conseguir, e eu nunca vou ter meu final feliz. E isso é simplesmente––
- Cristina: A vida.
- Meredith: Estou pedindo por favor.
- Cristina: Acho que você e Derek vão conseguir. Você vai conseguir fazer isso funcionar.
- [Meredith narrando]: Era uma vez, felizes para sempre. As histórias que contamos são as coisas dos sonhos. Contos de fadas não viram realidade. A realidade é muito mais tempestuosa. Muito mais sombria. Muito mais assustadora. A realidade é muito mais interessante do que viver um felizes para sempre.
Here Comes the Flood [5.3]
[editar]- [Meredith narrando]: Como cirurgiões, somos treinados para arrumar o que está quebrado. O ponto quebrado é nossa linha de começo... no trabalho. Mas, em nossas vidas, o ponto quebrado é um sinal de fraqueza e faremos qualquer coisa que possamos pra evita-lo.
- Meredith: Meu paciente está morrendo. Odeio quando gosto deles e eles estão morrendo.
- Sloan: [pra Lexie, no bar] Então... memoria fotográfica, né? [pausa]Tabela periódica. Comece.
- Lexie: Hidrogênio, hélio, lítio, berílio, boro, carbono, nitrogênio, oxigênio, flúor, neônio, sódio, magnésio, alumínio, silício, fosforo, enxofre. Posso continuar.
- Meredith: [para sua terapeuta no elevador] Qual foi o sentido? Todas aquelas horas e todo o dinheiro? Qual o sentido? O mundo é um lugar horrível. Pessoas jovens morrem de doenças. Não faz absolutamente nenhum sentido tentar ser feliz em um mundo que é um lugar terrível.
- Dr. Wyatt: [pra Meredith] Sim.
- Meredith: O quê?
- Dr. Wyatt: Sim, coisas horríveis acontecem. A felicidade diante de tudo isso... não é o objetivo. Se sentir horrível e saber que você não vai morrer por esses sentimentos, esse é o objetivo. [ela para o elevador] E você não acabou. Você progrediu porque está sentindo e me contando sobre isso. Há seis meses, seria só você e uma garrafa de tequila. Minha porta está sempre aberta.
- [Meredith narrando]: Ossos quebram. Órgãos se rompem. A pele se rasga. Podemos costurar a pele, reparar os danos, aliviar a dor. Mas, quando a vida desmorona... quando nós desmoronamos... não há ciência nem regras rígidas. Apenas temos que achar aonde queremos ir. E, para um cirurgião, não há nada pior, e não há nada melhor do que isso.
Brave New World [5.4]
[editar]- [Meredith narrando]: Em 6.500 a.C., um cara olhou pra o amigo doente e disse: “tive uma ideia. Posso fazer um furo na sua cabeça? Isso fará você se sentir melhor.” Assim nasceu a cirurgia. É preciso ser meio maluco pra querer abrir o crânio de alguém, mas cirurgiões sempre foram pessoas confiantes. Nem sempre sabemos o que estamos fazendo, mas agimos como se soubéssemos. Entramos em um território inexplorado, fincamos a bandeira e começamos a dar ordens nas pessoas. É revigorante e assustador.
- [Izzie bate na porta de Meredith e Derek atende, seminu]
- Izzie: Cadê a Mer?
- Derek: Não está aqui.
- Izzie: Então está aí sozinho?
- Derek: Eu não... eu estou esperando por ela.
- Izzie: Amei a roupa.
- Derek: O que você quer?
- Izzie: Preciso de dinheiro. Pedi uma pizza e Alex me deve 20 dólares, mas ele não está falando comigo porque eu o vi chorando por causa da namorada maluca, e por um minuto na semana passada, eu achei que ele era humano. E agora ele não abre a porta.
- Derek: Corra pro banheiro. Apenas vá. Vá! [Izzie se esconde no banheiro] Karev!! Me dá vinte.
- [Alex sai do seu quarto e lhe entrega $20 e sai]
- Derek: Obrigado. [entrega os $20 a Izzie]
- Izzie: Isso foi demais. Você é bem legal. Não que eu não achasse você legal antes, mas, sabe, não achava. Achava que você era só cabelo e...[olha pro corpo de Derek]... sabe. Agora você é legal. [Derek bate a porta] Quer um pedaço de pizza?
- [Izzie descobre que Alex “roubou seu paciente]
- Izzie: Seu filho de uma puta.
- Alex: [com desdém] Vá chorar pra alguém que se importe.
- Izzie: Esse caso é meu. Não é justo.
- Mark: Cirurgia é como o Velho Oeste. Ninguém recebia terras do banco em Montana. Recebia porque colocava cerca e mandava bala em quem aparecesse. Karev é um cowboy. Você, não.
- Erica: Minta pra mim de novo e o único coração que você verá será o seu enquanto eu o arranco do seu peito com uma faca de bife.
- [Meredith narrando]: Gostamos de pensar que não temos medo, que estamos prontos pra explorar terras desconhecidas e novas experiências. Mas, o fato é que sempre estamos aterrorizados. Talvez o terror seja parte da atração. Algumas pessoas assistem filmes de terror. Cortamos pessoas, mergulhamos na água escura. E, no fim do dia, não é sobre isso que você prefere ouvir falar? Se você pode tomar um drinque com um amigo em 45 minutos. Viagens lentas dão histórias chatas. Um pouco de calamidade, é disso que vale a pena ouvir falar.
There's No "I" In Team [5.5]
[editar]- [Meredith narrando]: ”Sou uma rocha, sou uma ilha.”. Esse é o mantra de quase todos os cirurgiões que eu já conheci. Gostamos de pensar que somos independentes. Solitários, aventureiros. E que tudo que precisamos para trabalhar é um SO, um bisturi e um corpo. Mas a verdade é que nem os melhores de nós conseguem fazer isso sozinhos. Cirurgia, como a vida, é um esporte de time. E, eventualmente, você precisa sair do banco e decidir... pra qual time você está jogando.
- Meredith: Eu não quero o crédito, mas o teste clínico foi ideia minha. E eu tive que implorar pra ele fazer. Mais de uma vez.
- Izzie: Tudo bem querer o crédito. Eu iria querer o crédito.
- Cristina: Quando você mexe com os atendentes, eles mexem com você. Eles têm esse poder.
- Lexie: Internos. Você poderia mexer com internos. [todos olham pra ela] Quer dizer, namorar. Residentes poderiam namorar internos porque não somos uma ameaça. Li um estudo que divia que internos dificilmente documentam assédios sexuais, porque nos sentimos muito fracos e sem poder no sistema do hospital, então isso é bom.
- Alex: Internos. A outra carne branca.
- Bailey: Estamos prontos pra você, Grey.
- Meredith: Andando com o rim... [ela derruba o rim]
- Bailey: Regra dos cinco segundos! Regra dos cinco segundos!
- Derek: Ah, Dra. Bailey, ouvi que sua grande cirurgia foi ótima hoje. Parabéns.
- Bailey: Pra você também. Deve ser bom ter seu nome nessas letras.
- Derek: Seria melhor se Meredith não fosse tão – sabe, ela está agindo toda infantil sobre os créditos. Está ficando emocional.
- Bailey: Aquela garota trabalhou muito por você e você levou todo o crédito.
- Derek: Eu teria levado toda a culpa se tivéssemos falhado.
- Bailey: Mas não falharam.
- Derek: É simples: eu sou atendente, ela é uma residente do segundo ano.
- Bailey: Com quem você está vivendo. Não é simples, é complicado. Se fosse eu, começaria com um “obrigado”. Você ficaria surpreso com o quanto isso faz, especialmente com a gente, mulheres infantis e emocionais.
- [Meredith narrando]: O problema com escolher times na vida real é que não é nada como costumava ser na educação física. Ser o primeiro escolhido pode ser assustador. E, ser escolhido por último não é a pior coisa do mundo. Então, assistimos pela linha lateral, nos apegamos ao isolamento, porque sabemos que assim que saímos do banco, alguém chegará e mudará completamente o jogo.
Life During Wartime [5.6]
[editar]- [Meredith narrando]: Para um cirurgião, cada paciente é um campo de batalha. São o nosso terreno. Onde avançamos, recuamos, tentamos remover todas as minas. E, logo quando achamos que ganhamos a batalha, deixamos o mundo seguro de novo... Outra mina aparece.
- George: Lexie, sou seu colega de quarto. Então você vai ter que falar comigo alguma hora.
- Lexie: Rejeito essa suposição.
- George: Rejeito sua rejeição.
- Lexie: E eu ignoro sua rejeição da minha rejeição.
- George: O quê???
- Meredith: [tenta acalmar George] Não rejeito você, George.
- George: Obrigado!
- Izzie: Owen Hunt é um babaca assassino e sádico.
- Derek: Deixa eu adivinhar. Seu primeiro laboratório?
- Izzie: Ele esfaqueou porcos indefesos. Ou, como ele gosta de dizer, “tecido vivo”, porque deus proibiu de chamá-los de animais.
- 'Derek: Ele é o nosso chefe do trauma, Stevens. Pode não ser o ideal, mas é como ele faz as coisas, você devia lidar com isso.
- Izzie: Não precisamos de materiais vivos. O que aconteceu com “Primeiro, não fazer o mal”? Isso não é só sobre humanos. Isso é sobre todas as criaturas vivas.
- Derek: Na verdade, acho que é só sobre humanos.
- Izzie: Estou dizendo isso a você como meu colega e não como meu atendente.
- Derek: Aham.
- Izzie: Você me enoja.
- [Meredith narrando]: Algumas guerras resultam em vitória completa e total. Algumas guerras resultam com um pedido de paz. E algumas regras terminam com esperança. Mas, todas elas não são nadas comparadas com a guerra mais temida de todas. Aquela que você ainda tem que lutar.
Rise Up [5.7]
[editar]- [Meredith narrando]: Se você for uma pessoa normal, uma das poucas coisas que pode contar na vida é a morte. Mas, se for um cirurgião, mesmo esse conforto é tirado de você. Cirurgiões trapaceiam a morte. Nós a prolongamos. Negamos. Ficamos parados e desafiadamente, mostramos o dedo a morte.
- Derek: Terapia de casal. Como está indo?
- Bailey: Você acabou de nos ouvir gritando sobre terapia de casal. Como acha que está indo? [Derek boceja] Não, você vai fazer uma craniotomia na minha paciente hoje, a Rosemary Bullard. Então, vai estar acordado pra isso ou vai ficar bocejando dentro de um cérebro?
- [Derek entra no elevador, Mark está lá]
- Derek: Preciso que você faça sexo com Cristina Yang.
- Mark: Bem, bom dia.
- Mark: Não sou seu cavalo de corrida. Você não pode simplesmente me dizer com quem dormir.
- Derek: Você dormiu com minha esposa.
- Mark: É, eu vou tentar.
- Cristina: A esposa da vítima do espancamento está aqui. Ela identificou o marido, então eu-
- Owen: Qual o nome dele? Perguntei se você perguntou a ela o nome do marido pra que ele se tornasse uma pessoa pra você. Eles são pessoas de verdade, Yang. Isso não é um jogo ou uma competição pra ver quem faz mais cirurgias e quem não. Eles são pessoas e nós precisamos salvá-los. Você é boa. Você é excelente e pode ganhar todas as disputas. Mas, se é por isso que está fazendo isso, então talvez não devesse estar. Descobriu o nome dele?
- Cristina: [fecha a porta e senta na frente de Owen] Meu pai morreu quando eu tinha nove anos, em um acidente de carro. Eu estava com ele no carro. Enquanto esperávamos pela ambulância, eu tentei manter o peito dele fechado, pra ele não sangrar muito. Quando ele morreu, minhas mãos sentiram o coração dele parar de bater. Por isso eu faço isso. É por isso também que eu ganho todas as disputas. O nome do paciente é Tom. [sai]
- [Meredith narrando]: Nascemos, vivemos, morremos. Às vezes, não nessa ordem necessariamente. Colocamos as coisas pra descansar, só pra que elas acordem de novo. Então, se a morte não é o fim, com o que mais podemos contar? Porque com certeza, não se pode contar com nada na vida. A vida é a coisa mais frágil, instável, imprevisível que existe. Na verdade, só há uma coisa na vida que podemos ter certeza: não acaba até ter acabado.
These Ties That Bind [5.8]
[editar]- [Meredith narrando]: O que acontece em uma SO é intenso, quando vidas estão por um fio e você está cutucando em cérebros como se fossem gelatinas. Você cria laços com o cirurgião próximo a você. Um laço indescritível e inquebrável. É intimo estar conectado assim. Quer você goste ou não, quer goste deles ou não, vocês se tornam uma família.
- [Cristina sobre na cama de Derek e Meredith, acordando Derek]
- Cristina: [pra Meredith] A bruxa má está morta.
- Meredith: Metaforicamente morta ou morta morta?
- Derek: De quem estamos falando?
- Meredith e Cristina: Hahn.
- Cristina: O nome dela está fora do quadro de cirurgia. As cirurgias dela foram canceladas. Não sei como ou porquê, mas sei que Hahn sumiu.
- Derek: Que pena. Ela tinha muito talento.
- [Meredith e Cristina olham pra Derek]
- Derek: Não estão falando comigo. [levanta da cama e sai]
- Meredith: Preciso que você diga a Mark pra manter o seu “pequeno Sloan” longe da Pequena Grey.
- Derek: Ele está dando em cima de você?
- Meredith: Não, não a minha “pequena Grey”. Lexie é a “Pequena Grey”. Não sei o que está acontecendo com ela, mas a última coisa que ela precisa é do Sloan todo galinha em cima dela. Então, você precisa dizer a ele pra ficar longe da Pequena Grey.
- Derek: Pequeno Sloan não entra na Pequena Grey. Estamos claros?
- Mark: Você acabou de dizer...
- Derek: Ahammmmm.
- Mark: Okay. Isso foi estranho e errado. Grande Sloan.
- [Meredith narrando]: As linhas que nos conectam algumas vezes são difíceis de explicar. Elas nos conectam mesmo quando parece que as linhas deveriam quebrar. Alguns laços desafiam a distância e o tempo e a lógica. Porque algumas linhas são simplesmente... destinadas a ser.
In the Midnight Hour [5.9]
[editar]- [Meredith narrando]: Quando você é criança, a hora de dormir é assustadora porque existem monstros escondidos embaixo da cama. Quando você fica mais velho, os monstros são diferentes. Autodúvida. Solidão. Arrependimento. E apesar de estar mais velho e mais sábio, você ainda se encontra com medo do escuro.
- Izzie: Só vou manter meus olhos fechados. Porque esse é aquele momento da manhã em que você acaba de acordar e ainda está meio adormecido e tudo parece... As coisas são possíveis. Os sonhos parecem reais e nesses momentos entre estar acordado e sonhando, tudo pode ser real, mas quando você abre os olhos e o sol atinge você, você percebe. Só vou manter meus olhos fechados.
- Derek: [gemido vindo do quarto de Izzie] Quem está fazendo pornô no quarto da Izzie?
- Alex: Relaxe. Ela está sozinha. É excitante.
- [Meredith narrando]: Dormir. É a coisa mais fácil de se fazer: é só fechar os olhos. Mas, pra muitos de nós, dormir parece fora de alcance. Queremos, mas não sabemos como conseguir. Porém, quando encaramos nossos medos e nos viramos aos outros atrás de ajuda, a hora de dormir não é tão assustadora, porque percebemos que mesmo no escuro, não estamos completamente sozinhos.
All By Myself [5.10]
[editar]- [Meredith narrando]: Minha mãe o descreveu como o momento mais incrível e assustador da sua vida. O de ser o cirurgião responsável pela cirurgia, sabendo que a vida do paciente depende exclusivamente de você. É o sonho de todos nós. Porque a primeira pessoa a voar solo numa SO, é uma espécie de deus.
- Alex: Escuta, você tinha aquele paciente e se lembrou do Denny e de como se sentiu mal enquanto estava deitada no chão do banheiro. Eu entendo! Entendo que esteja com medo. Mas não vai precisar se sentir assim de novo. Porque eu não vou morrer, Izz. E não vou trair você, e não vou a lugar nenhum! Porque eu acho que você é minha mlehor chance... acho que com você... você me faz melhor. Você me faz querer ser melhor. Você me faz querer ser bom. E eu acho que consigo. Com você. Eu acho que consigo. Então, não vou a lugar nenhum, e você pode parar de se esconder. E, se quiser ter medo, tudo bem, mas tenha medo comigo. Tenha medo enquanto se prepara comigo na minha primeira cirurgia solo. Certo?
- Izzie: Você me ama.
- Alex: Quieta. [beija ela e sai] Cirurgia solo!
- Denny: Estou realmente começando a não gostar desse cara.
- Cristina: Meu instinto? Vou colocar a vida de um paciente nas mãos de cirurgião novato baseado no meu instinto.
- Owen: Funcionou comigo.
- Cristina: Aposto que sim.
- Owen: Foi o que me disse pra escolher você.
- Webber: A escolha de quem fará a primeira cirurgia solo não depende só de quem tem mais talento cirúrgico ou de quem passou o maior número de horas dentro de um SO. Tem muito mais a ver com a maior forma de confiança. Confiança de colocar a vida de um paciente nas mãos de um dos nossos residentes. E, pela primeira vez que eu me lembre, cada um dos atendentes escolheu a mesma pessoa. Dra. Yang. No entanto, Dra. Yang está fora da corrida. Ao invés disso, ela escolherá o vencedor. Dra. Yang postará a decisão dela no quadro da SO às 4p.m. E também, já que seus internos estão banidos da SO, o vencedor poderá escolher um residente para se juntar a eles. Boa sorte.
- [Meredith narrando]: Chegamos ao mundo sozinhos e saímos dele sozinhos. E tudo o que acontece no meio? Devemos a nós mesmos achar um pouco de companhia. Precisamos de ajuda. Precisamos de apoio. Do contrário, estamos completamente sozinhos. Estranhos. Isolados uns dos outros. E esqueceremos o quão interligados estamos. Então, ao invés de escolhermos amor. Escolhemos a vida, e, por um momento, nos sentimos um pouco menos sozinhos.
Wish You Were Here [5.11]
[editar]- [Meredith narrando]: Pelo menos uma vez por ano desejamos uma coisa boa quando sopramos as velas no nosso aniversário. Alguns de nós, fazem ainda outros desejos. Com um cílio que cai, moedas em chafarizes ou estrelas cadentes. E, de vez em quando, um desses desejos se realiza. Mas a então? É tão bom quanto desejávamos? Nos entregamos às delicias da nossa felicidade ou lembramos que temos uma longa lista de outros desejos esperando para se realizar?
- Webber: [para Miranda depois que ela reclama com ele sobre Arizona Robbins] Dra. Bailey você achou que Shepherd era só um corte de cabelo. Você não gostava de Hahn e acha que Dr. Sloan é um safado. Pode nomear um atendente que achou ser bom?
- Webber: [para Derek] Estou preocupado com meu hospital morrendo. Fiz algumas ligações para substituir Kinley. Ninguém quer vir pra cá. Não consigo manter um cirurgião cardíaco por aqui. Burke saiu. Hahn saiu. Dixon é autista. O teto da minha SO caiu, o lugar inteiro alagou. Os internos estão literalmente cortando uns aos outros em pequenos pedaços. Não há dúvidas de porquê somos o número 12. Doze!
- [Meredith narrando]: Não desejamos por coisas fáceis. Desejamos grandes coisas. Coisas que são ambiciosas, fora do alcance. Desejamos porque precisamos de ajuda e temos medo e sabemos que podemos estar pedindo demais. Desejamos mesmo assim, porque às vezes eles se realizam.
Sympathy For the Devil [5.12]
[editar]- [Meredith narrando]: Minha mãe costumava dizer isso sobre a residência: “Demora um ano pra aprender a cortar. Demora uma vida inteira para aprender a evitar”. De todas as habilidades necessárias a um cirurgião, sensatez é a mais difícil de se dominar. E, sem ela, não passamos de criancinhas correndo por aí com bisturis na mão.
- Mark: Sra. Shepherd está vindo... a Seattle?
- Lexie: E daí?
- Mark: Aquela mulher praticamente me criou. Me ensinou o certo e o errado. Se ela descobrir que eu estava... com você... que nós... Você é a irmã mais nova de Meredith Grey. Você é o fruto proibido. Você tem 25 anos. Você é um feto.
- Lexie: 24. Eu pulei a terceira série.
- Mark: Me sinto sujo.
- Mark: Por que você tem que morar no porão da Meredith? Como eu devo sair escondido daqui enquanto tem uma fraternidade rolando lá embaixo? Vocês crianças nunca dormem?
- Lexie: Eles estão limpando a casa pra mãe do Dr. Shepherd.
- Arizona: [para Alex] Acha que eu não sei que eles acabaram de desligar as máquinas da criança? Acha que não entendo? Não acha que eu sei sobre o caixão minúsculo onde eles terão que enfiá-lo? Eu sei sobre o caixão minúsculo. Eu os vejo o tempo todo. Enquanto durmo. Então, se não se importa, eu vou continuar falando sobre relacionamentos, arco-íris e besteiras. E vou fazer planos pra amanhã. Porque é isso que você faz, Karev. Você precisa. Você dá as costas aos caixões minúsculos e segue em frente, até a próxima criança.
- [Meredith narrando]: Somos humanos. Cometemos erros. Avaliamos mal. Nos enganamos. Mas, quando um cirurgião toma uma decisão ruim, não é tão simples. Pessoas se machucam. Elas sangram. Então, lutamos por cada ponto. Agonizamos por cada sutura, porque as decisões impulsivas, aquelas que tomamos facilmente, sem hesitar, são as que nos assombram pra sempre.
Stairway to Heaven [5.13]
[editar]- [Denny narrando]: Acredito no paraíso. Também acredito no inferno. Nunca vi nenhum dos dois, mas acredito que existam. Precisam existir, porque sem um paraíso, sem um inferno, nós ficamos apenas vagando pelo limbo.
- Bailey: Dr. Shepherd?
- Derek: Dra. Bailey.
- Bailey: Preciso que você pare. Preciso que você abaixe o bisturi. O homem está tentando se matar e, Deus me perdoe, preciso que você o deixe.
- ...
- Derek: É sua decisão, Dra. Bailey. Você quem decide. Sou um assassino ou um cirurgião?
- Bailey: Karev, vá buscar a máquina.
- Alex: E se já estiver ligada a alguém?
- Arizona: Se esse alguém tiver mais do que 16 horas de vida, então iremos desliga-lo.
- [Denny narrando]: Paraíso, inferno, limbo, ninguém realmente sabe pra onde vamos ou o que nos espera. Mas, uma coisa que posso dizer com certeza, com absoluta certeza, é que há momentos que nos levam a outros lugares, momentos de paraíso na terra. E, talvez por agora, isso seja tudo o que precisamos saber.
Beat Your Heart Out [5.14]
[editar]- [Meredith narrando]: Qualquer estudante de medicina do primeiro ano sabe que o aumento dos batimentos cardíacos é um sinal de problemas. Aumento dos batimentos pode ser uma indicação de síndrome do pânico até algo muito, muito mais sério. Um coração que palpita, ou que pula uma batida, pode ser sinal de uma aflição secreta ou pode indicar romance, o que é o maior problema de todos.
- Callie: Pessoas sozinhas não gostam de ouvir sobre pessoas juntas... É meio que maldade. É como levar uma grade de cerveja pra uma reunião do AA.
- Derek: Ela falou sobre bebês. Como se bebês fossem uma ideia totalmente normal. Ela não está com medo, ela está pronta.
- Mark: Quando você vai fazer?
- Webber: O quê?
- Mark: Shepherd vai pedir em casamento.
- Webber: Sério? Maravilhoso! Como vai fazer?
- Derek: Não sei. Acabei de decidir.
- Owen: Dia.
- Mark: Shepherd vai pedir em casamento.
- Owen: Parabéns, esse é um grande passo.
- Derek: Muito obrigado. :[pra Mark] Vai dizer a todo mundo agora?
- Mark: Você precisa de conselho, Hunt, você já pediu antes?
- Owen: Hm, desculpe, não sou o cara a se perguntar. Quando vai pedir?
- [Meredith se aproxima]
- Derek: Bom, o mais importante é como eu vou fazer.
- Mark: [vê Meredith, tosse] Então, o que vai usar, um blefarostato?
- [Webber sai]
- Derek: Não, se eu não quiser causar um hematoma!
- [Derek, Mark e Owen dão uma risada falsa]
- Meredith: [confusa] Oi... [sai andando]
- Meredith: Ei, hm, você comeu? Deixa eu me trocar, vou com você.
- Derek: Não, não, não, não posso. Tenho que, hm, trabalhar.
- Meredith: Ok, ouça. Você tem agido de forma muito estranha desde aquele comentário idiota sobre filhos. E tô feliz que eu comente, porque se você não quiser filhos, ou não quiser tê-los comigo e meu péssimo DNA... é só dizer! Você não precisa me evitar. Não precisa inventar desculpas esfarrapadas sobre o trabalho.
- Derek: Meredith, eu quero seus péssimos filhos.
- Meredith: Hm, quer?
- Derek: Todos eles.
- Meredith: Ok, quer jantar?
- Derek: Não... eu... eu tenho que trabalhar.
- [Meredith narrando]: Parece que não temos nem um pingo de controle sobre nossos corações. As condições podem mudar sem aviso. Romances podem fazer o coração bater igual a um ataque de pânico. E o pânico pode fazer seu coração congelar no peito. Não é à toa que os médicos se esforçam tanto pra estabilizar o coração. Mantê-lo devagar. Constante. Regular. Impedi-lo se saltar para fora do seu peito, protege-lo do pavor de algo terrível. Ou da expectativa de algo completamente diferente.
Before and After [5.15]
[editar]- [Meredith narrando]: Toda história dos pacientes começa do mesmo jeito. Começa com eles estando bem, começa no antes. Eles se apegam a esse momento, a essa memória de estar bem, esse antes, como se falar sobre isso pudesse, de algum jeito, trazer de volta. Mas, o que eles não percebem é que o fato de eles estarem falando disso pra gente, seus médicos, quer dizer que não há volta. No momento em que eles nos veem, já estão no depois. E, enquanto cada história dos pacientes começa do mesmo jeito, como ela termina depende de nós, de como os diagnosticamos e tratamos. Sabemos que a história depende da gente e tudo o que queremos é ser heróis.
- Addison: [para Derek] Eu coloquei você em uma caixinha. Depois do divórcio, eu te deixei pequeno, insignificante e nada especial para que você pudesse caber nessa caixinha que me ajudaria a levantar de manhã. Mas agora, agora eu preciso tirar você da caixa, porque eu preciso acreditar que, hm, você pode fazer isso. Que você pode salvar meu irmão. Preciso que você seja um deus. Apenas seja um deus hoje.
- [Archer recusa a cirurgia depois de saber que pode morrer]
- Archer: Olha, eu sei que vocês querem que eu lute, mas eu––
- Derek: Covarde.
- Archer: Como é?
- Derek: Disse “covarde”. Você é covarde por oficio. Você é neurologista. Vocês nos alimentam, nos indicam aos seus pacientes, nos deixam assumir a responsabilidade e, que deus proíba, acontecer alguma coisa, bom, eu vou dizer uma coisa: eu posso assumir a responsabilidade. A pergunta é: você pode?
- Bailey: O que ela está fazendo?
- Webber: Parece que está rezando.
- Sam: Hm, não. Addie não reza.
- Callie: O que ela está fazendo?
- Naomi: Hm, rezando.
- Callie: [ri] Não, Addison não reza. Deve estar se escondendo.
- Addison: Posso ouvir vocês! Não estou me escondendo. Estou tentando rezar, mas não sei como porque sou WASP e só vamos a igreja no Natal.
- Callie: Podem ir, eu cuido disso :[senta perto de Addison]
- Addison: Não tenho influência com Deus. Ele nem sabe quem eu sou. O que é uma droga, porque eu poderia... poderia usar alguma ajuda.
- Callie: Querido deus, preciso do seu guiamento, beijei uma cirurgiã pediátrica.
- Addison: Você beijou uma cirurgiã pediátrica?
- Callie: Nunca achei que ia acabar com uma mulher, Deus, mas, quer dizer, não até recentemente, mas esse não é o problema. O problema é o negócio da pediatria. Ela, ela é alegre... e tem borboletas na sua touca. Mas ela também é sexy... muito sexy. Então, me ajude a superar as borboletas. Amém. Você é uma médica incrível, você salva bebês. Deus sabe quem você é.
- Addison: Você realmente acredita em tudo isso? Em deus?
- Callie: Às vezes. Na maioria das vezes. Quando conta.
An Honest Mistake [5.16]
[editar]- [Meredith narrando]: Há uma coisa que acontece quando as pessoas descobrem que você é médico. Elas param de ver você como uma pessoa e começam a te ver como algo maior do que você é. Elas precisam nos ver dessa maneira, como deuses, caso contrário, somos apenas como todos os outros: incertos, defeituosos, normais. Então, agimos com forma, permanecemos estoicos. Escondemos o fato de que somos todos muito humanos.
- [Derek, Meredith, Addison e Alex se preparam pra cirurgia]
- Derek: Você é uma boa médica. Eu também. Vamos ser bons juntos.
- Alex: Seu cara e minha garota trabalham bem juntos.
- Meredith: Bom, meu cara trabalha bem com todo mundo.
- Bailey: Sou Dra. Bailey! Sou melhor que boa.
- Alex: [sobre Addison ainda estar no Seattle Grace] Admita. Ela estar perto do seu cara incomoda.
- Meredith: Okay. Incomoda um pouco.
- [Meredith narrando]: Os pacientes nos veem ou como deuses ou como monstros. Mas, o fato é que, somos apenas pessoas. Erramos. Perdemos o jeito. Até os melhores de nós têm seus dias ruins. Mesmo assim, seguimos em frente. Não descansamos nossas coroas ou celebramos as vidas que salvamos no passado. Porque há sempre algum outro paciente que precisa da nossa ajuda. Então, somos forçados a continuar tentando. Continuar aprendendo. Na esperança de que, talvez, algum dia chegaremos um pouco mais perto de ser o deus que nossos pacientes precisam.
I Will Follow You Into the Dark [5.17]
[editar]- [Meredith narrando]: Todo cirurgião que conheço tem uma sombra. Uma nuvem negra de medo e dúvida que segue até o melhor de nós até a SO. Fingimos que a sombra não está lá. Torcendo pra que se salvarmos mais vidas, dominarmos técnicas mais difíceis, corrermos mais depressa e mais longe, a sombra se cansará e desistirá da perseguição. Mas é como eles dizem, você não pode fugir da sombra.
- Meredith: Como foi com os advogados?
- Derek: Eles me disseram minha taxa de mortalidade. [olha pra uma pequena pilha] Essas são as pessoas que salvei. [olha pra um pilha maior] Estas são as pessoas que matei.
- Meredith: Okay. Bom, a maioria dessas pessoas eram terminais quando vieram a você. Você era a última chance delas. E você pega casos impossíveis. Olha só o teste clinico.
- Derek: É que é tanta gente. Mais do que Dahmer, Manson e Bundy combinados.
- Meredith: Você não está olhando pra grande figura.
- Derek: [aponta pra grande pilha de pastas] Essa é a grande figura.
- Meredith: [sobre Derek] E ele simplesmente saiu. Sem dizer uma palavra, ele simplesmente saiu!
- Cristina: Hunt nem olha pra mim desde que teve um ataque de
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hoje de manhã.
- Meredith: Enlouqueceu com o bisturi no cérebro daquela paciente e agora não consegue encarar.
- Cristina: O que ele pensa que eu sou? Uma flor delicada? Eu que sou a forte.
- Meredith: Ai minha deusa! Eu que sou a forte.
- Cristina: Se eu tivesse aquele gene do câncer? Eu farei a gastrectomia sem problema. Eu encaro as coisas, não fujo.
- Meredith: Derek foge. Talvez fugir seja a resposta?
- Cristina: Não é emocional, é ciência. Se tem um problema, não o ignore.
- Meredith: Bom, às vezes se você tem que fazer xixi e ignora, isso some.
- Izzie: [ri] Vocês são hilárias! Quer dizer, você sabe o que ela acabou de dizer? Ou o que ela disse? [Meredith e Cristina olham uma pra outra] Consigo mesmo ver vocês duas em 50 anos, num asilo, apenas falando com a outra sem os aparelhos de audição. [ri] Hilário! Ah, amo o almoço.
- Izzie: Talvez Cristina esteja certa. Talvez tentar ensinar os internos não faça sentido.
- George: Não dê ouvidos à Cristina. Ela acha que só porque você prefere ensinar tirar uma vesícula, você é a nova versão de mim.
- Izzie: Haha, O'Malley, a sequência.
- George: O'Malley 2.0.
- Izzie: Você lê mais publicações medicas e faz mais pesquisas, e passa mais horas no laboratório do que qualquer outro residente aqui. Você nunca desiste de tentar ser um médico melhor, e você nunca pisa nas outras pessoas ao fazer isso. Eu seria sortuda de ser a nova você.
- [Meredith narrando]: Todo cirurgião tem uma sombra. E o único jeito de se livrar dessa sombra é: desligar a luz, parar de fugir da escuridão e encarar o medo, de cabeça erguida.
Stand by Me [5.18]
[editar]- [Meredith narrando]: Cirurgiões não são conhecidos por serem quentes e carinhosos. Eles são arrogantes, impacientes, cruéis, quase sempre. Você acharia que eles não têm amigos, porque quem os suportaria? Mas, cirurgiões são como um resfriado. Desagradáveis, mas persistentes. Cirurgiões: desagradáveis, agressivos, irreprimíveis. Exatamente o tipo de pessoa que você quer ao seu lado quando está ferrado.
- Bailey: Ah, Chefe?
- Webber: Dra. Bailey.
- Bailey: Como está seu humor?
- Webber: Ávido. Ansioso. Estou empolgado com o transplante de rosto do Sloan. Um pouco preocupado com Derek Shepherd, mas no geral...
- Bailey: Eu pareço com uma terapeuta?
- Webber: Você perguntou.
- Bailey: Perdi Hunt e Torres. Eu os mandei atrás de Shepherd e não tive mais notícias deles. Veja bem, eu estava tentando resolver a situação do Shepherd pro senhor, mas parece que eu deixei três vezes pior. Então, estou falando pra você e o meu próximo passo será chamar a polícia. Porque estou meio convencida de que estão todos mortos, em um palito, com um homem armado transformando eles em churrasco. Senhor. É minha mente. Simplesmente vai aí.
- Derek: [para Richard] Vá embora!
- Webber: Não.
- Derek: Sai, Richard! Vai embora!
- Webber: Eu destruí vidas antes. Muitas vezes, na verdade, e a sua é uma delas. Eu mandei a mulher que ama você aqui pra te ajudar. Eu mandei a mulher que ama você pra cá pra leva-lo de volta a sua vida. Se você arruinar isso com ela, é culpa sua. Mas eu não aceito. Você está com medo, está bêbado. Não sabe o que está por vir. Você deu um soco no seu melhor amigo e jogou uma aliança em Meredith, e agora você quer me expulsar. Não vou aceitar isso. Porque eu sou mais velho que você e já estive onde você está. Você está bêbado há dias, eu estive bêbado por anos. E eu sei que você vai precisar de pelo menos um amigo quando decidir sair desse buraco que está cavando. Espero que você saia logo, e eu estarei aqui quando sair.
- Derek: Não acho que consigo tê-la de volta.
- Webber: Você ligou pra ela?
- Derek: O que eu devo dizer?
- Richard: Eu tive um caso por anos e quando Adele descobriu, de algum jeito ela me aceitou de volta. Então, você pode voltar de qualquer coisa.
- [Meredith narrando]: Praticar medicina não combina muito com fazer amigos. Talvez porque a vida e a mortalidade estejam na nossa cara o tempo todo. Talvez porque, encarando a morte todos os dias, somos forçados a saber que a vida, cada minuto dela, é um tempo emprestado. E cada pessoa a quem nos permitimos amar é só mais uma perda ao longo do caminho. Por essa razão, eu conheço alguns médicos que não se incomodam em fazer amigos. Mas, pro resto de nós, nosso trabalho é adiar aquele momento. Empurrar cada perda para o mais longe possível.
Elevator Love Letter [5.19]
[editar]- [Alex narrando]: Cirurgiões são todos bagunçados. Somos açougueiros. Doentes, açougueiros, loucos por uma faca. Nós cortamos pessoas e seguimos em frente. Pacientes morrem sob nossos cuidados e seguimos em frentes. Causamos traumas e sofremos traumas. Não temos tempo pra pensar em como todo sangue e morte nos fazem sentir.
- Webber Espera. Hm. Espera. Não. Você não pode ir nesse.
- Meredith Por que não?
- Webber: Porque eu disse.
- Meredith: Eu vou no elevador que eu quiser.
- [Webber bloqueia a porta do elevador. A porta fecha e Meredith aperta o botão de novo. A porta do outro elevador abre]
- Webber: Bom, pode ir.
- Derek: Ei! Entra aqui. Essa é a TC de Katie Bryce. Moça de 16 anos, grave aneurisma.
- Meredith: Uma queda durante a ginástica. Eu me lembro.
- Derek: Foi a primeira cirurgia que fizemos juntos, certo? Nosso primeiro salvamento. Bem aqui está um cisto cerebral. Difícil, mas conseguimos. Eu beijei você na escada depois da cirurgia. E bem aqui foi quando a Dra. Bailey expulsou você da cirurgia porque ela nos pegou na sua garagem, no meu carro. E aqui foi uma craniotomia de 7 horas e você segurou a pinça o tempo todo e nem pestanejou. Foi quando eu soube que você seria uma cirurgiã incrível. Beth Monroe fez do nosso teste clinico um sucesso ao sobreviver. Você me convenceu a encaixá-la. Foi quando eu soube que precisava de você. E aqui é hoje. TC pós-operatória do cérebro de Izzie Stevens. Vê isso, bem aqui? Sem tumor. Por sua causa. Você me colocou dentro da SO. Quando há uma crise, você não congela. Você segue em frente. E faz o resto de nós seguir em frente. Porque você viu o pior. Você sobreviveu ao pior. E você sabe que nós sobreviveremos também. Você diz que é toda sombria e depressiva. Não é um defeito. É sua força. Faz você ser quem você é. Não vou me ajoelhar. Não vou perguntar nada. Eu amo você, Meredith Grey. E quero passar o resto da minha vida com você.
- Meredith: E eu quero passar o resto da minha vida com você.
- Derek: Nos veremos em breve, Dra. Stevens.
- Izzie: Espero que sim.
- Bailey: Sabe que sim.
- Izzie: Dra. Bailey, se algo der errado...
- Bailey: Não vai.
- Izzie: Eu fiz o cachecol pra você.
- Derek: É uma linda noite pra salvar vidas. Vamos começar.
- Callie: Desejei a morte de Izzie Stevens. Desejei que ela morresse todos os dias, de toda semana, nem sei por quanto tempo. Eu acordava toda manhã desejando a morte de Izzie Stevens, e agora... Que tipo de pessoa deseja que outra morra? Que tipo de médico deseja isso, sabendo como as coisas acontecem? Que tipo de médico deseja...
- Arizona: Você está aqui, nesse momento, rezando pra Izzie morrer?
- Callie: Não. Estou rezando pra ela viver.
- [Alex narrando]: Não importa o quão duros nós somos, traumas sempre deixam cicatriz. Nos segue até em casa, muda nossas vidas. O trauma bagunça todo mundo, mas talvez seja esse o objetivo. De toda dor e medo. Talvez passar por tudo isso seja o que nos faça continuar seguindo. O que nos force. Talvez tenhamos que ficar um pouco bagunçados antes de podermos nos dar bem.
Sweet Surrender [5.20]
[editar]- [Meredith narrando]: Derrota não é uma opção. Não para os cirurgiões. Não nos afastamos da mesa até que a última respiração seja dada. “Terminal” é um desafio. “Ameaça à vida” é o que nos tira da cama de manhã. Não somos facilmente intimidados. Não vacilamos. Não recuamos. E, certamente, não nos rendemos. Pelo menos não no trabalho.
- Meredith: [olhando pro anel de noivado que Derek deu] Incomoda você que eu não use? Porque eu poderia.
- Derek: Não quero que você use. Você não é uma noiva de anel. [Meredith olha pra ele] O quê?
- Meredith: Também não sou uma noiva de casamento ou vestido branco.
- Derek: Nos casaremos nus em um campo de flores.
- Meredith: [ri] Não sou uma noiva nua.
- Derek: Que tal uniformes? Podemos nos casar de uniformes.
- Meredith: Ah, aí é um casamento que eu poderia participar.
- Bailey: Precisa de mais alguma coisa antes de eu ir?
- Arizona: Não. Quer sentar um pouco?
- Bailey: Não, não quero sentar. Fiquei sentando e deitando o dia todo.
- ArizonaDra. Bailey.
- Bailey: Segurando uma criança. Se eu quisesse passar o dia segurando uma criança, eu teria ficado em casa abraçando meu filho. Não fiz nada médico hoje. Nem mesmo coloquei um curativo num paciente. Eu... estou cansada.
- Arizona: Vai contar pro seu marido?
- Bailey: O que eu diria a ele?
- Arizona: Que é mais do que só cortar. Pediatria é mais do que cortar. E, o que você fez hoje foi heroico. E você sabe disso.
- Bailey: Ok. Talvez eu diga isso a ele.
- Cristina: Carrinho de parada pro quarto de Izzie Stevens. Izzie! [Cristina checa seu pulso. Izzie começa a rir] Quê?
- Izzie: Ai, minha deusa, desculpa. Você devia ver seu rosto agora! É aquela sua cara de pânico total!
- Cristina: Está brincando? Isso é uma piada?
- Izzie: Desculpa. Mas eu precisava mesmo de você. Hm, tenho todos esses vestidos aqui e fico bipando a Meredith pra ela vir vesti-los, mas ela não responde aos bipes. Então, diga a ela pra vir aqui. Ela ouve você.
- [Meredith narrando]: Para fazer nosso trabalho, precisamos acreditar que a derrota não é uma opção. Que não importa o quanto nossos pacientes fiquem doentes, há esperança pra eles. Mas, mesmo quando nossas esperanças cedem à realidade, e finalmente temos que nos render à verdade, isso só significa que perdemos a batalha de hoje e não a guerra de amanhã. Mas eis uma coisa sobre rendição: uma vez que você realmente se entrega, você de cara esquece por que estava brigando.
No Good at Saying Sorry (One More Chance) [5.21]
[editar]- [Meredith narrando]: Lembra quando éramos pequenos e, acidentalmente, mordíamos uma criança no parquinho? Nossas professoras mandavam a gente pedir desculpas, e nós pedíamos, mas não queríamos pedir, porque a criança idiota que mordemos mereceu. Mas, à medida que ficamos mais velhos, fazer às pazes não é tão simples. Depois que os dias de parquinho acabam, você não pode simplesmente dizer, tem que querer dizer. Claro que quando se torna médico, desculpa não é uma palavra feliz. Ou significa que você está morrendo e não dá pra ajudar. Ou significa que literalmente vai doer.
- Lexie: Por que eles nos biparia urgente?
- Meredith: Não sei. Matamos alguém recentemente e não lembramos?
- Webber: Vejo que está com raiva, e talvez esteja com raiva da sua mãe.
- Meredith: Não faça isso! Não sou sua amiga e não sou sua família. Não pode me chamar no seu consultório pra falar de assuntos pessoais, e não pode falar assim comigo agora. É abuso de poder. Eu sou uma residente. Trabalho pra você. Você tem que falar comigo como sendo uma residente. E, só pra constar, Chefe, alguém tinha que se levantar por aquela menininha, e eu não peço desculpas por isso.
- Webber: Quer ser só uma residente? Tudo bem. Aquela mulher é uma vítima de violência doméstica. O hospital deveria ser um lugar seguro pra ela vir e contar a história dela. E, como seus médicos, é nosso trabalho ajuda-la. Você não fez seu trabalho. Ao invés disso, você armou guerra contra uma mulher caída.
- Meredith: E a menininha??
- Webber: Dra. Grey, você ficará longe daquela criança. Ficará longe daquela família. Não chegará a menos de 30 metros delas. E se o fizer, será suspensa deste hospital, pendendo reavaliação de sua capacidade emocional e mental para ser residente.
- Cristina: Bom trabalho hoje? Sério?
- Owen: Não entendi.
- Cristina: “Corra até o meu carro”. Você deixou O’Malley pinçando veias e me mandou correr até o seu carro.
- Owen: Você conhece o meu carro. O’Malley, não. E sua corrida salvou a vida de um homem.
- Cristina: É, bom, o dia todo... o dia todo você ficou ensinando O’Malley e me ignorando.
- Owen: O'Malley quer ser um cirurgião de trauma. Você já escolheu cardiologia. Não fiz nada errado hoje. Tratei você como qualquer outra pessoa.
- Cristina: Não sou qualquer pessoa. “Até mais tarde”? O que é isso? Faz o tipo feliz agora? Quem é você? Um cara do tipo “estrangule e esqueça”? [Owen entrega um bilhete] “Olá, você aí. Até mais tarde. Bom trabalho, Yang.” O que é isso?
- Owen: Minha terapeuta me deu essas frases. Hm, nós as criamos juntos. São frases de 3 palavras para que eu tivesse o que lhe dizer no lugar das três palavras que... estão me mantando. As três palavras que você sabe que sinto, mas não posso dizer porque seria cruel dizê-las, porque eu não sou bom pra você. Não quero torturar você. Não quero ficar olhando ardentemente quando sei que não posso estar com você. Então, sim, estou sorrindo e dizendo “até mais tarde”. Estou lhe dando uma saída. Estou tentando. Estou tentando muito lhe dar uma saída. Estou tentando corrigir o que eu fiz com você. Não consegue ver? Só estou tentando corrigir.
- Cristina: Até mais tarde.
- Meredith: Ótimo. É outra conversa íntima?
- Chief: Sei que você não gosta de mim, e tem todo o direito de não gostar. Eu abusei do meu poder, mas estou aqui agora, no seu campo. O que eu preciso dizer é que eu vi o que sua mãe estava fazendo. Eu vi o quão negligenciada você era. E a vi colocando seu pai pra fora. Passei muito tempo me castigando por isso. Mas o que isso fez por você? Nada. Nada. Não fui seu defensor. Não lutei por você. Nunca a defendi. Eu arrumei uma desculpa. Disse a mim mesmo que eu era jovem e não entendia. Mas eu entendia. E não era muito mais jovem do que você é agora. Eu deveria ter lutado por você, Meredith, como você lutou por aquela criança hoje. Eu disse a mim mesmo que eu não era seu pai, que não era minha responsabilidade, que eu não tinha direito de me meter. Arrumei uma desculpa. Você era indefesa, uma criança. Uma garotinha linda, inteligente e engraçada. E ninguém a defendeu. Eu sinto muito. Eu sinto muito. [Meredith deita no ombro dele, chorando] Eu sinto muito. Eu sinto muito.
- [Meredith narrando]: Como médicos, não podemos desfazer nossos erros, e raramente nos perdoamos por eles. Mas, é um risco do ramo. Mas, como seres humanos, podemos sempre tentar fazer o melhor, ser melhores, concertar um erro mesmo quando ele parece irreversível. Claro que “sinto muito” nem sempre adianta. Talvez porque usamos a expressão de tantas maneiras: como uma arma, como uma desculpa. Mas quando estamos realmente arrependidos... Quando usamos isso bem... Quando é pra valer... Quando as ações dizem mais do que as palavras conseguem... Quando acertamos, um “sinto muito” é perfeito. Quando acertamos, um “sinto muito” é a redenção.
What A Difference A Day Makes [5.22]
[editar]- Cristina: [animada] Ei! Grande dia! Maior dia da sua vida.
- Meredith: Não faça isso. Não seja a dama de honra animada. É estranho.
- Cristina: Sério? Que bom. [olha pra Meredith] Espera, essa é a calma antes da tempestade? Precisa que eu drogue você ou raspe suas sobrancelhas pra te deixar no clima?
- Webber: Sairemos daqui a tempo pro casamento.
- Mark: Bom. Então ela não terá nenhuma desculpa.
- Meredith: Como é?
- Mark: Essa é a segunda vez que eu sou o padrinho do Derek. Tenho que inventar um brinde, oferecer algumas palavras de sabedoria. Dá muito trabalho. Não quero ser o padrinho dele pela terceira vez, se é que entende.
- Meredith: Então veio aqui pra me ameaçar?
- Mark: Sou o padrinho dele. É meu trabalho.
- Meredith: Alex.
- Alex: Bailey disse que Shepherd achou outro tumor no cérebro de Izzie. Sabia?
- Meredith: Eu soube.
- Alex: Eu só...
- Meredith: Alex.
- Alex: Ele não acha que vai conseguir tirar dessa vez. Eu acho... [chorando] Acho que ela vai morrer. Acho que ela vai mesmo morrer. Aah! O que você está fazendo aqui? Não deveria estar se preparando pro casamento?
- Meredith: Bom, é isso que eu quero falar com você.
- Alex: Hoje é o dia que minha vida começa. Toda a minha vida tem sido apenas eu, só um cara de boca suja. Hoje eu me torno um homem. Hoje me torno um marido. Hoje me torno responsável por outro além de mim. Hoje me torno responsável por você, pelo nosso futuro, por todas as possibilidades que nosso casamento tem a oferecer. Juntos, não importa o que aconteça. Estarei pronto. Para qualquer coisa. Para tudo. Para abraçar a vida. Para abraçar o amor. Para abraçar as possibilidades e responsabilidades. Hoje, Izzie Stevens, nossa vida começa. E eu não posso esperar.
- Izzie: Você nunca sabe que o melhor dia da sua vida é o melhor dia. Não até que esteja acontecendo. Você não reconhece o melhor dia da sua vida, não até que esteja bem no meio dele. O dia em que se compromete a algo ou alguém. O dia em que seu coração se quebra. O dia em que você conhece sua alma gêmea. O dia em que você percebe que não há tempo suficiente, porque você quer viver pra sempre. Esses são os melhores dias. Os dias perfeitos. Sabe?
- Denny: Aposto que você foi uma noiva linda.
- Izzie: Foi um lindo dia.
- Alex: Você colocou o cachecol. Falei que você não precisa. Você é maravilhosa sem ele.
- Denny: Ele está certo.
- Izzie: Pode ir embora. Vai embora, eu quero ficar sozinha com meu marido.
- Alex: [tira o cachecol e beija a testa dela] Minha mulher é gostosa! [Izzie gargalha e sorri]
Here's to the Future [5.23]
[editar]- [Meredith narrando]: Quando algo começa, você geralmente não faz ideia de como vai acabar. A casa que você vai vender se torna seu lar, os colegas de quarto que você foi forçada a aceitar se tornam sua família e a pessoa na sua frente, que você estava determinada a esquecer, se torna o amor da sua vida.
- Izzie: Se Derek tirar o tumor, eu posso perder minha memória, e se ele não tirar, eu posso morrer. Não sei o que fazer. Alex, me diga o que fazer.
- Alex: Iz, não posso te dizer o que fazer.
- Izzie: Claro que pode! Você é meu marido. É isso que os maridos fazem, eles ficam por perto dizendo o que as esposas devem fazer. É seu trabalho.
- Alex: Meu trabalho é apoiar o que quer que você queira fazer.
- Izzie: Não sei o que eu quero fazer. Por isso que estou perguntando. Ok, tenho um ideia. Vamos votar. Quem é a favor da cirurgia?
- Meredith: Não. Não vamos votar. Ninguém... ninguém vota.
- Izzie: Contra?
- Cristina: Sou contra... votar.
- Izzie: Apenas decidam por mim. Por favor?
- Alex: Você não precisa saber agora. Pense a respeito.
- Izzie: Eu não tenho tempo.
- Denny: Anel bonito. Alex se superou.
- Izzie: Teremos filhos lindos. Quatro é demais?
- Denny: 4 é perfeito.
- Izzie: Poderiam ser 2 meninos e 2 meninas. Uma das quais definitivamente será muito levada. E suas idades devem ser próximas, embora talvez isso seja burrice.
- Denny: Pra quê esperar?
- Izzie: Exatamente. Desse jeito, se eu não puder mais praticar medicina...
- Denny: Você não vai querer.
- Izzie: Acha que não?
- Denny: Você acha?
- Izzie: Estou perguntando a você. Por que fica concordando com tudo que eu digo?
- Denny: Porque eu sou você. Sou seu tumor. Você está falando sozinha.
- Izzie: Certo.
- Denny: Pelo menos até fazer a cirurgia. Se fizer. Vai fazer a cirurgia?
- [Meredith narrando]: Passamos nossas vidas inteiras nos preocupando com o futuro, planejando o futuro, tentando prever o futuro. Como se isso, de alguma forma, pudesse amenizar o golpe. Mas o futuro está sempre mudando. O futuro é a casa dos nossos medos mais profundos e selvagens esperanças. Mas uma coisa é certa quando ele se revela: o futuro nunca é da forma que imaginamos.
Now or Never [5.24]
[editar]- [Meredith narrando]: Médicos passam muito tempo focados no futuro. Planejando-o. Trabalhando em direção a ele. Mas, em algum ponto, você começa a perceber que sua vida está acontecendo agora. Não depois da faculdade de medicina, não depois da residência, neste momento. É isso. É aqui. Pisque e você perderá.
- Meredith: Como ela está? Alguma melhora?
- Cristina: Não.
- Meredith: Droga. Vou até a prefeitura fazer aquela coisa.
- Cristina: Sério? Não parece o dia pra isso.
- Meredith: Olhe pro Alex. Ele está ali, trabalhando duro todo dia, e ela nem sabe. E, se ela continuar assim, pode nem saber o quanto ele a ama. E aquela garota, Amanda, ela está ali amando um estranho. Ela acha que ele é seu príncipe encantado. Quer dizer, as chances é que provavelmente morra hoje. Então, sim, vou me casar, porque acho que é importante tirar um tempo para dizer as pessoas que você ama o quanto você as ama, enquanto elas podem ouvir você. Eu amo você, Cristina Yang. [sorri]
- Cristina: Você mudou.
- Meredith: Hmmm... Talvez tenha. O quê?
- Cristina: Eu vou abraçar você.
- Cristina: Ela acabou de ter cirurgia cerebral e uma agressiva dose de IL2. Ela precisa descansar.
- Alex: Ela precisa exercitar o resto de memória que ainda tenha, antes que vire geleia.
- Cristina: Não com você gritando ordens.
- Alex: Não se mete, Yang.
- Cristina: Ela é minha paciente. Não me importo se você é o marido.
- Alex: Olha, ela...
- Cristina: Quer que eu reduza suas horas de visita pra zero?
- Alex: Ela assinou um ONR. Uma porcaria de ordem para não ressuscitar e me fez prometer que ela voltaria com uma vida. Não numa cama de hospital. Não sem um cérebro. Eu tive que prometer que ela teria uma vida. Quer saber o que acontece se ela não tiver memórias recentes? Esquece ser médica. Vai precisar de babás 24 horas por dia. Se alugarmos um apartamento, ela não vai achar o caminho do banheiro! Terá uma pulseira no tornozelo, em caso de sair porta afora!
- Cristina: Alex, você pode lidar com isso. Ela vai ficar melhor.
- Alex: Talvez sim, talvez não. Está nas minhas costas. O futuro dela está por minha conta.
- Derek: Meredith...
- Meredith: Não, quer saber, vamos. Temos que ir. Temos que correr até a prefeitura, voltaremos, você checa a Izzie, nós monitoramos o Desconhecido e eu vou convencer o George a desistir do exército!
- Derek: Olha, a gente pode fazer isso outro dia.
- Meredith:Não há outro dia! Todo dia é assim, todo dia tem uma crise, não há tempo.
- Derek: Meredith...
- Meredith: Eu amo você e quero casar com você hoje. Mas, não há tempo.
- Derek: [Cobra o rosto dela com a mão] Você tem um pedaço de papel?
- Meredith: Pra quê?
- Derek: Quero ficar com você para sempre. E você quer ficar comigo para sempre. Pra poder fazer isso, precisamos fazer os votos. Um compromisso. Um contrato. [Pausa] Me dê um pedaço de papel.
- Meredith: Não tenho! Eu-eu-eu só tenho post-its. [entrega a ele os post-its e as canetas. Derek senta no banco]
- Derek: Okay... o que queremos prometer um ao outro?
- Meredith: Que você vai me amar, mesmo quando me odiar.
- Derek: Amar um ao outro mesmo quando nos odiarmos. [escreve isso no post-it] Sem fugas. Nunca. Ninguém vai embora. [Meredith senta com ele no banco] Não importa o que aconteça.
- Meredith: Sem fuga.
- Derek: O que mais?
- Meredith: Que cuidaremos um do outro, mesmo quando ficarmos velhos e fedorentos e senis. E... se eu tiver Alzheimer e esquecer você...
- Derek: Te lembrarei quem eu sou todos os dias. [eles sorriem um pro outro] Cuidar quando velhos, senis, fedorentos. Isso... é para sempre. [Derek termina de escrever no post-it, depois entrega a Meredith] Assine.
- Meredith: Esse é nosso casamento? Em um post-it?
- Derek: Aham. Bom, se você assinar. [Meredith assina, feliz, e devolve a Derek]
- Meredith: E agora?
- Derek: Agora, eu beijo a noiva. [ele a beija calmamente. Meredith sorri entre o beijo. Depois Derek, lentamente, a puxa de volta]
- Meredith: Casados.
- Derek: Casados. [Derek arranca a nota com seus votos e assinatura e gruda no armário dela] Viu só? Tempo de sobra.
- [Meredith narrando]: Você disse? “Eu amo você. Nunca quero viver sem você. Você mudou minha vida.” Você disse? Faça um plano. Tenha objetivos. Trabalhe em direção a eles, mas, de vez em quando, olhe em volta. Absorva tudo, porque é isso aí. Tudo pode ir embora amanhã.
Elenco
[editar]- Ellen Pompeo - Meredith Grey
- Justin Chambers - Alex Karev
- T. R. Knight - George O'Malley
- Katherine Heigl - Izzie Stevens
- Sandra Oh - Cristina Yang
- Chandra Wilson - Miranda Bailey
- James Pickens - Richard Webber
- Patrick Dempsey - Derek Shepherd
- Eric Dane - Mark Sloan
- Sara Ramírez - Callie Torres
- Chyler Leigh - Lexie Grey
- Brooke Smith - Erica Hahn
- Kevin McKidd - Owen Hunt
- Jessica Capshaw - Arizona Robbins