Antonio Gramsci(22 de janeiro de 1891 - 27 de abril de 1937), comunista italiano, filósofo e teórico da política. Foi o mais célebre prisioneiro do fascismo de Mussolini, entre 1926 e 1937.
"O que é o homem? É esta a primeira e principal pergunta da filosofia. [...] Se observarmos bem, veremos que, ao colocarmos a pergunta 'o que é o homem', queremos dizer: o que é que o homem pode se tornar, isto é, se o homem pode controlar seu próprio destino, se ele pode 'se fazer', se pode criar sua própria vida. Digamos, portanto, que o homem é um processo, precisamente o processo de seus atos. Observando ainda melhor, a própria pergunta 'o que é o homem' não é uma pergunta abstrata ou 'objetiva'. Ela nasce do fato de termos refletido sobre nós mesmos e sobre os outros; e de querermos saber, em relação com o que vimos e refletimos, aquilo que somos, aquilo que podemos vir a ser, se realmente e dentro de que limites somos 'criadores de nós mesmos', da nossa vida, do nosso destino. E nós queremos saber isto 'hoje', nas condições de hoje, da vida 'de hoje', e não de uma vida qualquer e de um homem qualquer."
"Será possível amar a coletividade sem nunca ter amado profundamente criaturas humanas individuais?"
"Meu estado de espírito sintetiza estes dois sentimentos [otimismo e pessimismo] e os supera: sou pessimista com a inteligência, mas otimista com a vontade. Em cada circunstância, penso na hipótese pior, para pôr em movimento todas as reservas de vontade e ser capaz de abater o obstáculo."
"Existem dois tipos de políticos: os que lutam pela consolidação da distância entre governantes e governados e os que lutam pela superação dessa distância."
"Todos os homens do mundo na medida em que se unem entre si em sociedade, trabalham, lutam e melhoram a si mesmos."
"Na política de massas, dizer a verdade é uma necessidade política."
"Em todo instante da históriain fieri, existe luta entre racional e irracional."
"O indivíduo não é um átomo, mas a individuação histórica de toda a sociedade."
"Se existe enigma, não se trata de coisas 'incognoscíveis', mas simplesmente desconhecidas."
"Uma verdade é fecunda quando se fez um esforço para conquistá-la."
"Marx previu o que era possível prever."
"Quem é incapaz de construir hipóteses jamais será cientista."
"Na desvalorização do passado está implícita uma justificativa da nulidade do presente."
"A tendência democrática de escola não pode consistir apenas em que um operário manual se torne qualificado, mas em que cada cidadão possa se tornar governante."[1]
O Ministério Público italiano, durante o fascismo de Benitto Mussolini, proclamou durante o julgamento, em 1928: "Por vinte anos devemos impedir que este cérebro funcione".