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Valerie Solanas

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
Valerie Solanas
Valerie Solanas
Nascimento Valerie Jane Solanas
9 de abril de 1936
Ventnor City
Morte 25 de abril de 1988 (52 anos)
São Francisco
Sepultamento Condado de Fairfax
Cidadania Estados Unidos da América
Alma mater
  • Universidade de Minnesota
  • Universidade de Maryland
Ocupação escritora, dramaturga, atriz de cinema, realizadora, ativista pelos direitos das mulheres
Obras destacadas SCUM Manifesto, Up Your Ass
Movimento estético feminismo radical
Causa da morte pneumonia
Assinatura

Valerie Solanas (?) foi uma escritora estadunidense.


Verificadas

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SCUM Manifesto (1967)

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  • Sendo a "vida" nesta "sociedade", na melhor das hipóteses, um tédio absoluto, e nenhum aspecto da "sociedade" tendo a menor relevância para as mulheres, só resta às fêmeas politizadas, conscientes, responsáveis, em busca de emoções, derrubar o governo, destruir o sistema monetário, instituir a automação completa e eliminar o sexo masculino.
  • Hoje, é tecnicamente possível reproduzir a raça humana sem a ajuda dos machos (e, também, sem a ajuda das fêmeas) e produzir apenas fêmeas. É necessário começar a fazer isso o mais rápido possível. Manter o sexo masculino não tem sequer o propósito duvidoso da reprodução.
  • O macho é um acidente biológico: o cromossomo y (masculino) é um cromossomo x (feminino) incompleto, ou seja, possui uma série incompleta de genes. Por outras palavras, o macho é uma fêmea incompleta, um aborto ambulante, mutilado no estágio genético. Ser macho significa ser deficiente, emocionalmente limitado; a masculinidade é uma doença e os homens são seres emocionalmente estropiados.
  • O macho é completamente egocêntrico, fechado em si próprio, incapaz de ter empatia ou de identificar-se com os outros, incapaz de sentir amor, amizade, afeto ou ternura. É um elemento completamente isolado, inepto para relacionar-se com alguém. Suas reações não são cerebrais, mas totalmente viscerais; sua inteligência só lhe serve como instrumento para satisfazer seus impulsos e suas necessidades; é incapaz de experimentar as paixões mentais, as interações mentais; ele não consegue se relacionar com nada além de suas próprias sensações físicas.
  • Ele [o macho] está encurralado numa dimensão crepuscular a meio caminho entre seres humanos e os macacos e numa situação bem pior que estes, porque, ao contrário dos macacos, o homem é capaz duma grande quantidade de sentimentos negativos: ódio, inveja, desprezo, repugnância, culpa, vergonha, suspeita — além disso tem consciência do que é e do que não é.
  • Chamar a um homem de animal é lisonjeá-lo; ele é uma máquina, um vibrador com pernas. É dito frequentemente que os homens usam as mulheres. Usam-nas para quê? Certamente não é para o prazer.
  • Roído pela culpa, vergonha, medos e inseguranças, e conseguindo, se tiver sorte, uma fraca sensação física, o macho está, apesar de tudo, obcecado em foder; ele nada em esgotos, atravessa quilômetros de vômito, enterrado até o pescoço, se pensar que do outro lado há uma vagina amigável à sua espera.
  • Completamente egocêntrico, incapaz de se relacionar, de ter empatia ou de se identificar, e preenchido com uma sexualidade vasta, penetrante e difusa, o macho é psiquicamente passivo. Ele odeia sua própria passividade, projeta-a nas mulheres, define-se como ativo e tenta demonstrá-lo — "provar que é Homem". Foder é seu principal meio para tentar provar isso (o Grande Homem com uma Grande Pica comendo uma Mulher Gostosa). Já que ele está tentando provar algo que é falso, ele tem de tentar repetidamente, uma vez, outra vez e mais outra. Foder, então, é uma tentativa compulsiva e desesperada dele provar que não é passivo, que não é uma mulher; mas na verdade ele é passivo e quer ser mulher.
  • Sendo ele uma fêmea incompleta, o macho passa a vida a tentar completar-se, tornar-se fêmea. Ele tenta fazer isso procurando constantemente a fêmea, confraternizando-se, tentando viver através dela e fundir-se nela, e reivindicando como suas todas as características femininas — força e independência emocionais, vigor, dinamismo, decisão, tranqüilidade, objetividade, segurança, coragem, integridade, vitalidade, intensidade, profundidade de caráter, excelência, etc. — e projetando nas mulheres todos os traços masculinos — vaidade, futilidade, trivialidade, fraqueza, etc. Deve ser dito, no entanto, que o macho possui uma área de evidente superioridade sobre a fêmea — a de relações públicas. (Ele realizou um trabalho brilhante convencendo milhões de mulheres de que os homens são mulheres e as mulheres são homens.)
  • Os machos afirmam que as fêmeas encontram satisfação através da maternidade e da sexualidade, mas isso reflete o que eles acham que os satisfaria se fossem fêmeas.
  • As mulheres não têm inveja do pênis; os homens é que têm inveja da boceta. Quando o macho aceita sua passividade, define a si mesmo como mulher (os machos, assim como as fêmeas, pensam que os homens são mulheres e as mulheres são homens), e torna-se um travesti — ele perde o desejo de foder (ou de fazer qualquer outra coisa, neste ponto; ele se satisfaz como drag queen) e faz com que lhe cortem o pênis. Ele obtém então um sentimento sexual contínuo e difuso de "ser mulher". Foder é, para um homem, uma defesa contra seu desejo de ser fêmea. O sexo é, em si mesmo, uma sublimação.
  • O macho, devido à obsessão que o atormenta por não ter nascido fêmea, agravada pela sua incapacidade de comunicar e de sentir profundamente, tornou-se responsável por:
  • Guerra — Um meio de afirmar a sua superioridade mediante a destruição do maior complexo de inferioridade que o mina desde a infância: ser sexualmente mais limitado que as mulheres.
  • Boas maneiras — Dominado por um sentimento de animalidade, envergonhado, incapaz de se exprimir e de esconder dos outros o seu próprio egocentrismo total, o macho inventou o ódio social pelas maneiras espontâneas e naturais, e estabeleceu um código de comportamento mediante o qual os seres humanos já não podem comunicar naturalmente.
  • Dinheiro, matrimônio, prostituição, trabalho, prevenção da automatização — Para tornar a mulher uma escrava completa, o homem inventou o dinheiro, o matrimônio e a prostituição, que a envilecem, tornando-a dependente dele. Além disso, não há qualquer razão para que os seres humanos trabalhem e utilizem o dinheiro. Todos os empregos não criativos (praticamente todos os empregos existentes) podiam ter sido automatizados há já muito tempo, e não o foram. Numa sociedade sem dinheiro todas poderiam alcançar aquilo que desejam sem qualquer esforço.
  • Paternidade e doenças mentais (medo, velhacaria, timidez, humildade, insegurança, passividade) — A mãe deseja o bem dos filhos; o pai deseja que os filhos cresçam no respeito pelas suas conquistas sociais. Por isso, educa-os para serem respeitosos, dignos, banais, peados, falhos de imaginação, tal como ele próprio, inculcando-lhes o amor pelo dinheiro.
  • Supressão da individualidade, animalismo, funcionalização — O pai exerce uma verdadeira tirania sobre o desenvolvimento dos filhos, os quais tenderiam todos a participar na vida da mãe, e, por isso, a serem por ela influenciados das maneiras mais diversas. Ele obriga-os a respeitarem aquilo que ele respeita, o que provoca uma série de traumatismos psicológicos de alcance inestimável. Além disso, prepara os filhos para a funcionalização mecânica da sociedade criada pelos machos, e as filhas para o animalismo caseiro que permite aos machos continuarem a reger o mundo.
  • Isolamento, subúrbios, prevenção da comunidade — A nossa sociedade não é uma comunidade. É simplesmente uma série de unidades familiares isoladas. O homem teme continuamente perder a sua mulher, e, com isso, a própria categoria social: por isso tende cada vez mais a isolá-la no campo, campo que tornou o mais aprazível que pôde e a que pôs o nome de "subúrbios".
  • Conformismo — O homem, embora apregoe que deseja ser um indivíduo, tem um medo extremo de se mostrar diferente dos outros homens em cada uma das suas atividades: social, sexual, intelectual. Disso é prova a sua confraternização, o seu espírito competitivo nas relações sexuais, a sua perplexidade perante os desvios psicofísicos.
  • Autoridade e governo — Não existe razão no mundo pela qual uma sociedade composta de seres racionais e capazes de comunicarem uns com os outros deva ter um governo, leis, chefes políticos e religiosos, técnicos. Mas o macho recorreu a este aparelho a fim de fugir à sua natural tendência para se fazer orientar e proteger pela mãe, pela mulher.
  • Filosofia, religião, moral — Dado que a felicidade é impossível na Terra, o homem inventou o paraíso. A sua incapacidade para estabelecer verdadeiros laços de fraternidade torna a sua vida absurda e destituída de significado, pelo que inventou os sistemas filosóficos e as leis morais com um único objetivo: o de se libertar desse vácuo.
  • Preconceito (racial, étnico, religioso, etc.) — O macho precisa de bodes expiatórios sobre os quais possa projetar suas falhas e inadequações e sobre os quais possa descarregar sua frustração por não ser fêmea. E as várias discriminações têm a vantagem prática de aumentar substancialmente a quantidade de vaginas disponíveis para os homens no topo.
  • Competição, prestígio, status, educação formal, ignorância, classes sociais e econômicas — Tendo um desejo obsessivo de ser admirado pelas mulheres, mas não tendo nenhum valor inerente, o macho constrói uma "sociedade" altamente artificial que o possibilita apropriar-se de uma aparência de valor através do dinheiro, prestígio, "alta" classe social, diplomas, posição profissional e conhecimento e, derrubando profissionalmente, socialmente, economicamente, e educacionalmente tantos outros homens quanto possível.
  • O objetivo da educação universitária não é o de fornecer uma bagagem cultural aos nossos jovens, mas sim o de excluir o máximo número possível desses jovens das várias profissões.
  • Nenhuma revolução verdadeira poderá nunca ser feita pelos machos, porque os que estão no Poder querem conservar as coisas como estão, e os que estão afastados do Poder querem simplesmente alcançá-lo. O macho rebelde é uma farsa: esta "sociedade" é sua, pertence-lhe, fê-la ele para satisfação dos seus desejos. Mas ele não pode sentir-se satisfeito, porque não é capaz disso. No fim de contas, o macho que se rebela, rebela-se sempre contra a mesma coisa: contra o seu ser masculino.
  • Dada a natureza totalmente egocêntrica do macho e sua incapacidade de relacionar-se com qualquer coisa externa a si mesmo, a “conversa” masculina, quando não gira em torno dele mesmo, é um discurso impessoal, monótono, despojado de valor humano. A “conversa intelectual” do homem é uma tentativa forçada e compulsiva de impressionar a mulher.
  • A Menina do Papai, passiva, adaptável, respeitadora e temerosa do macho, aceita que ele lhe imponha uma conversa desinteressante e insípida. Isto não é muito difícil, uma vez que a tensão e ansiedade, a falta de calma e de autoconfiança, a insegurança e a incerteza dos seus próprios sentimentos e sensações, que o Papai nela instilou, tornaram a sua percepção superficial e incapaz de ver que o blá-blá-blá do macho não passa de blá-blá-blá. Tal como o esteta que “aprecia” o borrão classificado de “Grande Arte”, também acredita que está a curtir o que na realidade a aborrece mortalmente.
  • Como tem um desejo intrínseco de se tornar mulher, o macho faz o possível para estar constantemente ao redor das fêmeas, que é o mais próximo que ele consegue chegar de ser uma. Para isso criou uma "sociedade" baseada na família — um casal macho-fêmea e seus filhos (a desculpa para a existência da família), que vivem controlando uns aos outros, violando inescrupulosamente os direitos, a privacidade e a sanidade das fêmeas.
  • Nossa "sociedade" não é uma comunidade, mas apenas uma coleção de unidades familiares isoladas.
  • Uma verdadeira comunidade é composta por indivíduos — não por meros membros da espécie, não por casais — que respeitam a individualidade e a privacidade uns dos outros, ao mesmo tempo em que interagem mentalmente e emocionalmente — espíritos livres em relações mútuas livres e cooperando uns com os outros para atingir fins comuns. Tradicionalistas dizem que a unidade básica da "sociedade" é a família; "hippies" dizem que é a tribo; ninguém se refere ao indivíduo.
  • Apesar de querer ser um indivíduo, o macho tem medo de qualquer coisa que o diferencie minimamente dos outros homens; levando-o a suspeitar que ele não seja realmente um "Homem", que ele é passivo e totalmente sexual, uma suspeita altamente perturbadora. Se os outros homens são "A" e ele não, ele pode não ser um homem; ele deve ser uma bicha. Assim, ele tenta afirmar a sua "Masculinidade" sendo como todos os outros homens. Qualquer diferença nos outros homens, assim como nele próprio, o ameaça: significa que eles são bichas, que precisam ser evitados a todo custo, então ele tenta garantir que todos os outros homens se enquadrem à norma.
  • O macho ousa ser diferente na medida em que aceita sua passividade e seu desejo de ser fêmea, sua bichice. O macho mais divergente é o travesti, mas este, embora diferente da maioria dos homens, é exatamente como todos os outros travestis; como um funcionalista, ele tem uma identidade — é uma mulher. Ele tenta afastar todos os seus problemas — mas a individualidade ainda inexiste. Não estando completamente convencido de que ele é uma mulher, extremamente inseguro quanto a ser suficientemente fêmea, ele se conforma compulsivamente ao estereótipo feminino feito pelo homem, e no fim das contas não é mais que um monte de maneirismos afetados.
  • Para ter certeza de que é um "Homem", o macho precisa garantir que a fêmea seja claramente uma "Mulher", o oposto de um "Homem", ou seja, a fêmea precisa agir como uma bicha. E a Menina do Papai, que teve todos os seus instintos de fêmea arrancados dela quando pequena, adapta-se fácil e complacentemente ao papel.
  • O macho não passa de um monte de reflexos condicionados, incapaz de uma reação mentalmente livre; ele é atado ao condicionamento que recebeu nos primeiros anos de vida, determinado completamente pelas experiências passadas. Suas experiências mais antigas são com a sua mãe, e por toda a vida ele fica atado a ela. Nunca fica completamente claro para o macho que ele não é parte de sua mãe, que ele é ele e ela é ela.
  • A maior necessidade dele é ser guiado, abrigado, protegido e admirado pela Mamãe (os homens esperam que as mulheres adorem aquilo que eles evitam com pavor: eles mesmos) e, sendo apenas físico, anseia por passar o tempo (que não é passado "no mundo", defendendo-se sinistramente de sua passividade) chafurdando em atividades animais básicas: comer, dormir, cagar, relaxar e ser confortado pela Mamãe. A tola e passiva Menina do Papai, sempre em busca de aprovação, de um tapinha na cabeça, do "respeito" de qualquer pedaço de lixo que passe por seu caminho, é facilmente reduzida a Mamãe, assistente estúpida das necessidades físicas, confortadora do enfadonho, pano para enxugar as sobrancelhas cansadas do macaco, impulsora do ego débil, apreciadora do desprezível, uma bolsa de água quente com tetas.
  • O macho tenta convencer a si mesmo e às mulheres — teve melhor êxito convencendo as mulheres — de que a função da fêmea é parir e criar filhos e relaxar, confortar e impulsionar o ego do macho; função que a torna permutável com qualquer outra fêmea. Na verdade, a função da fêmea é se comunicar, curtir, amar e ser ela própria, insubstituível por ninguém mais; a função do macho é produzir esperma. Agora nós temos bancos de esperma.
  • Na verdade, a função da fêmea é explorar, descobrir, inventar, solucionar problemas, contar piadas, fazer música — tudo com amor. Por outras palavras, criar um mundo mágico.
  • O amor não pode florescer numa "sociedade" baseada no dinheiro e no trabalho sem sentido; pelo contrário, para que o amor floresça exige-se liberdade econômica e pessoal, tempo disponível, oportunidade de nos deixarmos envolver em atividades emocionalmente satisfatórias, que, uma vez partilhadas entre pessoas que se respeitam, conduzem a uma amizade profunda. Mas essa "sociedade" não fornece, praticamente, nenhuma oportunidade desse gênero.
  • Amor não é dependência nem é sexo, é amizade, e portanto o amor não pode existir entre dois homens, entre um homem e uma mulher ou entre duas mulheres, sendo que um deles ou ambos são machos estúpidos, inseguros, bajuladores; como uma conversa, o amor só pode existir entre duas mulheres-mulheres confiantes, desembaraçadas, independentes e divertidas, porque a amizade se baseia no respeito e não no desprezo.
  • O sexo é o refúgio dos idiotas. Quanto mais privada de aparelho mental for a mulher, quanto mais integrada estiver na "cultura" masculina, por outras palavras, quanto mais graciosa for, mais sexual é. As mulheres mais graciosas da nossa "sociedade" são maníacas sexuais alucinadas.
  • Sexo não é parte de um relacionamento; pelo contrário, é uma experiência solitária, não-criativa, uma grande perda de tempo. A fêmea pode facilmente — mais facilmente do que ela pode imaginar — afastar seu impulso sexual, ficando completamente tranqüila e cerebral e livre para perseguir atividades e relacionamentos verdadeiramente valiosos; mas o macho, que parece gostar sexualmente das mulheres e que procura excitá-las constantemente, estimula a fêmea altamente sexual a frenesís de luxúria, atirando-a num abismo de sexo do qual poucas mulheres escapam. O macho lascivo excita a fêmea luxuriosa; ele precisa fazê-lo — quando a fêmea transcende seu corpo, eleva-se acima do animalismo, o macho, cujo ego constitui-se de seu pênis, desaparece.
  • Muitas fêmeas, mesmo no caso de uma completa igualdade econômica entre os sexos, prefeririam viver com machos ou mascatear suas bundas na rua a fim de ter a maior parte do seu tempo para si próprias, em vez de perder muitas horas dos seus dias fazendo trabalhos tediosos, embrutecedores, não-criativos, para alguma outra pessoa, funcionando como menos que animais, como máquinas, ou na melhor das hipóteses — se forem capazes de conseguir um "bom" emprego — co-administrando o monte de merda. Portanto, o que vai libertar as mulheres do controle masculino é a total eliminação do sistema dinheiro-trabalho, não a obtenção de igualdade econômica com os homens dentro desse sistema.
  • Se todas as mulheres simplesmente deixassem os homens, se recusassem a ter qualquer relação com eles, todos os homens, o governo e a economia nacional desmoronariam completamente. Mesmo sem deixar os homens, as mulheres conscientes da extensão de sua superioridade e de seu poder sobre eles poderiam adquirir controle absoluto sobre tudo dentro de poucas semanas, poderiam efetuar a total submissão dos machos às fêmeas. Numa sociedade sã, o macho trotaria obediente atrás da fêmea. O macho é dócil e facilmente conduzido, submetido sem esforços ao domínio de qualquer fêmea que queira dominá-lo. Na verdade, o macho quer desesperadamente ser conduzido pelas fêmeas, quer a Mamãe no comando, quer abandonar-se aos cuidados dela. Mas esta não é uma sociedade sã, e a maioria das mulheres não é, nem vagamente, consciente de sua situação em relação aos homens.

Atribuídas

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  • Leia o meu manifesto e ele lhe dirá o que eu sou.
- SCUM Manifesto - Página 53, Valerie Solanas - AK Press, 1996, ISBN 1873176449, 9781873176443 - 60 páginas
  • Machos são incapazes de amar — eles são emocionalmente deficientes — e por causa dessas deficiências emocionais eles fodem o mundo... Todos os males do mundo emanam desta incapacidade masculina de amar.
    • Valerie Solanas, quando convidada pelo Village Voice em 1977 para resumir o livro dela.
  • Claro que estou falando sério. Estou falando muito sério.
    • Valerie Solanas em uma entrevista para Robert Marmorstein, em resposta à pergunta "Você está falando sério sobre essa coisa de SCUM?".
  • Mulheres são reais. Elas são seres humanos. Os homens não são sequer seres humanos completos. O gene masculino é um gene feminino incompleto. É por isso que ele tem esse complexo de inferioridade embutido e está sempre puxando todas as suas façanhas nojentas. Para compensar isso, para provar que ele é alguma coisa. Está tudo no manifesto ...
    • Valerie Solanas em uma entrevista para Robert Marmorstein, em resposta às perguntas: "Por que atacar os homens? Os homens são assim tão diferentes das mulheres? Se as mulheres tivessem a responsabilidade elas provavelmente bagunçariam o mundo da mesma maneira".
  • Nós somos impacientes. Esse é o porquê. Eu não vou estar aqui daqui a uns 100 anos. Eu quero um pedaço de um mundo empolgante para mim mesma. Essa porcaria pacífica é para os pássaros. Marchar, demonstrar. Isso é para velhas senhorinhas que não são sérias. SCUM é uma organização criminosa, e não um clube de almoço de desobediência civil. Vamos operar às escuras e tão eficazmente quanto possível e conseguir o que queremos o mais rápido possível...
    • Valerie Solanas em uma entrevista para Robert Marmorstein a respeito de SCUM, em resposta à pergunta: "Por que as mulheres não podem ter uma revolução pacífica?"



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