Pedro II do Brasil
Pedro II |
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Dom Pedro II (Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Habsburgo), (Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 — Paris, 5 de dezembro de 1891) foi o segundo e último Imperador do Brasil. D. Pedro II foi o sétimo filho de Dom Pedro I e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria. Sucedeu ao seu pai, que abdicara em seu favor para retomar a coroa de Portugal.
Pedro II governou de 1840, quando foi antecipada sua maioridade, até 1889 ano em que foi deposto com a proclamação da república. Além dos registro históricos e jornalísticos da época, Pedro II deixou à posteridade 5.500 páginas de seu diário registradas a lápis em 43 cadernos, além de correspondências, que nos possibilitam conhecer um pouco mais do seu perfil e pensamento.
Diários[editar]
Citações do Diário de Pedro II em: "CARVALHO, José Murilo de, Perfis Brasileiros - D. Pedro II, Companhia das Letras, São Paulo, 2007"
- "Tenho espírito justiceiro e entendo que o amor deve seguir estes graus de preferência: Deus, humanidade, pátria, família e indivíduo."
- "Louvam minha liberalidade, mas não sei por quê."
- "Nasci para consagrar-me às letras e às ciências, e, a ocupar posição política, preferiria a de presidente da República ou ministro à de imperador."
- "Jurei a Constituição, mas ainda que não a jurasse, seria ela para mim uma segunda religião."
- "Nada devo, e quando contraio uma dívida cuido logo de pagá-la, e a escrituração das despesas de minha casa pode ser examinada a qualquer hora. Não ajunto dinheiro".
- "É preciso trabalhar e vejo que não se fala quase senão em política que é as mais das vezes guerra entre interesses individuais".
Correspondências[editar]
- "A política não é para mim senão o duro cumprimento do dever".
- - carta ao conde Gobineau, de 1873
- "Não lhe dou o direito de adoecer".
- - carta ao Duque de Caxias, ao saber da intenção deste em declarar a guerra terminada.
Discursos e declarações[editar]
- "A primeira necessidade da magistratura é a responsabilidade eficaz, e que enquanto alguns magistrados não forem para a cadeia, como, por exemplo, certos prevaricadores do Supremo Tribunal de Justiça, não se conseguiria esse fim".
- - Em comentário ao Visconde de Sinimbu
- "Os senhores são uns doidos!"
- - Citado em Rezzutti, Paulo Dom Pedro II: A História Não Contada Exclamação dada no dia 17 de novembrode 1889, dia no qual fora exilado. O motivo de sua raiva, fora a retirada abrupta durante a madrugada.
- "Não gosto das honras, que se despem com a casaca."
- - Em resposta ao Barão de Paranapiacaba, citado em Citado em Rezzutti, Paulo Dom Pedro II: A História Não Contada, p. 143
- "Ausentando-me, pois, com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo os mais ardentes votos por sua grandeza e prosperidade"
- - Despedida de D. Pedro ao povo brasileiro, em 16 de novembro de 1889, disponível em Textos políticos da história do Brasil, v. 2
Sobre[editar]
- "Se o seu poder se igualasse a sua vontade, a escravidão desapareceria do Império de um só golpe".
- - Louis Agassiz, em seu diário
Bibliografia[editar]
- CARVALHO, José Murilo de, Perfis Brasileiros - D. Pedro II, Companhia das Letras, São Paulo, 2007 ISBN 9788535909692