Saltar para o conteúdo

Nísia Floresta

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
Dionísia Gonçalves Pinto
(Nísia Floresta)
Dionísia Gonçalves Pinto (Nísia Floresta)
Dionísia Gonçalves Pinto
(Nísia Floresta)
Wikipédia
Wikimedia Commons
Domínio Público.br

Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, (Papari, RN, atual Nísia Floresta, 12 de outubro de 1810 — Rouen, França, 24 de abril de 1885) foi uma educadora, escritora e poetisa potiguar. É considerada uma pioneira do feminismo no Brasil e foi provavelmente a primeira mulher a romper os limites entre os espaços público e privado publicando textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda engatinhava. Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.



  • Que personagens singulares! (...) Exigir uma servidão a que eles mesmos não têm coragem de se submeter, (...) e querer que lhe sirvamos de ludibrio, nós, a quem eles são obrigados a fazer a corte e atrair em seus laços com as submissões mais humilhantes.
- Em “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”, 1832.
  • Certamente Deus criou as mulheres para um melhor fim, que para trabalhar em vão toda sua vida.
- Em “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”, 1832.
  • Se este sexo altivo quer fazer-nos acreditar que tem sobre nós um direito natural de superioridade, por que não nos prova o privilégio, que para isso recebeu da Natureza, servindo-se de sua razão para se convencerem?
- Em “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”, 1832.
  • Se cada homem (...) fosse obrigado a declarar o que sente a respeito de nosso sexo, encontraríamos todos de acordo em dizer que nós nascemos para seu uso, (...) reger uma casa, servir, obedecer e aprazer aos nossos amos, isto é, a eles homens.
- Em “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”, 1832.
  • Flutuando como barco sem rumo ao sabor do vento neste mar borrascoso que se chama mundo, a mulher foi até aqui conduzida segundo o egoísmo, o interesse pessoal, predominante nos homens de todas as nações.
- Em “Passeio ao Jardim de Luxemburgo”, 1857.
  • A escravidão (...) foi sancionada pelos mesmos homens, que tudo haviam sabido sacrificar para libertar-se do jugo de seus opressores, e assumirem a categoria de nação livre! Eles, que acabavam de conquistar a liberdade, não coravam de rodear-se de escravos!
- Em “Páginas de uma Vida Obscura”, 1855.
  • As dores morais do negro passam despercebidas nas habitações do branco.
- Em “Páginas de uma Vida Obscura”, 1855.
  • Todos os brasileiros, qualquer que tenha sido o lugar de seu nascimento, têm iguais direitos à fruição dos bens distribuídos pelo seu governo, assim como à consideração e ao interesse de seus concidadãos.
- Em “Opúsculo Humanitário”, 1853.
  • A esperança de que, nas gerações futuras do Brasil, ela [a mulher] assumirá a posição que lhe compete nos pode somente consolar de sua sorte presente.
- Em “Opúsculo Humanitário”, 1853.