Michel Foucault
Aspeto
Michel Foucault | |
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Michel Foucault no Brasil em 1974. | |
Nascimento | Paul-Michel Foucault 15 de outubro de 1926 Poitiers (França) |
Morte | 25 de junho de 1984 (57 anos) 13.º arrondissement de Paris (França), Paris |
Cidadania | França |
Progenitores |
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Alma mater |
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Ocupação | filósofo |
Empregador(a) | Universidade da Califórnia em Berkeley, Universidad de Lille 3, Universidade de Buffalo, Collège de France, Université Paris 8, Universidade de Uppsala, Universidade de Varsóvia, Universidade de Tunis |
Obras destacadas | Vigiar e Punir, As palavras e as coisas, Arqueologia do saber, L'usage des plaisirs, História da sexualidade |
Movimento estético | ateísmo, pós-estruturalismo, filosofia continental |
Religião | ateísmo |
Causa da morte | aIDS |
Paul Michel Foucault, (Poiters, 15 de outubro de 1926 - Paris, 26 de junho de 1984), foi um filósofo francês.
- "A psicologia nunca poderá dizer a verdade sobre a loucura, pois é a loucura que detém a verdade da psicologia."
- - "Maladie Mentale et Psychologie"
- "A alma, prisão do corpo."
- - Vigiar e Punir
- "Quanto àqueles para quem esforçar-se, começar e recomeçar, experimentar, enganar-se, retomar tudo de cima a baixo e ainda encontrar meio de hesitar a cada passo, àqueles para quem, em suma, trabalhar mantendo-se em reserva e inquietação equivale à demissão, pois bem, é evidente que não somos do mesmo planeta."
- - História da Sexualidade 2
- "A ordem é ao mesmo tempo aquilo que se oferece nas coisas como sua lei interior,a rede secreta segundo a qual elas se olham de algum modo umas às outras e aquilo que só existe através do crivo de um olhar, de uma atenção, de uma linguagem..."
- - FOUCAULT, M. As Palavras e as Coisas. São Paulo, Martins Fontes: p. 9-12.
- "'Chamamos de loucura essa doença dos órgãos do cérebro...'"
- - Voltaire - Dicionário Filosófico In: Michel Foucault, início do Cap. 7 de A história da loucura na Idade Clássica.
- "Os problemas da loucura giram ao redor da materialidade da alma."
- - Michel Foucault, início do Cap. 7 de A história da loucura na Idade Clássica.
- "Uma tarde eu estava ali, olhando muito, falando pouco, ouvindo o menos possível, quando fui abordado por uma das mais bizarras personagens desse país, que Deus não deixou que faltasse. É um misto de altura, baixeza, bom senso e desatino”. No momento em que a dúvida atingia seus perigos maiores, Descartes tinha consciência de que não podia estar louco – sem que isso impedisse que reconhecesse, durante muito tempo ainda e até o mau gênio, que todos os poderes do desatino espreitavam à volta do seu pensamento.(...)"
- - Michel Foucault, início da Introdução da Parte III de História da loucura na Idade Clássica.
- "Édipo não se cegou por culpa, mas por excesso de informação."
- - Œdipe ne s'est pas crevé les yeux par culpabilité, mais par excès d'information
- - Citado em reportagem de "Le Monde", intitulada "Lula était le "sauveur du peuple", il ne l'est plus : le blues des intellectuels et des artistes face aux scandales", Data: 30/07/2005
- "A ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível".
- - La fiction consiste donc non pas à faire voir l'invisible, mais à faire voir combien est invisible l'invisibilité du visible
- - Citado em "Qu'est-ce qu'un espace littéraire?" - Página 31, de Xavier Garnier, Pierre Zoberman, Pascale Hellégouarc'h, Maarten Van Delden - Publicado por Presses universitaires de Vincennes, 2006 ISBN 2842921852, 9782842921859 - 206 páginas
- "Pois toda felicidade não é mais, talvez, que felicidade de expressão".
- - Citado em "A refração da sombra" - Página vii, de Paulo Cesar Lopes - Publicado por FUNPEC Editora, 2004 ISBN 8587528777, 9788587528773 - 113 páginas
- "As luzes que descobriram as liberdades inventaram também as disciplinas"
- - Na obra "Vigiar e Punir", página 183, de Michel Foucault, Editora Vozes, 1998; citado em "Modernidade e Dominação" - página 105, de Sílvio Cesar Camargo, Publicado por Annablume ISBN 8574196339, 9788574196336
- "É possível que a criança, com sua própria sexualidade, tenha desejado este adulto, ela pode mesmo ter consentido, ela pode mesmo ter dado o primeiro passo. Podemos mesmo admitir que é ela quem seduziu o adulto. Mas nós, com nosso conhecimento psicológico especializado, sabemos perfeitamente que mesmo a criança que seduz corre o risco de ser ferida e traumatizada. (…) Por conseguinte, a criança deve ser ‘protegida de seus próprios desejos’, mesmo se seus desejos a levam para um adulto"[1].
- – Il se peut que l’enfant, avec sa propre sexualité, ait désiré cet adulte, il peut même avoir consenti, il peut même avoir fait le premier pas. Nous pouvons même admettre que c’est lui qui a séduit l’adulte. Mais nous, spécialistes avec notre savoir psychologique, savons parfaitement que même l’enfant qui séduit court le risque d’être blessé et traumatisé. (…) Par conséquent, l’enfant doit être 'protégé de ses propres désirs', même si ses désirs le portent vers un adulte.
- – Em La Loi de la pudeur, assinalando com ironia a postura dos psiquiatras sobre o consentimento sexual dos menores nos tribunais.
- – Il se peut que l’enfant, avec sa propre sexualité, ait désiré cet adulte, il peut même avoir consenti, il peut même avoir fait le premier pas. Nous pouvons même admettre que c’est lui qui a séduit l’adulte. Mais nous, spécialistes avec notre savoir psychologique, savons parfaitement que même l’enfant qui séduit court le risque d’être blessé et traumatisé. (…) Par conséquent, l’enfant doit être 'protégé de ses propres désirs', même si ses désirs le portent vers un adulte.
- "Não, não, eu não estou onde você me espreita, mas aqui de onde o observo rindo. (...) Vários, como eu sem dúvida, escrevem para não ter mais um rosto. Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo: é uma moral de estado civil; ela rege nossos papéis. Que ela nos deixe livres quando se trata de escrever."
- - FOUCAULT, Michel. 1995. A Arqueologia do Saber. 4 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Referências
- ↑ La Loi de la pudeur, publicado na revista Recherches, nº 37, abril de 1979, Fous d’enfance, pp. 69-82
Obras
[editar]A Ordem do Discurso
[editar]- A ordem do discurso aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970 - de Michel Foucault, Laura Fraga de Almeida Sampaio, Michel Foucault, Laura Fraga de Almeida Sampaio - Publicado por Edicoes Loyola, 2002 ISBN 8515013592, 9788515013593
- "A disciplina é um princípio de controle da produção do discurso. Ela lhe fixa os limites pelo jogo de uma identidade que tem a forma de uma reatualização permanente das regras".
- - A Ordem do Discurso, p.36"
- "A heresia e a ortodoxia não derivam de um exagero fanático dos mecanismos doutrinários, elas lhes pertencem fundamentalmente".
- - A Ordem do Discurso, p.42"
- "O discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo porque, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar".
- - A Ordem do Discurso, p.10"
- "Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo".
- - A Ordem do Discurso, p.44"
- "O novo não está no que é dito, mas no acontecimento de sua volta".
- - A Ordem do Discurso, p.26"
- "Quando penso, dizia ele logo que lia ou escutava, quando penso nesta frase que vai partir para a eternidade sem que eu talvez ainda não tenha compreendido plenamente".
- - A Ordem do Discurso, p.24"
Sobre
[editar]- "Os estudantes estão sendo doutrinados pelo dogma do relativismo e do niilismo por professores pós-estruturalistas ou pós-construtivistas que parecem não ter valores ou paixão real pelo aprendizado. Por exemplo, Michel Foucault considerou "Esperando Godot", de Samuel Beckett, uma influência marcante na geração de pensadores da França pós-guerra. Eu sempre desprezei Godot pelo pessimismo reacionário e visão neurótica da fragmentação da cultura. A grande forma de arte da minha geração foi o rock, música empática, emocional, sensorial e conduzida pelos ritmos sublimes da natureza."
- - Camille Paglia; entrevista para a Folha de S.Paulo - 27.3.06