Luís Gama
Aspeto
Luís Gama | |
---|---|
Nascimento | 21 de junho de 1830 Salvador |
Morte | 24 de agosto de 1882 (52 anos) São Paulo |
Sepultamento | Cemitério da Consolação |
Cidadania | Brasil |
Etnia | afro-brasileiro(a), negro |
Progenitores |
|
Alma mater |
|
Ocupação | rábula, orador, jornalista, escritor, poeta, advogado |
Causa da morte | diabetes mellitus |
Luís Gama (?) foi um poeta brasileiro.
Verificadas
[editar]- “O dia da felicidade será o memorável dia da emancipação do povo, e o dia da emancipação será aquele em que os grandes forem abatidos e os pequenos levantados; em que não houver senhores nem escravos; chefes nem subalternos; poderosos nem fracos; opressores nem oprimidos; mas em que o vasto Brasil se chamar a pátria comum dos cidadãos brasileiros ou Estados Unidos do Brasil”.
- -Correio Paulistano, 29 de janeiro de 1867. Fonte: Defendeu escravizados: O inestimável legado do jornalista Luiz Gama.
- “Se algum dia (...) os respeitáveis juízes do Brasil esquecidos do respeito que devem à lei, e dos imprescindíveis deveres que contraíram perante a moral e a nação, corrompidas pela venalidade ou pela ação deletéria do poder, abandonando a causa sacrossanta do direito (...) faltarem com a devida justiça aos infelizes que sofrem escravidão indébita, eu, por minha própria conta, (...), e sob minha única responsabilidade, aconselharei e promoverei, não a insurreição, que é um crime, mas a “resistência”, que é uma virtude cívica."
- -Correio Paulistano, 10 de novembro de 1871. Fonte: Defendeu escravizados: O inestimável legado do jornalista Luiz Gama.
- “Não sou jurisconsulto, nem sou doutor, não sou graduado em direito, não tenho pretensões à celebridade, nem estou no caso de ocupar cargos de magistraturas; revolta-me, porém, a incongruência notória de que, com impávida arrogância, dão prova cotidiana magistrados eminentes que tem por ofício o estudo das leis, e por obrigação a justa aplicação delas”.
- -Correio Paulistano, 12 de março de 1874. Fonte: Defendeu escravizados: O inestimável legado do jornalista Luiz Gama.
- "A escravidão é uma espécie de lepra social: tem sido muitas vezes abolida pelos legisladores e restaurada pela educação sob aspectos diversos".
- “Sou abolicionista, sem reservas; sou cidadão; creio ter cumprido o meu dever”.
- -A Província de São Paulo, “Questão forense”, 14 de outubro de 1880. Fonte: Defendeu escravizados: O inestimável legado do jornalista Luiz Gama.
- "Há cenas de tanta grandeza, ou de tanta miséria, que por completas em seu gênero, não se descrevem; o mundo e o átomo por si mesmos se definem; assim, o crime e a virtude guardam a mesma proporção; assim, o escravo que mata o senhor, que cumpre uma prescrição inevitável de direito natural, e o povo indigno, que assassina heróis, jamais se confundirão."
- -A Província de São Paulo, Carta a Ferreira de Menezes, 18 de dezembro de 1880. Fonte: Leia artigo de Luiz Gama publicado há mais de 140 anos nas páginas do Estadão.
- "Miseráveis; ignoram que mais glorioso é morrer livre numa forca, ou dilacerado pelos cães na praça pública, do que banquetear-se com os Neros na escravidão."
- -A Província de São Paulo, Carta a Ferreira de Menezes, 18 de dezembro de 1880. Fonte: Leia artigo de Luiz Gama publicado há mais de 140 anos nas páginas do Estadão.
- “Uma lei é um monumento social, é uma página de história, uma lição de etnografia, uma razão de estado”.
- - Gazeta da Tarde, [Carta a Ferreira de Menezes], 07 de janeiro de 1881. Fonte: Defendeu escravizados: O inestimável legado do jornalista Luiz Gama.
- "À frente deles Washington, pensativo como Arquimedes, com a ponta do gládio sagrado, embebida no sangue das batalhas, inscreve no mapa das Nações os Estados Unidos; e Franklin, o moderno Teramenes, arrebatando um raio ao sol, com lúcidas estrelas, grava no infinito a eterna legenda da Liberdade."
- - À Forca o Cristo da Multidão, 1882. Fonte: Luiz Gama desenha o perfil de Tiradentes.
- "A meia hora do dia, como hoje, há 90 anos, expirou aquele que, neste país, primeiro propusera a libertação dos escravos, e a proclamação da República. Foi julgado réu de lesa-majestade, mataram-no, mas Tiradentes morto, como o sol no ocaso, mostra-se ao universo, tão grande como em sua aurora."
- - À Forca o Cristo da Multidão, 1882. Fonte: Luiz Gama desenha o perfil de Tiradentes.
- "Perante o Direito, é justificável o crime de homicídio perpetrado pelo escravo na pessoa do senhor”.
- -Subtítulo do artigo "Aos escravocratas" escrito por Raul Pompeia. Jornal "ÇA IRA", 19 de agosto de 1882. Fonte: Benedito, Mouzar (2011). Luiz Gama - o libertador de escravos e sua mãe libertária, Luíza Mahin 2 ed. São Paulo: Expressão Popular. Página 59. ISBN 85-7743-004-9.
Atribuída
[editar]- "O escravo que mata seu senhor, em qualquer circunstância, o faz sempre em legítima defesa".
- - Lúcio de Mendonça em texto sobre Luís Gama. Fonte: Obra de Luiz Gama revela a luta por um Brasil sem reis ou escravos. Leia mais em O "estilo Gama" de atuação judicial.
Sobre
[editar]- "Luiz Gama é o único intelectual, a única personalidade negra brasileira do século 19, a ter vivido a experiência da escravidão. Isso já é um fato que o singulariza dentro do panorama do Brasil do século 19".
- - Historiadora Lígia Ferreira. Fonte: Obra de Luiz Gama revela a luta por um Brasil sem reis ou escravos.
- "...Luiz Gama fazia questão de demonstrar, através de seu exemplo, a falácia das crenças pseudocientíficas em voga numa sociedade escravocrata convencida da incapacidade intelectual e inferioridade moral dos africanos e seus descendentes, base da ideologia racista que ainda persiste entre nós.”
- - Historiadora Lígia Fonseca Ferreira. Fonte: Os desafios de Luiz Gama na luta dos negros por justiça.
- “Cem anos antes de Martin Luther King, ele dizia ter um sonho sublime: as terras do Cruzeiro, sem reis e sem escravos”.
- - Historiadora Lígia Fonseca Ferreira. Fonte: Os desafios de Luiz Gama na luta dos negros por justiça.