Horácio

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Quinto Horácio Flaco
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Quinto Horácio Flaco (latim: Quintus Horatius Flaccus) (Venúsia, Itália, 8 de Dezembro de 65 a.C. — Roma, Itália, 27 de Novembro de 8 a.C.) foi um poeta lírico e satírico romano, além de filósofo. É conhecido por ser um dos maiores poetas da Roma antiga.


  • "Agora é hora de beber"
- "Nunc est bibendum"
- Horace: selected odes and Satire 1.9 - Página 55, Horace, ‎Ronnie Ancona - Bolchazy-Carducci Publishers, 2005, ISBN 1610411668, 9781610411660, 171 páginas


Sátiras (35 a.C. e 30 a.C.)[editar]

Saturae, 1577
  • "Vaiam-me na rua, mas eu em casa me aplaudo ao contemplar com afeto o meu dinheiro."
- "Populus me sibilat, at mihi plaudo / Ipse domi, simul ac nummos contemplor in arca."
- Horácio, Sátiras, Liv. 1 (66-67); tradução de Ligia Cademartori, citado por Arthur Conan Doyle em Um estudo em vermelho, Rio de Janeiro: Zahar - 2015, p. 186.
  • "Raramente podemos descobrir um homem que diga que viveu feliz e que quando termina o seu tempo deixa a vida como um conviva satisfeito."
  • "A vida nunca deu nada aos mortais sem grandes fadigas."
  • "O que impede de dizer a verdade / rindo?"
  • "Há uma medida nas coisas; existem enfim limites precisos, / além dos quais e antes dos quais o bem não pode subsistir."
  • "Na realidade, ninguém nasce sem vícios: o melhor é quem / cai nos mais leves."
  • "Há uma medida em todas as coisas, existem afinal certos limites."

Odes (23 a.C.e 13 a.C.)[editar]

  • "Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati. seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam, quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida aetas: carpe diem quam minimum credula postero."
- Opera: ad optimas editiones collata : praemittitur notitia literaria: studdis societatis bipontinae (1783), Odes (I, 11.8), Página 16.
- "Tu não indagues (é ímpio saber) qual o fim que a mim e a ti os deuses tenham dado, Leuconoé, nem recorras aos números babilônicos. Tão melhor é suportar o que será! Quer Júpiter te haja concedido muitos invernos, quer seja o último o que agora debilita o mar Tirreno nas rochas contrapostas, que sejas sábia, coes os vinhos e, no espaço breve, cortes a longa esperança. Enquanto estamos falando, terá fugido o tempo invejoso; colhe o dia, quanto menos confia no de amanhã."
- Tradução: Francisco Achcar, Lírica e lugar-comum: alguns temas de Horácio e sua presença em português, São Paulo: Edusp, 1994. Página 88.
  • "Carpe diem"
  • "O Destino tem a mesma lei para todos: tira à sorte entre o humilde e o grande; a sua urna é vasta e contém todos os nomes."
  • "Terminei uma obra mais duradoura do que o bronze / e mais alta do que as pirâmides reais, / que nem a chuva corrosiva nem o vento impetuoso / poderão destruir, nem a inumerável / série dos anos e o passar veloz do tempo. / Não morrerei completamente, e grande parte de mim / escapará ao túmulo."
  • "É belo e glorioso morrer pela pátria."
  • "Deixa o resto aos deuses."
  • "Os nossos pais, piores do que os seus, geraram-nos / ainda mais celerados do que eles; nós, por nossa vez, geraremos / filhos ainda mais perversos do que nós."
  • "A força bruta, quando não é governada pela razão, desmorona sob o seu próprio peso"
  • "Não existe felicidade perfeita."
  • "Todos nós somos levados ao mesmo lugar; / na urna agita-se a sorte de cada um: / mais cedo ou mais tarde, a sorte terá de ser lançada, / e nos fará entrar no barquinho em direcção ao exílio eterno."
  • "A pálida morte bate com pé igual nos casebres dos pobres / e nos palácios dos ricos."
  • "Quem ama a áurea moderação, / seguramente não sente falta da desolação do vil abrigo, / nem do esplendor frugal do palácio invejado."
  • "Pobre entre grandes riquezas."
  • "Ai de mim, Póstumo, Póstumo, fugazes / correm os anos; e as preces / não podem retardar as rugas a velhice / premente e a morte inevitável."
  • "A duração breve da nossa vida proíbe-nos de alimentar uma esperança longa."
  • "Nada é feliz sob todos os aspectos."

Epístolas (20 a.C. e 14 a.C.)[editar]

  • "Não sou obrigado a jurar sobre as palavras de nenhum mestre."
  • "E uma vez lançada, a palavra voa irrevogável."
  • "Ganha dinheiro honestamente, / se puderes, se não, como puderes."
  • "Quem começou, tem metade da obra executada."
  • "Ainda que a expulses com um forcado, a natureza voltará a aparecer."
  • "Despreza os prazeres: é prejudicial o prazer comprado ao preço da dor."
  • "A ira é uma loucura breve."
  • "Quando a casa do vizinho está pegando fogo, a minha casa está em perigo".
- Nam tua res agitur, paries cum proximus ardet.
- Horácio in: Epistulae 1,18,84
- A poetical translation of the works of Horace [&c.]. - página 132, Quintus Horatius Flaccus, Traduzido por Philip Francis, 1747

Ars Poetica, Arte Poética ou A Epístola aos Pisones (18 a.C.)[editar]

  • "Tento ser conciso, / e resulto obscuro."
  • "A poesia é como a pintura."
  • "Vós que escreveis, escolhei um assunto correspondente às vossas forças."
  • "Os pintores e os poetas sempre gozaram da mesma forma do poder de ousarem o que quisessem."

Atribuídas[editar]

  • "A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.
- Horácio citado em "Citações da Cultura Universal" - página 28, Alberto J. G. Villamarín, Editora AGE Ltda, 2002, ISBN 8574970891, 9788574970899
  • "Nada deixa a desejar quem une o útil ao agradável."
- Omne Tulit punctum , qui miscuit utile dulci
- Ars poetica, 343f
  • "A cólera é uma breve loucura."
- Ira furor brevis est
- Epistulae 1,2,62