Fênix
Aspeto
Fênix, do grego ϕοῖνιξ, é um pássaro fabuloso que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, ressurgia das próprias cinzas.
- "Morrerei no meu ninho e meus dias serão tão numerosos quanto os da fênix".
- - Jó 29:18, Bíblia Ave Maria.
- "Vejamos o estranho sinal que se verifica nas regiões do Oriente, isto é, nas regiões da Arábia. Aí existe um pássaro ao qual dão o nome de fênix. É único na sua espécie, e vive quinhentos anos. Quando está para morrer, faz para si o ninho com incenso, mirra e outras plantas aromáticas, no qual, chegada a hora, entra e aí morre. Da carne em putrefação nasce um verme que, nutrindo-se com os humores do animal morto, cria asas. Depois, ao adquirir força, pega o ninho onde jazem os ossos de seu antepassado e, carregando-o, vai da região da Arábia para o Egito, até o lugar chamado Heliópolis. De dia, aos olhos de todos, voando até o altar do sol, depõe aí o ninho e a seguir retorna para o lugar de onde veio. Os sacerdotes consultam os anais e constatam que ele chegou ao se completarem quinhentos anos".
- - Clemente de Roma in: Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 25. Padres Apostólicos, Coleção Patrística. São Paulo: Paulus Editora.
- "O primeiro escritor que duvidou da crença na existência da fênix foi Sir Thomas Browne, em seus Erros Vulgares, publicado em 1646. Suas dúvidas foram repelidas, alguns anos depois, por Alexander Ross, que diz, em resposta à alegação de que a fênix aparecia tão raramente: «Seu instinto lhe ensina a manter-se afastada do tirano da criação, o homem, pois se fosse apanhada por ele, seria sem dúvida devorada por algum ricaço glutão, até que não houvesse nenhuma delas no mundo»".
- - Thomas Bulfinch in: O Livro de Ouro da Mitologia: histórias de deuses e heróis, p. 363. Ediouro: Rio de Janeiro, 2001. ISBN 85-00-00671-4