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[[w:Stendhal|'''Marie Henri Beyle''']], ''([[w:Grenoble|Grenoble]], [[23 de janeiro]] de [[1783]] - [[Paris]], [[23 de março]] de [[1842]]), mais conhecido como '''Stendhal''', foi um novelista e escritor francês. Seu estilo, ao contrário do excesso de ornamentos, valorizava o perfil psicológico dos personagens, a interpretação de seus atos, sentimentos e paixões. |
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*"Quantas jovens mulheres, exiladas pela moda em suas terras a dez léguas de Paris, terão suspirado esta noite pensando que acontecia na Ópera a primeira representação de A Dama do Lago, uma das obras-primas de Rossini, e que elas não estavam lá. Apresso-me em acalmar seus pesares. Nada no mundo pode ser mais entediante que A Dama do Lago, tal como foi apresentada esta noite ao público de Paris. O que há de curioso é que ele não vaiou; polido demais para isso; até aplaudiu algumas vezes." |
*"Quantas jovens mulheres, exiladas pela moda em suas terras a dez léguas de Paris, terão suspirado esta noite pensando que acontecia na Ópera a primeira representação de A Dama do Lago, uma das obras-primas de Rossini, e que elas não estavam lá. Apresso-me em acalmar seus pesares. Nada no mundo pode ser mais entediante que A Dama do Lago, tal como foi apresentada esta noite ao público de Paris. O que há de curioso é que ele não vaiou; polido demais para isso; até aplaudiu algumas vezes." |
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*"E que me restará ... se me desprezar a mim mesmo? Fui ambicioso e não quero absolutamente censurar-me por isso; agi, então segundo as conveniências da época. Agora vivo o dia-a-dia. Mas à vista do mundo, eu me sentiria muito infeliz, se caísse em alguma covardia." |
*"E que me restará ... se me desprezar a mim mesmo? Fui ambicioso e não quero absolutamente censurar-me por isso; agi, então segundo as conveniências da época. Agora vivo o dia-a-dia. Mas à vista do mundo, eu me sentiria muito infeliz, se caísse em alguma covardia." |
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:- ''Julien Sorel falando ao seu confessor, no capítulo XLV da segunda parte'' |
:- ''Julien Sorel falando ao seu confessor, no capítulo XLV da segunda parte'' |
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Revisão das 20h09min de 31 de maio de 2008
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Marie Henri Beyle, (Grenoble, 23 de janeiro de 1783 - Paris, 23 de março de 1842), mais conhecido como Stendhal, foi um novelista e escritor francês. Seu estilo, ao contrário do excesso de ornamentos, valorizava o perfil psicológico dos personagens, a interpretação de seus atos, sentimentos e paixões.
- "Quantas jovens mulheres, exiladas pela moda em suas terras a dez léguas de Paris, terão suspirado esta noite pensando que acontecia na Ópera a primeira representação de A Dama do Lago, uma das obras-primas de Rossini, e que elas não estavam lá. Apresso-me em acalmar seus pesares. Nada no mundo pode ser mais entediante que A Dama do Lago, tal como foi apresentada esta noite ao público de Paris. O que há de curioso é que ele não vaiou; polido demais para isso; até aplaudiu algumas vezes."
- "As mulheres muitíssimo belas surpreendem menos no dia seguinte".
- "Um pouco de paixão aumenta o espírito, demasiada apaga-o."
- "Os homens só se compreendem uns aos outros na medida em que os animam as mesmas paixões."
- "Quanto mais forte é um carácter, menos sujeito está à inconstância."
- "O amor é um sentimento tão delicioso porque o interesse de quem ama confunde-se com o do amado."
- "O aborrecimento tira-nos tudo, até a coragem de nos matarmos."
- "Para um amante, acabaram-se os amigos."
- "O amor é o milagre da civilização."
- "A maior felicidade que o amor pode dar é o primeiro aperto de mão da mulher que amamos."
- "Só temos coragem para com os que amamos amando-os menos."
- "O que é um amante? Um instrumento no qual nos esfregamos para ter prazer."
- "Qualquer fim moral, quer dizer, de interesse por parte do artista, mata todas as obras de arte."
- "Todas as religiões baseiam-se no medo de muitos e na esperteza de poucos."
O Vermelho E O Negro
- "Mas as verdadeiras paixões são egoístas."
- - Narrador, no capítulo XXI
- "J-J. Rosseau ... não passa, para mim, de um tolo, quando se põe a julgar a alta sociedade; ele não a compreendia, e nisso tinha uma alma de lacaio parvenu. ... Enquanto prega a república e a destruição das dignidades monárquicas, esse parvenu embriaga-se de felicidade se um duque muda a direção de seu passeio depois do jantar para acompanhar um de seus amigos."
- - Julien Sorel falando à Mathilde, no capítulo VIII da segunda parte
- "Danton fez bem em roubar? ... Os revolucionários do Piemonte, da Espanha, deviam comprometer o povo com crimes? Dar a pessoas mesmo sem mérito todos os postos do Exército, todas as cruzes? As pessoas que tivessem essas cruzes não temeriam a volta do rei? Dever-se-ia saquear o tesouro de Turim? Numa palavra, senhorita, ... o homem que quiser expulsar da terra a ignorância e o crime deve passar como a tempestade e espalhar o mal ao acaso?"
- - Julien Sorel falando à Mathilde, no capítulo IX da segunda parte
- "Não se conhecem as nascentes do Nilo ... não foi dado aos olhos do homem ver o rei dos rios em estado de simples córrego; assim também nenhum ser humano verá Julien fraco, e antes de tudo porque ele não o é. Mas eu tenho um coração fácil de comover; a mais simples palavra, se for dita com um acento verdadeira, pode enternecer minha voz e mesmo fazer correrem minhas lágrimas. Quantas vezes os corações áridos não me desprezaram por causa desse defeito! Acreditavam que eu pedia misericórdia: eis o que não se deve suportar."
- - Julien Sorel pensando consigo mesmo, no capítulo XLII da segunda parte
- "E que me restará ... se me desprezar a mim mesmo? Fui ambicioso e não quero absolutamente censurar-me por isso; agi, então segundo as conveniências da época. Agora vivo o dia-a-dia. Mas à vista do mundo, eu me sentiria muito infeliz, se caísse em alguma covardia."
- - Julien Sorel falando ao seu confessor, no capítulo XLV da segunda parte