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Djalma Batista

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Djalma Batista (20 de Fevereiro de 1916, Tarauacá, Acre - 20 de Agosto de 1979, Manaus) foi um médico e um escritor acreano que passou boa parte de sua vida em Manaus, dedicando-se a saúde e a cultura amazônica.


  • "Falar da Amazônia, em qualquer dos aspectos - fisiográfico, social, intelectual - é aventurar-se alguém a enfrentar senão o infinito, pelo menos o indefinido."
- Em Letras da Amazônia (1938).
  • "Os reveladores da Amazônia - seus intérpretes - contam-se por dezenas. Dentre todos, sobressai pelo seu porte majestático, um nome que ocupa a primeira plana nas letras naconais: Euclides da Cunha. Quem lhe perlustre a obra, sentirá, através da 'orquestração de sua neológica e arrebatadora linguagem', os enleios da Amazônia a vibrarem nas suas observações e deduções estupendas."
- Em Letras da Amazônia (1938).
  • "O verdadeiro símbolo da Amazônia, contemporaneamente, é a goma elástica - borracha malsinada - cujas oscilações constituem o fluxo e refluxo das marés sociais e econômicas. Entrevejo, porém, a transposição desse símbolo para o rio, em perene movimento, sempre para diante, a insinuar, a exemplificar, a impor a atividade."
- Em Letras da Amazônia (1938).
  • "Precisamos enfim de poetas, de muitos poetas na Amazônia, que eternizem no verso os anseios e os sentimentos do povo. (...)Poetas da Amazônia, deveis multiplicar-vos!"
- Na Conferência Cultura Amazônica (1955).
  • "Fala-se muito em riquezas da Amazônia, mas tudo que dela se conhece é quase nada, diante das incógnitas que ainda estão pela nossa frente."
- Em Da Habitalidade da Amazônia (1963).
  • "Não participamos em realidade do que se faz e do que se pensa no mundo."
  • "Não tenho dúvida de que já existe uma nova mentalidade nacional em relação á Amazônia, permitindo que o Brasil realize a tão esperada 'política amazônica', e com a qual se completará a unidade brasileira."
-Em Complexo da Amazônia (1976).
  • "O princípe dos poetas amazonenses, eleito em concurso promovido pela revista Redenção, é o Sr. Álvaro Maia, que é, de fato, um estatuário do verso, dos mais primorosos."
- Em Letras da Amazônias (1938).
  • "A Rondon, deve o Brasil uma nova atitude em face dos silvícolas, adotando, para o antigo Serviço de Proteção aos Índios (hoje Fundação Nacional do Índio - Funai), criado sob sua inspiração, um slogan: 'Morrer sim; matar nunca', que representou um comportamento bem mais humano que o dos americanos em face dos peles-vermelhas, diante dos quais o preceito seguido era: 'Índio bom é índio morto".
- Em Complexo da Amazônia (1976).

Sobre Djalma Batista


  • "O que se sobressai, além do estudioso, na personalidade de Djalma Batista é a figura humana. Construiu uma trajetória ímpar, fundada em compromissos éticos, políticos e num entendimento de que a ciência não é um fim, mas instrumento para melhorar a condição humana, os processos sociais - gerando qualidade de vida para a sociedade. (...) Foi um homem de sua época, que, como poucos, honrou seus valores consagrou sua vida á suam maior causa - a Amazônia. Djalma é um dos heróis do nosso tempo."
-Tenório Telles, escritor amazonense, na orelha da segunda edição de Complexo da Amazônia (2007).
  • "Um dos aspectos que devem ser mencionados em relação a Djalma Batista e a sua obra é que, infelizmente ele ainda se encontra entre aqueles que trouxeram uma contribuição das mais relevantes para o conhecimento da realidade brasileira, mas que continuam pouco conhecidos e estudados, situação que vem contribuindo para que permaneça uma visão incompleta e inadequada da própria história do pensamento brasileiro e de uma percepção mais exata da formação e desenvolvimento das ciências em nosso país."
- Renan Freitas Pinto, sociólogo e historiador amazonense na Apresentação da segunda edição de Complexo da Amazônia (2007).