The Hitchhiker's Guide to the Galaxy
Aspeto
The Hitchhiker's Guide to the Galaxy | |
---|---|
Autor | Douglas Adams, Eoin Colfer |
Gênero | science fiction comedy, comédia, ficção científica |
Data de publicação | 1979 |
The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (no Brasil O Guia do Mochileiro das Galáxias, em Portugal À Boleia Pela Galáxia) é uma série de ficção científica cômica criada por Douglas Adams.
O Guia do Mochileiro das Galáxias / À Boleia Pela Galáxia (1979)
[editar]Prólogo
[editar]- Este planeta tem – ou melhor, tinha – o seguinte problema: a maioria de seus habitantes estava quase sempre infeliz. Foram sugeridas muitas soluções para esse problema, mas a maior parte delas dizia respeito basicamente à movimentação de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos, o que é curioso, já que em geral não eram os tais pedaços de papel colorido que se sentiam infelizes.
- Em muitas das civilizações mais tranquilonas da Borda Oriental da Galáxia, O Guia do Mochileiro das Galáxias já substituiu a grande Enciclopédia Galáctica como repositório-padrão de todo o conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes.
- Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO.
Capítulo 2
[editar]- — Seis chopes duplos — disse Ford Prefect ao barman do Horse and Groom — E depressa, porque o fim do mundo está próximo.
- "Hoje deve ser quinta-feira", pensou Arthur, debruçando-se sobre o chope. "Nunca consegui entender qual é a das quintas-feiras."
Capítulo 3
[editar]- O Guia do Mochileiro das Galáxias faz algumas afirmações a respeito das toalhas. Segundo ele, a toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar.
- O mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. Por algum motivo, quando um estrito (isto é, um não mochileiro) descobre que um mochileiro tem uma toalha, ele automaticamente conclui que ele tem também escova de dentes, esponja, sabonete, lata de biscoitos, garrafinha de aguardente, bússola, mapa, barbante, repelente, capa de chuva, traje espacial, etc., etc. Além disso, o estrito terá prazer em emprestar ao mochileiro qualquer um desses objetos, ou muitos outros, que o mochileiro por acaso tenha "acidentalmente perdido".
- O que o estrito vai pensar é que, se um sujeito é capaz de rodar por toda a Galáxia, acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima e ainda assim saber onde está sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito.
- Em momentos de grande tensão, todas as formas de vida existentes emitem um pequeno sinal subliminar. Esse sinal simplesmente comunica uma noção exata e quase patética do quanto a criatura em questão está longe de seu local de nascimento.
Capítulo 4
[editar]- Não cabe a ele exercer o poder, e sim desviar a atenção do poder.
- - Em relação ao presidente da Galáxia.
- Pouquíssimas pessoas sabem que o presidente e o governo praticamente não têm nenhum poder, e, dessas pouquíssimas pessoas, apenas seis sabem onde é, de fato, exercido o verdadeiro poder político.
Capítulo 5
[editar]- Uma das coisas que Ford Prefect jamais conseguiu entender em relação aos seres humanos era seu hábito de afirmar e repetir continuamente o óbvio mais óbvio, coisas do tipo Está um belo dia, ou Como você é alto, ou Ah, meu Deus, você caiu num poço de 10 metros de profundidade, você está bem?. De início, Ford elaborou uma teoria para explicar esse estranho comportamento. Se os seres humanos não ficarem constantemente utilizando seus lábios – pensou ele –, eles grudam e não abrem mais.
Capítulo 6
[editar]- – O quê? Inofensiva? Só diz isso, mais nada? Inofensiva! Uma única palavra!
- [...]
- – E o que diz o verbete agora? – perguntou Arthur.
- – Praticamente inofensiva – disse Ford, com um pigarro, para disfarçar seu constrangimento.
- - Sobre o verbete da Terra no Guia do Mochileiro das Galáxias e como Ford está realizando seu trabalho de campo para expandir os verbetes.
Capítulo 7
[editar]- "Ó fragúndio bugalhostro... tua micturição é para mim
- Qual manchimucos num lúrgido mastim.
- Frêmeo implochoro-o, ó meu perlíndromo exangue.
- Adrede me não apagianaste a crímidos dessartes?
- Ter-te-ei rabirrotos, raio que o parte!"
- - Poesia vogon declamada por Prostetnic Vogon Jeltz para torturar Arthur e Ford
- – Sabe – disse Arthur –, é em ocasiões como esta, em que estou preso numa câmara de descompressão de uma espaçonave vogon, com um sujeito de Betelgeuse, prestes a morrer asfixiado no espaço, que realmente lamento não ter escutado o que mamãe me dizia quando eu era garoto.
- – Por quê? O que ela dizia?
- – Não sei. Eu nunca escutei.
Capítulo 8
[editar]- "O espaço é grande. Grande, mesmo. Não dá pra acreditar o quanto ele é desmesuradamente inconcebivelmente estonteantemente grande. Você pode achar que da sua casa até a farmácia é longe, mas isso não é nada em comparação com o espaço."
- - Introdução do Guia do Mochileiro das Galáxias
Capítulo 10
[editar]- O Gerador de Improbabilidade Infinita é uma nova e maravilhosa invenção que possibilita atravessar imensas distâncias interestelares num simples zerézimo de segundo, sem toda aquela complicação e chatice de ter que passar pelo hiperespaço.
Capítulo 11
[editar]- A Enciclopédia Galáctica define "robô" como "dispositivo mecânico que realiza tarefas humanas". O Departamento de Marketing da Companhia Cibernética de Sírius define "robô" como "o seu amigão de plástico".
- O Guia do Mochileiro das Galáxias define o Departamento de Marketing da Companhia Cibernética de Sírius como "uma cambada de panacas que devem ser os primeiros a ir para o paredão no dia em que a revolução estourar". Uma nota de rodapé acrescenta que a redação do Mochileiro está aceitando candidatos para o cargo de correspondente de robótica.
- Curiosamente, uma edição da Enciclopédia Galáctica que, por um feliz acaso, caiu numa descontinuidade do tempo, vinda de mil anos no futuro, definiu o Departamento de Marketing da Companhia Cibernética de Sírius como "uma cambada de panacas que foram os primeiros a ir para o paredão no dia em que a revolução estourou".
Capítulo 12
[editar]- – Será que dava pra gente deixar de lado o seu ego só um minutinho? É uma coisa importante.
- – Se tem aqui alguma coisa mais importante que meu ego, que seja imediatamente presa e fuzilada – disse Zaphod, olhando para ela zangado. Depois começou a rir.
- - Conversa entre Trillian e Zaphod.
Capítulo 13
[editar]- Ford prosseguiu:
- – Arthur, este aqui é meu semiprimo Zaphod Beeb...
- – Já nos conhecemos – disse Arthur, seco.
- Quando você está correndo na estrada, na pista de alta velocidade, e passa na maior tranquilidade uma fileira de carros que estão dando tudo, e você está muito satisfeito da vida, e de repente você vai mudar a marcha e em vez de passar da quarta para a terceira passa por engano para a primeira, e o motor é cuspido para fora do capô, todo arrebentado, a sensação que você tem é mais ou menos a que Ford sentiu quando ouviu o comentário de Arthur.
- – Tricia McMillan? O que você está fazendo aqui?
- – O mesmo que você – disse ela. – Peguei uma carona. Afinal, formada em matemática e astrofísica, o que mais eu podia fazer? Se não viesse pra cá, ia ter que continuar na fila do auxílio-desemprego.
- - Conversa entre Arthur e Trillian
Capítulo 16
[editar]- Ford contemplava o espetáculo de luz à sua frente, ardendo de entusiasmo; porém era apenas o entusiasmo de ver um planeta que jamais vira antes; isso lhe bastava. Irritava-o um pouco a necessidade que Zaphod tinha de criar uma fantasia ridícula para poder se empolgar com a cena. Toda essa bobagem de Magrathea parecia-lhe infantil. Não basta apreciar a beleza de um jardim, sem ter que imaginar que há fadas nele?
Capítulo 17
[editar]- "É muito gratificante o seu entusiasmo manifesto em relação a nosso planeta. Portanto, gostaríamos de lhes dizer que os mísseis teleguiados que estão no momento convergindo para sua nave fazem parte de um serviço especial que oferecemos a nossos clientes mais entusiásticos; as ogivas nucleares prontas para detonar são apenas um detalhe da cortesia. Esperamos não perder contato com vocês em vidas futuras... Obrigado!"
Capítulo 18
[editar]- Também não se falou mais no fato de que, contra todas as probabilidades, um cachalote havia de repente se materializado muitos quilômetros acima da superfície de um planeta estranho.
- E como não é esse o meio ambiente natural das baleias em geral, a pobre e inocente criatura teve pouco tempo para se dar conta de sua identidade "enquanto" cachalote, pois logo em seguida teve de se dar conta de sua identidade "enquanto" cachalote morto.:
- Segue-se um registro completo de toda a vida mental dessa criatura, do momento em que ela passou a existir até o momento em que ela deixou de existir.
- Ah...! O que está acontecendo?, pensou o cachalote.
- Ah, desculpe, mas quem sou eu?
- Ei!
- Por que estou aqui? Qual a minha razão de ser?
- O que significa perguntar quem sou eu?
- Calma, calma, vamos ver... ah! que sensação interessante, o que é? É como... bocejar, uma cócega na minha... minha... bem, é melhor começar a dar nome às coisas para eu poder fazer algum progresso nisto que, para fins daquilo que vou chamar de discussão, vou chamar de mundo. Então vamos dizer que esta seja minha barriga.
- Bom. Ah, está ficando muito forte. E que barulhão é esse passando por aquilo que resolvi chamar de minha cabeça? Talvez um bom nome seja... vento! Será mesmo um bom nome? Que seja... talvez eu ache um nome melhor depois, quando eu descobrir pra que ele serve. Deve ser uma coisa muito importante, porque tem muito disso no mundo. Epa! Que diabo é isto? É... vamos chamar essa coisa de cauda. Isso, cauda. Epa! Eu posso mexê-la bastante! Oba! Oba! Que barato! Não parece servir pra muita coisa, mas um dia eu descubro pra que ela serve. Bem, será que eu já tenho uma visão coerente das coisas?
- Não.
- Não faz mal. Isso é tão interessante, tanta coisa pra descobrir, tanta coisa boa por vir, estou tonto de expectativa...
- Ou será o vento?
- Realmente tem vento demais aqui, não é?
- E, puxa! O que é essa coisa se aproximando de mim tão depressa? Tão depressa. Tão grande e chata e redonda, tão... tão... Merece um nome bem forte, um nome tão... tão... chão! É isso! Eis um bom nome: chão!
- Será que eu vou fazer amizade com ele?
- E o resto – após um baque súbito e úmido – é silêncio.
- Curiosamente, a única coisa que passou pela mente do vaso de petúnias ao cair foi: "Ah, não, outra vez!" Muitas pessoas meditaram sobre esse fato e concluíram que, se soubéssemos exatamente por que o vaso de petúnias pensou isso, saberíamos muito mais a respeito da natureza do Universo do que sabemos atualmente.
Capítulo 23
[editar]- É um fato importante, e conhecido por todos, que as coisas nem sempre são o que parecem ser. Por exemplo, no planeta Terra os homens sempre se consideraram mais inteligentes que os golfinhos, porque haviam criado tanta coisa – a roda, Nova York, as guerras, etc. –, enquanto os golfinhos só sabiam nadar e se divertir. Porém, os golfinhos, por sua vez, sempre se acharam muito mais inteligentes que os homens – exatamente pelos mesmos motivos.
- A derradeira mensagem dos golfinhos foi entendida como uma tentativa extraordinariamente sofisticada de dar uma cambalhota dupla para trás assobiando o hino nacional dos Estados Unidos, mas na verdade o significado da mensagem era: Até mais, e obrigado pelos peixes.
Capítulo 25
[editar]- Por que as pessoas nascem? Por que elas morrem? Por que elas passam uma parte tão grande do tempo entre o nascimento e a morte usando relógios digitais?
- "Não gasto um bit pensando nesses retardados cibernéticos!"
- - Pensador Profundo, se referindo aos computadores Ruminador Titânico Perspieutrônico Multicorticoide e Meditamático
Capítulo 27
[editar]- Quarenta e dois — disse Pensador Profundo, com uma majestade e uma tranquilidade infinitas.
- - A Resposta à Grande Questão da Vida, o Universo e Tudo Mais
Capítulo 28
[editar]- "A pergunta não foi fácil"
- "Eu verifiquei cuidadosamente, e não há dúvida de que a resposta é essa. Para ser franco, acho que o problema é que vocês jamais souberam qual é a pergunta."
- "Quando vocês souberem qual é exatamente a pergunta, vocês saberão o que significa a resposta."
- - Pensador Profundo
Capítulo 29
[editar]- Qualquer que seja seu gosto, Magrathea tem o que você deseja. Não nos orgulhamos disso.
- Eu é que não sou maluco de confiar em mim.
- - Zaphod
Capítulo 30
[editar]- – [...] acho mais importante estar feliz do que estar certo.
- – E o senhor está feliz?
- – Não. Aí é que está o problema, é claro.
- - Conversa entre Slartibartfast e Arthur
Capítulo 35
[editar]- A história de todas as grandes civilizações galácticas tende a atravessar três fases distintas e identificáveis – as da sobrevivência, da interrogação e da sofisticação, também conhecidas como as fases do como, do porquê e do onde.
- Por exemplo, a primeira fase é caracterizada pela pergunta: Como vamos poder comer?
- A segunda, pela pergunta: Por que comemos?
- E a terceira, pela pergunta: Onde vamos almoçar?
- - Um verbete no Guia
O Restaurante no Fim do Universo (1980)
[editar]Prólogo
[editar]- Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável.
- Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu.
Capítulo 1
[editar]- No início, o Universo foi criado. Isso irritou profundamente muitas pessoas e, no geral, foi encarado como uma péssima ideia.
Capítulo 2
[editar]- A única forma de ver algo bem mais feio do que uma nave vogon seria entrar na nave e olhar para um vogon.
- O motor de Improbabilidade da Coração de Ouro a tornava a nave mais poderosa e imprevisível que jamais existira. Não havia nada que ela não pudesse fazer, contanto que soubesse o quão exatamente improvável seria a possível ocorrência dessa coisa a fazer.
Capítulo 3
[editar]- "O principal motivo de eu ter ajudado vocês é que não podia suportar a ideia de ter você e seus amigos moderninhos largados pelos cantos lá em cima. Estamos entendidos?"
- - Zaphod Beeblebrox Quarto, o bisavô de Zaphod Beeblebrox, ao ajudá-los.
Capítulo 5
[editar]- Há apenas uma cidade em Beta da Ursa Menor, e só é chamada de cidade porque a concentração de piscinas na região é maior do que nos outros lugares.
Capítulo 6
[editar]- O Guia do Mochileiro das Galáxias é um companheiro indispensável para todos aqueles que estão interessados em encontrar um sentido para a vida em um Universo infinitamente complexo e confuso, pois, ainda que ele não possa de forma alguma ser útil e informativo em todas as questões, ele pelo menos alega, de forma tranquilizadora, que, onde ele está incorreto, ele pelo menos está muito incorreto. Em casos de total discrepância, é sempre a realidade que não pegou o jeito da coisa.
- "O Guia é definitivo. A realidade está frequentemente incorreta."
- - Aviso na recepção da sede do Guia do Mochileiro das Galáxias.
- Basicamente, os elevadores agora operam segundo o curioso princípio da "percepção temporal desfocada". Em outras palavras, são capazes de prever vagamente o futuro imediato, o que permite que estejam no andar correto para apanhar seus passageiros antes mesmo que eles possam saber que queriam chamar um elevador. Dessa forma, eliminaram todo aquele tédio relacionado a bater papo, se descontrair e fazer amigos ao qual as pessoas antes eram forçadas enquanto esperavam os elevadores.
Capítulo 7
[editar]- "Toda essa história", pensou Zaphod, "toda essa encrenca, toda essa coisa de não-estar-deitado-numa-praia-se-divertindo-pra-caramba, tudo isso pra quê? Uma cadeira, uma mesa e um cinzeiro sujo num escritório sem decoração."
Capítulo 8
[editar]- Você pode matar um homem, destruir seu corpo, quebrar seu espírito, mas apenas o Vórtice da Perspectiva Total pode aniquilar sua alma! O tratamento dura poucos segundos, mas os efeitos continuam pelo resto de sua vida!
Capítulo 10
[editar]- Quando você é posto no Vórtice, tem um rápido vislumbre de toda a inimaginável infinitude da criação, e no meio disso, em algum lugar, há um marcador minúsculo, um ponto microscópico colocado sobre outro ponto microscópico dizendo "Você está aqui".
Capítulo 11
[editar]- Se a vida deve existir em um Universo desse tamanho, uma coisa básica que não se pode entender é a dimensão das coisas.
Capítulo 15
[editar]- Um dos maiores problemas encontrados em viajar no tempo não é vir a se tornar acidentalmente seu próprio pai ou mãe. Não há nenhum problema em tornar-se seu próprio pai ou mãe com que uma família de mente aberta e bem ajustada não possa lidar. Também não há nenhum problema em relação a mudar o curso da história – o curso da história não muda porque todas as peças se juntam como num quebra-cabeça. Todas as mudanças importantes já ocorreram antes das coisas que deveriam mudar e tudo se resolve no final.
- O problema maior é simplesmente gramatical, e a principal obra a ser consultada sobre essa questão é o tratado do Dr. Dan Streetmentioner, o Manual das 1.001 Formações de Tempos Gramaticais para Viajantes Espaço-Temporais.
- Tudo o que você precisa fazer é depositar um centavo numa conta de poupança em sua própria era e, quando chegar ao Fim dos Tempos, o total de juros compostos acumulados significará que o preço astronômico de sua refeição já estará pago.
- - Como pagar a conta no Restaurante no Fim do Universo.
Capítulo 17
[editar]- – Eu simplesmente não quero comer um animal que está na minha frente se oferecendo para ser morto – disse Arthur. – É cruel!
- – Melhor do que comer um animal que não deseja ser comido – disse Zaphod.
Capítulo 18
[editar]- Surfar em erupções solares é um dos esportes mais exóticos e divertidos da existência, e aqueles que têm o dinheiro e a coragem para praticá-lo estão entre os homens mais admirados da Galáxia. Claro que também é um esporte formidavelmente perigoso. Aqueles que não morrem surfando invariavelmente morrem por exaustão sexual em uma das festas Pós-Erupções do Clube Dédalo.
Capítulo 19
[editar]- Importações: Nenhuma.
- É impossível importar coisas para uma área infinita, pois não há exterior de onde importar as coisas.
- Exportações: Nenhuma.
- Vide Importações.
- - Algumas estatísticas do Universo no Guia
Capítulo 21
[editar]- – Então é isso – disse Arthur –, vamos morrer.
- – Gostaria que você parasse de ficar dizendo isso – disse Ford.
Capítulo 22
[editar]- O problema com a maioria das formas de transporte é que basicamente não valiam a pena.
- Nos teleportamos de volta para casa
- Eu, Patrícia, José e Andreia
- José roubou o coração de Patrícia
- E Andreia, a minha perna.
- - Canção popular sobre raios de transferência de matéria
Capítulo 23
[editar]- "Deixe totalmente claro que essa arma possui um lado certo e um lado errado. Deixe totalmente claro para qualquer um que esteja do lado errado que as coisas vão indo mal para ele."
- - Instruções dadas ao projetista da arma Zapogun
- "Quem dispõe daquele poder de fogo não precisa dispor de verbos."
Capítulo 26
[editar]- Por que as pessoas não podem simplesmente aprender a viver juntas em paz e harmonia?
- - Arthur
- Num Universo infinito tudo pode acontecer.
- - Ford
Capítulo 28
[editar]- É um fato bem conhecido que todos os que querem governar as outras pessoas são, por isso mesmo, os menos indicados para isso.
Capítulo 29
[editar]- – Acho que o Universo está em boas mãos, não é?
- – Muito boas – disse Trillian. Foram andando pela chuva.
- - Zaphod e Trillian, após conhecerem o homem que rege o Universo.
Capítulo 30
[editar]- As frutas encontradas em planetas estranhos podem fazer você viver ou morrer. Portanto, o momento em que deve se meter com elas é quando perceber que vai morrer de qualquer jeito se não o fizer.
- - Ford orientando Arthur
- O tal de Deus põe uma macieira no meio de um jardim e diz "vocês dois podem fazer o que vocês quiserem aqui, mas não comam essa maçã". Obviamente eles comem a maçã, então Deus pula de trás de uma moita gritando: "Peguei vocês, peguei vocês!" Não faria a menor diferença se eles não tivessem comido a maçã. [...] Quando você está lidando com alguém que tem esse tipo de mentalidade – mais ou menos a mesma das pessoas que deixam um chapéu na calçada com um tijolo embaixo para os outros chutarem –, pode ter certeza de que ele não vai desistir. Ele vai acabar te pegando.
- - Ford
Capítulo 34
[editar]- Eu sou muito comum – disse Arthur –, mas algumas coisas muito estranhas aconteceram comigo. Pode-se dizer que eu sou mais diferenciado do que diferente.
A Vida, O Universo e Tudo Mais (1982)
[editar]Capítulo 2
[editar]- Sentia-se muito estranho. Após quase quatro anos de isolamento, estava tão feliz e aliviado por reencontrar Ford que tinha vontade de chorar. Por outro lado, Ford era uma pessoa que se tornava insuportável quase instantaneamente.
Capítulo 4
[editar]- Este não é meu planeta, não escolhi estar aqui, não quero me envolver, só quero que me tirem daqui e me levem para uma festa onde tenha pessoas como eu!
- - Ford
- A tecnologia necessária para tornar algo invisível é tão infinitamente complexa que, em um bilhão de casos, é 999 bilhões, 999 milhões, 999 mil, 999 vezes mais simples e mais eficaz remover a coisa e esquecer o assunto.
Capítulo 6
[editar]- Bistromática. O maior poder computacional conhecido nos domínios da paraciência.
- - Slartibartfast
Capítulo 7
[editar]- Assim como Einstein observou que o tempo não era absoluto, mas algo que dependia do movimento de um observador no espaço, e que o espaço não era absoluto, mas dependia do movimento do observador no tempo, hoje sabemos que os números não são absolutos, mas dependem do movimento do observador nos restaurantes.
- Os números escritos em contas de restaurantes dentro dos confins de restaurantes não seguem as mesmas leis que os números escritos em qualquer outro tipo de papel em outros lugares do Universo. Esse fato singelo causou enorme alvoroço no mundo científico. Foi uma revolução completa. Realizaram-se tantas conferências matemáticas em bons restaurantes que as mentes mais brilhantes de toda uma geração morreram de obesidade e doenças cardíacas, retardando os progressos da matemática em alguns anos.
Capítulo 9
[editar]- O colchão flopolou em volta. Só colchões vivos em pântanos são capazes de fazer isso, o que explica por que a palavra não é usada com mais frequência.
Capítulo 11
[editar]- O Guia tinha alguns conselhos a respeito de porres.
- – Vá fundo – dizia o texto – e boa sorte.
- O Guia do Mochileiro das Galáxias diz o seguinte a respeito de voar: Há toda uma arte, ele diz, ou melhor, um jeitinho para voar. O jeitinho consiste em aprender como se jogar no chão e errar.
Capítulo 13
[editar]- A ideia de que havia um Universo não se enquadrava em sua visão de mundo, digamos assim. Não podiam lidar com ele. Então, de forma encantadora, agradável e inteligente – até mesmo esquisitona, já que você insiste –, decidiram destruir o Universo.
- - Em relação ao povo de Krikkit
Capítulo 16
[editar]- "Estamos tão ferrados quanto um molusco numa supernova"
- - Ford
Capítulo 17
[editar]- A Campanha pelo Tempo Real proclama que, assim como a facilidade em viajar arruinou as diferenças entre os diferentes mundos, também as viagens no tempo estavam agora arruinando as diferenças entre uma época e as outras.
Capítulo 19
[editar]- A história do Guia do Mochileiro das Galáxias é feita de idealismo, lutas, desespero, paixão, sucesso, fracasso e pausas para almoço absurdamente longas.
- Nenhum desses fatos, por mais estranhos ou inexplicáveis que possam parecer, é tão estranho ou inexplicável quanto as regras do Ultracríquete Broquiano, tal como é jogado nas dimensões mais elevadas. O conjunto completo das regras é tão maciçamente complicado que, na única vez em que foram encadernadas em um único volume, sofreram um colapso gravitacional e transformaram-se num buraco negro.
Capítulo 21
[editar]- Um dos problemas – e um que obviamente só vai piorar – é que todas as pessoas na festa são filhos, netos ou bisnetos das pessoas que não saíram de lá no início de tudo e, por conta de todas aquelas baboseiras sobre seleção natural e genes recessivos, isso significa que todas as pessoas que estão agora na festa ou são fanáticos por festas, ou completos imbecis, ou – o que é cada vez mais frequente – ambas as coisas.
- - Sobre a mais longa e destrutiva festsa já realizada
- Um dos problemas com festas que nunca terminam é que todas aquelas coisas que só parecem ser uma boa ideia durante a festa continuam parecendo ser boas ideias,
Capítulo 22
[editar]- [Arthur] pegou a toalha que estava na bolsa e fez com ela algo que, mais uma vez, justificava sua posição suprema na lista de coisas úteis que devem ser levadas ao pegar carona pela Galáxia: vendou os olhos, pois assim não teria que ver o que estava fazendo.
Capítulo 24
[editar]- É um erro acreditar que é possível resolver qualquer problema importante usando apenas batatas.
- A melhor maneira de começar uma briga com um Silástico Armademônio era apenas ter nascido. Eles não gostavam disso, ficavam ressentidos.
Capítulo 30
[editar]- Em algum lugar, lá atrás na multidão, uma única voz começou a cantar uma música que, se tivesse sido composta por Paul McCartney, lhe teria permitido comprar o mundo inteiro.
Capítulo 31
[editar]- "Agora o mundo foi dormir,
- A escuridão em mim não vou sentir,
- Em infravermelho posso ver,
- Como odeio a noite.”
- - Marvin
- "São tão burros quanto qualquer outra forma de vida orgânica. Odeio todas elas."
- - Marvin, sobre o povo de Krikkit
Capítulo 33
[editar]- [Arthur] Torceu e rezou para que não houvesse vida após a morte. Então percebeu que havia uma contradição nisso e simplesmente torceu para que não houvesse vida após a morte. Ele iria se sentir extremamente envergonhado se tivesse que encontrar todo mundo.
Epílogo
[editar]- – Eu lamento dizer – falou por fim – que a Pergunta e a Resposta são mutuamente exclusivas. Por lógica, o conhecimento de uma impede o conhecimento da outra. É impossível que ambas possam ser conhecidas no mesmo Universo.
- – Exceto – disse Prak, fazendo força para focalizar um pensamento – que, se isso acontecesse, creio que a Pergunta e a Resposta iriam se cancelar mutuamente e levar o Universo com elas. Ele seria, então, substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável. É possível que isso já tenha acontecido – acrescentou, com um sorriso enfraquecido –, mas há uma certa Incerteza a respeito disso.