Questão de Tempo (About Time)
Aspeto
About Time é uma comédia romântica britânica envolvendo viagem no tempo, onde um jovem moço está constantemente mudando seu passado para conseguir um futuro melhor.
- Escrito e dirigico por Richard Curtis.
Tim
[editar]- E, no final, eu acho que aprendemos a última lição sobre minhas viagens no tempo; e eu fui um pouco mais longe do que meu pai foi: a verdade é que agora eu não volto mais atrás, nem mesmo por um dia. Eu simplesmente tento viver todos os dias como se tivesse, deliberadamente, voltado a este dia especifico para aproveitá-lo, como se fosse o último dia da minha vida maravilhosa e comum.
Dad
[editar]- Mais tarde talvez eu conte sobre os muitos defeitos do Tim como homem e como jogador de tênis. Mas, é importante dizer uma grande coisa primeiro. Eu amei somente três homens durante minha vida. Meu pai foi um poço de gelo, então sobram apenas meu querido tio Desmond, B.B. King, claro, e este jovem bem aqui. Eu daria apenas um pequeno conselho a qualquer um que esteja casando. “Somos muito parecidos, no final. Todos ficamos velhos e contamos as mesmas fantasias muitas vezes. Mas tentem se casar com alguém legal.” E este é um bom homem com um bom coração. Não tenho muito orgulho de muitas coisas na vida, mas tenho muito orgulho de ser o pai do meu filho.
Dialogue
[editar]- Dad: É um momento estranho pra mim porque tive o mesmo momento com meu pai quando eu completei 21 anos, e, depois disso, minha vida nunca foi a mesma, então eu tô um pouco, hm, nervoso.
- Tim: Okay. Quando estiver pronto. Está tudo bem misterioso.
- Dad: Uh... Certo. Tim, meu querido filho, o, hm... O fato é que os homens dessa família sempre tiveram a habilidade de... Isso vai parecer estranho, se prepare pra estranheza. Fique pronto pra se assustar, mas existe um segredo de família. E o segredo é que os homens da família podem viajar no tempo. [Tim o encara] Bom, mais exatamente voltar no tempo. Não podemos viajar até o futuro.
- Tim: Que piada mais estranha.
- Dad: Juro que não é uma piada.
- Tim: Então está dizendo que você e o vovô, e os irmãos dele, podiam todos voltar no tempo?
- Dad: Isso mesmo.
- Tim: E você ainda volta?
- Dad: Claro. Apesar de não ser tão dramático quanto parece. É minha própria vida. Só posso voltar a lugares onde realmente fui e posso lembrar. Não posso matar Hitler ou transar com a Helena de Troia, infelizmente.
- Tim: Okay, para. Hm... se é verdade, o que não é—
- Dad: Porém é sim.
- Tim: Apesar de não ser, obviamente. Mas, se fosse, o que não é—
- Dad: Mas é sim.
- Tim: Porém, não é.
- Tim: O que você faz?
- Mary: Sou leitora de uma editora.
- Tim: Não! Você lê pra sobreviver?
- Mary: Sim. É isso, eu leio.
- Tim: Ah, que ótimo! É como se alguém perguntasse, “o que você faz?” “bom, eu respiro. Sou uma respiradora. Sou paga para respirar.” Como conseguiu esse emprego?
- Mary: Tá bom, espertinho, o que você faz?
- Tim: Sou advogado. Mais... mais ou menos.
- Mary: Isso é sexy.
- Tim: É mesmo?
- Mary: Tipo, eu acho. Em um terno, numa corte, salvando as vidas das pessoas. Meio sexy.
- Tim: Acho que sim. Apesar de não ser tão sexy quanto ler. Sentada num escritório, em uma pequena cadeira, lendo. Awn!
- Mary: Tá, para. Espera um pouco, senhor, porque vários livros são enviados ao meu editor. Então é uma responsabilidade enorme.
- Tim: Aposto que sim. Mas quando você está lendo normal, [os dois riem] fica estranho por causa do seu trabalho? Sabe, tipo prostitutas? Eu sempre me preocupo que quando elas pararem de serem prostitutas, não vão mais conseguir aproveitar o sexo.
- Mary: Você sempre se preocupa com isso?
- Tim: Não, às vezes só.
- Mary: Hm, certo, que bom. Porque se você se preocupasse sempre com isso seria um pouco preocupante.
- Tim: Quando você lê um jornal, você pensa, “esquece, isso é trabalho”?
- Mary: Você já entrevistou muitas prostitutas?
- Tim: Quando lê um cardápio, você pensa, “não, não vou ler isso a menos que eu seja bem paga”?
- Mary: Com quantas prostitutas você vai precisar conversar até que o problema seja resolvido?
- Mary: Vou pro quarto e vestir meu pijama novo.
- Tim: Tá bom.
- Mary: E daqui um minuto você pode entrar e tirá-los de novo.
- Mary: Okay. Tenho uma noticia ruim.
- Tim: Você tá morrendo?
- Mary: Não, não tão ruim assim.
- Tim: Eu tô morrendo?
- Mary: Não. Meus pais estão na cidade. Eles vêm me visitar daqui a pouco.
- Tim: Ai, deus. Pais? Pais americanos?
- Tim: É só que... achei que com o negócio do tempo...
- Dad: Não, nunca disse que poderíamos arrumar as coisas. Eu, especificamente, nunca disse isso. A vida é uma caixa de surpresas, não importa quem você seja. Olhe pra Jesus: ele era o filho de Deus e olha como ele acabou.
- Tim: Eu sei... você deve perceber o quanto eu me sinto traído.
- Dad: Não se sinta. Na verdade, sinta o oposto. As únicas pessoas que desistem do trabalho aos 50 anos são viajantes do tempo com câncer que querem jogar mais tênis de mesa com seus filhos.
- Mary: O que você acha das crianças?
- Tim: O que tem elas?
- Mary: Não temos muitas, temos?
- Tim: O que?!
- Mary: Tipo, só duas?..
- Tim: É mais do que os chineses são permitidos.