Pedro Paixão

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Pedro José de Carvalho Paixão (Lisboa, 7 de fevereiro de 1956), Novelista e contista português.



  • Queres saber quem sou? Eu sou o que te olha e espia para te recolher e depois guardar num lugar que é só meu. Para isso serve o papel. O resto não precisas saber. Nem convém. Só te ia distrair, podes crer. Eu sou o que mergulha as mãos na tua vida para sentir a minha a voltar.
- Muito, meu amor - Página 25, Pedro Paixão - Edições Cotovia, 1996, ISBN 9728028784, 9789728028787, 88 páginas
  • Eu não sou bom em nada. Eu só sou bom a escrever. Estou cada vez pior naquilo que sou e estou cada vez melhor a escrever. O que eu gostava mesmo era de ter uma vida melhor, uma vida mais decente, e nessa vida eu não escreveria.
- Muito, meu amor - Página 92, Pedro Paixão - Edições Cotovia, 1996, ISBN 9728028784, 9789728028787, 88 páginas
  • Costumava forçar-se a chorar antes de chegar a casa, depois de estar com seu amante. Olhava-se no espelho do elevador e dizia a si própria baixinho que o tempo lhe havia de roubar toda a beleza.
- A noiva judia: ficção - página 60, Livros Cotovia, Pedro Paixão, Edição 2, Ed. Cotovia, 1992, ISBN 9728028113, 9789728028114, 101 páginas
  • Há muitas maneiras de morrer, há muitas coisas para matar. O que se tem de matar primeiro é o que está mais próximo de nós. O que temos a obrigação de matar primeiro é o nosso amor. Depois já não é preciso, depois basta acabar.
- Boa noite: - Página 59, Pedro Paixão - Cotovia, 1993, ISBN 9728028202, 9789728028206, 71 páginas
  • A minha vida nada tem a ver com o que escrevo.
- Cala a minha boca com a tua - Página 12, Pedro Paixão - Cotovia, 2002, ISBN 9727950469, 9789727950461, 121 páginas
  • E depois uma rapariga precisa de algumas coisas, poucas, só que cada uma dessas coisas, por sua vez, precisa de outras coisas e depois já são tantas que para fazer uma mala são precisas duas horas e um quarto.
- Nos teus braços morreríamos: ficção - página 16, Livros Cotovia, Pedro Paixão, Edição 2, Editora Cotovia, 1998, ISBN 9728423160, 9789728423162, 138 páginas
  • Nunca se sabe o que é para sempre, sobretudo nas coisas do amor. E era uma coisa do amor, isto tudo. São tão estranhas as coisas do amor que não se compreendem por inteiro. Tem de se estar sempre a fazer suposições. Nunca se sabe como e até que ponto a até quando. Esta obsessão chega para impedir a vida, o amor pode impedir o amor, amaldiçoá-lo como um espectro.
- Nos teus braços morreríamos: ficção - página 129, Livros Cotovia, Pedro Paixão, Edição 2, Editora Cotovia, 1998, ISBN 9728423160, 9789728423162, 138 páginas
  • Escrever pode ser uma óptima desculpa para quem na vida não tem qualquer esperança. É uma maneira de preencher uma sombra e há momentos em que um beijo escrito vale por muitos.
- Nos teus braços morreríamos: ficção - página 47, Livros Cotovia, Pedro Paixão, Edição 2, Editora Cotovia, 1998, ISBN 9728423160, 9789728423162, 138 páginas
  • Há dia, sabes, em que gostava de ser como o gato e que me tocasses sem desejar encontrar quaisquer sentimentos a não ser o que se exprime num espreguiçar muito lento - um vago agradecimento? - e que depois me deixasses deitado no sofá sem que nada pudesses levar da minha alma, pois nem saberias o que dela roubar.
- Assinar a pele, conto
  • Quem não está confuso corre o risco de estar enganado, pior, de se estar a enganar.
- Saudades de Nova Iorque - Página 63, Pedro Paixão - 7Letras, 2002, ISBN 8573882964, 9788573882964, 94 páginas
  • Aquilo a que assisto é real e não é possível.
- PortoKioto