Mariela Castro

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Mariela Castro Espín (Havana, 27 de julho de 1962) é a diretora do Centro Nacional Cubano de Educação Sexual e uma ativista pelos direitos da comunidade LGBT em Cuba. É autora de nove livros.



  • "No início dos anos 1960, a sociedade cubana era o reflexo de sua herança cultural, principalmente espanhola. Cuba tinha uma cultura “homoerótica”, patriarcal e, portanto, homofóbica. Naquela época, o mundo inteiro era patriarcal e homofóbico, tanto os países desenvolvidos como as nações do Terceiro Mundo. Em todas as culturas ocidentais baseadas na religião católica dominante essas características estavam estabelecidas nos códigos culturais da relação homem ou mulher."
- entrevista a Salim Lamrani | Havana - 02/02/2013 - 08h35, in: Opera Mundi
  • "No entanto, é curioso que o processo da Revolução Cubana, em cujo programa político se reivindicava a luta contra desigualdades, racismo e diferentes formas de discriminação contra mulheres, além do fim de injustiças e brechas entre a cidade e o campo, não tenha se interessado pelos homossexuais e os considerado vítimas de discriminações de todos os tipos. A homofobia era a regra inclusive depois do triunfo da Revolução."
- entrevista a Salim Lamrani | Havana - 02/02/2013 - 08h35, in: Opera Mundi
  • "Falei muitas vezes sobre esse tema com meu pai e ele me explicou que era extremamente difícil eliminar os preconceitos sem uma política de educação. Por outro lado, o universo militar continua sendo muito machista em Cuba. Lamentavelmente, é notório que, em nossas sociedades, rechaçamos tudo o que se mostra diferente. Imagine então no contexto dos anos 1960. A esse respeito, o Cenesex lançou um programa de pesquisa sobre as Umap e estamos recolhendo os testemunhos das pessoas que sofreram com essa política."
- entrevista a Salim Lamrani | Havana - 02/02/2013 - 08h35, in: Opera Mundi
  • "Há um estudo extremamente interessante de um pesquisador norte-americano chamado David Carter sobre os movimentos LGBT na América Latina e no resto do mundo. Por exemplo, no nosso continente, as ditaduras militares perseguiam impiedosamente os homossexuais. Essa realidade, no entanto, não deve nos impedir de analisar criticamente o que ocorreu em Cuba."
- entrevista a Salim Lamrani | Havana - 02/02/2013 - 08h35, in: Opera Mundi