Mariana Alcoforado
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Sóror Mariana Alcoforado |
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Sóror Mariana Alcoforado (Beja, 22 de abril de 1640 — 28 de julho de 1723). Foi uma freira portuguesa do Convento de Nossa Senhora da Conceição em Beja. É considerada a autora das cinco Lettres Portugaises (As Cartas Portuguesas) obra que se tornou num famoso clássico da literatura universal.
Atribuídas
[editar]Carta primeira
[editar]- "Je vous ai destiné ma vie aussitôt que je vous ai vu; et je sens quelque plaisir en vous la sacrifiant."
- - Tradução: "Dediquei-te a minha vida assim que te vi; e sinto algum gosto em fazer-te dela sacrifício."
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta primeira)
- - Tradução: "Dediquei-te a minha vida assim que te vi; e sinto algum gosto em fazer-te dela sacrifício."
- "Pourriez-vous être content d’une passion moins ardente que la mienne?"
- - Tradução: "Acaso poderias contentar-te com outra paixão menos ardente do que a minha?"
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta primeira)
- - Tradução: "Acaso poderias contentar-te com outra paixão menos ardente do que a minha?"
- "Que ne me laissiez-vous en repos dans mon cloître?"
- - Tradução: "Porque me não deixaste tranquila no meu claustro?"
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta primeira)
- - Tradução: "Porque me não deixaste tranquila no meu claustro?"
- "Il ne sauroit séparer nos cœurs: l'amour qui est plus puissant que lui les a unis pour toute notre vie."
- - Tradução: "Separar nossos corações não poderia. O amor, mais poderoso do que ele, os ligou por toda a nossa vida."
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta primeira)
- - Tradução: "Separar nossos corações não poderia. O amor, mais poderoso do que ele, os ligou por toda a nossa vida."
- "Adieu, je ne puis quitter ce papier; il tombera entre vos mains; je voudrois bien avoir le même bonheur. Hélas! insensée que je suis! je m’aperçois que cela n’est pas possible."
- - Tradução: "Adeus, não posso largar este papel, que há de ir às tuas mãos; bem quisera ter a mesma dita. Ai! que loucura é a minha! Percebo, ainda mal, que isso não é possível."
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta primeira)
- - Tradução: "Adeus, não posso largar este papel, que há de ir às tuas mãos; bem quisera ter a mesma dita. Ai! que loucura é a minha! Percebo, ainda mal, que isso não é possível."
Carta segunda
[editar]- "Il est vrai que j’ai eu des plaisirs bien surprenans en vous aimant, mais ils me coûtent d’étranges douleurs."
- - Tradução: "Verdade é que, amando-te, gozei deleitações maravilhosas, mas custam-me hoje penas extraordinárias!…"
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta segunda)
- - Tradução: "Verdade é que, amando-te, gozei deleitações maravilhosas, mas custam-me hoje penas extraordinárias!…"
- "Hélas! pourquoi exercez-vous tant de rigueur sur un cœur qui est à vous?"
- - Tradução: "Ai de mim! Porque tratas com tanto rigor um coração todo teu?"
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta segunda)
- - Tradução: "Ai de mim! Porque tratas com tanto rigor um coração todo teu?"
- "Tout le monde est touché de mon amour, et vous demeurez dans une profonde indifférence, sans m’écrire, que des lettres froides, pleines de redites ; la moitié du papier n’est pas rempli, et il paroît grossièrement que vous mourez d’envie de les avoir achevées."
- - Tradução: "Todos se comovem do meu insano amor… e tu só, tu permaneces em profunda indiferença… sem escrever-me senão cartas frias, cheias de cansadas repetições, que nem enchem a metade do papel, dando a conhecer grosseiramente que morrias da impaciência de findá-las…"
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta segunda)
- - Tradução: "Todos se comovem do meu insano amor… e tu só, tu permaneces em profunda indiferença… sem escrever-me senão cartas frias, cheias de cansadas repetições, que nem enchem a metade do papel, dando a conhecer grosseiramente que morrias da impaciência de findá-las…"
- "Il me semble que je vous parle quand je vous écris, et que vous m’êtes un peu plus présent."
- - Tradução: "Parece-me que te falo quando te escrevo, e que me estás algum tanto mais presente…"
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta segunda)
- - Tradução: "Parece-me que te falo quando te escrevo, e que me estás algum tanto mais presente…"
- "Je vous aime mille fois plus que ma vie, et mille fois plus que je ne pense."
- - Tradução: "Amo-te mil vezes mais que a própria vida, e mil vezes mais do que imagino."
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta segunda)
- - Tradução: "Amo-te mil vezes mais que a própria vida, e mil vezes mais do que imagino."
Carta terceira
[editar]- "vous aviez fait de sang-froid un dessein de m’enflammer; vous n’avez regardé ma passion que comme une victoire, et votre cœur n’en a jamais été profondément touché."
- - Tradução: "de sangue frio formaste a tenção de me abrasar, e consideraste a minha paixão como um troféu, sem que o teu coração jamais fosse comovido entranhavelmente…"
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta terceira)
- - Tradução: "de sangue frio formaste a tenção de me abrasar, e consideraste a minha paixão como um troféu, sem que o teu coração jamais fosse comovido entranhavelmente…"
- "... j’aime bien mieux être malheureuse en vous aimant que de ne vous avoir jamais vu."
- - Tradução: "... quanto prefiro e prezo mais ser infeliz amando-te, do que não te haver jamais visto."
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta terceira)
- - Tradução: "... quanto prefiro e prezo mais ser infeliz amando-te, do que não te haver jamais visto."
- "Je vous écris des lettres trop longues: je n’ai pas assez d’égard pour vous; je vous en demande pardon, et j’ose espérer que vous aurez quelque indulgence pour une pauvre insensée, qui ne l’étoit pas, comme vous savez, avant qu’elle vous aimât."
- - Tradução: "Escrevo-te cartas excessivamente longas, o que é uma falta de consideração para ti; peço-te mil perdões, e atrevo-me a esperar que terás alguma indulgência para com uma pobre insensata, que o não era, como tu bem sabes, antes de amar-te."
- - Fonte: Lettres portugaises (As Cartas Portuguesas - Carta terceira)
- - Tradução: "Escrevo-te cartas excessivamente longas, o que é uma falta de consideração para ti; peço-te mil perdões, e atrevo-me a esperar que terás alguma indulgência para com uma pobre insensata, que o não era, como tu bem sabes, antes de amar-te."