Maria Lacerda de Moura

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Maria Lacerda de Moura
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Maria Lacerda de Moura (Manhuaçu, 16 de maio de 1887 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1945) foi uma militante anarquista, pacifista e pioneira do feminismo no Brasil.

Obras[editar]

A mulher é uma degenerada[editar]

  • "Ser conservador é querer respirar com os cadáveres insepultos das ideias mortas por si mesmas através da evolução. Seria corromper, deteriorar os vivos em contacto com podridões inevitáveis..."
-A mulher é uma degenerada, Civilização Brasileira Editora, Rio de Janeiro, 1924

Amai e... Não vos multipliqueis[editar]

  • "Só caminha para a emancipação quem se coloca fora da lei, fora dos prejuízos, dos dogmas, dos preconceitos religiosos e sociais - para conhecer-se, para realizar-se."
- Amai e... Não vos multipliqueis, Civilização Brasileira Editora, Rio de Janeiro, 1932
  • "Com relação á minha vida interior, sei o que desejo, sei o que quero. Com relação á vida social, sou antisocial, nem sei, nem me interessa saber. [...] Em relação á sociedade, sei o que não quero. A minha ética repele os partidos, os programas, toda a moral social."
- Amai e... Não vos multipliqueis, Civilização Brasileira Editora, Rio de Janeiro, 1932
  • "Dentro da sociedade capitalista a mulher é duas vezes escrava: é a protegida, a tutelada, a "pupila" do homem, criatura domesticada por um senhor cioso e, ao mesmo tempo, a escrava social de uma sociedade baseada no dinheiro e nos privilégios mantidos pela autoridade do Estado e pela força armada para defender o poder, o dominismo, o industrialismo monetário."
- Amai e... Não vos multipliqueis, Civilização Brasileira Editora, Rio de Janeiro, 1932

Fascismo – Filho Dileto da Igreja e do Capital[editar]

  • "A violência é estéril. Nada cria. É força desordenada, destruidora. Fere ao acaso e gera a violência. Estéril? – Não! É a mãe do Ódio."
- Fascismo – Filho Dileto da Igreja e do Capital, Barricada Libertária, Campinas, 2012 [1934]
  • "É preciso ser humano e ter saltado fora dos tapumes do redil social, ter deixado de ser um número no rebanho servil da domesticidade; é preciso ter sentido a fome no estomago dos outros; é preciso ter alargado o espirito de tolerância, para compreender as razões do próximo e não para tentar impor a autoridade da sua verdade contra os sonhos e as verdades dos outros idealistas."
- Fascismo – Filho Dileto da Igreja e do Capital, Barricada Libertária, Campinas, 2012 [1934]

Outros[editar]

Em periódicos[editar]

  • "Mandar, como obedecer, é covardia: degrada, avilta, imbeciliza o gênero humano..."
-A Política não me interessa. A Plebe, São Paulo, 1933
  • "Não sou feminista, já o declarei. Não sou comunista, não pertenço a nenhum partido político, não pontifico nem sirvo em nenhuma grei. Não exerço nenhum apostolado religioso ou social, não rumino em nenhum rebanho acadêmico ou materialista, não bebo a água da vida de nenhuma seita filosófica ou escola científica filológica ou estilizada, clássica ou modernista. Livre de muleta. Livre de igrejas […]"
- Fonte: Feminista? – Não. A Manhã, Rio de Janeiro, 09 de dezembro de 1928.
  • "As minhas armas são os meus sonhos, é a minha vida subjetiva, é a minha consciência, a minha liberdade ética, é essa harmonia que canta dentro de mim, e toda a minha lealdade para comigo mesma."
- Fonte: A minha saudação. O Combate, São Paulo, 27 de setembro de 1928
  • "[N]ão posso aceitar nem o feminismo de votos e muito menos o feminismo de caridades. E enquanto isso a mulher se esquece de reivindicar o direito de ser dona de seu próprio corpo, o direito da posse de si mesma."
- Fonte: Feminismo? Caridade? em Revista Utopia # 9

Sobre[editar]

  • "Os revolucionários brasileiros desejam [...] poder contar com a inteligência e a coragem de Maria Lacerda de Moura"
-Luiz Carlos Prestes, líder comunista brasileiro.
  • "Maria Lacerda de Moura não era uma revoltada, nem uma revolucionária. Era uma rebelde."
-Miriam Moreira Leite, socióloga e escritora.

Atribuídas[editar]

  • "Não será com algumas mulheres no poder que esqueceremos as milhares escravizadas na cozinha, no tanque e na cama. A mulher operária é ainda mais sacrificada. Escrava do homem, escrava social e serva da burguesia."[1]

Referências