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Karl Popper

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
Karl Popper
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Karl Raimund Popper (28 de julho de 1902 - 17 de setembro de 1994), foi um filósofo austríaco, considerado um dos filósofos mais influentes do século XX.



  • "Temos pois de proclamar, em nome da tolerância, o direito de não sermos tolerantes com os intolerantes. Temos de proclamar que qualquer movimento que promova a intolerância se coloca fora da lei, e temos de considerar criminoso todo e qualquer incitamento à intolerância e à perseguição, como consideramos criminoso o incitamento ao homicídio, ao rapto, ou ao restabelecimento do tráfico de escravos."
- Fonte: Livro "A Sociedade Aberta e os seus inimigos"
  • "Não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere matar-nos a ser convencido pelos nossos argumentos."
- Citado em "Filosofia Do Direito E Justiça‎" - Página 115, Andityas Soares de Moura Costa Matos, Editora del Rey, 2006, ISBN 8573088745, 9788573088748
  • "Não sabemos. Só podemos conjeturar."
- Citado em "Processos e métodos: relatório final"‎ - Página 47, Hernani Aquini Fernandes Chaves, Petróleo Brasileiro, S.A. - Petrobrás, Centro de Pesquisas e Desenvolvimento, Divisão de Informação Técnica e Propriedade Industrial, 1983 - 113 páginas
  • "Não devemos aceitar sem qualificação o princípio de tolerar os intolerantes senão corremos o risco de destruição de nós próprios e da própria atitude de tolerância."
- Si nous étendons la tolérance illimitée même à ceux qui sont intolérants, si nous ne sommes pas disposés à défendre une société tolérante contre l'impact de l'intolérant, alors le tolérant sera détruit, et la tolérance avec lui.
- Karl Popper; The Paradox of Tolerance, Karl Popper, The Open Society and Its Enemies, Vol. I, Chapt. 7, n.4, at 265 (Princeton University Press 1971)
  • "Você pode escolher o nome que quiser para os dois tipos de governo. Eu pessoalmente chamo o tipo de governo que pode ser removido sem violência de "democracia" e o outro de "tirania"."
- Citado em Freedom: A New Analysis (1954) por Maurice William Cranston, p. 112
  • "A guerra de ideias é uma invenção grega. É uma das invenções mais importantes já feitas. De fato, a possibilidade de lutar com palavras e ideias em vez de lutar com espadas é a própria base de nossa civilização e, especialmente, de todas as suas instituições legais e parlamentares."
- Citado em Conjecturas e Refutações (1963).
  • "Os filósofos devem considerar o fato de que o princípio da maior felicidade pode facilmente ser uma desculpa para uma ditadura benevolente. Deveríamos substituí-lo por um princípio mais modesto e mais realista – o princípio de que a luta contra a miséria evitável deve ser um objetivo reconhecido da política pública, enquanto o aumento da felicidade deve ser deixado, principalmente, para a iniciativa privada".
- Conforme citado em 1,001 Pearls of Wisdom (2006) por David Ross
  • "Ao lado da arte, ou mesmo igual a ela, a ciência – isto é, produzir e testar teorias sobre o mundo, sobre a realidade – parece-me ser o maior empreendimento criativo de que o homem é capaz."
- The World of Parmenides (2001)
  • "Todo intelectual tem uma responsabilidade muito especial. Ele tem o privilégio e a oportunidade de estudar. Em troca, ele deve a seus semelhantes (ou 'à sociedade') representar os resultados de seu estudo da maneira mais simples, clara e modesta possível. A pior coisa que os intelectuais podem fazer – o pecado capital – é tentar se colocar como grandes profetas diante de seus semelhantes e impressioná-los com filosofias enigmáticas. Quem não consegue falar simples e claramente não deve dizer nada e continuar a trabalhar até que possa fazê-lo".
- In Search of a Better World (1995)
  • "A violência sempre leva a mais violência. E revoluções violentas matam os revolucionários e destroem os seus ideais. Os únicos sobreviventes são aqueles que são os mais habilidosos em sobreviver. O que uma revolução de esquerda produziria com certeza é a perda da liberdade de criticar, de fornecer oposição. Se a ditadura resultante é de esquerda ou de direita depende em parte do acaso e é principalmente uma diferença de nomenclatura. Afirmo que só numa democracia, numa sociedade aberta, temos a possibilidade de reparar as queixas. Se destruirmos esta ordem social através de uma revolução violenta, não seremos apenas responsáveis pelos pesados sacrifícios da revolução, mas criaremos um estado de coisas que tornará impossível a abolição dos males sociais, da injustiça e da repressão."
- Revolution Or Reform?: A Confrontation. (1976)
  • "A pergunta sobre as fontes do nosso conhecimento pode ser substituída (...) Sempre foi perguntada no espírito de: 'Quais são as melhores fontes do nosso conhecimento - as mais confiáveis, aquelas que não nos levarão ao erro, e aquelas às quais podemos e devemos recorrer, em caso de dúvida, como o último tribunal de recurso?» Proponho presumir, em vez disso, que tais fontes ideais não existem – não mais do que governantes ideais – e que todas as “fontes” são por vezes suscetíveis de nos levar ao erro. E proponho substituir, portanto, a pergunta das fontes do nosso conhecimento por uma pergunta totalmente diferente: ‘Como podemos esperar detectar e eliminar o erro?"
- The question about the sources of our knowledge can be replaced in a similar way. It has always been asked in the spirit of: ‘What are the best sources of our knowledge - the most reliable ones, those which will not lead us into error, and those to which we can and must turn, in case of doubt, as the last court of appeal?’ I propose to assume, instead, that no such ideal sources exist - no more than ideal rulers - and that all ‘sources’ are liable to lead us into error at times. And I propose to replace, therefore, the question of the sources of our knowledge by the entirely different question: ‘How can we hope to detect and eliminate error?'
- Knowledge Without Authority (1960)
  • "Quanto mais aprendemos sobre o mundo, e quanto mais profundo for o nosso aprendizado, mais consciente, específico e articulado será o nosso conhecimento do que não sabemos, o nosso conhecimento da nossa ignorância. Pois esta é, de fato, a principal fonte da nossa ignorância – o fato de que o nosso conhecimento só pode ser finito, enquanto a nossa ignorância deve necessariamente ser infinita."
- The more we learn about the world, and the deeper our learning, the more conscious, specific, and articulate will be our knowledge of what we do not know, our knowledge of our ignorance. For this, indeed, is the main source of our ignorance — the fact that our knowledge can be only finite, while our ignorance must necessarily be infinite.
- Conjecturas e refutações: o crescimento do conhecimento científico (1963)
  • "O jogo da ciência é, em princípio, sem fim. Aquele que um dia decidir que as afirmações científicas não requerem mais nenhum teste e que podem ser consideradas como finalmente verificadas, retira-se do jogo."
- C. 2 "Sobre o problema de uma teoria do método científico", Seção XI: Regras metodológicas como convenções
  • "Ocorrências únicas não reproduzíveis não têm importância para a ciência."
-C. 4 "Falseabilidade", Seção XXII: Falseabilidade e falsificação. pág. 66.
  • "A sociedade aberta é aquela em que os homens aprenderam a ser até certo ponto críticos dos tabus e a basear as decisões na autoridade de sua própria inteligência."
-Vol. 1
  • "Devemos planejar a liberdade, e não apenas a segurança, pelo menos porque somente a liberdade pode tornar a segurança segura."
-Vol. 2, C. 21
  • "o individualismo, unido ao altruísmo, tornou-se a base de nossa civilização ocidental. É a doutrina central do Cristianismo (“ame seu próximo”, dizem as Escrituras, não “ame sua tribo”); e é o cerne de todas as doutrinas éticas que surgiram de nossa civilização e a estimularam. É também, por exemplo, a doutrina prática central de Kant (“sempre reconheça que os indivíduos humanos são fins e não os use como mero meio para seus fins”). Não há outro pensamento que tenha sido tão poderoso no desenvolvimento moral do homem."