Irvine Welsh
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Irvine Welsh ( Edimburgo, 27 de setembro de 1958) é um escritor e roteirista escocês. Alguns de seus livros viraram filme sob a direção de Danny Boyle, como Trainspotting e Porno. Trainspotting é considerado pelo autor como seu livro mais gratificante: "Diz tudo o que eu queria sobre a era que eu vivi"[1].
Depoimentos/Entrevistas
[editar]Sua vida
[editar]- “As pessoas comentam o meu sotaque e julgam os outros de acordo com o sotaque; nos EUA não há interesse nisso”,
- - Sobre sua escolha em viver nos EUA, onde garante não sofrer certos tipos de preconceitos presentes no Reino Unido[2].
- "Todo mundo costumava beber e usar drogas nos anos 90 - incluindo a maioria dos jornalistas britânicos. Tive meus excessos, mas longe de estar sozinho. Agora tenho uma vida mais tranqüila. E isso não chegou a afetar minha maneira de escrever."
- - Sobre a vida de casado, na época que ainda morava em Dublin[3].
- "Ainda ouço música o tempo inteiro. Neste momento [durante o ano de 2008], estou ouvindo [a banda] The Republic of Loose."
- - Sobre a sua ligação com a música, em especial do Rock[3].
- "Na era do iTunes e da Amazon, a ideia de gostar de algo é secundário. Não consumimos cultura porque gostamos, mas porque está lá".
- - Ao ser indagado sobre o que gosta de ler ou ouvir, em entrevista de 2012[1].
Sua obra
[editar]- “Com 50 tons de cinza, Porno ficou redundante da maneira que o concebemos originalmente. 50 tons mudou tudo. Estou tentando achar outra maneira de juntar as personagens.”
- - Ao falar do livro Porno (2002), o escritor ressalta que a adaptação terá de repensar temas que hoje são datados.[2].
- “Se você olhar para as campanhas já realizadas contra as drogas, elas foram tiradas de Trainspotting. Jamais ganhei um prêmio por isso, porém não estou preocupado com o que as pessoas fazem em termos de drogas”.
- - Sobre a educação antidrogas que pode ser evocada a partir de seus livros[2].
- "Kibby e Skinner são personagens da era Blair. Eles têm de arcar com as conseqüências de 'fazer parte', em vez de 'serem excluídos', como na era [Margaret] Thatcher. Eles são dois garotos de classe baixa trabalhando em empregos da classe média, ambos tentando levar a vida de formas diferentes. A metáfora da dualidade de Jekyll e Hyde é algo importante na literatura, e eu queria explorá-la no livro."
- - Sobre a analogia entre a relações de aversão de Skinner a Kibby e a relação entre Dr. Jekyll e Mr. Hyde.[3].
Política britânica
[editar]- “Os anos 1980 foram claramente definidores de como seríamos formados como sociedade. O Reino Unido se tornaria esse local individualizado”,
- - Ao relatar a influência que a conjuntura do Reino Unido dos anos 1980 exerceu na sua formação como autor. Um tempo em que a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher dizia “Não existe sociedade” e, ao mesmo tempo, o autor via a erradicação da classe trabalhadora de Edimburgo[2].
- “Há muita lealdade. Acho que em qualquer comunidade na qual as pessoas não tenham com quem contar, elas valorizam mais seus amigos de verdade"
- - Sobre o senso de lealdade que existe na amizade entre suas personagens[2].
- “Violência é parte da natureza humana. Nós aceitamos que certo nível dela é necessário. Queremos pensar que estamos acima e além disso, mas, quando enviamos pessoas para guerra, por exemplo, damos um passo para trás. Tenho certeza de que Thatcher e Tony Blair tiveram prazer nisso”.
- - Sobre a violência, elemento muito frequente nas suas histórias[2].
- "É difícil dizer o quanto [Gordon] Brown mudou. Talvez o problema é que ele tenha herdado o sistema corrupto de [Tony] Blair. O povo britânico queria uma chance para punir Blair nas eleições, mas ele fugiu da questão, então Brown provavelmente enfrentará isso. É uma pena, pois os únicos beneficiados serão os conservadores e seu líder, um clone do Blair".
- - Sobre a saída do ex-primeiro ministro Tony Blair e a chegada do novo primeiro-ministro trabalhista, Gordon Brown[3].
- "Não só o thatcherismo. O Partido Trabalhista começou com essa política quando [o ex-ministro das finanças Denis] Healey foi ao FMI em 1976. [O ex-premiê Tony] Blair a continuou quando chegou ao poder."
- - Ao responder se o thatcherismo seria o responsável pela perdição desta geração de 1980[1].
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 VICTOR, Fabio. "Autor segue na trilha de 'Trainspotting'", Folha de São Paulo, 11 de junho de 2012. Disponível em: <[1]>. Acesso em 21 de março de 2014.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 CAIADO, Pedro. "O submundo de Irvine Welsh. Revista da Cultura, Edição 79, p. 50-51, fevereiro de 2014. Disponível em: <[2]>. Acesso em 20 de março de 2014.
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 NEY, Thiago. "Livro traz de volta um Irvine Welsh impetuoso". Folha de São Paulo,24 de janeiro de 2008. Disponível em: <[3]>. Acesso em 21 de março de 2014.