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*“(...) Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, E parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora |
*“(...) Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, E parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!” |
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'''''texto negrito simples''''' == |
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inha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!” |
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Revisão das 12h06min de 12 de dezembro de 2008
Eça de Queiroz |
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Eça de Queiroz em outros projetos: |
José Maria Eça de Queiroz (ou Queirós) (25 de novembro de 1845, Póvoa de Varzim, Portugal – 16 de agosto de 1900, Paris, França), escritor português.
Obras
Primo Basílio
- “(...) Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, E parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!”
Citações
- "O riso é a mais útil forma da crítica, porque é a mais acessível à multidão. O riso dirige-se não ao letrado e ao filósofo, mas à massa, ao imenso público anónimo. É por isso que hoje é tão útil como irreverente rir das ideias do passado: a multidão não se ocupa de ideias, ocupa-se das fórmulas visíveis, convencionais das ideias. Por exemplo: o povo em Portugal, nas províncias, não é católico - é padrista: que sabe ele da moral do cristianismo? da teologia? do ultramontanismo? Sabe do santo de barro que tem em casa, e do cura que está na igreja."
- -in 'Carta a Joaquim de Araújo, 25 de Fevereiro de 1878
- "Não há ideia mais consoladora do que esta - que eu, e tu, e aquele monte, e o Sol que, agora, se esconde são moléculas do mesmo Todo, governadas pela mesma Lei, rolando para o mesmo Fim."
- - in "Contos - Civilização"
- "É o grande dever do jornalismo fazer conhecer o estado das coisas públicas, ensinar ao povo os seus direitos e as garantias da sua segurança, estar atento às atitudes que toma a política estrangeira, protestar com justa violência contra os actos culposos, frouxos, nocivos, velar pelo poder interior da pátria, pela grandeza moral, intelectual e material em presença de outras nações, pelo progresso que fazem os espíritos, pela conservação da justiça, pelo respeito do direito, da família, do trabalho, pelo melhoramento das classes infelizes."
- - in "O Distrito de Évora", 6 de Janeiro de 1867 (nº1)
- "O que são há 20 anos os partidos em Portugal? Que pensamento traduzem? Que grande facto social querem realizar? Formam-se, desagregam-se, dissolvem-se, passam, esquecem, sem que deles fique uma edificação aceitável, uma criação fecunda. Estabelecem patronatos, constróem filiações, arregimentam homens e braços trabalhadores, preparam terreno e solo robusto, onde eles possam sem embaraço tomar as livres atitudes do aparato e da vaidade reluzente. Nada mais fazem. Nascem infecundamente, morrem esterilmente."
- - in "O Distrito de Évora", 14 de Fevereiro de 1867 (nº11)
- "Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"
- - in "O distrito de Évora" (1867)
Aforismos
- "Os que sabem dar a verdade à sua pátria não a adulam, não a iludem, não lhe dizem que é grande, porque tomou Calicute; dizem-lhe que é pequena porque não tem escolas. Gritam-lhe sem cessar a verdade rude e brutal. Gritam-lhe: tu és pobre, trabalha! tu és ignorante, estuda!, tu és fraca, arma-te!"
- - Livro do centenário de Eça de Queiroz - Página 34, de Eça de Queirós, Lúcia; Camara Reys (org.) Miguel Pereira - Publicado por Livros do Brasil, 1945 - 717 páginas
- "Para ensinar há uma formalidade a cumprir: saber." [ ]
- "Poupe-se ao boi a vista ao malho."
- - "Os Maias", Livro I, capítulo IV (veja wikisource)
- "Houve um filósofo que deixou aos infelizes esta máxima: Se a tua dor te aflige, faz dela um poema."
- - "[Se a tua dor te aflige, faz dela um poema O Mistério da Serra Sintra]"
- "no fundo, nós somos todos fadistas: do que gostamos é de vinhaça e viola e bordoada, e viva lá sô compadre (acerca os portugueses)"
- - "Os Maias", Livro I, capítulo X (veja wikisource)
- "Portugal é um país muito bonito, o problema é os Portugueses." [ ]
- "Calado, invadido pelo pensamento do Báb - o Arauto da Fé Bahá’í - revolvia comigo o confuso desejo de me aventurar nessa campanha espiritual... Por que não? Tinha a mocidade, tinha o entusiasmo... Via-me discípulo do Báb... E partia logo a pregar, a espalhar o verbo babista. Onde iria? A Portugal, certamente, levando de preferência a salvação às almas que me eram mais caras".
- - "Fradique Mendes"
- "Na arte, quando forte fina e superior, a simplicidade resulta sempre de um violento esforço. Não se coordena com clara inteligência uma concepção, não se atinge uma expressão fácil, concisa e harmoniosa, sem longas e tumultuárias lutas em que arquejam juntos, espírito o vontade."
- - "Prosas esquecidas : Ficcão 1866-72". - Página 10, de Eça de Queirós - Publicado por Editorial Presença, 1965
- "Esse mal incurável que é a sua Alma."
- - conto "Adão e Eva no Paraíso"
- "Homem, que fizeste tu da alma?"
- - conto "O MILHAFRE" in "Prosas Bárbaras", página 64, edição dominiopublico.gov.br
- "Que mérito há em amar os que nos amam?"
- - "A Morte de Jesus", (tradução em dezembro de 1869, de um manuscrito em latim bárbaro) in: "Prosas Bárbaras", página 112, edição dominiopublico.gov.br
- "Ah nunca homem deste século batalhou mais esforçadamente contra a seca de viver."
- - conto "Civilização" (1902), capítulo II (veja wikisource)
- "O riso é uma filosofia. Muitas vezes o riso é uma salvação. E em política constitucional, pelo menos, o riso é uma opinião."
- - "As farpas: crónica mensal da política, das letras e dos costumes" (primeiro fascículo, maio de 1871) - Página 19, de Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Maria Filomena Mónica, Maria José Marinho - Publicado por Lucerna, 2004 ISBN 9728818408, 9789728818401 - 639 páginas
- "A imprensa é composta de duas ordens de periódicos: os noticiosos e os políticos."
- - "As farpas: crónica mensal da política, das letras e dos costumes" (primeiro fascículo, maio de 1871) - Página 23, de Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Maria Filomena Mónica, Maria José Marinho - Publicado por Lucerna, 2004 ISBN 9728818408, 9789728818401 - 639 páginas
- "Os políticos têm todos a mesma política."
- - "As farpas: crónica mensal da política, das letras e dos costumes" (primeiro fascículo, maio de 1871) - Página 23, de Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Maria Filomena Mónica, Maria José Marinho - Publicado por Lucerna, 2004 ISBN 9728818408, 9789728818401 - 639 páginas
- "Os noticiosos têm todos a mesma notícia."
- - "As farpas: crónica mensal da política, das letras e dos costumes" (primeiro fascículo, maio de 1871) - Página 23, de Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Maria Filomena Mónica, Maria José Marinho - Publicado por Lucerna, 2004 ISBN 9728818408, 9789728818401 - 639 páginas