Epicuro

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Epicuro de Samos, do grego Επίκουρος (341 a.C.-270 a.C.), foi um filósofo grego.


  • "A necessidade é um mal, mas não há necessidade alguma de viver com necessidade."
- Fonte: Exortações, 9.
  • "As enfermidades duradouras proporcionam à carne mais prazer que dor."
- Fonte: Máximas capitais, IV.
  • "Nada é suficiente para quem o suficiente é pouco."
- Fonte: Exortações, 68.
  • "Não tema deus,
Não se preocupe com a morte
O que é bom é fácil de ter, e
O que é terrível é fácil aguentar.
- Fonte: O “Tetrapharmakos" [τετραφάρμακος], ou “A quarta parte da cura”, de Epicuro, do “Papiro de Herculano”, 1005, 4.9-14, de Philodemo, como traduzido em The Epicurus Reader: Selected Writings and Testimonia (1994) editado por D. S. Hutchinson, p. vi
  • "A vida do justo é pouco perturbada por inquietações, a do injusto é cheia das maiores inquietações."
- Máximas Soberanas, 17

Carta a Meneceu[editar]

  • "Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz."
  • "Em primeiro lugar, considerando a divindade como um ente imortal e bem-aventurado, como sugere a percepção comum de divindade, não atribuas a ela nada que seja incompatível com a sua imortalidade, nem inadequado à sua bem-aventurança; pensa a respeito dela tudo que for capaz de conservar-lhe felicidade e imortalidade."
  • "Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade."
  • "Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver."
  • "O sábio, porém, nem desdenha viver, nem teme deixar de viver; para ele, viver não é um fardo e não-viver não é um mal."
  • "Nunca devemos nos esquecer de que o futuro não é nem totalmente nosso, nem totalmente não-nosso, para não sermos obrigados a esperá-lo como se estivesse por vir com toda a certeza, nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais."
  • "Convém, portanto, avaliar todos os prazeres e sofrimentos de acordo com o critério dos benefícios e dos danos. Há ocasiões em que utilizamos um bem como se fosse um mal e, ao contrário, um mal como se fosse um bem."
  • "Habituar-se às coisas simples, a um modo de vida não luxuoso, portanto, não só é conveniente para a saúde, como ainda proporciona ao homem os meios para enfrentar corajosamente as adversidades da vida: nos períodos em que conseguimos levar uma existência rica, predispõe o nosso ânimo para melhor aproveitá-la, e nos prepara para enfrentar sem temor as vicissitudes da sorte."
  • "Quando então dizemos que o fim último é o prazer, não nos referimos aos prazeres dos intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentidos, como acreditam certas pessoas que ignoram o nosso pensamento, ou não concordam com ele, ou o interpretam erroneamente, mas ao prazer que é ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma. Não são, pois, bebidas nem banquetes contínuos, nem a posse de mulheres e rapazes, nem o sabor dos peixes ou das outras iguarias de uma mesa farta que tornam doce uma vida, mas um exame cuidadoso que investigue as causas de toda escolha e de toda rejeição e que remova as opiniões falsas em virtude das quais uma imensa perturbação toma conta dos espíritos."
  • "De todas essas coisas, a prudência é o princípio e o supremo bem, razão pela qual ela é mais preciosa do que a própria filosofia; é dela que se originaram todas as demais virtudes; é ela que nos ensina que não existe vida feliz sem prudência, beleza e justiça, e que não existe prudência, beleza e justiça sem felicidade."
  • "Porque as virtudes estão intimamente ligadas à felicidade, e a felicidade é inseparável delas."
  • "O prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz."
  • "A morte é uma quimera: porque enquanto eu existo, não existe a morte; e quando existe a morte, já não existo."
- Variante: "A morte, temida como o mais horrível dos males, não é, na realidade, nada, pois enquanto nós somos, a morte não é, e quando esta chega, nós não somos."

Atribuídas[editar]

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  • "A morte nada é para nós, pois aquilo que já foi dissolvido não possui mais sentimentos. Aquilo, porém, que não possui mais sentimentos, não nos importa."
  • "Faz tudo como se estivesses a ser contemplado."
  • "O apogeu do prazer será alcançado quando todas as dores forem eliminadas. Pois onde entrou o prazer não existem, enquanto ele reinar, nem dores nem padecimentos, ou até ambos."
  • "Quanto à sensação de segurança perante os homens, o poder e o domínio são bens dados pela natureza, a partir dos quais podemos proporcionar-nos segurança."
  • "Se aquilo que ocasiona prazer aos libertos eliminasse os receios do espírito, dos fenômenos da natureza, da morte e das dores, e se ainda ensinasse o conhecimento da limitação das ânsias, nada teríamos a desaprovar nessas pessoas."
  • "A riqueza exigida pela natureza é limitada e facilmente arranjada; aquela, pelo contrário, que ambicionamos possuir num tolo desejo, chega ao infinito."
  • "A segurança, perante os homens, pode ser fortificada, até um certo grau, pelo poder e pela riqueza; aquela, porém, que é conferida pela vida na tranqüilidade e no retiro da massa dos homens é certamente mais genuína."
  • "Verdade é que o homem sensato não evita o prazer, e quando finalmente as circunstâncias o obrigam a deixar a vida, ele não se comporta como se esta ainda lhe devesse algo para a suprema existência."
  • "A faculdade de granjear amizades é de longe a mais eminente entre todas aquelas que contribuem para a sabedoria da felicidade."
  • "O mesmo conhecimento a que devemos o consolo de que nenhum terror é eterno ou que dure muito tempo, também nos deixa compreender que durante o terror, de duração limitada, a verdadeira segurança nos é proporcionada pela amizade."
  • "Dentre os desejos, alguns são dependentes da natureza e necessários; outros são dependentes da natureza, porém não necessários; outros, ainda, nem são dependentes da natureza nem necessários, mas oriundos duma vã ilusão."
  • "Injustiça por si só não é um mal. O verdadeiro mal reside no receio desconfiado de que o ato possa vir a ser escondido do juiz competente."
  • "Nascemos uma única vez; uma segunda vez não nos é dada, e não nasceremos mais por toda a eternidade."
  • "Se não podemos ver-nos, trocar ideias, nem estar em companhia um do outro, o sentimento do amor evaporar-se-á em pouco tempo."
  • "Toda amizade, por mais desejável que seja por si mesma, é, no fim das contas, construída sobre o proveito próprio."
  • "Ávidos pelos bens distantes, não devemos desprezar os bens próximos; lembremo-nos de que estes últimos também, outrora, foram ansiosamente desejados."
  • "Quem exige ajuda constante e, do mesmo modo, quem nunca a presta, não é amigo. O primeiro quer comprar o nosso esforço com o seu afeto; o segundo nos rouba, para todo o futuro, a esperança consoladora."
  • "Soube que a apetência da tua carne te impele exageradamente às relações sexuais. Segue-a, conforme o teu desejo, mas trata de não infringires as leis, não ofenderes a decência, não magoares algum amigo teu, não abalares a tua saúde e não desperdiçares a tua fortuna. É difícil, porém, não ficar emaranhado numa dessas dificuldades. O gozo do amor não traz proveito, devemos até ficar contentes se não for prejudicial."
  • "Cada um sai da vida do mesmo modo como se tivesse acabado de nascer."
  • "Devemos indagar por ocasião de todos os desejos: o que há de acontecer quando o meu apetite for satisfeito, e o que acontecerá se ele não o for?"
  • "Nada faças na vida algo que te cause medo se teu vizinho vier a sabê-lo."
  • "Nada é suficiente para quem julgar o suficiente demasiadamente pouco."
  • "É sem valor pedir aos deuses aquilo que nós mesmos podemos realizar."
  • "Não provamos nosso sentimento ao amigo compartilhando as suas lamentações, mas sim com a nossa ajuda ativa."
  • "O fruto mais saboroso da autossuficiência é a liberdade."
  • "Pelo medo de ter de se contentar com pouco, a maioria dos homens se deixa levar a atos que aumentam mais ainda esse medo."
  • "Muitos que alcançaram a riqueza não conseguiram um remédio contra seus males, apenas os trocaram por males ainda piores."
  • "As leis existem para os sábios, não para que não pratiquem injustiças, mas para que não as sofram."
  • "Aquele que inspira medo aos outros não está, ele próprio, livre desse medo."
  • "Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia."
  • "Deus deseja prevenir o mal, mas não é capaz? Então não é onipotente. É capaz, mas não deseja? Então é malevolente. É capaz e deseja? Então por que o mal existe? Não é capaz e nem deseja? Então por que lhe chamamos Deus?"
  • "A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem."
  • "Não podemos viver felizes se não formos justos, sensatos e bons; e não podemos ser justos, sensatos e bons sem sermos felizes."
  • "Das coisas que a sabedoria proporciona para tornar a vida inteiramente feliz, a maior de todas é uma amizade."
  • "Na discussão, o vencido obtém maior proveito, pois aprende o que ainda não sabia."
  • "Não há o que temer na morte. Pode-se alcançar a felicidade e suportar a dor."
  • "Nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres."
  • "O homem é rico desde que se familiariza com a pobreza."
  • "O impossível reside nas mãos inertes daqueles que não tentam."
  • "O prazer de fazer o bem é maior do que o de recebê-lo."
  • "O prazer é o primeiro dos bens. É a ausência de dor no corpo e de inquietação na alma."
  • "Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades.
- Epicuro citado em "Citações da Cultura Universal" - página 235, Alberto J. G. Villamarín, Editora AGE Ltda, 2002, ISBN 8574970891, 9788574970899
  • "Os prazeres do amor jamais nos serviram. Devemos nos considerar felizes se não nos aborrecerem."
  • "Somente o justo desfruta de paz de espírito."
  • "Tu, que não és senhor do teu amanhã, não adies o momento de gozar o prazer possível! Consumimos nossa vida a esperar e morremos empenhados nessa espera do prazer."
  • "Quem não considera o que tem como a maior riqueza, será sempre desditoso, ainda que seja dono do mundo."