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Eduardo Carlos Pereira

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Eduardo Carlos Pereira
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Eduardo Carlos Pereira (8 de novembro de 1855 - 2 de março de 1923) foi um ministro evangélico presbiteriano, professor, escritor, gramático, linguista e um dos mais importantes líderes do movimento protestante brasileiro do final do século XIX.



  • "Brilha com intensidade o sol, mas é esse brilho apreendido, em maior ou menor grau, pelo órgão visual: é a razão o órgão visual, mas não a luz. Da palavra de Deus é que emana a luz da verdade religiosa. Não é, pois, a Reforma racionalista, e tão pouco revolucionária. Repeliu ela o ceticismo da Renascença, e as tendências anárquicas dos camponeses, dos anabatistas, e dos libertários na Suíça. Pela explosão dessas correntes demagógicas e heréticas não é ela responsável. Entretanto, importa confessar que o abuso é inseparável do uso, e que toda virtude tem o seu vício concomitante. São relações inevitáveis na presente organização moral da humanidade. Tanto o Protestantismo como o Romanismo não podem deixar de produzir no meio social, em que dominam, reações intelectuais e morais de acordo com as suas respectivas índoles."
- O Problema Religioso da América Latina: estudo dogmático, Eduardo Carlos Pereira.
"A verdadeira Igreja do Deus vivo, composta dos santificados em Jesus Cristo, tem sido através dos séculos a coluna firmíssima da verdade revelada nas Sagradas Escrituras. A sua indefectibilidade lhe tem sido garantida pela eleição do Pai, pela intercessão do Filho seu único Chefe, e pela assistência poderosíssima do Espírito Santo, único Vigário de Cristo sobre a terra."
  • "A hora é decisiva, e no pórtico da nova era, que se anuncia, escreve o dedo da história o dístico Salvador: FORA DE ROMA, DENTRO DO CRISTIANISMO."
- O Problema Religioso da América Latina: estudo dogmático, Eduardo Carlos Pereira.
  • "É mister que se diga com franqueza aos senhores de escravos o quanto há de ofensivo às leis de Deus e da humanidade, o quanto há de vil na vergonhosa exploração de uma raça que tem tanto direito, como qualquer outra, à liberdade que Deus lhe deu. Clamarei e denunciarei aos novos filhos de Israel esse crime que mancha ainda o seio das igrejas evangélicas do Brasil, com grandíssimo detrimento do Evangelho. E enquanto a justiça falar por minha boca, minha voz terá a mesma autoridade que a do Profeta, porque a voz da justiça é a voz de Jeová."
- A Religião Cristã Em Suas Relações Com a Escravidão, Eduardo Carlos Pereira.
  • "A verdadeira Igreja do Deus vivo, composta dos santificados em Jesus Cristo, tem sido através dos séculos a coluna firmíssima da verdade revelada nas Sagradas Escrituras. A sua indefectibilidade lhe tem sido garantida pela eleição do Pai, pela intercessão do Filho seu único Chefe, e pela assistência poderosíssima do Espírito Santo, único Vigário de Cristo sobre a terra. Mas é bom lembrarmo-nos que a perpetuidade da árvore não quer dizer estabilidade perpétua do galho e muito menos das ervas parasitas que enroscam em seus galhos. A história da Igreja no tempo de Elias, a severidade de Deus para com os ramos judaicos, e, sobretudo, a solene admoestação dirigida por S. Paulo à igreja de Roma, devem trazer a salutar advertência a nós igrejas particulares de uma cidade, que constituímos os ramos, a nós organizações mais vastas, que formamos os galhos da Oliveira. Para que tenhamos direito de fazer para, aos olhos de Deus, da árvores do cristianismo, não basta conservarmos em nossos credos a ortodoxia das doutrinas; é indispensável mantermos em nossa prática a ortodoxia dos sentimentos."
- A Igreja, Eduardo Carlos Pereira.
"É mister que se diga com franqueza aos senhores de escravos o quanto há de ofensivo às leis de Deus e da humanidade, o quanto há de vil na vergonhosa exploração de uma raça que tem tanto direito, como qualquer outra, à liberdade que Deus lhe deu."
  • "Os membros da verdadeira igreja católica, que rejeitaram o jugo de Roma, usando da liberdade evangélica nas coisas que o Espírito Santo deixou ao critério de sua fé e caridade, amoldam os princípios de governo, disciplina e liturgia, de sua natureza variáveis, a seu ponto de vista peculiar; e, retendo sempre o plano evangélico da salvação, e essência divina da religião cristã, encaram diversamente certas verdades secundárias sobre a predestinação e sobre a forma e tempo do batismo. Essas divergências secundárias, sob o influxo da atividade pujante do cristianismo, dão origem à formação das diversas denominações irmãs ou igrejas particulares que se chamam – luterana, anglicana, metodista, batista, congregacionalista, prebiteriana."
- A Igreja, Eduardo Carlos Pereira.