Deu Zebra! Descobrindo a superdotação

Deu Zebra! Descobrindo a superdotação
Descobrindo a superdotação
Tema	superdotado
Data de publicação	9 de agosto de 2023
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Deu Zebra! Descobrindo a superdotação é um livro de Thais Mesquita e Sophie Prignon sobre superdotação.

Introdução

"Embora uma inteligência acima da média soe como uma promessa de solução para todos os problemas, a vida dessas pessoas não é mais fácil do que a de ninguém."

"O apelido carinhoso busca tirar um pouco a pressão implícita que paira sobre o superdotado – de uma certa “para-humanidade”, que o habilitaria a desempenhar bem em tudo o tempo todo. Escolhido entre tantas opções no reino animal, a zebra é um tipo diferente de cavalo, e o único equino que o homem não consegue domesticar. Leva na pele a sua identidade: diversa da maioria e única na sua individualidade – suas listras pretas são como as digitais do ser humano, nenhuma é igual à outra, apesar de formarem um grupo determinado."

"São pessoas realmente muito sensíveis e empáticas, muito questionadoras, que aprendem muito rápido e que têm altos padrões morais."

"As pessoas com altas capacidades recebem uma enorme carga de informações, muito além do que é percebido por uma pessoa neurotípica, ou seja, com um funcionamento e desenvolvimento considerados "típicos" ou "padrão" pela ciência. As informações chegam das mais diversas fontes e são absorvidas sem passar por filtros, caracterizando a "hiper-receptividade emocional". Essa permeabilidade é possível no superdotado porque todos os seus sentidos estão em constante alerta."

"Seja para quem for, direcionam perguntas desafiadoras, nem sempre bem-vistas ou bem recebidas por figuras de maior autoridade."

"A ebulição mental pode se tornar ainda um gerador de conflitos, ao envolver impaciência com aqueles que têm ritmo menor."

"Mesmo com muitas atividades e interesses distintos ao mesmo tempo, desejam e se empenham para que tudo saia "perfeito". Podem ser muito exigentes consigo mesmas e também com os outros. As altas expectativas que nutrem de si mesmas e dos demais podem ser fonte constante de frustração e angústia."

"O "excesso" de capacidade, entretanto, não costuma despertar nos outros a mesma disposição em ajudar que se vê nos casos de déficit de capacidade. Quando existe uma limitação física ou intelectual é mais fácil e comum conseguir apoio. As altas habilidades tendem a despertar mais inveja do que compaixão."

"Mesmo depois de crescidas e amadurecidas, as pessoas com altas habilidades costumam manter suas crianças bem latentes dentro de si. Podem demonstrar um genuíno encantamento infantil pela vida e uma euforia espontânea pela descoberta e pela exploração, como se o mundo fosse um grande parque de diversões."

"No século XXI, a superdotação passou a ser entendida como um fenômeno multidimensional, que abrange também elementos como criatividade, liderança, motivação, psicomotricidade, habilidades artísticas e socioemocionais."

"O conceito de superdotação nunca foi estável, está continuamente gerando controvérsias e, graças a isso, se mantém em evolução."

"Atualmente o modelo CHC (Cattell-Horn-Carroll) é considerado o estado da arte sobre inteligência na psicometria, e é a espinha dorsal dos testes mais modernos."

"As pessoas superdotadas nascem assim, devido à sua genética, e apresentam um conjunto de comportamentos e características que não dependem da educação e da estimulação que recebem – embora dependam do meio em que vivem para poderem desenvolver suas habilidades e atingirem o desempenho superior de que são capazes."

"Tomar consciência do próprio funcionamento pode ser libertador e transformador, em qualquer idade."

"A pressão por resultados extraordinários - alimentada pelo mito de que o superdotado é um “gênio” – pode ser tão prejudicial quanto a falta de identificação das altas habilidades."

- Analogia para explicar a superdotação dada por uma pessoa entrevistada.

"Na prática, o percentual de mulheres habilidosas identificadas, em várias partes do mundo, ainda é significativamente menor que o de homens. Isso porque as ideias construídas com base nos costumes culturais e papéis sociais, atribuídos historicamente às mulheres, dificultam que elas sejam identificadas e aceitas – até se aceitem – como pessoas de alto potencial."

"Em geral, as pessoas com altas habilidades apreciam e precisam de momentos introspectivos."