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Carlos Ruiz Zafón

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
Carlos Ruiz Zafón
Carlos Ruiz Zafón
Карлос Руис Сафон, 2008 г.
Nascimento 25 de setembro de 1964
Barcelona
Morte 19 de junho de 2020 (55 anos)
Los Angeles (Estados Unidos da América)
Cidadania Espanha
Alma mater
  • Col·legi Sant Ignasi
  • Universidade Autônoma de Barcelona
Ocupação romancista, roteirista, publicista, escritor, roteirista de cinema
Prêmios
  • Humo's Gouden Bladwijzer (A Sombra do Vento, 2006)
  • Crimezone Thriller Awards (A Sombra do Vento, 2005)
  • Edebé Award of Children's and Youth Literature (O Príncipe da Névoa, 1978)
  • Premios Protagonistas (A Sombra do Vento, 2004)
Obras destacadas O Príncipe da Névoa, O palácio da meia-noite, Marina, A Sombra do Vento, The Labyrinth of Spirits
Causa da morte cancro colorretal
Página oficial
https://www.carlosruizzafon.com

Carlos Ruiz Zafón (?) foi um escritor espanhol.


Verificadas

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  • ...os acasos são coincidencia do destino.
- A Sombra do Vento
  • Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 9)
  • Certa ocasião ouvi um cliente habitual da livraria de meu pai comentar que poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho ao seu coração. As primeiras imagens, o eco dessas palavras que pensamos ter deixado para trás, nos acompanham por toda a vida e esculpem um palácio em nossa memória ao qual mais cedo ou mais tarde – não importa os livros que leiamos, os mundos que descubramos, o quanto aprendemos ou nos esqueçamos – iremos retornar.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 11)
  • Um segredo vale o quanto valem aqueles dos quais temos de guardá-lo.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 14)
  • Não existem línguas mortas, mas cérebros letárgicos.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 17)
  • Eu cresceria convencido de que aquela lenta procissão de pós-guerra, um mundo de quietude, de miséria e de rancores escondidos, era tão natural quanto a água da torneira, e que aquela tristeza muda que sangrava das paredes da cidade ferida era o verdadeiro rosto de sua alma. Uma das armadilhas da infância é que não é preciso se entender uma coisa para sentir. Quando a razão é capaz de entender o ocorrido, as feridas no coração já são profundas demais. (...) No meu mundo, a morte era uma mão anônima e incompreensível, um vendedor a domicílio que levava mães, mendigos ou vizinhos nonagenários como se fosse uma loteria do inferno. A idéia de que a morte pudesse caminhar ao meu lado, com rosto humano e coração envenenado de ódio, vestida de uniforme ou capa de chuva, que fizesse fila no cinema, que risse nos bares ou levasse as crianças para passear no parque Ciudadela de manhã, e que de tarde fizesse desaparecer alguém nas masmorras do castelo de Montjuic ou numa fossa sem nome nem cerimonial, não entrava na minha cabeça. Ruminando o assunto, pensei que talvez aquele universo artificial que eu considerava bom não fosse senão uma cena armada. Naqueles anos roubados, o fim da infância, como a Renfe, chegava quando chegava.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 33)
  • Detestar é, de fato, um talento que se aprende com os anos.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 54)
  • Enquanto percorria túneis e túneis de livros na penumbra, não pude evitar que me invadisse uma sensação de tristeza e desânimo. Não podia evitar pensar que se eu, por puro acaso, tinha descoberto todo um universo num só livro desconhecido na infinidade daquela necrópole, dezenas de milhares de outros livros ficariam inexplorados, esquecidos para sempre. Senti-me rodeado por milhares de páginas abandonadas, de universos e almas sem dono, que se fundiam em um oceano de escuridão enquanto o mundo que palpitava do lado de fora daquelas paredes perdia a memória sem perceber, dia após dia, sentindo-se mais sábio quanto mais esquecia.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 64)
  • Presentes são dados pelo prazer de quem presenteia, não pelo mérito de quem recebe.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 65)
  • Nós existimos enquanto alguém se lembra de nós.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 143)
  • - Alguém disse uma vez que na hora em que se pára para pensar se gosta de alguém, já se deixou de gostar da pessoa para sempre.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 145)
  • Um estranho nos vê como somos, não como deseja achar que somos.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 146)
  • Muitas vezes o que conta não é o que se dá, mas o que se cede.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 154)
  • O difícil não é simplesmente ganhar dinheiro, difícil é ganhá-lo fazendo algo que valha a pena dedicar a vida.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007)
  • Os livros são espelhos: neles só se vê o que possuímos dentro.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 174)
  • Falar é para bobos; calar é para covardes; escutar é para sábios.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 243)
  • Os acasos são as cicatrizes do destino.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 360)
  • Há prisões piores do que as palavras.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 364)
  • Um relato era uma carta que o autor escrevia a si mesmo para contar coisas que, de outros modo, não poderia descobrir.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 364)
  • Bea diz que a arte de ler está morrendo muito aos poucos, que é um ritual íntimo, que um livro é um espelho e só podemos encontrar nele o que carregamos dentro de nós, que colocamos nossa mente e alma na leitura, e que esses bens estão cada dia mais escassos.
A sombra do vento (Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2007. p. 396)