Emily Dickinson

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Emily Dickinson
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Emily Dickinson (10 de dezembro de 1830 - 15 de maio de 1886) foi uma poeta norte-americana.


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  • "Não há melhor fragata que um livro para nos levar a terras distantes."
- There is no frigate like a book To take us lands away
- Letters of Emily Dickinson - Volume 1 - Página 273, Emily Dickinson, ‎Mabel Loomis Todd - Roberts brothers, 1894
  • "Diante de um coração partido / Nunhum outro pode falar / Sem ter tido o grande privilégio / De igualmente ter sofrido."
  • "Nunca vi um campo de urzes,
Nunca vi o mar;
Mas sei como as urzes são
E posso as ondas imaginar.
Nunca falei com Deus
Nem visitei o céu;
Mas estou certa de que existe esse lugar
Como se tivesse um mapa nas mãos."
  • "Tudo o que sabemos do amor, é que o amor é tudo que existe".

Poema: The Soul selects her own Society[editar]

  • Publicado em 1955
The soul selects her own society,
Then shuts the door;
On her divine majority
Obtrude no more.
Unmoved, she notes the chariot's pausing
At her low gate;
Unmoved, an emperor is kneeling
Upon her mat.
I've known her from an ample nation
Choose one;
Then close the valves of her attention
Like stone.

Poemas[editar]

Beleza e Verdade[editar]

Tradução de Manuel Bandeira

Morri pela beleza, mas apenas estava
Acomodada em meu túmulo,
Alguém que morrera pela verdade,
Era depositado no carneiro próximo.
Perguntou-me baixinho o que me matara.
– A beleza, respondi.
– A mim, a verdade, – é a mesma coisa,
Somos irmãos.
E assim, como parentes que uma noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo
Até que o musgo alcançou os nossos lábios
E cobriu os nossos nomes.
- Fonte: Antologia da Poesia Americana, Ediouro, 1992 - RJ, Brasil.

Cemitério[editar]

Este pó foram damas, cavalheiros,
Rapazes e meninas;
Foi riso, foi espírito e suspiro,
Vestidos, tranças finas.
Este lugar foram jardins que abelhas
E flores alegraram.
Findo o verão, findava o seu destino...
E como estes, passaram.
- Fonte: Antologia da Poesia Americana, Ediouro, 1992 - RJ, Brasil.

754[editar]

Tradução de Ana Luísa Amaral

Espingarda Carregada - a minha Vida -
Por Cantos - assim for a
Até passar o Dono - Me marcar -
E Me levar embora -
E agora erramos em Bosques Reais -
E perseguimos uma Corça agora -
E cada vez que falo em Sua vez -
As Montanhas respondem sem demora -
E se eu sorrio, uma amigável luz -
No Vale se faz ver -
É como se uma face de Vesúvio
Soltasse o seu prazer
E quando à Noite - já cumprido o Dia -
Guardo a Cabeça do Meu Dono -
Melhor do que Almofada em Penas Suaves
Partilhada - no sono -
Do inimigo Seu - sou-o, mortal -
Não se torna a agitar -
Esse em quem pouse o meu Olho Amarelo -
Ou enfático Polegar -
Embora eu possa viver mais - do que Ele
Ele mais do que eu - deve viver -
Que eu só tenho o poder de matar,
Sem - o poder de morrer -

8[editar]

  • Tradução de Ana Luísa Amaral
Há uma palavra
Que empunha uma espada
Pode trespassar um homem armado -
Lança as suas sílabas de farpa
E fica-se, calada.
Mas onde tombar
Os salvos dirão
Em dia da nação,
Deixou de respirar
Um irmão, um soldado.
Por onde corra o sol arfante -
Ou o dia vagueie -
Aí, o seu ataque sossegado -
E a sua vitória!
Notai o atirador mais hábil!
O tiro mais certeiro!
O mais sublime alvo do Tempo,
A alma "sem memória"!

277[editar]

Tradução de Maria do Carmo Ferreira

e se eu disser que já é demais
e arrebentar portas carnais
e extrapolar compassos?
e se eu limar até o sabugo
além da dor além do luto
e liberar meus passos?
ninguém me pega mais - nem morta!
corram masmorras com revólveres
nada mais faz sentido
como o sorriso - nem me lembrem!
laços & fitas - shows mambembes
e o que morreu - comigo

288[editar]

Tradução de Ana Luísa Amaral

Não sou Ninguém! Quem és?
És tu - Ninguém - também?
Há, pois, um par de nós?
Não fales! Não vão eles - contar!
Que horror - o ser - Alguém!
Que vulgar - como Rã -
Passar o Junho todo - a anunciar o nome
A charco de pasmar!

712[editar]

Tradução de Ana Luísa Amaral

Porque não pude deter-me para a Morte -
Parou Ela amavelmente para mim -
Na Carruagem cabíamos só Nós
E a Imortalidade.
Seguimos devagar - Ela sem pressa -
E eu pusera de lado
O meu trabalho e o ócio também
Pela Sua Cortesia –
Passámos pela Escola, onde, em Recreio,
E no Adro - lutavam as Crianças -
Passámos pelos Campos de Trigo de Espanto -
Passámos o Sol posto -
Melhor - passou-Nos Ele -
O Orvalho caía frio e trémulo -
Porque de Gaze só o meu Vestido -
E a minha Estola - era de Tule só -
Parámos junto a Casa semelhante
A Inchaço no Solo -
O Telhado da casa mal se via -
A Cornija - no Solo -
Desde então - Séculos há - porém
Tudo parece menos que esse Dia
Em que primeiro adivinhei que as Crinas
Apontavam para a Eternidade

249[editar]

Tradução de Ana Luísa Amaral

Noites - Noites selvagens!
Estivesse eu - contigo
Tais Noites - o nosso
Deleite - seriam!
Fúteis - os Ventos -
A Coração em Porto -
Inútil - a Bússola!
Como a Carta - inútil!
Remando - em Éden!
Ah! o Mar!
E eu ancorar - Esta Noite -
Em Ti!