O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950) é o primeiro livro publicado e o segundo em ordem cronológica da série As Crônicas de Nárnia.
- "Era uma vez duas meninas e dois meninos: Susana, Lúcia, Pedro e Edmundo. Esta história nos conta algo que lhes aconteceu durante a guerra, quando tiveram de sair de Londres, por causa dos ataques aéreos."
- - Capítulo 1
- "Aqui é a terra de Nárnia: tudo que está entre o lampião e o grande castelo de Cair Paravel, nos mares orientais."
- - Sr. Tummuns descrevendo Nárnia para Lúcia
- "– Uma porta! Uma porta no mundo dos homens! Já ouvi falar de coisas parecidas."
- - Feiticeira Branca em conversa com Edmundo
- "– Não me interessa o que vocês pensam, nem o que vocês dizem. Podem contar tudo ao professor ou escrever para a mamãe. Façam o que quiserem. Tenho a certeza de que encontrei um fauno, e de via ter ficado lá para sempre, porque vocês são uns idiotas."
- - Lúcia sobre a acusação de que teria imaginado Nárnia
- "Lógica! – disse o professor para si mesmo. – Por que não ensinam mais lógica nas escolas? – E dirigindo-se aos meninos declarou: – Só há três possibilidades: ou Lúcia está mentindo; ou está louca; ou está falando a verdade. Ora, vocês sabem que ela não costuma mentir, e é evidente que não está louca. Por isso, enquanto não houver provas em contrário, temos de admitir que está falando a verdade."
- - Professor Kirke sobre a possibilidade de Lúcia estar imaginando Nárnia
- "Se, de fato, existe nesta casa uma porta aberta para um outro mundo, e se Lúcia conseguiu chegar a esse mundo, não ficaria nada admirado se ela houvesse encontrado lá um tempo diferente; assim, podia muito bem acontecer que, embora ela ficasse muito tempo lá, a gente não percebesse isso no tempo do nosso mundo. "
- - Professor Kirke sobre a possibilidade de haver um tempo diferente em Nárnia
- "Dizem que Aslam está a caminho; talvez até já tenha chegado!"
- - Primeira menção ao nome de Aslam, feita pelo Sr. Castor
- "Para Edmundo, foi uma sensação de horror e mistério. Pedro sentiu-se de repente cheio de coragem. Para Susana foi como se um aroma delicioso ou uma linda ária musical pairasse no ar. Lúcia sentiu-se como quem acorda na primeira manhã de férias ou no princípio da primavera."
- - Sensação das crianças Pevensie ao ouvirem pela primeira vez o nome de Aslam
- "O mal será bem quando Aslam chegar,
- Ao seu rugido, a dor fugirá,
- Nos seus dentes, o inverno morrerá,
- Na sua juba, a flor há de voltar."
- - velho poema narniano sobre a vinda de Aslam
- "Quando a carne de Adão,
- Quando o osso de Adão,
- Em Cair Paravel,
- No trono sentar,
- Então há de chegar
- Ao fim a aflição."
- - velha canção narniana
- "Uma velhíssima tradição de Nárnia já anunciava que, quando dois Filhos de Adão e duas Filhas de Eva se sentarem nos quatro tronos, então será o fim, não só do reinado da feiticeira, mas da própria feiticeira."
- - Sr. Castor
- "- Presentes para vocês. São ferramentas, e não brinquedos. Talvez não esteja longe o dia em que precisará usá-las. Com honra!
E entregou a Pedro um escudo e uma espada. O escudo era cor de prata, com um leão rubro no centro, lustroso como um morango pronto para ser colhido. A espada tinha punho de ouro, bainha, cinto, tudo, e parecia feita sob medida.
Susana, Filha de Eva! Isto é para você. – E Papai Noel entregou-lhe um arco, uma aljava cheia de setas e uma trompazinha de marfim. – Só deve usar o arco em grande risco, pois não quero que você tome parte ativa na luta. Raras vezes falha o alvo. Quanto à trompa, é só levá-la aos lábios e tocar: auxílio lhe virá de alguma parte.
Lúcia, Filha de Eva! – Papai Noel estendeu-lhe uma garrafinha, que parecia de vidro (houve mais tarde quem dissesse que era de diamante) e um punhal muito pequeno. – Esta garrafa contém um tônico feito do suco de uma flor de fogo que cresce nas montanhas do sol. Se um amigo estiver ferido, bastam algumas gotas para curá-lo. O punhal é para a sua defesa, em caso de extrema necessidade. Porque você também não deve entrar na luta."
- - Os presentes dados pelo Papai Noel à Pedro, Susana e Lúcia
- "Era uma grande pedra cinzenta, bem tosca, sustentada por outras quatro. Parecia muito antiga e estava toda gravada com linhas e figuras esquisitas, caracteres talvez de uma língua desconhecida. Dava uma sensação estranha olhar para ela."
- - Descrição da Mesa da Pedra
- "- Falar-lhe do que está escrito nessa Mesa de Pedra? Falar-lhe do que está escrito em letras do tamanho de uma espada, cravadas nas pedras de fogo da Montanha Secreta? Falar-lhe do que está gravado no cetro do Imperador de Além-Mar? Se alguém conhece tão bem quanto eu o poder mágico a que o Imperador sujeitou Nárnia desde o princípio dos tempos, esse alguém é você. Sabe que todo traidor, pela lei, é presa minha, e que tenho direito de matá-lo! Sabe que, a não ser que eu receba o sangue a que a lei me dá direito, toda a terra de Nárnia será subvertida e perecerá em água e fogo"
- - A Feiticeira Branca descrevendo a Magia Profunda
- "- Quem venceu, afinal? Louco! Pensava com isso poder redimir a traição da criatura humana?! Vou matá-lo, no lugar do humano, como combinamos, para sossegar a Magia Profunda. Mas, quando estiver morto, poderei matá-lo também. Quem me impedirá? Quem poderá arrancá-lo de minhas mãos? Compreenda que você me entregou Nárnia para sempre, que perdeu a própria vida sem ter salvo a vida da criatura humana. Consciente disso, desespere e morra."
- - Afirmação da Feiticeira Branca antes de matar Aslam para silenciar a Magia Profunda
- "A feiticeira pode conhecer a Magia Profunda, mas não sabe que há outra magia ainda mais profunda. O que ela sabe não vai além da aurora do tempo. Mas, se tivesse sido capaz de ver um pouco mais longe, de penetrar na escuridão e no silêncio que reinam antes da aurora do tempo, teria aprendido outro sortilégio. Saberia que, se uma vítima voluntária, inocente de traição, fosse executada no lugar de um traidor, a mesa estalaria e a própria morte começaria a andar para trás..."
- - Aslam explicando a Magia ainda mais Profunda
- "Quem é coroado rei ou rainha em Nárnia será para sempre rei ou rainha. Honrem a sua realeza, Filhos de Adão! Honrem a sua realeza, Filhas de Eva!"
- - Aslam, na cerimônia de coroação dos reis de Nárnia
- "Ele há de vir e há de ir-se. Num dia, poderão vê-lo; no outro, não. Não gosta que o prendam... e, naturalmente, há outros países que o preocupam. Mas não faz mal. Ele virá muitas vezes. O importante é não pressioná-lo, porque, como sabem, ele é selvagem. Não se trata de um leão domesticado."
- - Comentário do Sr. Castor sobre as vindas de Aslam
- "Pedro ficou um homem alto e parrudo: foi chamado Pedro, o Magnífico. Susana virou uma mulher alta e esbelta, de cabelos negros que chegavam quase aos pés. Foi chamada Susana, a Gentil. Edmundo era mais grave e calado do que Pedro, muito sábio nos conselhos de Estado. E foi chamado de Edmundo, o Justo. Lúcia, esta continuou sempre com os mesmos cabelos dourados e a mesma alegria, e todos os príncipes desejavam que ela fosse a sua rainha. E foi chamada de Lúcia, a Destemida."
- - OS Reis de Nárnia
- "Se olhardes bem, vereis que é um pilar de ferro, com uma lanterna em cima... é provável que, quando este poste e esta lâmpada aqui foram colocados, talvez fossem as árvores pequenas, ou poucas, ou nem árvores existissem. Porque este bosque é jovem e o poste é velho."
- - Descrição do poste do Ermo do Lampião
- "Quem é coroado rei em Nárnia, será sempre rei em Nárnia."
- - Professor Kirke