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Mia Couto

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Mia Couto
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Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto (Beira, 5 de julho de 1955), é um biólogo e escritor moçambicano.



  • "Fui comida mas... pelo marido, supõe-se? - Cale-se clametina. Mas qual marido? Tinha sido o crocodilio, o monstruoso carnibal. Que horror, com aqueles dentes capazes de arrepiar tubarões.
- Um crocodilio no palácio?
- Clementina-se Clementina.
O monstro de onde surgira?
- COUTO, Mia. Contos do nascer da terra. 3.ed. Lisboa: Caminho, 1997. p. 101-3. ISBN 9722111299

Obras

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  • "Acenei que sim. Mas meu coração se pequenou, constreitinho. Farida queria conhecer mais: saber o motivo da guerra, a razão daquele desfile de infinitos lutos. Lembrei as palavras de Surendra: tinha que haver guerra, tinha que haver morte. E tudo era para quê? Para autorizar o roubo. Porque hoje nenhuma riqueza podia nascer do trabalho. Só o saque dava acesso às propriedades. Era preciso haver morte para que as leis fossem esquecidas. Agora que a desordem era total, tudo estava autorizado. Os culpados seriam sempre os outros."
- COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 104. ISBN 9788535910445
  • "A morte, afinal, é uma corda que nos amarra as veias. O nó está lá desde que nascemos. O tempo vai esticando as pontas da corda, nos estancando pouco a pouco."
- COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 121. ISBN 9788535910445