Valerie Solanas

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Valerie Solanas (9 de Abril de 193626 de Abril de 1988) foi uma feminista radical americana. Ela é conhecida por ter escrito o SCUM Manifesto e ter atirado em Andy Warhol.



Obras[editar]

SCUM Manifesto (1967)[editar]

  • Sendo a "vida" nesta "sociedade", na melhor das hipóteses, um tédio absoluto, e nenhum aspecto da "sociedade" tendo a menor relevância para as mulheres, só resta às fêmeas politizadas, conscientes, responsáveis, em busca de emoções, derrubar o governo, destruir o sistema monetário, instituir a automação completa e eliminar o sexo masculino.
  • Hoje, é tecnicamente possível reproduzir a raça humana sem a ajuda dos machos (e, também, sem a ajuda das fêmeas) e produzir apenas fêmeas. É necessário começar a fazer isso o mais rápido possível. Manter o sexo masculino não tem sequer o propósito duvidoso da reprodução.
  • O macho é um acidente biológico: o cromossomo y (masculino) é um cromossomo x (feminino) incompleto, ou seja, possui uma série incompleta de genes. Por outras palavras, o macho é uma fêmea incompleta, um aborto ambulante, mutilado no estágio genético. Ser macho significa ser deficiente, emocionalmente limitado; a masculinidade é uma doença e os homens são seres emocionalmente estropiados.
  • O macho é completamente egocêntrico, fechado em si próprio, incapaz de ter empatia ou de identificar-se com os outros, incapaz de sentir amor, amizade, afeto ou ternura. É um elemento completamente isolado, inepto para relacionar-se com alguém. Suas reações não são cerebrais, mas totalmente viscerais; sua inteligência só lhe serve como instrumento para satisfazer seus impulsos e suas necessidades; é incapaz de experimentar as paixões mentais, as interações mentais; ele não consegue se relacionar com nada além de suas próprias sensações físicas.
  • Ele [o macho] está encurralado numa dimensão crepuscular a meio caminho entre seres humanos e os macacos e numa situação bem pior que estes, porque, ao contrário dos macacos, o homem é capaz duma grande quantidade de sentimentos negativos: ódio, inveja, desprezo, repugnância, culpa, vergonha, suspeita — além disso tem consciência do que é e do que não é.
  • Chamar a um homem de animal é lisonjeá-lo; ele é uma máquina, um vibrador com pernas. É dito frequentemente que os homens usam as mulheres. Usam-nas para quê? Certamente não é para o prazer.
  • Roído pela culpa, vergonha, medos e inseguranças, e conseguindo, se tiver sorte, uma fraca sensação física, o macho está, apesar de tudo, obcecado em foder; ele nada em esgotos, atravessa quilômetros de vômito, enterrado até o pescoço, se pensar que do outro lado há uma vagina amigável à sua espera.
  • Completamente egocêntrico, incapaz de se relacionar, de ter empatia ou de se identificar, e preenchido com uma sexualidade vasta, penetrante e difusa, o macho é psiquicamente passivo. Ele odeia sua própria passividade, projeta-a nas mulheres, define-se como ativo e tenta demonstrá-lo — "provar que é Homem". Foder é seu principal meio para tentar provar isso (o Grande Homem com uma Grande Pica comendo uma Mulher Gostosa). Já que ele está tentando provar algo que é falso, ele tem de tentar repetidamente, uma vez, outra vez e mais outra. Foder, então, é uma tentativa compulsiva e desesperada dele provar que não é passivo, que não é uma mulher; mas na verdade ele é passivo e quer ser mulher.
  • Sendo ele uma fêmea incompleta, o macho passa a vida a tentar completar-se, tornar-se fêmea. Ele tenta fazer isso procurando constantemente a fêmea, confraternizando-se, tentando viver através dela e fundir-se nela, e reivindicando como suas todas as características femininas — força e independência emocionais, vigor, dinamismo, decisão, tranqüilidade, objetividade, segurança, coragem, integridade, vitalidade, intensidade, profundidade de caráter, excelência, etc. — e projetando nas mulheres todos os traços masculinos — vaidade, futilidade, trivialidade, fraqueza, etc. Deve ser dito, no entanto, que o macho possui uma área de evidente superioridade sobre a fêmea — a de relações públicas. (Ele realizou um trabalho brilhante convencendo milhões de mulheres de que os homens são mulheres e as mulheres são homens.)
  • Os machos afirmam que as fêmeas encontram satisfação através da maternidade e da sexualidade, mas isso reflete o que eles acham que os satisfaria se fossem fêmeas.
  • As mulheres não têm inveja do pênis; os homens é que têm inveja da boceta. Quando o macho aceita sua passividade, define a si mesmo como mulher (os machos, assim como as fêmeas, pensam que os homens são mulheres e as mulheres são homens), e torna-se um travesti — ele perde o desejo de foder (ou de fazer qualquer outra coisa, neste ponto; ele se satisfaz como drag queen) e faz com que lhe cortem o pênis. Ele obtém então um sentimento sexual contínuo e difuso de "ser mulher". Foder é, para um homem, uma defesa contra seu desejo de ser fêmea. O sexo é, em si mesmo, uma sublimação.
  • O macho, devido à obsessão que o atormenta por não ter nascido fêmea, agravada pela sua incapacidade de comunicar e de sentir profundamente, tornou-se responsável por:
  • Guerra — Um meio de afirmar a sua superioridade mediante a destruição do maior complexo de inferioridade que o mina desde a infância: ser sexualmente mais limitado que as mulheres.
  • Boas maneiras — Dominado por um sentimento de animalidade, envergonhado, incapaz de se exprimir e de esconder dos outros o seu próprio egocentrismo total, o macho inventou o ódio social pelas maneiras espontâneas e naturais, e estabeleceu um código de comportamento mediante o qual os seres humanos já não podem comunicar naturalmente.
  • Dinheiro, matrimônio, prostituição, trabalho, prevenção da automatização — Para tornar a mulher uma escrava completa, o homem inventou o dinheiro, o matrimônio e a prostituição, que a envilecem, tornando-a dependente dele. Além disso, não há qualquer razão para que os seres humanos trabalhem e utilizem o dinheiro. Todos os empregos não criativos (praticamente todos os empregos existentes) podiam ter sido automatizados há já muito tempo, e não o foram. Numa sociedade sem dinheiro todas poderiam alcançar aquilo que desejam sem qualquer esforço.
  • Paternidade e doenças mentais (medo, velhacaria, timidez, humildade, insegurança, passividade) — A mãe deseja o bem dos filhos; o pai deseja que os filhos cresçam no respeito pelas suas conquistas sociais. Por isso, educa-os para serem respeitosos, dignos, banais, peados, falhos de imaginação, tal como ele próprio, inculcando-lhes o amor pelo dinheiro.
  • Supressão da individualidade, animalismo, funcionalização — O pai exerce uma verdadeira tirania sobre o desenvolvimento dos filhos, os quais tenderiam todos a participar na vida da mãe, e, por isso, a serem por ela influenciados das maneiras mais diversas. Ele obriga-os a respeitarem aquilo que ele respeita, o que provoca uma série de traumatismos psicológicos de alcance inestimável. Além disso, prepara os filhos para a funcionalização mecânica da sociedade criada pelos machos, e as filhas para o animalismo caseiro que permite aos machos continuarem a reger o mundo.
  • Isolamento, subúrbios, prevenção da comunidade — A nossa sociedade não é uma comunidade. É simplesmente uma série de unidades familiares isoladas. O homem teme continuamente perder a sua mulher, e, com isso, a própria categoria social: por isso tende cada vez mais a isolá-la no campo, campo que tornou o mais aprazível que pôde e a que pôs o nome de "subúrbios".
  • Conformismo — O homem, embora apregoe que deseja ser um indivíduo, tem um medo extremo de se mostrar diferente dos outros homens em cada uma das suas atividades: social, sexual, intelectual. Disso é prova a sua confraternização, o seu espírito competitivo nas relações sexuais, a sua perplexidade perante os desvios psicofísicos.
  • Autoridade e governo — Não existe razão no mundo pela qual uma sociedade composta de seres racionais e capazes de comunicarem uns com os outros deva ter um governo, leis, chefes políticos e religiosos, técnicos. Mas o macho recorreu a este aparelho a fim de fugir à sua natural tendência para se fazer orientar e proteger pela mãe, pela mulher.
  • Filosofia, religião, moral — Dado que a felicidade é impossível na Terra, o homem inventou o paraíso. A sua incapacidade para estabelecer verdadeiros laços de fraternidade torna a sua vida absurda e destituída de significado, pelo que inventou os sistemas filosóficos e as leis morais com um único objetivo: o de se libertar desse vácuo.
  • Preconceito (racial, étnico, religioso, etc.) — O macho precisa de bodes expiatórios sobre os quais possa projetar suas falhas e inadequações e sobre os quais possa descarregar sua frustração por não ser fêmea. E as várias discriminações têm a vantagem prática de aumentar substancialmente a quantidade de vaginas disponíveis para os homens no topo.
  • Competição, prestígio, status, educação formal, ignorância, classes sociais e econômicas — Tendo um desejo obsessivo de ser admirado pelas mulheres, mas não tendo nenhum valor inerente, o macho constrói uma "sociedade" altamente artificial que o possibilita apropriar-se de uma aparência de valor através do dinheiro, prestígio, "alta" classe social, diplomas, posição profissional e conhecimento e, derrubando profissionalmente, socialmente, economicamente, e educacionalmente tantos outros homens quanto possível.
  • O objetivo da educação universitária não é o de fornecer uma bagagem cultural aos nossos jovens, mas sim o de excluir o máximo número possível desses jovens das várias profissões.
  • Nenhuma revolução verdadeira poderá nunca ser feita pelos machos, porque os que estão no Poder querem conservar as coisas como estão, e os que estão afastados do Poder querem simplesmente alcançá-lo. O macho rebelde é uma farsa: esta "sociedade" é sua, pertence-lhe, fê-la ele para satisfação dos seus desejos. Mas ele não pode sentir-se satisfeito, porque não é capaz disso. No fim de contas, o macho que se rebela, rebela-se sempre contra a mesma coisa: contra o seu ser masculino.
  • Dada a natureza totalmente egocêntrica do macho e sua incapacidade de relacionar-se com qualquer coisa externa a si mesmo, a “conversa” masculina, quando não gira em torno dele mesmo, é um discurso impessoal, monótono, despojado de valor humano. A “conversa intelectual” do homem é uma tentativa forçada e compulsiva de impressionar a mulher.
  • A Menina do Papai, passiva, adaptável, respeitadora e temerosa do macho, aceita que ele lhe imponha uma conversa desinteressante e insípida. Isto não é muito difícil, uma vez que a tensão e ansiedade, a falta de calma e de autoconfiança, a insegurança e a incerteza dos seus próprios sentimentos e sensações, que o Papai nela instilou, tornaram a sua percepção superficial e incapaz de ver que o blá-blá-blá do macho não passa de blá-blá-blá. Tal como o esteta que “aprecia” o borrão classificado de “Grande Arte”, também acredita que está a curtir o que na realidade a aborrece mortalmente.
  • Como tem um desejo intrínseco de se tornar mulher, o macho faz o possível para estar constantemente ao redor das fêmeas, que é o mais próximo que ele consegue chegar de ser uma. Para isso criou uma "sociedade" baseada na família — um casal macho-fêmea e seus filhos (a desculpa para a existência da família), que vivem controlando uns aos outros, violando inescrupulosamente os direitos, a privacidade e a sanidade das fêmeas.
  • Nossa "sociedade" não é uma comunidade, mas apenas uma coleção de unidades familiares isoladas.
  • Uma verdadeira comunidade é composta por indivíduos — não por meros membros da espécie, não por casais — que respeitam a individualidade e a privacidade uns dos outros, ao mesmo tempo em que interagem mentalmente e emocionalmente — espíritos livres em relações mútuas livres e cooperando uns com os outros para atingir fins comuns. Tradicionalistas dizem que a unidade básica da "sociedade" é a família; "hippies" dizem que é a tribo; ninguém se refere ao indivíduo.
  • Apesar de querer ser um indivíduo, o macho tem medo de qualquer coisa que o diferencie minimamente dos outros homens; levando-o a suspeitar que ele não seja realmente um "Homem", que ele é passivo e totalmente sexual, uma suspeita altamente perturbadora. Se os outros homens são "A" e ele não, ele pode não ser um homem; ele deve ser uma bicha. Assim, ele tenta afirmar a sua "Masculinidade" sendo como todos os outros homens. Qualquer diferença nos outros homens, assim como nele próprio, o ameaça: significa que eles são bichas, que precisam ser evitados a todo custo, então ele tenta garantir que todos os outros homens se enquadrem à norma.
  • O macho ousa ser diferente na medida em que aceita sua passividade e seu desejo de ser fêmea, sua bichice. O macho mais divergente é o travesti, mas este, embora diferente da maioria dos homens, é exatamente como todos os outros travestis; como um funcionalista, ele tem uma identidade — é uma mulher. Ele tenta afastar todos os seus problemas — mas a individualidade ainda inexiste. Não estando completamente convencido de que ele é uma mulher, extremamente inseguro quanto a ser suficientemente fêmea, ele se conforma compulsivamente ao estereótipo feminino feito pelo homem, e no fim das contas não é mais que um monte de maneirismos afetados.
  • Para ter certeza de que é um "Homem", o macho precisa garantir que a fêmea seja claramente uma "Mulher", o oposto de um "Homem", ou seja, a fêmea precisa agir como uma bicha. E a Menina do Papai, que teve todos os seus instintos de fêmea arrancados dela quando pequena, adapta-se fácil e complacentemente ao papel.
  • O macho não passa de um monte de reflexos condicionados, incapaz de uma reação mentalmente livre; ele é atado ao condicionamento que recebeu nos primeiros anos de vida, determinado completamente pelas experiências passadas. Suas experiências mais antigas são com a sua mãe, e por toda a vida ele fica atado a ela. Nunca fica completamente claro para o macho que ele não é parte de sua mãe, que ele é ele e ela é ela.
  • A maior necessidade dele é ser guiado, abrigado, protegido e admirado pela Mamãe (os homens esperam que as mulheres adorem aquilo que eles evitam com pavor: eles mesmos) e, sendo apenas físico, anseia por passar o tempo (que não é passado "no mundo", defendendo-se sinistramente de sua passividade) chafurdando em atividades animais básicas: comer, dormir, cagar, relaxar e ser confortado pela Mamãe. A tola e passiva Menina do Papai, sempre em busca de aprovação, de um tapinha na cabeça, do "respeito" de qualquer pedaço de lixo que passe por seu caminho, é facilmente reduzida a Mamãe, assistente estúpida das necessidades físicas, confortadora do enfadonho, pano para enxugar as sobrancelhas cansadas do macaco, impulsora do ego débil, apreciadora do desprezível, uma bolsa de água quente com tetas.
  • O macho tenta convencer a si mesmo e às mulheres — teve melhor êxito convencendo as mulheres — de que a função da fêmea é parir e criar filhos e relaxar, confortar e impulsionar o ego do macho; função que a torna permutável com qualquer outra fêmea. Na verdade, a função da fêmea é se comunicar, curtir, amar e ser ela própria, insubstituível por ninguém mais; a função do macho é produzir esperma. Agora nós temos bancos de esperma.
  • Na verdade, a função da fêmea é explorar, descobrir, inventar, solucionar problemas, contar piadas, fazer música — tudo com amor. Por outras palavras, criar um mundo mágico.
  • O amor não pode florescer numa "sociedade" baseada no dinheiro e no trabalho sem sentido; pelo contrário, para que o amor floresça exige-se liberdade econômica e pessoal, tempo disponível, oportunidade de nos deixarmos envolver em atividades emocionalmente satisfatórias, que, uma vez partilhadas entre pessoas que se respeitam, conduzem a uma amizade profunda. Mas essa "sociedade" não fornece, praticamente, nenhuma oportunidade desse gênero.
  • Amor não é dependência nem é sexo, é amizade, e portanto o amor não pode existir entre dois homens, entre um homem e uma mulher ou entre duas mulheres, sendo que um deles ou ambos são machos estúpidos, inseguros, bajuladores; como uma conversa, o amor só pode existir entre duas mulheres-mulheres confiantes, desembaraçadas, independentes e divertidas, porque a amizade se baseia no respeito e não no desprezo.
  • O sexo é o refúgio dos idiotas. Quanto mais privada de aparelho mental for a mulher, quanto mais integrada estiver na "cultura" masculina, por outras palavras, quanto mais graciosa for, mais sexual é. As mulheres mais graciosas da nossa "sociedade" são maníacas sexuais alucinadas.
  • Sexo não é parte de um relacionamento; pelo contrário, é uma experiência solitária, não-criativa, uma grande perda de tempo. A fêmea pode facilmente — mais facilmente do que ela pode imaginar — afastar seu impulso sexual, ficando completamente tranqüila e cerebral e livre para perseguir atividades e relacionamentos verdadeiramente valiosos; mas o macho, que parece gostar sexualmente das mulheres e que procura excitá-las constantemente, estimula a fêmea altamente sexual a frenesís de luxúria, atirando-a num abismo de sexo do qual poucas mulheres escapam. O macho lascivo excita a fêmea luxuriosa; ele precisa fazê-lo — quando a fêmea transcende seu corpo, eleva-se acima do animalismo, o macho, cujo ego constitui-se de seu pênis, desaparece.
  • Muitas fêmeas, mesmo no caso de uma completa igualdade econômica entre os sexos, prefeririam viver com machos ou mascatear suas bundas na rua a fim de ter a maior parte do seu tempo para si próprias, em vez de perder muitas horas dos seus dias fazendo trabalhos tediosos, embrutecedores, não-criativos, para alguma outra pessoa, funcionando como menos que animais, como máquinas, ou na melhor das hipóteses — se forem capazes de conseguir um "bom" emprego — co-administrando o monte de merda. Portanto, o que vai libertar as mulheres do controle masculino é a total eliminação do sistema dinheiro-trabalho, não a obtenção de igualdade econômica com os homens dentro desse sistema.
  • Se todas as mulheres simplesmente deixassem os homens, se recusassem a ter qualquer relação com eles, todos os homens, o governo e a economia nacional desmoronariam completamente. Mesmo sem deixar os homens, as mulheres conscientes da extensão de sua superioridade e de seu poder sobre eles poderiam adquirir controle absoluto sobre tudo dentro de poucas semanas, poderiam efetuar a total submissão dos machos às fêmeas. Numa sociedade sã, o macho trotaria obediente atrás da fêmea. O macho é dócil e facilmente conduzido, submetido sem esforços ao domínio de qualquer fêmea que queira dominá-lo. Na verdade, o macho quer desesperadamente ser conduzido pelas fêmeas, quer a Mamãe no comando, quer abandonar-se aos cuidados dela. Mas esta não é uma sociedade sã, e a maioria das mulheres não é, nem vagamente, consciente de sua situação em relação aos homens.

Atribuídas[editar]

  • Leia o meu manifesto e ele lhe dirá o que eu sou.
- SCUM Manifesto - Página 53, Valerie Solanas - AK Press, 1996, ISBN 1873176449, 9781873176443 - 60 páginas
  • Machos são incapazes de amar — eles são emocionalmente deficientes — e por causa dessas deficiências emocionais eles fodem o mundo... Todos os males do mundo emanam desta incapacidade masculina de amar.
    • Valerie Solanas, quando convidada pelo Village Voice em 1977 para resumir o livro dela.
  • Claro que estou falando sério. Estou falando muito sério.
    • Valerie Solanas em uma entrevista para Robert Marmorstein, em resposta à pergunta "Você está falando sério sobre essa coisa de SCUM?".
  • Mulheres são reais. Elas são seres humanos. Os homens não são sequer seres humanos completos. O gene masculino é um gene feminino incompleto. É por isso que ele tem esse complexo de inferioridade embutido e está sempre puxando todas as suas façanhas nojentas. Para compensar isso, para provar que ele é alguma coisa. Está tudo no manifesto ...
    • Valerie Solanas em uma entrevista para Robert Marmorstein, em resposta às perguntas: "Por que atacar os homens? Os homens são assim tão diferentes das mulheres? Se as mulheres tivessem a responsabilidade elas provavelmente bagunçariam o mundo da mesma maneira".
  • Nós somos impacientes. Esse é o porquê. Eu não vou estar aqui daqui a uns 100 anos. Eu quero um pedaço de um mundo empolgante para mim mesma. Essa porcaria pacífica é para os pássaros. Marchar, demonstrar. Isso é para velhas senhorinhas que não são sérias. SCUM é uma organização criminosa, e não um clube de almoço de desobediência civil. Vamos operar às escuras e tão eficazmente quanto possível e conseguir o que queremos o mais rápido possível...
    • Valerie Solanas em uma entrevista para Robert Marmorstein a respeito de SCUM, em resposta à pergunta: "Por que as mulheres não podem ter uma revolução pacífica?"



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