O Hobbit

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O Hobbit ou Lá e de Volta outra Vez é um livro escrito pelo escritor inglês J. R. R. Tolkien e conta a aventura do hobbit Bilbo com os anões até a Desolação de Smaug e seu retorno. Publicado em 21 de Setembro de 1937




  • "Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo, tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto."
- Narrador


  • "Copos trincados e pratos partidos!
Facas cegas, colheres dobradas!
É isso que em Bilbo causa gemidos -
Garrafas em cacos e rolhas queimadas!
Pise em gordura corte a toalha!
Sobre o tapete jogue os ossinhos!
O leite entornado no chão se coalha!
Em cada porta há manchas de vinho!
Jogue esta louça em água fervente;
Soque bastante com esse bastão;
Se nada quebrar por mais que se tente;
Faça rolar, rolar pelo chão!
Isso é o que Bilbo Bolseiro detesta!
Cuidado! Cuidado com os pratos da festa!"
- Os anões na casa de Bilbo


  • "Para além das montanhas nebulosas, frias,
Adentrando cavernas, calabouços cravados,
Devemos partir antes de o sol surgir,
Em busca do pálido ouro encantado.
Operavam encantos anões de outrora,
Ao som de martelo qual sino a soar
Na profundeza onde dorme a incerteza,
Em antros vazios sob penhascos do mar.
Para o antigo rei e seu elfo senhor
Criaram tesouros de grã nomeada;
As pedras plasmaram, a luz captaram
Prendendo-a nas gemas do punho da espada.
Em colares de prata eles juntaram
Estrelas floridas; fizeram coroas
De fogo-dragão e no mesmo cordão
Fundiram a luz do sol e da lua.
Para além das montanhas nebulosas, frias,
Adentrando cavernas, calabouços perdidos,
Devemos partir antes de o sol surgir
Buscando tesouros há muito esquecidos.
Para seu uso taças foram talhadas
E harpas de ouro. Onde ninguém mora
Jazeram perdidas e suas cantigas
Por homens e elfos não foram ouvidas.
Zumbiram pinheiros sobre a montanha,
Uivaram os ventos em noites azuis.
O fogo vermelho queimava parelho,
As árvores-tochas e fachos de luz.
Tocaram os sinos chovendo no vale,
Erguiam-se pálidos rostos ansiosos;
Irado o dragão feroz se insurgira
Arrasando casas e torres formosas.
Sob a luz da lua fumavam montanhas;
Os anões ouviram a marcha final.
Fugiram do abrigo achando o inimigo
E sob seus pés a morte ao luar.
Para além das montanhas nebulosas, frias,
Adentrando cavernas, calabouços perdidos,
Devemos partir antes de o sol surgir
Buscando tesouros há muito esquecidos."
- Os anões na casa de Bilbo


  • "Ei! Que você está tramando?
Aonde você está indo?
Os pôneis mal andando!
O rio vai fluindo
Ei! tra-la-la-láli
Aqui embaixo no vale!
Ei! Que você está buscando?
O que você está fazendo?
A lenha fumegando,
E as tortas já se assando!
Ei!! tril-lil-lil-lesta
O vale está em festa!
ha! ha!
Ei! Aonde você está indo
As barbas sacudindo?
Ninguém está sabendo
O que Bolseiro vem trazendo
E Dwalin e Balin
Para o nosso vale
Em junho!
ha! ha!
Ei! Você não vai ficar?
Você não vai fugir!
Os pôneis vão pastar!
O sol já vai sumir!
Ficar é bem melhor
E ouvir com atenção
Até o amanhecer
A nossa canção
ha! ha!"
- Elfos em Valfenda


  • "Bate! Rebate! è opaco o buraco!
Agarra, petisca! Prende, belisca!
Descendo, descendo à cidade dos orcs
Se vai, meu rapaz!
Quebra, requebra! Esmigalha, estralhaça!
Martelos e travas! Gongos e aldravas!
Soca, soca, no fundo da toca!
Ho! ho!, meu rapaz.
Zunido, estalido! Chicote, estampido!
Bate e martela! Chora e tagarela!
Trabalha, trabalha e não atrapalha!
Em meio à bebida, alegres da vida,
Os orcs tocam no fundo da toca
Lá embaixo, rapaz!"
- Orcs na caverna


  • "Em cinco pinheiros, quinze passarinhos,
brisa de fogo os mantém quentinhos!
Estranhos pássaros, todos desasados!
Que vamos fazer com esses coitados?
Assá-los vivos ou à cabidela;
fritá-los, fervê-los, servir na panela?
Queimar, queimar, samambaias e abeto alvar!
Mirrar, sapecar! a tocha que chia
A noite ilumina pra nossa alegria,
Ya hey!
Assar e tostar, fritar e torrar!
Que haja barbas ardentes e olhos vidrados;
Cheiro de cabelos e ossos queimados
em cinzas jazendo
expostos ao relento
Assim vão os anões morrendo,
e acendendo a noite para nosso deleite,
Ya hey!
Ya-harri-hey!
Ya hoy!
- Orcs na floresta


  • "No campo ressecado vento havia,
mas na floresta nada se movia:
Trevas soturnas, diurnas, noturnas,
coisas turvas o calor escondia.
O vento desceu dos montes gelados,
rugindo em ondas qual mar agitado;
os ramos fremiam, a floresta bramia,
de folhas o chão estava forrado.
De Oeste para Leste o vento em festa;
cessara o movimento na floresta,
mas aguda e fatal, pelo pantanal,
sua voz sibilante uiva e protesta.
Assobia o capim curvando as flores,
batem os juncos, seguem-se temores:
sobre o lago agitado um céu calado,
nuvens correndo rasgadas e horrores.
As desertas montanhas lá se vão,
Varre ele agora a toca do dragão:
trevas e negrume, pedras em cardume,
fumaça impregna o ar de escuridão.
Deixa o mundo e sua fuga continua,
sobre os mares da noite ele recua.
Ao som doce da brisa a lua desliza,
acende-se uma estrela e a luz flutua."
- Anões no salão de Beorn


  • "Aranha velha e gorda tecendo sua teia!
Velha e gorda aranha, você não me apanha!
Aranhinha! Aranhinha!
Você não vai parar?
Largue dessa teia e venha me pegar!
Aranhoca, aranhoca, você é só barriga,
Aranhoca, aranhoca, voê é uma boboca!
Aranhia! Aranhinha!
Você já vai descer?
Não pode me prender: aqui em cima estou na minha!
- Bilbo às aranhas


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