Christopher McCandless: diferenças entre revisões

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*"É verdade que muitas pessoas criativas não conseguem desenvolver relacionamentos maduros e algumas são extremamente solitárias."


*"Com todo este dinheiro, vagabundear é demasiado fácil. Os meus dias eram mais excitantes quando não possuía um tostão... Wayne devias mesmo ler o romance Guerra e Paz. Quando disse que tu és um dos homens com mais carácter que alguma vez conheci, estava a falar a sério. O livro é impressionante e extremamente simbólico. Inclui pormenores que acho que vais entender. Detalhes que escapam á maior parte das pessoas..."
*"Com todo este dinheiro, vagabundear é demasiado fácil. Os meus dias eram mais excitantes quando não possuía um tostão... Wayne devias mesmo ler o romance Guerra e Paz. Quando disse que tu és um dos homens com mais carácter que alguma vez conheci, estava a falar a sério. O livro é impressionante e extremamente simbólico. Inclui pormenores que acho que vais entender. Detalhes que escapam á maior parte das pessoas..."
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*"Via-se logo que Alex era inteligente. Lia muito. Utilizava muitas palavras caras. Acho que se meteu em sarilhos porque pensava de mais. Por vezes esforçava-se demasiado para entender o mundo, para compreender a razão que levava as pessoas a serem tão más umas para as outras com tanta frequência. Tentei dizer-lhe por diversas vezes que era um erro aprofundar demasiado esse tipo de coisas, mas Alex (pseudónimo de Chris) ficava preso ás questões..."
*"Via-se logo que Alex era inteligente. Lia muito. Utilizava muitas palavras caras. Acho que se meteu em sarilhos porque pensava de mais. Por vezes esforçava-se demasiado para entender o mundo, para compreender a razão que levava as pessoas a serem tão más umas para as outras com tanta frequência. Tentei dizer-lhe por diversas vezes que era um erro aprofundar demasiado esse tipo de coisas, mas Alex (pseudónimo de Chris) ficava preso ás questões..."
:- ''(Westerberg, em O Lado Selvagem de [[Jon Krakauer]]"''
:- ''(Westerberg, em O Lado Selvagem de [[Jon Krakauer]]"''~

*"... Chris tenha conhecido muita gente, algumas pessoas durante apenas uns minutos ou horas, a impressão que ele deixou nessa gente foi de tal modo indelével que se torna óbvio que estamos na presença de uma existência excepcional. Ele conseguiu tocar toda a gente. E havia outros pontos que faziam dele um caso à parte. Quase todos os jovens que saem de casa vêm da pobreza, mas ele vinha de uma família rica. Passou 113 dias sozinho, cerca de 79 deles por escolha própria, num local de tal modo inóspito como o Alasca, onde todos os anos a Natureza inclemente faz desaparecer tanta gente. Há, de facto, muita gente que, todos os anos, parte para longe em jornadas de esclarecimento pessoal, de descoberta... Mas não houve ninguém como este miúdo. A vida dele emocionou-me de uma maneira muito especial."
:- [[Sean Penn]]

*"Quando primeiro falei com ela, há dez anos, disse-lhe logo que, se eu fosse pessoa para não acreditar em sonhos, então não estava no cinema a fazer nada. Se não tivesse um enorme respeito pelos sonhos, então não tinha respeito pelo cinema. E também lhe disse que, acontecesse o que acontecesse, mantinha-me muito interessado em fazer este filme. Pedi-lhe que me contactasse se mudasse de ideias. E, dez anos mais tarde, foi exactamente isso que aconteceu. Aliás, havia algo em mim que me dizia que tal iria suceder. Não sei porquê. Mas sabia. Havia na vida do Chris uma componente muito cinemática. A história que ele escreveu nos diários de viagem incluía uma carga visual enorme. Tinha a certeza que uma história daquele percurso, e se calhar mesmo a biografia trágica dele, iria, mais tarde ou mais cedo, ser adaptada ao cinema. Uma pessoa lê aquilo que ele escreve e percebe que era o tipo de miúdo que, ao estacionar o carro, diminuía progressivamente o som do rádio. Como se cada movimento fosse uma cena."
:-Sean Penn, em entrevista sobre o seu filme "Into the Wild" sobre Chris aquando perguntado: O seu afecto pela vida do jovem americano desencantado que vai até à fronteira do mundo para saber o que é estar realmente vivo, essa história já o tinha cativado a si há muito tempo. E chegou mesmo a contactar a mãe de Chris, que começou por não estar interessada em que o Sean fizesse o filme. Acha que a relutância dela teve a ver com o respeito que queria dar à memória do filho, uma pessoa que seguiu os seus sonhos até ao fim? Talvez Hollywood tenha uma reputação demasiado pragmática. Talvez a mãe achasse que Hollywood nunca seria capaz de retratar o lado idealista e sonhador do filho desaparecido.

*"Acho que as questões de felicidade pessoal, família, estão lá, e caberá a cada um dos espectadores retirar da experiência aquilo que mais o sensibilizar. Há muitas forças a impelir uma história deste tipo. Sim, claro que existia uma enorme discórdia entre o que ele sentia e a sociedade em que estava inserido. Havia problemas de família. Mas, para mim, havia sobretudo uma enorme vontade de querer aproveitar e celebrar uma vida. Quando um jovem decide aproveitar o milagre da vida e festejar esses momentos, o que estamos a ver não é uma fuga, mas um encontro. A vida dele foi incrível. Incrível. Sabe, aquelas palavras que se ouvem no filme não fui eu quem as escreveu. Foi ele. Tive nas minhas mãos o livro que ele escreveu e sei que escreveu aquelas palavras no momento em que olhava a morte nos olhos. Não é fácil para um jovem saber que vai morrer, saber que não vai poder atingir aquilo que sonhou e, ao mesmo tempo, ter um momento de clarividência e compreender experiências tão complexas como o amor e a vida. Para mim, é acima de tudo uma história de imensa coragem."
:- Sean Penn



[[categoria:pessoas]]
[[categoria:pessoas]]

Revisão das 16h52min de 21 de julho de 2008

Christopher McCandless em outros projetos:

Christopher McCandless (12 de fevereiro de 1968 - agosto de 1992) foi um viajante americano que morreu perto do Parque Nacional Denali depois de caminhar sozinho na selva alasquiana com pouca comida e equipamento.


  • "Com todo este dinheiro, vagabundear é demasiado fácil. Os meus dias eram mais excitantes quando não possuía um tostão... Wayne devias mesmo ler o romance Guerra e Paz. Quando disse que tu és um dos homens com mais carácter que alguma vez conheci, estava a falar a sério. O livro é impressionante e extremamente simbólico. Inclui pormenores que acho que vais entender. Detalhes que escapam á maior parte das pessoas..."
- (Chris, em carta enviada a Wayne)
  • "Se pensas que a Alegria emana, apenas ou principalmente, das relações humanas estás errado. Deus colocou tudo á nossa volta. Está presente no tudo e no nada que possamos experimentar."
- (Chris McCandless, em carta enviada a Ron Franz)
  • "Tinha razão em dizer que a única felicidade certa na vida é viver para os outros..."
  • "Uma vida calma, coma possibilidade de ser útil a pessoas a quem é fácil fazer bem, e que não estão acostumadas a que lhes façam bem; depois descobrir o que algém espera que sirva para alguma coisa, depois repousar, natureza, livros, música, amor pelo próximo - esta é a minha ideia de felicidade."


Sobre

  • "Acho que nunca foi sair com nenhum dos colegas depois do trabalho nem nada. Quando falava, era sempre sobre árvores e natureza e cenas esquisitas do estilo. Sempre achámos que lhe faltavam os parafusos. No entanto era de confiança."
- (Lori Zarza, gerente do Mcdonalds onde Chris trabalhou)
  • "Chris jamais queimaria uma floresta intencionalmente, nem mesmo para salvar a sua própria vida. Qualquer pessoa que surgira o contrário não compreende minimamente o meu irmão.
- (Carine McCandless, irmã de Chris McCandless)
  • "Via-se logo que Alex era inteligente. Lia muito. Utilizava muitas palavras caras. Acho que se meteu em sarilhos porque pensava de mais. Por vezes esforçava-se demasiado para entender o mundo, para compreender a razão que levava as pessoas a serem tão más umas para as outras com tanta frequência. Tentei dizer-lhe por diversas vezes que era um erro aprofundar demasiado esse tipo de coisas, mas Alex (pseudónimo de Chris) ficava preso ás questões..."
- (Westerberg, em O Lado Selvagem de Jon Krakauer"~
  • "... Chris tenha conhecido muita gente, algumas pessoas durante apenas uns minutos ou horas, a impressão que ele deixou nessa gente foi de tal modo indelével que se torna óbvio que estamos na presença de uma existência excepcional. Ele conseguiu tocar toda a gente. E havia outros pontos que faziam dele um caso à parte. Quase todos os jovens que saem de casa vêm da pobreza, mas ele vinha de uma família rica. Passou 113 dias sozinho, cerca de 79 deles por escolha própria, num local de tal modo inóspito como o Alasca, onde todos os anos a Natureza inclemente faz desaparecer tanta gente. Há, de facto, muita gente que, todos os anos, parte para longe em jornadas de esclarecimento pessoal, de descoberta... Mas não houve ninguém como este miúdo. A vida dele emocionou-me de uma maneira muito especial."
- Sean Penn
  • "Quando primeiro falei com ela, há dez anos, disse-lhe logo que, se eu fosse pessoa para não acreditar em sonhos, então não estava no cinema a fazer nada. Se não tivesse um enorme respeito pelos sonhos, então não tinha respeito pelo cinema. E também lhe disse que, acontecesse o que acontecesse, mantinha-me muito interessado em fazer este filme. Pedi-lhe que me contactasse se mudasse de ideias. E, dez anos mais tarde, foi exactamente isso que aconteceu. Aliás, havia algo em mim que me dizia que tal iria suceder. Não sei porquê. Mas sabia. Havia na vida do Chris uma componente muito cinemática. A história que ele escreveu nos diários de viagem incluía uma carga visual enorme. Tinha a certeza que uma história daquele percurso, e se calhar mesmo a biografia trágica dele, iria, mais tarde ou mais cedo, ser adaptada ao cinema. Uma pessoa lê aquilo que ele escreve e percebe que era o tipo de miúdo que, ao estacionar o carro, diminuía progressivamente o som do rádio. Como se cada movimento fosse uma cena."
-Sean Penn, em entrevista sobre o seu filme "Into the Wild" sobre Chris aquando perguntado: O seu afecto pela vida do jovem americano desencantado que vai até à fronteira do mundo para saber o que é estar realmente vivo, essa história já o tinha cativado a si há muito tempo. E chegou mesmo a contactar a mãe de Chris, que começou por não estar interessada em que o Sean fizesse o filme. Acha que a relutância dela teve a ver com o respeito que queria dar à memória do filho, uma pessoa que seguiu os seus sonhos até ao fim? Talvez Hollywood tenha uma reputação demasiado pragmática. Talvez a mãe achasse que Hollywood nunca seria capaz de retratar o lado idealista e sonhador do filho desaparecido.
  • "Acho que as questões de felicidade pessoal, família, estão lá, e caberá a cada um dos espectadores retirar da experiência aquilo que mais o sensibilizar. Há muitas forças a impelir uma história deste tipo. Sim, claro que existia uma enorme discórdia entre o que ele sentia e a sociedade em que estava inserido. Havia problemas de família. Mas, para mim, havia sobretudo uma enorme vontade de querer aproveitar e celebrar uma vida. Quando um jovem decide aproveitar o milagre da vida e festejar esses momentos, o que estamos a ver não é uma fuga, mas um encontro. A vida dele foi incrível. Incrível. Sabe, aquelas palavras que se ouvem no filme não fui eu quem as escreveu. Foi ele. Tive nas minhas mãos o livro que ele escreveu e sei que escreveu aquelas palavras no momento em que olhava a morte nos olhos. Não é fácil para um jovem saber que vai morrer, saber que não vai poder atingir aquilo que sonhou e, ao mesmo tempo, ter um momento de clarividência e compreender experiências tão complexas como o amor e a vida. Para mim, é acima de tudo uma história de imensa coragem."
- Sean Penn