Hamlet: diferenças entre revisões

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*"À todos, teu ouvido; a voz, a poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio". Ato I, Cena III.
*"À todos, teu ouvido; a voz, a poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio". Ato I, Cena III.

*"Ser ou não ser, essa que é a questão:
Será mais nobre suportar na mente
As flechadas da trágica fortuna
Ou tomar contra um mar de escolhos
E, enfrentando-os, vencer? Morrer - dormir:
Nada mais; e dizer que pelo sono
Findam-se as dores, como os mil abalos
Inerentes à carne - é a conclusão
Que devemos buscar. Morrer - dormir.
Dormir! Talvez sonhar - eis o problema,
Pois os sonhos que vierem nesse sono
De morte, uma vez livres deste invólucro
Mortal, fazem cismar. Esse é o motivo
Que prolonga a desdita desta vida.
Quem suportará os golpes do destino,
Os erros do opressor, o escárnio alheio,
A ingratidão no amor, a lei tardia,
O orgulho dos que mandam, o desprezo
Que a paciência atura dos indignos,
Quando podia procurar repouso
Na ponta de um punhal? Quem carregará
Suando o fardo da pesada vida
Se o medo do que vem depois da morte -
O país ignorado de onde nunca
Ninguém voltou - não nos turbasse a mente
E nos fizesse arcar c'o mal que temos
Em vez de voar para esse, que ignoramos?
Assim nossa consciência se acovarda
E o instinto que inspira as decisões
Desmaia no indeciso pensamento;
E as empresas supremas e oportunas
Desviam-se do fio da corrente
E não são mais ação, Silêncio agora!
A bela Ofélia! - Ninfa, em tuas preces,
Recorda os meus pecados."
Ato III Cena I-Hamlet


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Revisão das 00h15min de 24 de abril de 2008

Uma cena de Hamlet, retratando o momento em que a culpa de Claudius é revelada. Desenho de Daniel Maclise (1842)

Hamlet, a tragédia da dúvida, do desespero do solitário príncipe, da violência do mundo, é a peça de Shakespeare mais representada e estudada até hoje.


  • "A todos, teu ouvido; a voz, a poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio." Cena III, Ato I
  • "Há algo de podre no reino da Dinamarca." Ato I, Cena IV
  • Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia".

Ato I - Cena V

  • "Duvida da luz dos astros, de que o Sol tenha calor, duvida até da verdade, mas confia em meu amor." Ato II, Cena II
  • "Se fôsseis tratar todas as pessoas de acordo com o merecimento de cada uma, quem escaparia da chibata? Tratai deles de acordo com vossa honra e dignidade. Quanto menor o seu merecimento, maior valor terá nossa generosidade." Ato II, Cena II
  • Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se. Morrer..., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis morosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem." Ato III, cena I
  • "Eu, de mim, considero-me mais ou menos honesto, mas poderia acusar-me de tais coisas, que teria sido melhor que minha mãe não me houvesse dado à luz. Sou orgulhoso, vingativo, cheio de ambição, e disponho do maior número de delitos do que de pensamentos para vesti-los, imaginação para dar-lhes forma ou tempo para realizá-los. Para que rastejarem entre o céu e a terra tipos como eu? Todos somos consumados velhacos; não deves confiar em ninguém." Ato III, cena I
  • "Que nobre inteligência assim perdida! O olhos do cortesão, a língua e o braço do sábio e do guerreiro, a mais florida esperança do Estado, o próprio exemplo da educação, o espelho da elegância, o alvo dos descontentes, tudo em nada! E eu, a mais desgraçada das mulheres, que saboreei o mel de suas juras musicais, ter de ver essa admirável razão perder o som, qual sino velho, essa forma sem par, a flor da idade, fanada pela insânia! Ó dor sem fim! Ter já visto o que vi, e vê-lo assim!" Ato III, Cena I
  • "É sempre ousada a loucura dos grandes não vigiada." Ato III, cena I
  • "O exagero ou descuido, no ato de representar, podem provocar riso aos ignorantes, mas causam enfado às pessoas judiciosas, cuja censura deve pesar mais em tua apreciação do que os aplausos de quantos enchem o teatro." Ato III, cena II
  • "(...) que indigna criatura acreditas que eu seja? Estás querendo fazer de mim um divertimento; estás procurando aparentar que conheces meus registros; estás querendo arrancar os meus segredos mais íntimos; pretendes sondar-me, fazendo que emita desde a nota mais grave até a mais aguda de meu diapasão; e possuindo tal abundância de música e tão excelente voz neste pequeno órgão, tu, contudo, não podes fazê-lo falar. Pelo sangue de Deus! Estás pensando que seja eu mais fácil de ser tocado que uma flauta? Toma-me pelo instrumento que melhor te agrade e por muito que me dedilhes, posso garantir-te que não conseguirás tirar qualquer som de mim(...)" Ato III, Cena II
  • "Foi curto.

Tal como o amor das mulheres." Ato III, cena II

  • "Dar-vos uma resposta sadia. Meu espírito está doente."Ato III cena II
  • " ..vossa conduta lhe causou assombro e admiração." Ato III, cena II
  • "Mas que pode fazer com quem não sabe arrepender-se?" Ato III Cena III
  • "Necessito de sangue em vez de lágrimas."Ato III, Cena IV
  • "Hamlet, o coração em dois me partes.

Jogai fora a metade que não presta, para com a outra parte serdes pura."Ato III, Cena IV

  • "O hábito, esse demônio que devora todos os sentimentos"Ato III, Cena IV
  • "Preciso ser cruel para ser bom"Ato III, Cena IV
  • "Como é belo ver a astúcia vencer a própria astúcia!"Ato III, Cena IV
  • "chora a morte que ele mesmo causou." Ato IV, Cena I
  • "Não onde ele come, mas onde é comido. Certa assembléia de vermes políticos se ocupa justamente dele. Um verme desse gênero é o verdadeiro imperador da dieta. Engordamos as criaturas, para que nos engordem, e engordamo-nos para dar de comer aos gusanos. Um rei gordo e um mendigo magro são iguanas diferentes; dois pratos, mas para a mesma mesa: eis tudo." Ato IV, cena III
  • "HAMLET: Pode-se pescar com um verme que haja comido de um rei, e comer o peixe que se alimentou desse verme.

O REI: Que queres dizer com isso? HAMLET: Nada; apenas mostrar-vos como um rei pode fazer um passeio pelos intestinos de um mendigo." Ato IV, cena III

  • "Que é o homem, se sua máxima ocupação e o bem maior não passam de comer e dormir?" Ato IV, cena IV
  • "O ser, de fato, grande não é empenhar-se em grandes causas; grande é quem luta até por uma palha, quando a honra está em jogo." Ato IV, cena IV
  • "Cara Gertrudes, as tristezas não andam como esías, mas sempre em batalhões." Ato IV, cena V
  • "É então possível que a razão de uma jovem seja frágil como o alento de um velho?" Ato IV, cena V
  • "À tristeza, à paixão, ao próprio inferno, a tudo ela dá graça e empresta encanto." Ato IV, cena V
  • "Nada conserva sempre o mesmo aspecto; qua até mesmo a bondade, em demasia, morre do próprio excesso. Ato IV, cena VII
  • "...é pena que neste mundo os grandes tenham mais direito de se enforcarem e afogarem do que seus irmãos em Cristo." Ato V, cena I
  • "É isso; as mãos que trabalham pouco são mais sensíveis." Ato V, cena I
  • "Levarem tanto tempo esses ossos para se formarem, só para virem a servir de bola! Só de pensar em tal coisa, sinto doer os meus." Ato V, cena I
  • "...conhecermos bem uma pessoa, é conhecermos a nós mesmos." Ato V, cena II
  • "Se tem de ser já, não será depois; se não for depois, é que vai ser agora; se não for agora, é que poderá ser mais tarde. O principal é estarmos preparados, umas vez que ninguém sabe o que deixa" Ato V, cena II
  • "O instrumento fatal se acha em tuas mãos, sem guarda e envenenado. Minha astúcia se virou contra mim. Jazo por terra para sempre. (...)O rei... É ele o culpado." Ato V, cena II
  • "Estou morto, Horácio." Ato V, cena II
  • "Eu poderia viver recluso em uma casca de nóz e me considerar rei do universo infinito."
  • "Mata-se o corpo, e não a alma."
  • "O ser grande não é se empenhar em grandes causas: grande é quem luta até por uma palha, quando a honra está em jogo".
  • "Onde o prazer se exalta a dor se encolhe".
  • "Leviandade, teu nome é mulher".
  • "As ações más, embora a terra as cubra, não se subtraem aos olhos dos mortais".
  • "Mostrar tão grande obstinação no luto é dar indícios de teima e de impiedade; é a dor dos fracos; revela (...) coração débil, mente anarquizada, inteligência pobre e sem cultivo".
  • "É bem freqüente não cumprirmos a jura mais ardente. Da memória a intenção é simples serva".
  • "Do jeito em que o mundo anda, ser honesto é ser escolhido entre dez mil".
  • "Ó filho estupendo, que chega a causar assombro à própria mãe".
  • "Sê fiel a ti próprio: segue-se disso, como o dia à noite, que a ninguém serás falso jamais".
  • "Não emprestes nem peças emprestado: emprestar é perder dinheiro e amigo, e o oposto embota o fio à ecomomia".
  • "Tem amigos que nunca aos outros importuna".
  • "Um grande amor nos sustos se confirma".
  • "As coisas em si mesmas não são nem boas nem más, é o pensamento que as torna desse ou daquele jeito".
  • "Foge de entrar na briga; mas se acaso brigares, faz com que o competidor te tema sempre".
  • "Não faças como alguns desses pastores que aconselham aos outros o caminho do céu, cheio de abrolhos, enquanto eles seguem ledos a estrada dos prazeres, sem dos próprios conselhos lembrarem".
  • "À todos, teu ouvido; a voz, a poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio". Ato I, Cena III.
  • "Ser ou não ser, essa que é a questão:

Será mais nobre suportar na mente As flechadas da trágica fortuna Ou tomar contra um mar de escolhos E, enfrentando-os, vencer? Morrer - dormir: Nada mais; e dizer que pelo sono Findam-se as dores, como os mil abalos Inerentes à carne - é a conclusão Que devemos buscar. Morrer - dormir. Dormir! Talvez sonhar - eis o problema, Pois os sonhos que vierem nesse sono De morte, uma vez livres deste invólucro Mortal, fazem cismar. Esse é o motivo Que prolonga a desdita desta vida. Quem suportará os golpes do destino, Os erros do opressor, o escárnio alheio, A ingratidão no amor, a lei tardia, O orgulho dos que mandam, o desprezo Que a paciência atura dos indignos, Quando podia procurar repouso Na ponta de um punhal? Quem carregará Suando o fardo da pesada vida Se o medo do que vem depois da morte - O país ignorado de onde nunca Ninguém voltou - não nos turbasse a mente E nos fizesse arcar c'o mal que temos Em vez de voar para esse, que ignoramos? Assim nossa consciência se acovarda E o instinto que inspira as decisões Desmaia no indeciso pensamento; E as empresas supremas e oportunas Desviam-se do fio da corrente E não são mais ação, Silêncio agora! A bela Ofélia! - Ninfa, em tuas preces, Recorda os meus pecados." Ato III Cena I-Hamlet

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