Marguerite Yourcenar: diferenças entre revisões

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Revisão das 20h24min de 28 de agosto de 2007

Marguerite Yourcenar, pseudônimo de Marguerite Cleenewerck de Crayencour (8 de junho de 1903, Bruxelas, Bélgica - 17 de dezembro de 1987, Mount Desert Island, Maine, EUA) foi uma escritora belga de língua francesa.


  • "A condição das mulheres é determinada por estranhos costumes: elas são ao mesmo tempo dominadas e protegidas, fracas e poderosas, excessivamente desprezadas e excessivamente respeitadas".
  • "A liberdade das mulheres de hoje, maior ou pelo menos mais visível do que a dos tempos antigos, não passa de um dos aspectos da vida mais fácil das épocas prósperas; os princípios e mesmo os preconceitos não foram seriamente atingidos".
  • "Adaptar-me-ia dificilmente a um mundo sem livros, mas a realidade não está ali porque eles não a contêm toda inteira".
  • "Desprezar as alegrias do povo é insultá-lo".
  • "É um erro ter razão cedo demais".
  • "Julgamo-nos puros enquanto desprezamos o que não desejamos".
  • "Não estou certo de que a descoberta do amor seja necessariamente mais deliciosa do que a da poesia".
  • "No conjunto, é somente por orgulho, por ignorância grosseira, por covardia, que nos recusamos a ver, no presente, lineamentos das épocas que virão".
  • "O homem mais tenebroso tem seus momentos iluminados: tal assassino toca flauta; tal feitor é talvez um bom filho. Existem poucos a quem não se possa ensinar alguma coisa. O erro é tentar encontrar neles virtudes que não têm, neglicenciando as que possui".
  • "O que nos tranqüiliza no sono é a certeza de que dele retornamos. E ele nos cura temporariamente da fadiga pelo mais radical dos processos, isto é, arranjando para que cessemos de existir durante algumas horas".
  • "O triunfo não assenta senão aos mortos. Aos vivos, há sempre alguém para censurar-lhes as fraquezas".
  • "O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos: minhas primeiras pátrias foram os livros. Em menor escala, as escolas".
  • "Quanto amargor fermenta-se no fundo da doçura, quanto desespero esconde-se na abnegação e quanto ódio mistura-se ao amor".
  • "Tentemos, se pudermos, penetrar na morte de olhos abertos".
  • "Todo livro reeditado deve alguma coisa às pessoas honestas que o leram".
  • "Todo prazer sentido com gosto parece-me casto".
  • "O nosso verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar de inteligência sobre nós próprios".

Obras

Memórias de Adriano

  • "A felicidade é uma obra-prima: o menor erro falseia-a, a menor hesitação altera-a, a menor falta de delicadeza desfeia-a, a menor palermice embrutece-a

A Obra em Negro

  • "- Para eles, você não passa de um ateu.
- O que não é como eles parece-lhes contra eles - comentou amargamente Zenon."
  • "Mas não há ninguém tão tolo que não seja um pouco sábio."
  • "No recinto impregnado de vinagre em que dissecamos aquele morto, o qual não era mais o filho ou o amigo, mas apenas um belo exemplar da máquina humana, experimentei pela primeira vez a sensação de que a mecânica, de um lado, e a Grande Arte, de outro, tratam apenas de aplicar ao estudo do universo as verdades que nos ensinam nossos corpos, nos quais se repete a estrutura do Todo. Não seria bastante toda uma vida para cotejar um com o outro este mundo em que estamos e este mundo que somos. Os pulmões eram o fole que reanima a brasa; o pênis, uma arma de arremesso; o sangue nos meandros do corpo era a água circulante das canaletas de um jardim oriental; o coração, conforme se adotasse esta ou aquela teoria, era a bomba ou o braseiro; o cérebro, o alambique em que se destila uma alma..."
  • "Este corpo, nosso reino, parece-me às vezes composto de um tecido grouxo e tão fugidio quanto uma sombra."
  • "Matei alguns de meus pacientes por um excesso de audácia que curou outros. Uma recaída ou uma melhora importavam-me sobretudo enquanto uma confirmação de um prognóstico ou prova da eficácia de um método terapêutico. Ciência e contemplação não são em absoluto suficientes, irmão Henrique, se não se transmudam em poder: o povo tem razão quando vê em nós os adeptos de uma magia branca ou negra. Fazer durar o que passa, adiantar ou atrasar a hora prescrita, apoderar-se dos segredos da morte para lutar contra ela, servi-se de fórmulas naturais para ajudar ou frustrar a natureza, dominar o mundo e o homem, fazê-los, talvez criá-los..."

Denário do Sonho

  • "Paolo Farina era um tabelião ainda jovem, bastante rico e tão honesto quanto se pode esperar de um homem que vive na intimidade da Lei."
  • “O amor não se compra: as mulheres que se vendem apenas se alugam aos homens; mas compra-se o sonho – substância impalpável que se transaciona sob várias formas.”
  • “Giulio iludira-se na esperança de que as manias da mulher se fossem atenuando com a idade; envelhecendo, os defeitos de Giuseppa, ao contrário, haviam crescido monstruosamente como os seus braços e a cintura; sob a garantia de trinta anos de intimidade conjugal, ela não os dissimulava mais do que as imperfeições físicas.”
  • “Começara por nutrir relativamente a Carlo este sentimento de que somos mais ricos, a indiferença, pois que o devotamos a cerca de dois bilhões de seres humanos.”
  • “O caráter de Giuseppa pioraria com a idade e a intensidade do seu reumatismo: nem a própria Virgem conseguiria mudar a natureza de uma mulher de sessenta anos. Vanna continuaria a levar aquela vida solitária para a qual não fora feita, e a entregar-se às tentações do desespero. Talvez arranjasse um amante; nesse caso, haveria de sofrer mais do que sofrera até agora, porque a vergonha se juntaria a seus males.”


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