Antonio Gramsci: diferenças entre revisões

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* "O que é o homem? É esta a primeira e principal pergunta da filosofia. (...) Se pensamos nisso, a própria pergunta não é uma pergunta abstrata ou 'objetiva'. Nasceu daquilo que refletimos sobre nós mesmo e sobre os outros e queremos saber, em relação ao que refletimos e vimos, o que somos e em que coisa nos podemos tornar, se realmente e dentro de que limites somos 'artífices de nós próprios', da nossa vida, do nosso destino. E isto queremos sabê-lo 'hoje', nas condições dadas hoje, pela vida 'hodierna' e não por uma vida qualquer e de qualquer homem."
* "O que é o homem? É esta a primeira e principal pergunta da filosofia. [...] Se observarmos bem, veremos que, ao colocarmos a pergunta 'o que é o homem', queremos dizer: o que é que o homem pode se tornar, isto é, se o homem pode controlar seu próprio destino, se ele pode 'se fazer', se pode criar sua própria vida. Digamos, portanto, que o homem é um processo, precisamente o processo de seus atos. Observando ainda melhor, a própria pergunta 'o que é o homem' não é uma pergunta abstrata ou 'objetiva'. Ela nasce do fato de termos refletido sobre nós mesmos e sobre os outros; e de querermos saber, em relação com o que vimos e refletimos, aquilo que somos, aquilo que podemos vir a ser, se realmente e dentro de que limites somos 'criadores de nós mesmos', da nossa vida, do nosso destino. E nós queremos saber isto 'hoje', nas condições de hoje, da vida 'de hoje', e não de uma vida qualquer e de um homem qualquer."


* "Será possível amar a coletividade sem nunca ter amado profundamente criaturas humanas individuais?"
* "Será possível amar a coletividade sem nunca ter amado profundamente criaturas humanas individuais?"

Revisão das 17h27min de 7 de julho de 2007

Antonio Gramsci
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Antonio Gramsci (23 de janeiro de 1891 - 27 de abril de 1937) foi um ativista político de esquerda na ditadura de Mussolini, filósofo e cientista político, comunista e antifascista italiano.



  • "O que é o homem? É esta a primeira e principal pergunta da filosofia. [...] Se observarmos bem, veremos que, ao colocarmos a pergunta 'o que é o homem', queremos dizer: o que é que o homem pode se tornar, isto é, se o homem pode controlar seu próprio destino, se ele pode 'se fazer', se pode criar sua própria vida. Digamos, portanto, que o homem é um processo, precisamente o processo de seus atos. Observando ainda melhor, a própria pergunta 'o que é o homem' não é uma pergunta abstrata ou 'objetiva'. Ela nasce do fato de termos refletido sobre nós mesmos e sobre os outros; e de querermos saber, em relação com o que vimos e refletimos, aquilo que somos, aquilo que podemos vir a ser, se realmente e dentro de que limites somos 'criadores de nós mesmos', da nossa vida, do nosso destino. E nós queremos saber isto 'hoje', nas condições de hoje, da vida 'de hoje', e não de uma vida qualquer e de um homem qualquer."
  • "Será possível amar a coletividade sem nunca ter amado profundamente criaturas humanas individuais?"
  • "Meu estado de espírito sintetiza estes dois sentimentos [otimismo e pessimismo] e os supera: sou pessimista com a inteligência, mas otimista com a vontade. Em cada circunstância, penso na hipótese pior, para pôr em movimento todas as reservas de vontade e ser capaz de abater o obstáculo."
  • "Existem dois tipos de políticos: os que lutam pela consolidação da distância entre governantes e governados e os que lutam pela superação dessa distância."
  • "Todos os homens do mundo na medida em que se unem entre si em sociedade, trabalham, lutam e melhoram a si mesmos."
  • "Na política de massas, dizer a verdade é uma necessidade política."
  • "Em todo instante da história in fieri, existe luta entre racional e irracional."
  • "O indivíduo não é um átomo, mas a individuação histórica de toda a sociedade."
  • "A natureza do homem é a história."
  • "As idéias são grandes na medida em que são realizáveis."
  • "É mais fácil formar um exército do que formar capitães."
  • "A alma não se salva só com palavras. São necessárias obras, e como!"
  • "Ser apaixonado significa ter o dom de apaixonar os outros."
  • "Condenamos em bloco o passado quando não conseguimos diferenciarmo-nos dele."
  • "Dois escritores representam o mesmo momento social, mas um é artista, o outro não."
  • "Uma nova descoberta que permanece como coisa inerte não é um valor."
  • "Também o estudo é um ofício muito cansativo."
  • "Na política, o cerco é recíproco."
  • "O presente contém todo o passado."
  • "Se existe enigma, não se trata de coisas 'incognoscíveis', mas simplesmente desconhecidas."
  • "Uma verdade é fecunda quando se fez um esforço para conquistá-la."
  • "Marx previu o que era possível prever."
  • "Quem é incapaz de construir hipóteses jamais será cientista."
  • "Na desvalorização do passado está implícita uma justificativa da nulidade do presente."


Sobre

  • O Ministério Público italiano, durante o fascismo de Benitto Mussolini, proclamou durante o julgamento, em 1928: "Por vinte anos devemos impedir que este cérebro funcione".

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