Cecília Meireles: diferenças entre revisões
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*"Aprendi com as primaveras a me deixar cortar para poder voltar inteira." |
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Revisão das 03h53min de 21 de abril de 2006
Cecília Benevides de Carvalho Meireles (7 de novembro de 1901, Rio de Janeiro, Brasil - 9 de novembro de 1964), escritora brasileira natural do Rio de Janeiro.
- O sagüim é um animalzinho assaz bonito:
- é mesmo o mais bonito de todos, pela selva;
- anda nas árvores, esconde-se, espia, foge depressa
- e há deles, na terra viçosa, número infinito.
- Permita que eu feche os meus olhos,
- pois é muito longe e tão tarde!
- Pensei que era apenas demora,
- e cantando pus-me a esperar-te.
- Ó meu Deus, isto é a minha alma:
- qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário,
- como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...
- "Aprendi com as primaveras a me deixar cortar para poder voltar inteira."
- "Liberdade, essa palavra
- que o sonho humano alimenta,
- que não há ninguém que explique
- e ninguém que não entenda."
- "Quero ver-te à luz do dia para saber se é verdade o que a noite me dizia com tanta seguridade."
- "Terminado o Carnaval, eis que nos encontramos com os seus melancólicos despojos: pelas ruas desertas, os pavilhões, arquibancadas e passarelas são uns tristes esqueletos de madeira; oscilam no ar farrapos de ornamentos sem sentido, magros, amarelos e encarnados, batidos pelo vento, enrodilhados em suas cordas; torres coloridas, como desmesurados brinquedos, sustentam-se de pé, intrusas, anômalas, entre as árvores e os postes. Acabou-se o artifício, desmanchou-se a mágica, volta-se à realidade."