Fernando Sabino: diferenças entre revisões

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*"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."
*"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."
:- ''Fonte: "No fim dá certo"''
:- ''Fonte: "No fim dá certo"''

*"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro".
:- ''Fonte: "O Encontro Marcado"''

*"Não analisa não!"
:- ''Fonte: "O Encontro Marcado"''


*"O homem disse que tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante:
*"O homem disse que tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante:
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::- ''"Deixa o Alfredo falar!" - página 43, Fernando Tavares Sabino - Editora Record, 1976 - 213 páginas
::- ''"Deixa o Alfredo falar!" - página 43, Fernando Tavares Sabino - Editora Record, 1976 - 213 páginas


== O Encontro Marcado ==

''Disponível em: marceloguernieri.com.br/Fernando_Sabino_-_O_Encontro_Marcado.pdf''

*"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro".

*"Não analisa não!"

* "(...), passou-se para o Hotel Elite, onde, em vez de quinze, pagava treze mil réis por dia. Com refeições. Um dia encontrou
uma formiga no arroz:
— Olha aqui, tem uma formiga no arroz.
— Por este preço o que é que o senhor queria?
Em todo caso, gostou de ser chamado de senhor pelo garçom, um japonês, gostou da ironia do japonês. Por aquele preço, era lógico, era justo, não podia querer que tivesse outra coisa no arroz, senão formigas. Riu sozinho, concluiu que na vida é preciso ter ironia."

* "Tinha vencido, afinal. Conseguira o que queria. E daí? Esperar, casar, morar, ter filhos, amar, sofrer, esquecer, envelhecer. Oh, viver era tão fácil, tão sem gosto e sem estímulo, o que importava era morrer."

* "Ficou a olhar Antonieta que, sentada na borda da banheira, se ocupava em raspar os pêlos da perna. Era uma mulher, a sua mulher. Uma bela mulher — dessa beleza que um dia, pela manhã, haveria de desaparecer do rosto sem deixar vestígios. O corpo jovem tinha já certo ar de coisa usada que pode passar por nova e ele de algum modo era responsável por tudo que lhe viria a acontecer: rugas, gordura, disformidade, cabelos brancos, dores no fígado ou no útero, doença, morte. Dela finalmente nasceria o filho, que ainda não se adivinhava — e para isso a mulher fora feita. No mais, era apenas aquilo: um feixe de nervos e carnes em cima dos ossos, um conjunto de glândulas, vísceras, vasos, sangue, humores, tudo coberto de uma pele macia, delicada, boa de se passar a mão..."

* "(...), vivia sempre recomeçando, não nascera para vencer, mas para encher raia, tirar o terceiro lugar."


[[Categoria:Pessoas]]
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Revisão das 02h25min de 22 de junho de 2021

Fernando Sabino em outros projetos:

Fernando Tavares Sabino, (Belo Horizonte, 12 de outubro de 1923 - Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2004), foi um escritor e jornalista brasileiro.


  • "No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."
- Fonte: "No fim dá certo"
  • "O homem disse que tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante:
- Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto de sua vida?
- Quero – respondi.
O segredo se resume em três palavras, que ele pronunciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus olhos: - Pense nos outros."
- Fonte: "O menino no Espelho"
  • "Não confio em produto local. Sempre que viajo levo meu uísque e minha mulher"
- "O tabuleiro de damas" - Página 66, de Fernando Tavares Sabino - Publicado por Record, 1988 - 181 páginas
  • "Os homens se dividem em duas espécies: os que têm medo de viajar de avião e os que fingem que não têm."
- "Deixa o Alfredo falar!" - página 43, Fernando Tavares Sabino - Editora Record, 1976 - 213 páginas

O Encontro Marcado

Disponível em: marceloguernieri.com.br/Fernando_Sabino_-_O_Encontro_Marcado.pdf

  • "De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro".
  • "Não analisa não!"
  • "(...), passou-se para o Hotel Elite, onde, em vez de quinze, pagava treze mil réis por dia. Com refeições. Um dia encontrou

uma formiga no arroz: — Olha aqui, tem uma formiga no arroz. — Por este preço o que é que o senhor queria? Em todo caso, gostou de ser chamado de senhor pelo garçom, um japonês, gostou da ironia do japonês. Por aquele preço, era lógico, era justo, não podia querer que tivesse outra coisa no arroz, senão formigas. Riu sozinho, concluiu que na vida é preciso ter ironia."

  • "Tinha vencido, afinal. Conseguira o que queria. E daí? Esperar, casar, morar, ter filhos, amar, sofrer, esquecer, envelhecer. Oh, viver era tão fácil, tão sem gosto e sem estímulo, o que importava era morrer."
  • "Ficou a olhar Antonieta que, sentada na borda da banheira, se ocupava em raspar os pêlos da perna. Era uma mulher, a sua mulher. Uma bela mulher — dessa beleza que um dia, pela manhã, haveria de desaparecer do rosto sem deixar vestígios. O corpo jovem tinha já certo ar de coisa usada que pode passar por nova e ele de algum modo era responsável por tudo que lhe viria a acontecer: rugas, gordura, disformidade, cabelos brancos, dores no fígado ou no útero, doença, morte. Dela finalmente nasceria o filho, que ainda não se adivinhava — e para isso a mulher fora feita. No mais, era apenas aquilo: um feixe de nervos e carnes em cima dos ossos, um conjunto de glândulas, vísceras, vasos, sangue, humores, tudo coberto de uma pele macia, delicada, boa de se passar a mão..."
  • "(...), vivia sempre recomeçando, não nascera para vencer, mas para encher raia, tirar o terceiro lugar."