Castro Alves: diferenças entre revisões

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==Sobre ==
==Sobre ==
*"Palpita em sua obra o poderoso sentimento de nacionalidade, essa alma da pátria, que faz os grande poetas, como os grandes cidadãos."<br>[[José de Alencar]]<ref name=ledo/>
*O que distingue a poesia de Castro Alves, em qualquer de suas formas, é um timbre inconfundivelmente nosso, e não só o timbre senão também a maneira de ver e de sentir o ambiente e a vida brasileira.<br>Eugênio Gomes<ref name=faracomoura>Carlos Faraco, Francisco Moura, ''Língua & Literatura''. Ática, São Paulo, 1983, 2.ª ed., vol. 2, 255 p., p. 82</ref>


*"O que distingue a poesia de Castro Alves, em qualquer de suas formas, é um timbre inconfundivelmente nosso, e não só o timbre senão também a maneira de ver e de sentir o ambiente e a vida brasileira."<br>Eugênio Gomes<ref name=faracomoura>Carlos Faraco, Francisco Moura, ''Língua & Literatura''. Ática, São Paulo, 1983, 2.ª ed., vol. 2, 255 p., p. 82</ref>
*Com o seu frescor de orvalho e fulgor de diamante, a poesia de Castro Alves não sofre a injúria do tempo que danifica as glórias e enxota as notoriedades.<br>[[Lêdo Ivo]]<ref name=ledo/>


*"Com o seu frescor de orvalho e fulgor de diamante, a poesia de Castro Alves não sofre a injúria do tempo que danifica as glórias e enxota as notoriedades."<br>[[Lêdo Ivo]]<ref name=ledo/>
*Recentemente, num grande cenário, na Sorbona, em Paris, o Professor Georges Le Gentil proclamava que a América contribuíra com duas obras para a literatura universal: a "Cabana do Pai Tomás", de [[Beecher Stove]] e a "Cachoeira de Paulo Afonso", de Castro Alves.<br>[[Afrânio Peixoto]] (1944)<ref name=completas>Castro Alves (1944). Obras Completas de Castro Alves. 2. [S.l.]: Companhia Editora Nacional. 562 páginas. Introdução e notas de Afrânio Peixoto</ref>


*"Poeta épico foi, até agora, Castro Alves, o maior de sua terra. Nunca em nossa língua se ouviram cantos heroicos tão emocionantes e tão elevados como esses poemas de ''Pedro Ivo'', de ''Ode ao Dous de Julho'', de ''Deusa Incruenta'', do ''No Meeting do Comité du Pain'', de ''Visão dos Mortos'', do ''Navio Negreiro'', do ''Adeus, meu canto''..."<br>[[Afrânio Peixoto]]<ref name=ledo/>
*A influência do Poeta foi além: seus versos, que comoviam o coração e impressionavam a inteligência, ouvidos, aplaudidos, decorados e repetidos, por moços que iam ser donas e varões, que iriam ainda comover e impressionar a crianças, rapazes e donzelas, preparavam a geração que, vinte anos mais tarde, faria a Abolição.<br>[[Afrânio Peixoto]]<ref name=completas/>


*"Recentemente, num grande cenário, na Sorbona, em Paris, o Professor Georges Le Gentil proclamava que a América contribuíra com duas obras para a literatura universal: a "Cabana do Pai Tomás", de [[Beecher Stove]] e a "Cachoeira de Paulo Afonso", de Castro Alves."<br>[[Afrânio Peixoto]] (1944)<ref name=completas>Castro Alves (1944). Obras Completas de Castro Alves. 2. [S.l.]: Companhia Editora Nacional. 562 páginas. Introdução e notas de Afrânio Peixoto</ref>
*Ele era grande e bom: massa para os deuses.<br>Guilherme de Castro Alves (irmão)<ref name=completas/>

*"A influência do Poeta foi além: seus versos, que comoviam o coração e impressionavam a inteligência, ouvidos, aplaudidos, decorados e repetidos, por moços que iam ser donas e varões, que iriam ainda comover e impressionar a crianças, rapazes e donzelas, preparavam a geração que, vinte anos mais tarde, faria a Abolição."<br>[[Afrânio Peixoto]]<ref name=completas/>

*"Ele era grande e bom: massa para os deuses."<br>Guilherme de Castro Alves (irmão)<ref name=completas/>


*''Castro Alves do Brasil'' (excerto, traduzido)
*''Castro Alves do Brasil'' (excerto, traduzido)
:deixa-me a mim, poeta da nossa América,<br>coroar a tua cabeça com os louros do povo. <br>Tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens. <br>Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar.<br>[[Pablo Neruda]]<ref>Pablo Neruda, ''Canto Geral'': "Castro Alves do Brasil" (IV Canto, poema 29.º), 1950</ref>
:deixa-me a mim, poeta da nossa América,<br>coroar a tua cabeça com os louros do povo. <br>Tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens. <br>Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar.<br>[[Pablo Neruda]]<ref>Pablo Neruda, ''Canto Geral'': "Castro Alves do Brasil" (IV Canto, poema 29.º), 1950</ref>

*"Há no seu gênio muita coisa do gênio obscuro da nossa raça."<br>[[Euclides da Cunha]]<ref name=ledo/>

*"Havia nele um sentido divinatório que lhe insuflava soluções difíceis de esperar no seu tempo."<br>Fausto Cunha<ref name=ledo/>

*"Castro Alves - o torrencial, o magnífico, o ofuscante Castro Alves, cujo gênio verbal nos assombra como uma força da natureza."<br>Júlio Dantas<ref name=ledo/>

*"O artista de mais rica virtuosidade descritiva que já houve entre nós, o nosso primeiro regente de orquestra poética, o rei das cores e dos esplendores, mostrou-se também um sequioso de verdade, um esfomeado de justiça."<br>Agripino Grieco<ref name=ledo/>


==Referências ==
==Referências ==

Revisão das 15h03min de 10 de agosto de 2019

Castro Alves
Castro Alves
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Castro Alves em outros projetos:

Antônio Frederico de Castro Alves (Fazenda Cabaceiras, Bahia, 14 de Março de 1847 - Salvador, Bahia, 6 de Julho de 1871) foi escritor e poeta brasileiro do romantismo. Seus versos são divididos, pelos estudiosos, entre aqueles preocupados com as causas sociais e os amorosos. Estudante de direito no Recife e em São Paulo, levou uma vida boêmia e ativa, vindo a falecer aos vinte e quatro anos, de tuberculose.

Citações

  • Eu sinto em mim
    O borbulhar do gênio[1]
  • Que sou pequeno — mas só fito os Andes.[1]

Excertos

  • O Laço de Fita

Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.

  • O Livro e a América

Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão-cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É gérmen — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.

  • Bandido Negro

Trema a terra de susto aterrada...
Minha égua veloz, desgrenhada,
Negra, escura nas lapas voou.
Trema o céu ... ó ruína! ó desgraça!
Porque o negro bandido é quem passa,
Porque o negro bandido bradou:

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Sobre

  • "Palpita em sua obra o poderoso sentimento de nacionalidade, essa alma da pátria, que faz os grande poetas, como os grandes cidadãos."
    José de Alencar[1]
  • "O que distingue a poesia de Castro Alves, em qualquer de suas formas, é um timbre inconfundivelmente nosso, e não só o timbre senão também a maneira de ver e de sentir o ambiente e a vida brasileira."
    Eugênio Gomes[2]
  • "Com o seu frescor de orvalho e fulgor de diamante, a poesia de Castro Alves não sofre a injúria do tempo que danifica as glórias e enxota as notoriedades."
    Lêdo Ivo[1]
  • "Poeta épico foi, até agora, Castro Alves, o maior de sua terra. Nunca em nossa língua se ouviram cantos heroicos tão emocionantes e tão elevados como esses poemas de Pedro Ivo, de Ode ao Dous de Julho, de Deusa Incruenta, do No Meeting do Comité du Pain, de Visão dos Mortos, do Navio Negreiro, do Adeus, meu canto..."
    Afrânio Peixoto[1]
  • "Recentemente, num grande cenário, na Sorbona, em Paris, o Professor Georges Le Gentil proclamava que a América contribuíra com duas obras para a literatura universal: a "Cabana do Pai Tomás", de Beecher Stove e a "Cachoeira de Paulo Afonso", de Castro Alves."
    Afrânio Peixoto (1944)[3]
  • "A influência do Poeta foi além: seus versos, que comoviam o coração e impressionavam a inteligência, ouvidos, aplaudidos, decorados e repetidos, por moços que iam ser donas e varões, que iriam ainda comover e impressionar a crianças, rapazes e donzelas, preparavam a geração que, vinte anos mais tarde, faria a Abolição."
    Afrânio Peixoto[3]
  • "Ele era grande e bom: massa para os deuses."
    Guilherme de Castro Alves (irmão)[3]
  • Castro Alves do Brasil (excerto, traduzido)
deixa-me a mim, poeta da nossa América,
coroar a tua cabeça com os louros do povo.
Tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens.
Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar.
Pablo Neruda[4]
  • "Havia nele um sentido divinatório que lhe insuflava soluções difíceis de esperar no seu tempo."
    Fausto Cunha[1]
  • "Castro Alves - o torrencial, o magnífico, o ofuscante Castro Alves, cujo gênio verbal nos assombra como uma força da natureza."
    Júlio Dantas[1]
  • "O artista de mais rica virtuosidade descritiva que já houve entre nós, o nosso primeiro regente de orquestra poética, o rei das cores e dos esplendores, mostrou-se também um sequioso de verdade, um esfomeado de justiça."
    Agripino Grieco[1]

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 Melhores Poemas de Castro Alves, Global Editora, São Paulo, 1983, 2ª ed, p. 13
  2. Carlos Faraco, Francisco Moura, Língua & Literatura. Ática, São Paulo, 1983, 2.ª ed., vol. 2, 255 p., p. 82
  3. 3,0 3,1 3,2 Castro Alves (1944). Obras Completas de Castro Alves. 2. [S.l.]: Companhia Editora Nacional. 562 páginas. Introdução e notas de Afrânio Peixoto
  4. Pablo Neruda, Canto Geral: "Castro Alves do Brasil" (IV Canto, poema 29.º), 1950