Castro Alves: diferenças entre revisões
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*Eu sinto em mim<br>O borbulhar do gênio<ref name=ledo>Melhores Poemas de Castro Alves, Global Editora, São Paulo, 1983, 2ª ed, p. 13</ref> |
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* "Cresce, cresce, seara vermelha, / cresce, cresce, vingança feroz." |
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==Sobre == |
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*O que distingue a poesia de Castro Alves, em qualquer de suas formas, é um timbre inconfundivelmente nosso, e não só o timbre senão também a maneira de ver e de sentir o ambiente e a vida brasileira.<br>Eugênio Gomes<ref name=faracomoura>Carlos Faraco, Francisco Moura, ''Língua & Literatura''. Ática, São Paulo, 1983, 2.ª ed., vol. 2, 255 p., p. 82</ref> |
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*Com o seu frescor de orvalho e fulgor de diamante, a poesia de Castro Alves não sofre a injúria do tempo que danifica as glórias e enxota as notoriedades.<br>[[Lêdo Ivo]]<ref name=ledo/> |
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*Recentemente, num grande cenário, na Sorbona, em Paris, o Professor Georges Le Gentil proclamava que a América contribuíra com duas obras para a literatura universal: a "Cabana do Pai Tomás", de [[Beecher Stove]] e a "Cachoeira de Paulo Afonso", de Castro Alves.<br>[[Afrânio Peixoto]] (1944)<ref name=completas>Castro Alves (1944). Obras Completas de Castro Alves. 2. [S.l.]: Companhia Editora Nacional. 562 páginas. Introdução e notas de Afrânio Peixoto</ref> |
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*A influência do Poeta foi além: seus versos, que comoviam o coração e impressionavam a inteligência, ouvidos, aplaudidos, decorados e repetidos, por moços que iam ser donas e varões, que iriam ainda comover e impressionar a crianças, rapazes e donzelas, preparavam a geração que, vinte anos mais tarde, faria a Abolição.<br>[[Afrânio Peixoto]]<ref name=completas/> |
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*Ele era grande e bom: massa para os deuses.<br>Guilherme de Castro Alves (irmão)<ref name=completas/> |
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*''Castro Alves do Brasil'' (excerto, traduzido) |
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:deixa-me a mim, poeta da nossa América,<br>coroar a tua cabeça com os louros do povo. <br>Tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens. <br>Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar.<br>[[Pablo Neruda]]<ref>Pablo Neruda, ''Canto Geral'': "Castro Alves do Brasil" (IV Canto, poema 29.º), 1950</ref> |
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==Referências == |
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Revisão das 05h31min de 4 de agosto de 2019
Castro Alves |
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Castro Alves em outros projetos: |
Antônio Frederico de Castro Alves (Fazenda Cabaceiras, Bahia, 14 de Março de 1847 - Salvador, Bahia, 6 de Julho de 1871) foi escritor e poeta brasileiro do romantismo. Seus versos são divididos, pelos estudiosos, entre aqueles preocupados com as causas sociais e os amorosos. Estudante de direito no Recife e em São Paulo, levou uma vida boêmia e ativa, vindo a falecer aos vinte e quatro anos, de tuberculose.
Citações
- Eu sinto em mim
O borbulhar do gênio[1]
- Que sou pequeno — mas só fito os Andes.[1]
Excertos
- O Laço de Fita
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
- O Livro e a América
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão-cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É gérmen — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.
- Bandido Negro
Trema a terra de susto aterrada...
Minha égua veloz, desgrenhada,
Negra, escura nas lapas voou.
Trema o céu ... ó ruína! ó desgraça!
Porque o negro bandido é quem passa,
Porque o negro bandido bradou:
Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.
Sobre
- O que distingue a poesia de Castro Alves, em qualquer de suas formas, é um timbre inconfundivelmente nosso, e não só o timbre senão também a maneira de ver e de sentir o ambiente e a vida brasileira.
Eugênio Gomes[2]
- Com o seu frescor de orvalho e fulgor de diamante, a poesia de Castro Alves não sofre a injúria do tempo que danifica as glórias e enxota as notoriedades.
Lêdo Ivo[1]
- Recentemente, num grande cenário, na Sorbona, em Paris, o Professor Georges Le Gentil proclamava que a América contribuíra com duas obras para a literatura universal: a "Cabana do Pai Tomás", de Beecher Stove e a "Cachoeira de Paulo Afonso", de Castro Alves.
Afrânio Peixoto (1944)[3]
- A influência do Poeta foi além: seus versos, que comoviam o coração e impressionavam a inteligência, ouvidos, aplaudidos, decorados e repetidos, por moços que iam ser donas e varões, que iriam ainda comover e impressionar a crianças, rapazes e donzelas, preparavam a geração que, vinte anos mais tarde, faria a Abolição.
Afrânio Peixoto[3]
- Ele era grande e bom: massa para os deuses.
Guilherme de Castro Alves (irmão)[3]
- Castro Alves do Brasil (excerto, traduzido)
- deixa-me a mim, poeta da nossa América,
coroar a tua cabeça com os louros do povo.
Tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens.
Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar.
Pablo Neruda[4]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Melhores Poemas de Castro Alves, Global Editora, São Paulo, 1983, 2ª ed, p. 13
- ↑ Carlos Faraco, Francisco Moura, Língua & Literatura. Ática, São Paulo, 1983, 2.ª ed., vol. 2, 255 p., p. 82
- ↑ 3,0 3,1 3,2 Castro Alves (1944). Obras Completas de Castro Alves. 2. [S.l.]: Companhia Editora Nacional. 562 páginas. Introdução e notas de Afrânio Peixoto
- ↑ Pablo Neruda, Canto Geral: "Castro Alves do Brasil" (IV Canto, poema 29.º), 1950