Virgílio: diferenças entre revisões

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
DanielTom (discussão | contribs)
DanielTom (discussão | contribs)
Linha 49: Linha 49:
** A prática e o pensamento podem gradualmente forjar muitas artes.
** A prática e o pensamento podem gradualmente forjar muitas artes.
** Livro I, versos 133–134
** Livro I, versos 133–134

* ''Labor omnia vicit / improbus.''
** O trabalho perseverante vence tudo.
** Livro I, versos 145–146

* ''Adeo in teneris consuescere multum est.''
** Tanta força têm os hábitos da primeira idade.
** Livro II, verso 272

* ''O fortunatos nimium, sua si bona norint / agricolas!''
** Oh bem afortunados agricultores, se conhecerem a sua felicidade!
** Livro II, versos 458–459

* ''Rura mihi et rigui placeant in vallibus amnes,<br />Flumina amem sylvasque inglorius.''
** Sejam minhas delicias os campos e os rios a deslizar nos vales; possa eu, sem glória, amar os riachos e os bosques.
** Livro II, versos 485–486
<!--
<!--
* ''O ubi campi!''
* ''O ubi campi!''
Linha 55: Linha 71:
-->
-->
* ''Felix qui potuit rerum cognoscere causas.''
* ''Felix qui potuit rerum cognoscere causas.''
** Feliz aquele capaz de compreender as causas das coisas.
** Feliz aquele capaz de conhecer as causas das coisas.
** Livro II, verso 490 (homenagem a [[Lucrécio]])
** Livro II, verso 490 (homenagem a [[Lucrécio]])



Revisão das 12h21min de 30 de março de 2017

Virgílio
Virgílio
Virgílio
Virgílio em outros projetos:

Publius Vergilius Maro (15 de Outubro de 70 a.C. - 21 de Setembro de 19 a.C.), também conhecido como Virgílio ou Vergílio em português, foi um poeta romano.

Éclogas (37 a.C.)

  • O formose puer, nimium ne crede colori.
    • Oh formoso rapaz, não confies demasiado na tua beleza.
    • Livro II, verso 17
  • Latet anguis in herba.
    • Uma serpente está escondida na erva.
    • Livro III, verso 93
  • Nunc scio quid sit Amor.
    • Agora sei o que é o Amor!
    • Livro VIII, verso 43
  • Non omnia possumus omnes.
    • Todos nós não podemos tudo.
    • Livro VIII, verso 63
  • Omnia fert aetas, animum quoque.
    • O tempo leva tudo, mesmo as nossas mentes.
    • Livro IX, verso 51
  • Cantantes licet usque (minus via laedit) eamus.
    • Cantemos enquanto caminhamos: a estrada será menos cansativa.
    • Livro IX, verso 64
  • Omnia vincit Amor; et nos cedamus Amori.
    • O amor vence tudo; cedamos também nós ao amor.
    • Livro X, verso 69

Geórgicas (29 a.C.)

  • Ut varias usus meditando extunderet artis / paulatim.
    • A prática e o pensamento podem gradualmente forjar muitas artes.
    • Livro I, versos 133–134
  • Labor omnia vicit / improbus.
    • O trabalho perseverante vence tudo.
    • Livro I, versos 145–146
  • Adeo in teneris consuescere multum est.
    • Tanta força têm os hábitos da primeira idade.
    • Livro II, verso 272
  • O fortunatos nimium, sua si bona norint / agricolas!
    • Oh bem afortunados agricultores, se conhecerem a sua felicidade!
    • Livro II, versos 458–459
  • Rura mihi et rigui placeant in vallibus amnes,
    Flumina amem sylvasque inglorius.
    • Sejam minhas delicias os campos e os rios a deslizar nos vales; possa eu, sem glória, amar os riachos e os bosques.
    • Livro II, versos 485–486
  • Felix qui potuit rerum cognoscere causas.
    • Feliz aquele capaz de conhecer as causas das coisas.
    • Livro II, verso 490 (homenagem a Lucrécio)
  • Fugit irreparabile tempus.
    • Foge o tempo irreparável.
    • Livro III, verso 284

Eneida (29–19 a.C.)

Traduzida em verso português por João Franco Barreto (1664)
  • Arma virumque cano, Troiae qui primus ab oris
    Italiam fato profugus Laviniaque venit
    Litora, multum ille et terris iactatus et alto
    Vi superum, saevae memorem Iunonis ob iram.
    • As armas e o varão canto, piedoso,
      Que primeiro de Tróia desterrado
      A Itália trouxe o Fado poderoso,
      E às praias de Lavino veio armado;
      Aquele que, no golfo tempestuoso
      E nas terras, foi muito contrastado,
      Por violência dos Deuses e excessiva
      Lembrada ira de Juno vingativa.
    • Livro I, versos 1–4
  • Tantaene animis coelestibus irae?
    • Tantas iras em ânimos divinos!
    • Livro I, verso 11
  • O terque quaterque beati!
    • Ó três e quatro vezes venturosos.
    • Livro I, verso 95
  • Apparent rari nantes in gurgite vasto.
    • Raros no vasto mar se vêem nadando.
    • Livro I, verso 118
  • Furor arma ministrat.
    • Dá-lhe armas o furor.
    • Livro I, verso 150
  • O socii—neque enim ignari sumus ante malorum—
    O passi graviora, dabit deus his quoque finem.
    • Ó sócios meus, ó vós, que padecido
      Haveis mais graves cousas, porque ignaros
      Não somos do trabalho endurecido,
      Por quem sereis do mundo assaz preclaros;
      Fim dará Deus a todas, comovido
      De piedade e amor, e em nós seus claros
      Olhos porá da região superna,
      Que não há cá no mundo pena eterna.
    • Livro I, versos 198–199
  • Revocate animos, maestumque timorem
    Mittite: forsan et haec olim meminisse iuvabit.
    • Tende ânimo, e esse peito, traspassado
      De temor, confortai, e estai constantes,
      Que, por dita, algum dia esta memória
      Vos será de mor lustre, e de mor memória.
    • Livro I, versos 202–203
  • Talia voce refert, curisque ingentibus aeger
    Spem vultu simulat, premit altum corde dolorem.
    • Tais palavras tirou do experto peito,
      E de grandes cuidados combatido,
      CO rosto alegre e com sereno aspeito
      Dissimula o que n'alma tem metido.
    • Livro I, versos 208–209
  • Lacrimis oculos suffusa nitentis.
    • banhando de mimosa
      Em lágrimas os olhos cristalinos.
    • Livro I, verso 228 (sobre Vénus)
  • O Dea certe.
    • Oh certamente Deusa!
    • Livro I, verso 328
  • Data fata secutus.
    • Seguimos os Fados concedidos.
    • Livro I, verso 382
  • Dixit et avertens rosea cervice refulsit,
    Ambrosiaeque comae divinum vertice odorem
    Spiravere; pedes vestis defluxit ad imos,
    Et vera incessu patuit dea.
    • Disse, e, voltando as costas mui ligeira,
      Resplandeceu com a cerviz rosada,
      E derramou de ambrósia a cabeleira
      Uma suavidade desusada:
      O vestido até a parte derradeira
      Dos pés caiu, e logo foi julgada
      No andar certo por deusa.
    • Livro I, versos 402–405
  • Mirabile dictu.
    • Coisa admirável!
    • Livro I, verso 439
  • Sunt lacrimae rerum et mentem mortalia tangunt.
    • Vê-se o pranto de nossa desventura,
      Que a todos move um mal desmedido.
    • Livro I, verso 462
  • Illa pharetram fert umero,
    Gradiensque deas supereminet omnes.
    • Ao ombro leva a aljava e, caminhando,
      Vence a todos no corpo e formosura.
    • Livro I, versos 500–501
  • Si genus humanum et mortalia temnitis arma,
    At sperate deos memores fandi atque nefandi.
    • Se desprezais as armas dos humanos,
      Temer deveis aos deuses soberanos.
    • Livro I, versos 542–543
  • Lumenque iuventae / purpureum.
    • A luz púrpura da juventude.
    • Livro I, versos 590–591 (tradução livre)
  • Mens sibi conscia recti.
    • Uma mente consciente de sua própria rectidão.
    • Livro I, linha 604 (tradução livre)
  • Non ignara mali miseris succurrere disco.
    • Sei cos miseráveis ser clemente
      Porque aos males estou acostumada.
    • Livro I, verso 630 (Dido)
  • Equo ne credite, Teucri.
    Quidquid id est, timeo Danaos et dona ferentes.
    • Não tenhais no cavalo confiança,
      Alguma cousa é isto, a Grécia temo,
      E como visto em sua feia usança,
      Todos seus dões, incrédulo, blasfemo.
    • Livro II, versos 48–49
  • Quantum mutatus ab illo!
    • Quão mudado, ai de mim!
    • Livro II, verso 274 (sobre o estado lastimável de Heitor)
  • Dis aliter visum.
    • Os deuses pensaram o contrário.
    • Livro II, verso 428
  • Auri sacra fames.
    • Maldita fome de ouro!
    • Livro III, verso 57
  • Degeneres animos timor arguit.
    • O medo é prova de uma mente degenerada.
    • Livro IV, verso 13
  • Quis fallere possit amantem?
    • Quem pode enganar uma amante?
    • Livro IV, verso 296
  • Possunt, quia posse videntur.
    • Eles podem porque pensam que podem.
    • Livro V, verso 231
  • Cede Deo.
    • Cede a Deus.
    • Livro V, verso 467
  • Superanda omnis fortuna ferendo est.
    • As adversidades devem ser superadas com paciência.
    • Livro V, verso 710
  • Bella, horrida bella.
    • Guerras, horríveis guerras.
    • Livro VI, verso 86
  • Facilis descensus Averni:
    Noctes atque dies patet atri ianua Ditis;
    Sed revocare gradium superasque evadere ad auras.
    Hoc opus, hic labor est.
    •  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .   .  ao Averno
      Sempre descer se pode facilmente.

      Noites, e dias do profundo Inferno
      A tenebrosa porta está patente:
      Porém tornar atrás, à claridade,
      É grã trabalho, é grã dificuldade.
    • Livro VI, versos 126–129
  • Malesuada Fames.
    • A fome é má conselheira.
    • Livro VI, verso 276
  • Mens agitat molem.
    • A alma move toda a matéria do mundo.
    • Livro VI, linha 727 (Revista Caras, ed. 674)
    • Tradução literal: A mente move a matéria.
  • Quisque suos patimur Manes.
    • Cada um de nós carrega os seus próprios fantasmas.
    • Livro VI, verso 743
  • Flectere si nequeo superos, Acheronta movebo.
    • Se não posso dobrar o Céu, então moverei o Inferno.
    • Livro VII, verso 312
  • Heu pietas, heu prisca fides
    • Ah, piedade! Ah, fé antiga!
    • Livro VI, verso 878
  • Audentes fortuna juvat.
    • A sorte favorece os corajosos.
    • Livro X, verso 284

Sobre Virgílio

  • Animae dimidium meae.
    • Metade da minha alma.
    • Horácio, Odes, Livro I, ode iii, verso 8
  • O Virgile! ô poète! ô mon maître divin!
    • Oh Virgílio! Oh poeta! Oh meu mestre divino!
    • Victor Hugo, Les Voix Intérieures (1837), VII, 'À Virgile'.