Chico Buarque: diferenças entre revisões

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* "Ah, se já perdemos a noção da hora
* "Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora Me conta agora como hei de partir se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios rompi com o mundo, queimei meus navios... Me diz pra onde é que inda posso ir se nós, nas travessuras das noites eternas já confundimos tanto as nossas pernas diz com que pernas eu devo seguir."
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir."


==Livros==
==Livros==

Revisão das 12h14min de 24 de julho de 2015

Chico Buarque
Chico Buarque
Chico Buarque
Chico Buarque em outros projetos:

Chico Buarque de Holanda (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944 é não somente considerado um dos maiores nomes da MPB - Música Popular Brasileira, mas também um importante dramaturgo e escritor.


Onde o tempo é a grande estrela
Vejo o tempo obrar a sua arte
Tendo o mesmo artista como tela
- Chico Buarque na música Tempo e Artista
  • "Que saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar."
  • "Venha, meu amigo. Deixe esse regaço. Brinque com meu fogo... Venha se queimar... Faça como eu digo. Faça como eu faço.. Aja duas vezes antes de pensar eu semeio o vento. Na minha cidade. Vou pra rua e bebo a tempestade."
  • "vê passarela, como dança balança a pança e recua, a gente sua... a roupa suja da cuja se lava no meio da rua."
  • "O que será ser só
Quando outro dia amanhecer?
Será recomeçar?
Será ser livre sem querer?
  • "Atrás da porta
Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua."
  • "De todas as maneiras
Que há de amar
Nós já nos amamos
Com todas as palavras feitas pra sangrar
Já nos cortamos
Agora já passa da hora
Tá lindo lá fora
Larga a minha mão
Solta as unhas do meu coração
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado
Quando entra o verão."
  • "Ah, se já perdemos a noção da hora

Se juntos já jogamos tudo fora Me conta agora como hei de partir se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios rompi com o mundo, queimei meus navios... Me diz pra onde é que inda posso ir se nós, nas travessuras das noites eternas já confundimos tanto as nossas pernas diz com que pernas eu devo seguir."

Livros

- (Chico Buarque: Editora Civilização Brasileira, 9.a edição, volume 191, Rio de Janeiro, 1978).
  • "Era ASSIM : o que quiser que tenha, tinha.Tinha arrebol ? Rouxinol ? Luar do sertão, palmeira imperial, girassol, tinha.Também tinha temporal, barranco, às vezes lamaçal, o diabo.Depois bananeira, até cachoeira, mutuca, boto, urubu, horizonte, pedra, pau, trigo, joio, cactus, raios, estrela cadente, incandescências. Enfim."(Primeiro parágrafo, pg. 19).
  • Estorvo
  • "E ele me conhece o suficiente para saber que eu poderia até receber um estranho, mas nunca abriria a porta para alguém que de fato quisesse entrar."
- Estorvo - página 12, Chico Buarque - Companhia das Letras, 1991, ISBN 8571641846, 9788571641846 - 141 páginas
  • "Porque nesses seis meses tudo o que falamos antes virou barulho, fica difícil retomar a conversa."
- Estorvo - página 36, Chico Buarque - Companhia das Letras, 1991, ISBN 8571641846, 9788571641846 - 141 páginas
  • "A curiosidade é mesmo feita do que já se conhece com a imaginação."
- Estorvo - página 58, Chico Buarque - Companhia das Letras, 1991, ISBN 8571641846, 9788571641846 - 141 páginas
  • "Vejo a multidão fechando todos os meus caminhos, mas a realidade é que sou eu o incômodo no caminho da multidão."
- Estorvo, Chico Buarque - Companhia das Letras, 1991, ISBN 8571641846, 9788571641846 - 141 páginas

Livros traduzidos em francês

  • Estorvo
- (Chico Buarque: Titulo francês: "Embrouille", traduzido por Henri Raillard, NRF, Editora Gallimard,1992 ISBN 2-07072759-9,imprimido na França)
  • "Pour moi il est trop tôt, je me suis couché à l’aube, je n’arrive pas à cerner ce type dans l’œil de la porte. Je suis moulu, je ne comprends pas cet individu planté là en complet et cravate, le visage dilaté par la lentille. Ce doit être important car j’ai entendu la sonnerie retentir plusieurs fois,une fois en allant vers la porte et au moins trois autres dans mon sommeil. Mon œil fait le point, et je commence à me dire que je connais ce visage d’un temps trouble et lointain".
- (Page 11, début du premier paragraphe).

Citações

  • "Ah percebo, é claro. Percebo claramente. Percebo até mais diretamente depois que minha filha se casou com o Carlinhos Brown. Brincando ou não, eu ouço referências a isso o tempo todo, até mesmo quando ando na rua [e ouço] algum tipo de gracinha agressiva (...) Primeiro, as pessoas pensam que são brancas, pensam que eu sou branco, por exemplo. Isso só no Brasil que eu sou branco ou que minha filha é branca. E um dia eu falei: 'Ninguém no Brasil é branco!', e fiz uma gracinha dizendo: 'Se a Xuxa não se casar com o Taffarel vão se acabar os últimos brancos no Brasil.’ [risos] (...) É uma coisa muito mal resolvida no Brasil, o brasileiro não aceita o fato de ser mestiço, não aceita mesmo. É uma coisa que pega fundo. (...) Quando é teoricamente tudo bem, o fulano fala: 'Ah, eu tenho um pé na cozinha', e todo mundo diz: 'Mas não tem né? Imagina, isso é uma maneira de falar, é um democrata, diz que tem um pé na cozinha, na verdade todo mundo tá vendo que ele é branco.' E não dá pra ser [branco no Brasil], quer dizer, a não ser o imigrante e o filho de imigrante.
- Em entrevista à televisão em abril de 2008, ao responder sobre o como vê a questão do racismo no Brasil.
  • "Há no PT a idéia de que ou você é petista ou é calhorda, assim como o PSDB acha que você ou é tucano ou é burro".
- Declarando voto em Lula para as eleições de 2006
- Revista ISTOÉ Gente! Edição 351
  • "Não experimentei tudo. Nunca fui à heroína, nunca me piquei. Foi o básico: fumei, cheirei, tomei ácido. E larguei isso tudo. Na verdade, nunca fui um bom maconheiro. Posso eventualmente fumar aqui e ali, não vejo muito mal. Mas não sou adepto"
- Revista Trip, abril-maio de 2006.
  • "Eu conheci o grau de agressividade do PT, sei como é. Eu já falava isso, tem muito chato neste PT. Ficam enchendo o saco da gente, enchendo o saco dos artistas, cobrando isso e aquilo."
- Revista Trip, abril-maio de 2006.
  • "São Paulo é detestável, um desastre, a cidade que não deu certo. Estou falando da arquitetura, do urbanismo."
- Revista Trip, abril-maio de 2006.
  • "Como eu bebia muito, fiquei encarregado de arrumar garrafas para fazer bomba molotov."
-Sobre os planos de reação ao Golpe Militar de 1964, no documentário O Sol – Caminhando Contra o Vento
-Revista ISTO É Gente, Edição 365.
  • "Não tomo mais uísque. Cantar bêbado pode ser engraçado, mas não a temporada inteira. Faz mal para o fígado".
-Revista ISTO É, Edição 1924.
  • "Essa coisa do cariocão não tem muito a ver comigo, da mesma forma que acho paulistice chata, baianice chata, mineirice chata".
- Revista ISTO É Gente, Edição 368
  • "Junto à minha rua havia um bosque, Que um muro alto proibia, Lá todo balão caía, Toda maçã nascia, E o dono do bosque nem via, Do lado de lá tanta aventura, E eu a espreitar na noite escura,A dedilhar essa modinha, A felicidade, Morava tão vizinha, Que, de tolo, Até pensei que fosse minha.
- Até Pensei - disco Chico Buarque de Hollanda - 1968
  • (...) Imagino o artista num anfiteatro, Onde o tempo é a grande estrela,Vejo o tempo obrar a sua arte, Tendo o mesmo artista como tela (...)
- na música "Tempo e Artista"
  • Nós aprendemos, Palavras duras, Como dizer perdi, perdi, Palavras tontas, Essas palavras, Quem falou não está mais aqui.
- na música "Tantas palavras" (1983)
  • "(...) Como beber dessa bebida amarga / Tragar a dor, engolir a labuta / Mesmo calada a boca, resta o peito / Silêncio na cidade não se escuta / De que me vale ser filho da santa / Melhor seria ser filho da outra / Outra realidade menos morta / Tanta mentira, tanta força bruta(...)"
- na música "Cálice"
  • "Era televisão e futebol. Construíram estádios e essa rede impressionante de telecomunicações por todo o Brasil, e ao mesmo tempo uma degradação crescente em termos de educação e saúde. Tudo isso foi descuidado."
- Sobre o avanço da televisão na época da ditadura militar.
- citado em "Muito além do Cidadão Kane", Geraldo Anhaia Mello, Editora Scritta, 1994, ISBN 8585328797, 9788585328795, 76 páginas
  • "Eu tendo a acreditar nos economistas quando dizem ser impossível gerenciar países como o nosso de outra forma. Quem sou eu para opinar? Tenho também pouco interesse em ler opiniões de leigos, de gente desavisada a esse respeito. Às vezes podem dizer coisas interessantes, ou até brilhantes, mas quando chega a hora de uma discussão mais séria essas opiniões soam quase como um escárnio, coisa de poeta."
- Chico Buarque, cantor e compositor, numa entrevista à Folha de S.Paulo; como citado na Revista Veja, edição Veja, 05.01.05
  • "Escrevo tanto livros quanto músicas para me entender melhor."
- Fonte: Revista ISTOÉ Gente, edição 266 (13/09/2004)
  • "Detesto ouvir música."
- Fonte: Revista Veja, Edição 1 653 - 14/6/2000
  • "Não é mais motivo de orgulho ser carioca. Então é hora de me afirmar como um."
- Fonte: REVISTA CARAS, São Paulo: Editora Abril, edição 651, p. 76, abr. 2006

  • Observação: O poema "Solidão", creditado na internet erroneamente a Chico Buarque é de Fátima Irene Pinto e está na página 79 do livro "Palavras para Entorpecer o Coração"