Jean-Paul Sartre: diferenças entre revisões

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Jean-Paul Sartre em outros projetos:
Prêmio Nobel de Literatura (1964)

Jean-Paul Sartre (21 de Junho de 1905 - 15 de Abril de 1980) foi um filósofo existencialista francês do início do Século XX.


  • "Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem."
- Quand les riches se font la guerre, ce sont les pauvres qui meurent
- Le diable et le bon Dieu trois actes et onze tableaux: 3 actes et 11 tableaux‎ - Página 26, de Jean-Paul Sartre - Publicado por Gallimard, 1951 - 282 páginas
  • "O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós."[1]

Náusea

  • "Monsieur... Eu não acredito em Deus; sua existência tem sido refutada pela Ciência. Mas no campo de concentração, eu aprendi a acreditar no homem."
  • "Eu existo, isso é tudo, e acho isso enjoativo."


  • "Alguma coisa me acontece, já não posso mais duvidar. (...) não foram necessários mais de três segundos para que todas as minhas esperanças fossem varridas."

(A náusea, pág. 168)

  • "Éramos um monte de existências enfadadas, embaraçadas de nós mesmos, sem a menor razão para estarmos aí, nem uns nem outros; cada existente, confuso, inquieto, sentia-se demais em relação aos outros. (...) E eu - fraco, enlanguecido, obsceno, digerindo, movendo mornos pensamentos - eu também era demais. (...) A palavra absurdidade nasce agora sob minha pena. (...) E sem nada formular claramente, compreendi que havia encontrada a chave da Existência, a chave de minhas náuseas, de minha própria vida. De fato, tudo o que consegui apreender em seguida se reduz a essa absurdidade fundamental."

(A náusea, pág. 163-4)

  • "Mas eu, há pouco, fiz a experiência do absoluto: o absoluto ou o absurdo. (...) Eu não estava surpreso, sabia que era o Mundo, o Mundo em sua nudez que se mostrava repentinamente, e eu sufocava de cólera contra esse grande ser absurdo."
(A náusea, pág. 170)

O Ser e o Nada

  • "A existência precede e comanda a essência."
- Parte 4, capítulo 1
  • "Eu estou condenado a ser livre."
- Parte 4, capítulo 1
  • "Todas as ações humanas são equivalentes... e... todas são no princípio condenadas a falhar."
  • "Somos separados das coisas por nada, apenas por nossa liberdade; é ela que faz que haja coisas com toda sua indiferença, sua imprevisibilidade e sua adversidade, e que nós sejamos inelutavelmente separados delas, pois é sobre um fundo de nadificação que elas aparecem e que se revelam como ligadas umas às outras."

(o ser e o nada, pág. 591)

  • "A natureza do passado é dada ao passado pela escolha origina de um futuro."

(O ser e o nada, pág. 578)

  • "A única força do passado lhe advém do futuro."

(O ser e o nada, pág. 580)

  • "A liberdade que é minha liberdade permanece total e infinita."

(O ser e o nada, pág. 632)

  • "Em certo sentido, eu escolho ter nascido."

(O ser e o nada, pág. 641)

  • "Eu sou responsável por tudo, salvo por minha própria responsabilidade, porque eu não sou o fundamento de meu ser."

(o ser e o nada, pág. 641)

  • "A liberdade é o único fundamento dos valores e nada, absolutamente nada, me justifica ao adotar tal ou tal valor, tal ou tal escala de valores. Enquanto ser pelo qual os valores existem eu sou injustificável. E minha liberdade se angustia de ser o fundamento sem fundamento dos valores."

(O ser e o nada, pág. 76)

  • "O outro é, por princípio, aquele que me olha."

(O ser e o nada, pág, 315)

  • "O olhar é, antes de mais nada, um intermediário que remete de mim a mim mesmo."

(O ser e o nada, pág. 316)

  • "Quando sou visto, tenho, de repente, consciência de mim enquanto escapo a mim mesmo, não enquanto sou o fundamento de meu próprio nada, mas enquanto tenho o meu fundamento fora de mim. Só sou para mim como pura devolução ao outro."

(O ser e o nada, pág. 318)

  • "A vergonha é vergonha de si, ela é reconhecimento de que eu realmente sou esse objeto que o outro olha e julga. Só posso Ter vergonha de minha liberdade enquanto ela me escapa para tornar-se objeto dado. "

(O ser e o nada, pág. 319)

  • "O em-si é pleno de si mesmo e não se poderia imaginar plenitude mais total, adequação mais perfeita do conteúdo ao continente: não existe o menor vazio no ser, a menor fissura por onde se pudesse introduzir o nada. "

(O ser e o nada, pág. 116)

  • "O homem é o ser pelo qual o nada vem ao mundo."
(O ser e o nada, pág. 60)
  • "A consciência nada tem de substancial, é uma pura "aparência", no sentido de que só existe na medida em que se aparece."
(O ser e o nada, pág. 23)
  • "A consciência é um ser que, em seu ser, é consciência do nada de seu ser."

(O ser e o nada, pág. 85)

  • "O ser da consciência não coincide consigo mesmo em uma adequação plena. (...) A característica da consciência é que ela é uma decompressão do ser. É impossível, com efeito, defini-la como coincidência consigo própria. Desta mesa, posso dizer que ela é pura e simplesmente esta mesa. Mas de minha crença (por exemplo), não me posso limitar a dizer que é crença: minha crença é consciência (de) crença. "

(O Ser e o nada, pág. 116)

  • "O para-si é responsável em seu ser por sua relação com o em-si ou, se se preferir, ela se produz originariamente sobre o fundamento de uma relação com o em-si. (...) (A consciência é) um ser para o qual se trata, em seu ser, do problema de seu ser enquanto esse ser implica um ser outro que não ele."

(O ser e o nada, pág. 220)

“...A condição necessária e suficiente para que a consciência cognoscente seja conhecimento de seu objeto é que seja consciência de si como sendo este conhecimento: basta que tenha consciência de ter consciência desta mesa pra que efetivamente tenha consciência dela. Não basta, decerto, para que eu possa afirmar que esta mesa existe em si – mas sim que ela existe para mim” (O ser e o nada, pg 23)

As Mãos Sujas

  • "Tu és metade vítima, metade cúmplice, como todos os outros."
- 1948.
  • "Quanto aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas o que eles podem se tornar."
- 1948.

O Muro

  • "A dúvida é o preço da pureza."
- 1939.

Entre Quatro Paredes

  • "O inferno são os outros."
- 1945.

Situations

  • "Um anti-comunista é um cão."
- Situations IV, Paris, Gallimard, 1967, pgs 248-249.
  • "Desde que ele (Merleau-Ponty) aprendera a história, eu já não era o seu igual. Continuava a questionar os fatos, quando ele já tentava fazer falar os acontecimentos. Os fatos se repetem."

(Situações IV, pág. 206)

  • "Ele foi meu guia; Humanismo e terror é que me fez dar o salto. Este pequeno livro tão denso mostrou-me o método e o objeto: deu-me a sacudida necessária para arrancar-me de meu imobilismo."

(Situações, pág. 215)

  • "E são estas duas idéias - difíceis, reconheço: o homem é livre - o homem é o ser pelo qual o homem se torna objeto - que definem o nosso estatuto presente e permitem compreender a opressão."

(Situações, pág. 109)

  • "Nossa liberdade hoje não é nada mais que a livre escolha de lutar para nos tornarmos livres. E o aspecto paradoxal desta fórmula exprime simplesmente o paradoxo de nossa condição histórica. Não se trata de enjaular meus contemporâneos: eles já estão na jaula."

(Situações, pág. 110)

  • "O homem não é de modo nenhum a soma do que tem, mas a totalidade do que não tem ainda, do que poderia ter."

Crítica da razão dielética

Há uma história humana, com uma verdade e uma inteligibilidade. (Crítica da razão dialética, pág. 10)

[Há uma] totalização perpetuamente em curso como História e como Verdade histórica. (Crítica da razão dialética, pág. 10)

[O Marxismo] permanece a filosofia de nosso tempo (...) as circunstâncias que o geraram ainda não foram vencidas. (Crítica da razão dialética, pág. 29)

O marxismo parou: precisamente porque esta filosofia quer muar o mundo, porque ela visa o tornar-se mundo da filosofia, porque ela é e quer ser prática, operou-se nela uma verdadeira cisão que lançou a teoria de um lado e a práxis do outro. (Crítica da razão dialética, pág. 25)

O método se identifica ao Terror por sua recusa inflexível de diferençar. (Crítica da razão dialética, pág. 40)

Nós censuramos ao marxismo contemporâneo o relegar ao azar todas as determinações concretas da vida humana (...) O resultado é que ele perdeu inteiramente o sentido do que seja um homem: ele não dispõe, para preencher as suas lacunas, senão da absurda psicologia de Pavlov. (Crítica da razão dialética, pág. 109)

O marxismo degenerará em uma antropologia inumana se não reintegrar em si o próprio homem como seu fundamento.

(Crítica da razão dialética, pág. 109)

No momento em que a pesquisa marxista assumira dimensão humana (isto é, o projeto existencial) como o fundamento do Saber antropológico, o existencialismo não terá mais razão de ser: absorvido, excedido e conservado pelo movimento totalizante da filosofia, ele cessará de ser uma pesquisa particular para tornar-se o fundamento de toda pesquisa. (Crítica da razão dialética, pág. 111)

O existencialismo é humanismo

  • "O existencialismo ateu, que eu represento (...) declara que se Deus não existe, há ao menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por algum conceito e que esse ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. O que significa aqui que a existência precede a essência? Isso significa que, primeiramente, existe o homem, ele se deixa encontrar, surge no mundo, e que ele só se define depois. O homem tal como o concebe o existencialista não é definível porque, inicialmente, ele nada é. Ele só será depois, e ele será tal como ele se fizer. Assim, não existe natureza humana, já que não há Deus para concebê-la. O homem é apenas não somente tal como ele se concebe, mas tal como ele se quer, e como ele se concebe após existir, como ele se quer depois dessa vontade de existir - o homem é apenas aquilo que ele faz de si mesmo. Tal é o primeiro princípio do existencialismo."

(O existencialismo é um humanismo, pág. 24)


  • "Será que, no fundo, o que amedronta na doutrina que tentarei expor não é fato de que ela deixa uma possibilidade de escolha para o homem?"
  • "O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo: é esse o primeiro princípio do existencialismo."
  • "O existencialista declara freqüentemente que o homem é angústia. Tal afirmação significa o seguinte: o homem que se engaja e que se dá conta de que ele não é apenas aquele que escolheu ser, mas também um legislador que escolhe simultaneamente a si mesmo e a humanidade inteira, não consegue escapar ao sentimento de sua total e profunda responsabilidade."
  • "Se uma voz se dirige a mim, sou sempre eu mesmo que terei de decidir que essa voz é a voz do anjo; se considero que determinada ação é boa, sou eu mesmo que escolho afirmar que ela é boa e não má."
  • "Com efeito, se a existência precede a essência, nada poderá jamais ser explicado por referência a uma natureza humana dada e definitiva; ou seja, não existe determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade."
  • "Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre."
  • "O desamparo implica que somos nós mesmos que escolhemos o nosso ser. Desamparo e angústia caminham juntos."
  • "Quanto ao desespero, trata-se de um conceito extremamente simples. Ele significa que só podemos contar com o que depende da nossa vontade ou com o conjunto de probabilidades que tornam a nossa ação possível."
  • "Primeiro, tenho que me engajar; em seguida, agir segundo a velha fórmula: “não é preciso ter esperança para empreender”. Isso não quer dizer que eu não deva pertencer a um partido, mas que não deverei ter ilusões e que farei o melhor que puder."
  • "Ora, na verdade, para o existencialista, não existe amor senão aquele que se constrói; não há possibilidade de amor senão a que se manifesta num amor;"
  • "Um homem compromete-se com sua vida, desenha seu rosto e para além desse rosto, não existe nada."
  • "O que o existencialista afirma é que o covarde se faz covarde, que o herói se faz herói; existe sempre, para o covarde, uma possibilidade de não mais ser covarde, e, para o herói, de deixar de o ser. O que conta é o engajamento total, e não é com um caso particular, uma ação particular, que alguém se engaja totalmente."
  • "A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo."
  • "O homem faz-se; ele não está pronto logo de início; ele se constrói escolhendo a sua moral; e a pressão das circunstâncias é tal que ele não pode deixar de escolher uma moral. Só definimos o homem em relação a um engajamento."
  • "A única coisa que importa é saber se a invenção que se faz se faz em nome da liberdade."
  • "Viver como existencialista é aceitar pagar por essa doutrina e não impô-la através de livros. Quem deseja que essa filosofia seja um engajamento de verdade, deve justificá-la perante aqueles que a discutem no plano político ou moral."
  • O homem é apenas seu projeto, só existe na medida em que se realiza, ele é tão-somente o conjunto de seus atos.

(O existencialismo é um humanismo, pág. 55)

  • Todo homem se refugia na desculpa de suas paixões, todo homem que inventa um determinismo é um homem de má fé.

(O existencialismo é um humanismo, pág. 81)

  • Nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque ela engaja a humanidade inteira.

(O existencialismo é um humanismo, pág. 26)

  • Sou responsável por mim mesmo e por todos, e crio uma certa imagem do home que eu escolho: escolhendo a mim, escolho o homem.

(O existencialismo é um humanismo, pág. 27)

  • Cada vez que o homem escolhe seu compromisso e seu projeto com toda sinceridade e com toda lucidez, torna-se-lhe impossível preferir um outro.

(O existencialismo é um humanismo, pág. 79)

Atribuídas

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  • "Enquanto o capitalismo existir, o marxismo será a melhor teoria."
  • "Ninguém deve cometer a mesma tolice duas vezes. A possibilidade de escolha é muito grande."
  • "A violência, seja qual for a maneira como se manifesta, é sempre uma derrota."
  • "Nós somos o próximo construído por amigos e inimigos".
  • "No amor, um mais um é igual a um."
  • "Quanto mais areia escorreu no relógio de nossa vida, mais claramente deveríamos ver através do vidro."
  • "Eu mudo para continuar o mesmo."
  • "Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana , os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem".
  • "Se você sente solidão quando a sós, está em má companhia."
  • "O que você fez, daquilo que te fizeram?"
  • "É sempre fácil obedecer quando se sonha comandar."
  • "É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz."
  • "Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação".
  • "O desejo exprime-se por uma carícia, tal como o pensamento pela linguagem."
  • "O homem não é senão o seu projeto, e só existe na medida em que se realiza."
  • "O silêncio é reacionário."
  • "Só me sinto bem em liberdade, fugindo dos objetos, fugindo de mim mesmo..."
  • "Sou um verdadeiro vácuo, embriagado de orgulho translúcido...como o mundo que quero conhecer a fundo."
  • "A gente se desfaz de uma neurose, mas não se cura de si próprio."
  • "A verdade é subjetividade."
  • "A imagem não é uma coisa é um ato de conciência."
  • "O escritor, homem livre que se dirige a homens livres só pode ter um tema --a liberdade."
  • " O ato revolucionário é um ato livre por excelência."
  • "O escritor sempre pode ajudar a evitar o pior aconteça."
  • "O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo:é esse o primeiro princípio do existencialismo."
  • "O homem é responsável por si mesmo."
  • "É melhor vencermos a nós mesmos do que ao mundo."
  • "Liberdade não é fazer o que se quer, mas querer fazer o que se faz."
  • "Para mim, o que vicia as relações entre as pessoas é que cada um conserva, na relação com o outro, alguma coisa de oculto, de secreto. Penso que a transparência deve sempre substituir o segredo. E penso muito no dia em que duas pessoas não terão mais segredos entre si porque não mais os terão para ninguém, porque a vida subjetiva, assim como a objetiva, estará totalmente aberta."

Referências

  1. MACIEL, Luis Carlos, "Sartre vida e obra", Editora Paz e Terra, 1986