Erasmo de Rotterdam: diferenças entre revisões

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[[w:Erasmo de Rotterdam|'''Desiderius Erasmus von Rotterdam''']] ''([[27 de outubro]] de [[1466]], Rotterdam, Holanda - [[12 de julho]] de [[1536]], Basel, Suiça). Humanista e teólogo holandês''.
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== Elogio da Loucura ==
*"Duas coisas, sobretudo, impedem que o homem saiba ao certo o que deve fazer: uma é a [[vergonha]], que cega a [[inteligência]] e arrefece a [[coragem]]; a outra é o [[medo]], que, indicando o [[perigo]], obriga a preferir a inércia a ação."


*"O espírito do homem é feito de maneira que lhe agrada muito mais a mentira do que a verdade. Fazei a experiência: ide à igreja, quando aí estão a pregar. Se o pregador trata de assuntos sérios, o auditório dormita, boceja e enfada-se, mas se, de repente, o zurrador (perdão, o pregador), como aliás é frequente, começa a contar uma história de comadres, toda a gente desperta e presta a maior das atenções.
*"O espírito do homem é feito de maneira que lhe agrada muito mais a mentira do que a verdade. Fazei a experiência: ide à igreja, quando aí estão a pregar. Se o pregador trata de assuntos sérios, o auditório dormita, boceja e enfada-se, mas se, de repente, o zurrador (perdão, o pregador), como aliás é frequente, começa a contar uma história de comadres, toda a gente desperta e presta a maior das atenções."
:- Fonte: ''Elogio da Loucura''


*"Não haveria, pois, diferença alguma entre os sábios e os loucos, se não fossem mais felizes estes últimos. Sim, porque estes o são por dois motivos: o primeiro é que a [[felicidade]] dos loucos não custa nada, bastando um pouquinho de persuasão para formá-la; o segundo é que os meus loucos são mais felizes mesmo quando estão juntos com muitos outros. Ora, é impossível gozar um bem quando se está sozinho."

*"E foi por essa razão que o grande Arquiteto do Universo proibiu que o primeiro e lindo par de esposos, por ele feitos e unidos em [[matrimônio]], provassem o fruto da árvore da [[ciência]] do bem e do mal , sob pena de sua desgraça e morte. É a melhor prova de que a [[ciência]] é o veneno da [[felicidade]]."

== Outras ==
*"Não há nada de tão [[absurdo]] que o [[hábito]] não torne aceitável."
*"Não há nada de tão [[absurdo]] que o [[hábito]] não torne aceitável."


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*"Os grandes [[escritor]]es nunca foram feitos para suportar a [[lei]] dos gramáticos, mas sim para impor a sua."
*"Os grandes [[escritor]]es nunca foram feitos para suportar a [[lei]] dos gramáticos, mas sim para impor a sua."

*"[[Deus]], arquitecto do [[universo]], proibiu o [[homem]] de provar os [[fruto]]s da [[árvore]] da [[ciência]], como se a [[ciência]] fosse um [[veneno]] para a [[felicidade]]."


*"Deve respeitar-se o [[casamento]] enquanto é um [[purgatório]], e dissolvê-lo quando se tornar num [[inferno]]."
*"Deve respeitar-se o [[casamento]] enquanto é um [[purgatório]], e dissolvê-lo quando se tornar num [[inferno]]."
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*"Cada momento da vida seria triste, fastidioso, insípido, aborrecido, se não houvesse [[prazer]], se não fosse animado pelo tempero da [[Loucura]]."
*"Cada momento da vida seria triste, fastidioso, insípido, aborrecido, se não houvesse [[prazer]], se não fosse animado pelo tempero da [[Loucura]]."



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Revisão das 20h08min de 7 de setembro de 2010

Erasmo de Rotterdã
Erasmo de Rotterdam
Erasmo de Rotterdam
Erasmo de Rotterdam em outros projetos:

Desiderius Erasmus von Rotterdam (27 de outubro de 1466, Rotterdam, Holanda - 12 de julho de 1536, Basel, Suiça). Humanista e teólogo holandês.


Elogio da Loucura

  • "Duas coisas, sobretudo, impedem que o homem saiba ao certo o que deve fazer: uma é a vergonha, que cega a inteligência e arrefece a coragem; a outra é o medo, que, indicando o perigo, obriga a preferir a inércia a ação."
  • "O espírito do homem é feito de maneira que lhe agrada muito mais a mentira do que a verdade. Fazei a experiência: ide à igreja, quando aí estão a pregar. Se o pregador trata de assuntos sérios, o auditório dormita, boceja e enfada-se, mas se, de repente, o zurrador (perdão, o pregador), como aliás é frequente, começa a contar uma história de comadres, toda a gente desperta e presta a maior das atenções."
  • "Não haveria, pois, diferença alguma entre os sábios e os loucos, se não fossem mais felizes estes últimos. Sim, porque estes o são por dois motivos: o primeiro é que a felicidade dos loucos não custa nada, bastando um pouquinho de persuasão para formá-la; o segundo é que os meus loucos são mais felizes mesmo quando estão juntos com muitos outros. Ora, é impossível gozar um bem quando se está sozinho."
  • "E foi por essa razão que o grande Arquiteto do Universo proibiu que o primeiro e lindo par de esposos, por ele feitos e unidos em matrimônio, provassem o fruto da árvore da ciência do bem e do mal , sob pena de sua desgraça e morte. É a melhor prova de que a ciência é o veneno da felicidade."

Outras

  • "Rir de tudo é coisa de tontos, não rir de nada é coisa de estúpido."
  • "Não merece o doce quem não experimentou o amargo."
  • "Os males que não são percebidos são os mais perigosos."
  • "Pode querer bem aos outros quem não quer bem a si mesmo?"
  • "Para ganhar é preciso gastar."
  • "Os grandes escritores nunca foram feitos para suportar a lei dos gramáticos, mas sim para impor a sua."
  • "Os maiores males infiltram-se na vida dos homens sob a ilusória aparência do bem."
  • "Nenhum animal é mais calamitoso do que o homem, pela simples razão de que todos se contentam com os limites da sua natureza, ao passo apenas o homem se obstina em ultrapassar os limites da sua."
  • "Cada momento da vida seria triste, fastidioso, insípido, aborrecido, se não houvesse prazer, se não fosse animado pelo tempero da Loucura."


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