Monteiro Lobato: diferenças entre revisões

Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Allamanda (discussão | contribs)
Allamanda (discussão | contribs)
Linha 51: Linha 51:


*"O que a sua [[cabeça]] pensou ninguém o saberá jamais. Têm as [[idéias]] para escondê-las a caixa craniana, o couro cabeludo, a grenha: isso por cima; pela frente têm a [[mentira]] do olhar e a [[hipocrisia]] da boca. Assim entrincheiradas, elas, já de si imateriais, ficam inexpugnáveis à argúcia alheia. E vai nisso a pouca [[felicidade]] existente neste [[mundo]] sublunar. Fosse possível ler nos cérebros claros como se lê no papel e a [[humanidade]] crispar-se-ia de horror ante si própria...". ''do conto Pollice verso''
*"O que a sua [[cabeça]] pensou ninguém o saberá jamais. Têm as [[idéias]] para escondê-las a caixa craniana, o couro cabeludo, a grenha: isso por cima; pela frente têm a [[mentira]] do olhar e a [[hipocrisia]] da boca. Assim entrincheiradas, elas, já de si imateriais, ficam inexpugnáveis à argúcia alheia. E vai nisso a pouca [[felicidade]] existente neste [[mundo]] sublunar. Fosse possível ler nos cérebros claros como se lê no papel e a [[humanidade]] crispar-se-ia de horror ante si própria...". ''do conto Pollice verso''

*"[[Progresso]] amigo, tu és cômodo, és delicioso, mas feio..." ''do conto Os faroleiros''


===América (1929)===
===América (1929)===

Revisão das 00h45min de 2 de setembro de 2010

Monteiro Lobato
Monteiro Lobato
Monteiro Lobato
Monteiro Lobato em outros projetos:

José Bento Monteiro Lobato (Taubaté, Brasil, 18 de abril de 1882 - São Paulo, 4 de julho de 1948). Escritor brasileiro.


  • "De escrever para marmanjos já me enjoei. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo."
- Monteiro Lobato apud Dad Squarisi, (6 de agosto de 2006 - "Dicas de português - Escrever é...". Correio Braziliense, Caderno C, p. 4.)
- "A barca de gleyre: quarenta anos de correspondencia literaria entre Monteiro Lobato e Godofredo Rangel"‎ - Página 467, de José Bento Monteiro Lobato, Godofredo Rangel - Companhia Editora Nacional, 1944 - 504 páginas
- "Obras completas" - Página 199, de José Bento Monteiro Lobato - Publicado por Editora Brasiliense, 1946
  • "Eu me acho capaz de escrever para os Estados Unidos por causa do meu pendor para escrever para crianças. Acho o americano sadiamente infantil."
- "A barca de gleyre: quarenta anos de correspondencia literaria entre Monteiro Lobato e Godofredo Rangel" - Página 468, de José Bento Monteiro Lobato, Godofredo Rangel - Publicado por Companhia Editora Nacional, 1944 - 504 páginas
  • "Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira — mas já tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum."
- "Obras completas" - Página 178, de José Bento Monteiro Lobato - Publicado por Editora Brasiliense, 1946
  • "Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo."
- Fonte: Conto Negrinha
  • "O livro é uma mercadoria como outra qualquer; não há diferença entre o livro e um artigo de alimentação. (...) Se o livro não vende é porque ele não presta".
    • Em entrevista à Rádio record, em julho de 1948, reproduzida no jornal O Estado de São Paulo em julho de 1978.
  • "Tudo vem dos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos."
- "America: os Estados Unidos de 1929" - Página 111, de José Bento Monteiro Lobato - Publicado por Editora brasiliense ltda., 1948 - 311 páginas
  • "Malba Tahan: "O Homem que Calculava" já me encantou duas vezes e ocupa lugar de honra entre os livros que conservo. Falta nele um problema — o cálculo da soma de engenho necessário para a transformação do deserto da abstração matemática em tão repousante oásis. Só Malba Tahan faria obra assim, encarnação que ele é da sabedoria oriental — obra alta, das mais altas, e só necessita de um país que devidamente a admire; obra que ficará a salvo das vassouradas do Tempo como a melhor expressão do binômio "ciência-imaginação". Que Allah nunca cesse de chover sobre Malba Tahan a luz que reserva para os eleitos".
- Carta dirigida à Malba Tahan por Monteiro Lobato. São Paulo, 14.01.1939
  • "Quem morre pelo seu país vive eternamente."
- Monteiro Lobato, como citado em "Do bestial ao genial: frases da política"‎ - Página 164, de Paulo Buchsbaum, AROEIRA - Publicado por Ediouro Publicações, 2006, ISBN 850002075X, 9788500020759 - 252 páginas

Livros

Urupês (1918)

  • "No Brasil subtrai-se; somar, ninguém soma." do conto Velha praga
  • "O que a sua cabeça pensou ninguém o saberá jamais. Têm as idéias para escondê-las a caixa craniana, o couro cabeludo, a grenha: isso por cima; pela frente têm a mentira do olhar e a hipocrisia da boca. Assim entrincheiradas, elas, já de si imateriais, ficam inexpugnáveis à argúcia alheia. E vai nisso a pouca felicidade existente neste mundo sublunar. Fosse possível ler nos cérebros claros como se lê no papel e a humanidade crispar-se-ia de horror ante si própria...". do conto Pollice verso
  • "Progresso amigo, tu és cômodo, és delicioso, mas feio..." do conto Os faroleiros

América (1929)

  • "Se quer viver feliz na América, não se mostre duro com os cães - nem desrespeitoso para com a americana. São dois dogmas muito sérios."-(op.cit., pg. 23)
  • "Um país se faz com homens e livros. Minha visita aos monumentos de George Washington e Lincoln provou-me que a América tinha homens. Ter homens, para um país, é ter Washingtons e Lincolns, forças tão marcantes que sobre sua obra não pode a morte."-(op.cit., pg. 45)
  • "Muitas vezes no Brasil ouvi da boca de seus patrícios que Deus é brasileiro, disse Mr. Slang, como se estivesse adivinhando os meus pensamentos. Ao americano jamais ocorreu inventar coisa parecida; no entanto, a verdade me parece ser Deus escandalosamente americano - se não de nascimento, pelo menos naturalizado. Não existe território no mundo mais rico que este - e esta é a razão do surto prodigioso da América".-(op.cit., pg. 64-5)
  • "Tem muita filosofia a cauda americana. Mostra o grau de disciplina a que chegou o povo, mostra a aceitação instintiva da forma que melhor atende ao fim coletivo: entrar sem tumulto e na ordem de direito. O instinto de conservação a criou. Sem ela a América, este monstruoso formigueiro humano, não poderia funcionar. Esperar a sua vez, ocupar o seu lugar - como isto que parece fácil é difícil num país latino!"-(op.cit., pg. 117-8)
  • "Inda há de surgir o Nietzche americano que ponha em filosofia e imponha ao mundo, como dogma novo, a impetuosidade alegre dos grandes Vândalos que estão a criar o mundo de amanhã. Que divinize como a coisa mais grata ao nosso instinto fundamental o murro de martelo-pilão com que um Tunney mete por terra um Dempsey. Que divinize a audácia de arrancar as catedrais à mística religiosa para dá-las, multiplicadas em ímpeto ascensor, ao comércio, ao cinema, ao rádio. Que divinize o 'mais, mais, mais' que não se perde em refletir à grega: 'sim, mas mais até onde?' Que realize a supressão da palavra 'até'. O 'até' limita, e por que limitar?"-(op.cit., pg. 122-3)