Poesia: diferenças entre revisões

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==Veja támbém==
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{{arte}As Prisões dos Desgraçados....
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'''texto negrito simples'''Autor: Masilan Tovaga Hãesvao

<poem></poem>{Prisões de detidos, condenados, suspeitos e inocentes!
<poem></poem>Tua intrepidez, é mormente cercear a liberdade humana?
<poem></poem>Não estarás a cometer maior ilícito penal a essa gente?
<poem></poem>Torna-te Escola, restabelece à liberdade sem barganha!

----

<poem></poem>A tua luz, é obscuridade arrepiante, mesmo ao meio-dia;
<poem></poem>O teu ar, metamorfisa alienígenas execráveis e malditos;
<poem></poem>O teu ministre funesto, não serve nem à máxima felonia;
<poem></poem>As tuas celas de vinte, blindam duzentos duendes aflitos.

----

<poem></poem>O teu aroma é um mix de mofo, suor, sangue e sei lá o quê...
<poem></poem>Dás ao visitante a fragrância da condenação ao abandono;
<poem></poem>Dás às tuas celas um fundo de negrume para quem as vê;
<poem></poem>Corpos e paredes juntos, são como o lusco-fusco do outono.

----

<poem></poem>Somente os olhos contíguos às grades, resistem na pretura;
<poem></poem>Observam as visitas como um grande acontecimento do dia;
<poem></poem>Assustados, curiosos, invejosos e com pasmas olhaduras;
<poem></poem>Aglomeram-se a despeito de existir em seu meio um doentio.

----

<poem></poem>Nos saguões de quatro presos há um pouco mais de luz;
<poem></poem>É possível ver um que bate a cabeça com leveza na parede;
<poem></poem>É possível ver outro que lê a Bíblia... a pensar em Jesus;
<poem></poem>Ouve-se outro que em tom de moribundo grita o seu enredo.
<poem></poem>Ai meu Deus....Eu quero a minha liberdade !...

----

<poem></poem>Nessa disparidade de negros, pobres, magros, mórbidos;
<poem></poem>Um combinado de sem escola, sem pais e sem trabalho;
<poem></poem>Jovens com dezoito a vinte e quatro anos em opróbrios;
<poem></poem>Só os vícios em drogas legais ou ilícitas são seu salário.

----

<poem></poem>Sem residência fixa, sem crença em crescimento social;
<poem><poem></poem>Menos ainda, sem o sufrágio afetivo e cordial de alguém;
<poem></poem>Mais prisões de desgraçados estão fadadas a majorar;
<poem></poem>E, se o meio não atuar já, todos seremos vítimas também.<poem></poem>

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PS. Baseado em uma visita a uma prisão em
Barcarena PA, Br 19 de Fevereiro de 2009.
}


[[categoria:literatura]]
[[categoria:literatura]]

Revisão das 08h24min de 10 de março de 2010

Poesia é uma das sete artes tradicionais, através da qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético.



  • Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.'
- Rachel de Queiroz, escritora brasileira
  • Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.'
- Florbela Espanca
- Le Poete est semblable au prince des nuées [...] Ses ailes de géant l’empêchent de marcher.
- Charles Baudelaire in: L’Albatros (Baudelaire)
  • "O poema não é feito dessas letras que eu espeto como pregos, mas do branco que fica no papel'
- Paul Claudel
  • "À pergunta habitual: 'Por que é que escreve?'. A resposta do poeta será sempre a mais curta: 'Para viver melhor'"
- A la question toujours posée: «Pourquoi écrivez-vous?», la réponse du Poète sera toujours la plus brève: «Pour mieux vivre»
- Œuvres complètes: par Saint-John Perse‎ - Página 564, de Saint-John Perse - Publicado por Gallimard, 1972 - 1415 páginas
  • "O poeta faz-se vendo através de um longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos"
- Arthur Rimbaud
  • "A poesia não voltará a ritmar a acção; ela passará a antecipar-se-lhe"
- Arthur Rimbaud
  • "A solidão da poesia e do sonho tira-nos da nossa desoladora solidão"
- Albert Béguin
- Fonte: "Poesia da Presença"
  • "Deus, que nos fizeste mortais, porque é que nos deste a sede de eternidade de que é feito o poeta?"
- Luis Cernuda
- Fonte: "As Ruínas"
  • "Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas"
- Federico Lorca
- Fonte: "Conversa Sobre o Teatro"
  • "E nunca o tormento acha um céu e nunca o desejo acha uma terra. É por isso que a poesia existe"
- Birger Sjoberg
- Fonte: "Pensamentos"
  • "A poesia não é nem pode ser lógica. A raiz da poesia assenta precisamente no absurdo"
- José Hidalgo
- Fonte: "Poema"
  • "Fazer poesia é confessar-se"
- Friedrich Klopstock
- Fonte: "Odes"
  • "Um poema é um mistério cuja chave deve ser procurada pelo leitor"
- Stéphane Mallarmé
  • "A poesia é ao mesmo tempo um esconderijo e um altifalante"
- Nadine Gordimer
- Fonte: "Poema"
  • "A poesia numa obra é o que faz aparecer o invisível"
- la poésie dans une œuvre, c'est ce qui fait apparaître l'invisible.
- Nathalie Sarraute citada em "Nathalie Sarraute"‎ - Página 210, de Mimika I. Kranakē, Yvon Belaval - Gallimard, 1965 - 263 páginas
- Lo importante en poesía, para mí, es la calidad de eternidad que pueda un poema dejar en el que lo lee sin idea de tiempo
- La corriente infinita: crítica y evocación‎ - Página 178, de Juan Ramón Jiménez, Francisco Garfias - Publicado por Aguilar, 1961 - 336 páginas
  • "A poesia é o transbordamento espontâneo de sentimentos intensos: tem a sua origem na emoção recordada num estado de tranquilidade"
- William Wordsworth
- Fonte: "Lyrical Ballads"
  • "A poesia é um nexo entre dois mistérios: o do poeta e o do leitor"
- Dámaso Alonso
  • "Eu sinto a poesia como se fosse um pedaço da alma, um ser vivo que transmite um sentimento. Ler uma poesia é como abrir um frasco de perfume e aspirar seu aroma... A fragrância é totalmente absorvida por nosso íntimo. Penso que a realização do poeta se faz na alma, pois ele já nasce com este dom, ou seja, não há como participar de um curso para se tornar um profissional da poesia... Ele poderá se inscrever num curso para aperfeiçoar a escrita com base na gramática e somente isto. Ser poeta é um dom que a pessoa tem, que a torna capaz de transformar letras em sentimento.”
- Rosimeire Leal da Motta - Extraído do Livro "Voz da Alma" - Editora CBJE - RJ - Novembro/2005 - Poesia e Prosa”
  • "A poesia é necessária em excesso na época de crise. Porque ela inquieta, consola, mostra saídas".
- Ênio Silveira em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, agosto de 1981.
- Poetry is an echo, asking a shadow to dance.
- The Sandburg range‎ - Página 36, de Carl Sandburg - Publicado por Harcourt, Brace, 1957 - 459 páginas
  • "A poesia é um nexo entre dois mistérios: o do poeta e o do leitor".
- Poema es un nexo entre dos misterios: el del poeta y el del lector.
- Dámaso Alonso citado em "Movimientos literarios españoles en los siglos XIX y XX.‎" - Página 125, de Augusto Barinaga Fernández - Publicado por Alhambra, 1964 - 311 páginas
- La poesía es pintura de los oídos, como la pintura poesía de los ojos
- Coleccion de la obras sueltas, assi en prosa, como en verso, Volume 16‎ - Página 428, Lope de Vega - Impr. de A. de Sancha, 1778

Veja támbém

A Wikipédia possui um artigo de ou sobre: Poesia.
O Wikimedia Commons possui multimídia sobre: Poesia.


{{arte}As Prisões dos Desgraçados....

texto negrito simplesAutor: Masilan Tovaga Hãesvao

{Prisões de detidos, condenados, suspeitos e inocentes!

Tua intrepidez, é mormente cercear a liberdade humana?

Não estarás a cometer maior ilícito penal a essa gente?

Torna-te Escola, restabelece à liberdade sem barganha!


A tua luz, é obscuridade arrepiante, mesmo ao meio-dia;

O teu ar, metamorfisa alienígenas execráveis e malditos;

O teu ministre funesto, não serve nem à máxima felonia;

As tuas celas de vinte, blindam duzentos duendes aflitos.


O teu aroma é um mix de mofo, suor, sangue e sei lá o quê...

Dás ao visitante a fragrância da condenação ao abandono;

Dás às tuas celas um fundo de negrume para quem as vê;

Corpos e paredes juntos, são como o lusco-fusco do outono.


Somente os olhos contíguos às grades, resistem na pretura;

Observam as visitas como um grande acontecimento do dia;

Assustados, curiosos, invejosos e com pasmas olhaduras;

Aglomeram-se a despeito de existir em seu meio um doentio.


Nos saguões de quatro presos há um pouco mais de luz;

É possível ver um que bate a cabeça com leveza na parede;

É possível ver outro que lê a Bíblia... a pensar em Jesus;

Ouve-se outro que em tom de moribundo grita o seu enredo.

Ai meu Deus....Eu quero a minha liberdade !...


Nessa disparidade de negros, pobres, magros, mórbidos;

Um combinado de sem escola, sem pais e sem trabalho;

Jovens com dezoito a vinte e quatro anos em opróbrios;

Só os vícios em drogas legais ou ilícitas são seu salário.


Sem residência fixa, sem crença em crescimento social;

<poem>

Menos ainda, sem o sufrágio afetivo e cordial de alguém;

Mais prisões de desgraçados estão fadadas a majorar;

E, se o meio não atuar já, todos seremos vítimas também.


PS. Baseado em uma visita a uma prisão em Barcarena PA, Br 19 de Fevereiro de 2009. }